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Genética da humanidade na Galiza e preconceito

Alguns apontamentos para "interpretar" os estudos genéticos recentes da população da península, e reconduzir a divulgação jornalística trapaceira baseada nos antigos paradigmas:

Explicações baseadas neste artigo:
https://www.nature.com/articles/s41467-018-08272-w#disqus_thread

Uma das primeiras apreciações que há que ter continuamente presente é a pegada do genocídio da época medieval que dizimou as populações do centro e sul da península.
Por exemplo pode ser visto como o inicial reino da Galiza e Leão ocupou Toledo, para depois, sob hegemonia de Castela, a expansão para o sul foi marcada por este reino e a sua população.
Genocídio, epistemicídio, que a história divulgada na Espanha (e Portugal)  não costuma tratar, ocultação que semelha ser a mão-tenta, e que explica e fundamenta o presente aberrante do Estado.
Como exemplo marcadores genéticos galegos nas Alpuxarras:





Quanto à diferença entre a população galega, galaica, e o resto peninsular:
É explicado pola existência de um refúgio climático paleolítico durante a última glaciação.
Última glaciação que provocou um "efeito de gargalo da garrafa", não apenas na espécie humana, mas também noutras espécies.
Quer dizer: com o frio total, só uns poucos indivíduos sobreviveram isolados do mundo, na faixa atlântica, terras que graças à corrente do golfo não estavam geadas, altura na que a vida no interior da península, na meseta, era quase impossível, por já não falar da Europa.
Considere-se também que o nível do mar estava 200 metros baixo o nível atual.

Então segundo o estudo e análises genéticas referenciadas no artigo analisado, podemos observar que no paleolítico ficaram dous núcleos populacionais, um marcadamente atlântico-minhoto, e outro que se diversificou mais e abrangeu a maior parte peninsular.
Talvez tenha havido mais focos na península, ainda que de havê-los, os genocídios históricos teriam apagado os tais.
No gráfico que acompanha este escrito é a galhada inicial:
Núcleo minhoto e núcleo X (galegonortenho-ástur-catalano-cântabro-aragonês-basco)
Estamos aqui, no paleolítico, onde uns poucos indivíduos sobrevivem, numa obrigada situação de "efeito fundador" que no passo do tempo paleolítico de isolação, leva a criação de uma homogeneidade genética grupal.
O primário grupo tem dous focos:
Um marcadamente "galaico" do Minho, e outro dirianos ártabro-pirenaico.
Mas há que pensar que na altura de máximo glaciar o tal alargado grupo ártabro-pirenaico, apenas estaria na zona costeira, e o degelo permitiria a ocupação dos vales interiores ou mesmo no caso do núcleo basco ocupar a grande depressão a norte dos Pirineus.
Assim seria percebido que o núcleo fundador ártabro-pirenaico, se tivesse diferenciado logo/aginha num grupo galego-norte e num grupo vascão-gascão.
Quer dizer, do segundo grupo, o mais próximo ao minhoto é o galego-norte, e o mais divergente o basco.




Hipótese:




Hipótese interpretativa:
Desta sequência diferenciadora o mais salientável é:
1.A primária separação do grupo minhoto do resto.
O núcleo Minhoto-Douro pudo ter-se estendido para o leste mas a dizimação da conquista apagou-no?, apenas com essas marcas Rio Douro acima? Ou foi a barreira trasmontana? ou que o grupo galego-nortenho lhe barrou o seu espalhamento Sil acima?
2.A secundária diferenciação do grupo basco dentro do grupo nortenho.
3.A terciária diferenciação do grupo galego-norte.
4.A posterior fragmentação do grupo nortenho num grupo ástur-catalão e outro cântabro-aragonês.
5.A entrada histórica, no tempo de Roma, do grupo gascão-vascão no território atual vascongado.







Os núcleos isolados paleolíticos atlânticos estenderam-se de oeste a leste conforme a glaciação foi a menos?
A meseta era inabitável, e a zona mediterrânea um deserto frio.
É por isso que do núcleo fundador galego-norte-cantábrico a parte sediada na Galiza é a mais parecida ao núcleo fundador minhoto?




Assim o titular sensacionalista:
Un gallego es más 'árabe' que un andaluz
tem explicação logo de ser limpado de paradigmas espanholistas.

Os primitivos núcleos atlânticos tinham uma origem comum, como já foi visto. Polo processo de efeito gargalo diferenciaram-se, mas ainda assim conservárom-se próximos geneticamente.
Isto explica o mapa este:

Este mapa costuma ser legendado desta maneira:
La proporción de ancestros norteafricanos en España, más intensa cuanto más claro el color.






Inserido no seu entorno paleolítico é mais perceptível:

Núcleo berbere ao sul, possíveis núcleos tartéssio e da foz do Tejo... (hipotéticos grupos paleolíticos humanos durante a glaciação, a semelhança de outros grupos em espécies animais ou vegetais diferenciados que são achados para essa época, grupos genéticos humanos desaparecidos e aparentemente sem rastro) seguindo para norte grupo Minhoto e grupo ártabro-cantábrico.

De norte a sul a relação entre os grupos paleolíticos "fundadores" foi inicialmente uma continuidade.
Dos núcleos paleolíticos fundadores apenas restam o berbere, o minhoto, e o grupo galego-norte alargado polo Cantábrico.
Na gênese paleolítica no desgelo estes grupos movêrom-se, estendêrom-se diversificando-se, mas a diversificação dos grupos da parte centro-sul da faixa atlântica da Península Ibérica, ficou apagada polos genocídios?
(Confronte-se com o último mapa do escrito).
Que a população galega tenha um 14% de material genético norte-africano pode ser dito de diversas modos:
Mesmo também que os berberes têm um 14% de genes galaicos.
Até o mais equânime: as populações atlânticas originárias do paleolítico ainda partilham um 14% da herança ancestral comum.
Não paga a pena falarmos da obsessão do espanholismo em confundir árabe com muçulmano, com berbere, com moro ...

A peculiaridade genética galega explicada desde a dinâmica de populações e não desde a "etnicização":
O processo de colonização cultural não está isento de racialização ou etnicização, no que a ideologia de um grupo dominante adscreve uma identidade inferiorizadora para o grupo dominado.
Identidade inferiorizada que a pessoa colonizada aceita, faz sua, interioriza e assome, inclusive como marca própria e orgulha-se dela.
(Os Tonechos).

A peculiaridade galega explicada desde a visão colonial, pode ser lida no panfleto La Voz de Galicia:
Galicia presenta un minifundismo genético único en el mundo
El mayor estudio realizado en España sobre el impacto de las migraciones en el ADN revela una endogamia secular en poblaciones gallegas que apenas se mezclaban con otras limítrofes.
Esta parvada tenta explicar a peculiaridade tal que ocorre na Galiza onde é possível a determinação da comarca de onde saíram as avós/avoas e os avôs da maioria das pessoas galegas atuais.
Que as gentes galegas apresentem diferenças entre comarcas, entre lugares separados vinte quilômetros, serve para inferiorizar com a carga preconceituosa que a palavra minifúndio desde o desarrollismo franquista até hoje tem, como marca de "atraso" e não como jardinagem e aproveitamento de recursos para manter muita população em pouco território sem o esgotar, nos séculos passados.Também a explicação endogâmica não está limpa de "crítica inferiorizadora" de uma realidade, como explicação simplista de um feito matemático na dinâmica de uma população antiga que ocupa todos os nichos.

Voltamos ao paleolítico para assentar bases:
Com pouquinhas gentes vivendo na beira do oceano Atlântico, em núcleos mais ou menos isolados, talvez em condições quase polares, começamos.
Estas populações da faixa atlântica podem espalhar-se em diferentes períodos de melhoria climática dentro do ciclo glacial, ou com o ciclo glacial mesmo.



É pensado que as populações da faixa atlântica ibérica durante a época paleolítica puderam ter chegado à costa atlântica norte-americana pola banquisa de geo durante a glaciação, daí a proximidade genética do povo Siux (Lakota) com o marcador cromossômico masculino do grupo R1, assim como também os achados arqueológicos da mesma indústria lítica tanto na Península Ibérica como na América do Norte.

Conforme o clima vai "melhorando" as gentes, os animais, a vegetação avança para o interior peninsular e para o norte da Europa desde os refúgios a sul.
Linhas de dispersão do carvalho, no período post-glaciação desde os refúgios glaciares nas penínsulas do sul da Europa.
Uma versão lavozista da gênese do carvalho na Galiza seria esta imagem inferior: uma aberração, mas não causaria incomodo, pois seria aceitada devido à situação colonial na que moramos:
Conceição colonizadora errada da presença do carvalho na Galiza.

Então como pudo ter sido a ocupação do território e a gênese ou desenvolvimento da humanidade aqui isolada, uma vez acabado o degelo?
Isto vai explicado em modo retranca:
Para a conceição inferiorizadora, a população atlântica paleolítica teria que estar aguardando cruzada de braços ou sentada, a que chegasse a agricultura desde o oriente, ainda e apesar de que as berças medrassem silvestres nos cantis atlânticos, ou que a escanda fosse nativa desta parte, ainda e apesar de que houvesse oliveiras, videiras e castinheiros. Também a gadaria, a domesticação, teriam que aguardar por ela, ainda e apesar de que os uros pascessem na sua volta, e ainda e apesar de que a vaca caldelã tenha uma proximidade genética co uro, quer dizer seja descendente direta dele, ainda e apesar de que os garranos, os cavalos bravos, roessem nos tojos do monte....
Ou doutro modo, já sem retranca:
A neolitização das populações da faixa atlântica pudo, por não dizer foi, fortemente endógena.
Isso não impediu que contatos trouxessem para aqui animais, plantas, técnicas agro-gadeiras do oriente ou da África.
Assim seria possível que:
Uma pronta sociedade neolítica ocupasse e colmatasse o território atlântico totalmente:

https://pt.slideshare.net/asensiosara/la-agricultura-en-la-sabana-africana

Conforme o processo de neolitização avança, a explosão populacional vai ocupando terras e espalhando-se desde o oeste atlântico, com base genética nos núcleos paleolíticos fundacionais, ocupando a península e correndo a Norte, chegando às Ilhas Britânicas, pola atual França arriba, Europa adiante, e mais para alô.
Esta marca da expansão populacional pode ser intuída pola genética (por exemplo marcadores genéticos berberes nas mulheres saami, da Lapônia), no mapa anterior do marcador cromossômico R1, ou pode ser percebida em como ocupou a cultura neolítica, "própria da faixa atlântica", outros lugares da Europa e Norte da África:

Megalitismo


Bom, tudo isto serve para alicerçar que a faixa atlântica neolítica estava cheia de gente, com o território completamente ocupado.
Sim, o pensamento inferiorizador, sobre as épocas do neolítico-ferro, leva a crer que viviam quatro gatos metidos num castro e todo o resto era carvalheira.
Bom, quando Roma domina Gallaecia, manda fazer um censo, e no Convento Lucense, moravam cento e sessenta e sei mil homens livres. Cento e pico mil famílias,  por contar de algum modo, que cada família teria uns seis?, oito membros?, pois gentes que estavam fora de ser proprietários de nada, quer dizer: quando Roma domina a Gallaecia, domina um território dos de maior densidade populacional do seu entorno geográfico. Havia muita gente, estava todo lotado, completamente cheio.
Quando um território está cheio, a entrada de indivíduos novos de fora é limitada, porque não há lugar para o seu assentamento. Ou acontece um massacre, ou andaços que liberem espaço, para que assim os imputs genéticos novos podam/possam ter sucesso.
Daí que, ainda que Roma chegasse a escravizar ou matar, a pegada genética romana é nula na população galega.
Se na Gallaecia (Conventos Bracarense, Lucense e Asturicense) havia dous milhões de pessoas, quando Roma chega.... Quanto pode marcar a chegada de cem mil romanos ou populações doutros lugares sobre esses dous milhões?, uma marca do 5%, que nem aparece hoje.
Ou doutro modo:
Se o território galaico desde o neolítico está ocupado totalmente por descendentes dos dous núcleos inciais paleolíticos, não há lugar para que gentes vindas de outros lugares podam/ possam assentar-se, ou de fazê-lo, a sua participação porcentual no global total é mínima.
Mas sim à inversa:
Os núcleos iniciais, agora com técnicas neolíticas, podem espalhar-se como pólvora por territórios desocupados e explodir em número e diversificar-se; é nesse espalhamento explosivo que acontece a diversidade e diferenciação genética como uma árvore que abre ramos.
É por isto que o núcleo mais nortenho atlântico é o mais "fecundo", não por "potência" mas porque não tem tampa, não tem barreira que o impeça/impida no seu caminho cara leste polo norte.
Ainda assim há que ter em conta o efeito dos genocídios posteriores, a conquista da Hispânia andaluzi, mas o Cantábrico foi habitável, e os núcleos da cara atlântica atual portuguesa estavam mais enclaustrados.

Agora o cerne gordo do preconceito: "a falsa endogamia":
Há uma população que ocupa totalmente o território, sem possibilidades de medrar nele, e sim de sair dele.
Pode ser percebido isto?
Talvez dificilmente, pois hoje graças à ideologia do capitalismo, consideramos que o crescimento é ilimitado; e aparentemente, e falsamente, independente dos recursos.
Estamos numa miragem ideológica.
Bom, no neolítico já podiam estar numa miragem ou não, os recursos eram os que eram. E se uma sociedade viveu desde o quinto milênio antes de Cristo sem esgotar a terra até hoje em dia, seria porque dentro do possível foi regulando o seu aspeto "devorador".
Seria um tipo de sociedade onde como foi até o século passado, o número de casas, de espaços estaria marcado, fixado, limitado, e não poderia ser mais do que era.
Não podo fazer uma casa onde me pete, e plantar o milho miúdo naquela veiga, e levar a vaca a pascer no monte outro. Porque essas terras já são administradas por outras gentes.
Percebe-se a ideia galega "limitante" de lugar?
Ter um lugar agrário é ter um lugar na sociedade e na gênese futura da sociedade.
Lugar como unidade agrária que permite a uma família viver.
Isto aparentemente foi assim desde o neolítico até a desestruturação de hoje em dia.
Este tipo de sociedade que não permite "boons" exponenciais de crescimento, tem a sua dinâmica genética marcada, não porque as pessoas casem dentro da sua parróquia (freguesia).
A dinâmica genética levou a diferenciarmo-nos umas gentes galegas das outras a vinte quilômetros, como único lugar do planeta onde tal acontece; tem de ser isto de muito antigo, já neolítico, porque em dous mil anos, essa diferenciação é impossível ser marcada, pois também a teriam as gentes dos vales pirenaicos ou dos Alpes, de diferentes lugares da Europa no isolamento, onde as invasões não tiveram lugar nestes dous últimos milênios, onde como aqui houvesse uma continuidade.
Mas a continuidade galaica semelha ultra-velha.
Catastro de Marqués de la Ensenada, permitam-me a licença, para exemplificação de modelo de sociedade agrária "sustentável".
No catastro é possível lermos que as famílias tinham "poucos filhos e filhas", dous, três.
Isso era cultural?, ou era mais obrigado pola circunstância vital dos lugares, (lugares agrários)?
A sociedade era fértil, mas limitava a sua explosão.
Podia explodir?, sim, veja-se o caso do ultimo baby-boom galaico rural dos sessenta.
Esta dinâmica de lugares limitados, dá-se também nos carvalhos, por exemplo, não podem medrar mais carvalhos dos que já medram. Numa carvalheira para que nasça um novo carvalho tem que morrer outro prévio, e assim também na época de tantos milênios agrária. Ainda que o seu material genético se mova, o pólen, as landras que nasçam e cheguem a árvore porcentualmente são mínimas.
Mas, a variabilidade genética maior dos carvalhos da Europa está na Galiza por ser um dos lugares mais antigos nos que o carvalho medra.
Pode ser percebido com carvalhos?
Os carvalhos quanto mais ao norte na Europa mais iguais são, porque procedem de uma quantidade menor de ancestres.

Para dizer, a "endogamia" como única explicação da peculiaridade genética da população galega pode servir para quem aceite a inferiorização cultural, sim, casavam entre vizinhos e tal....
Ou livres de tal peja, a peculiaridade genética pode ser percebida como algo fruto da ancestralidade, da abundância populacional, da estabilidade, e da continuidade da humanidade nesta esquina atlântica.
Uma população antiga sedentária e estável, já for de lesmas, de mexilhões...., sem períodos de variações grandes no seu número de indivíduos, por matemática genética acaba diferenciando-se quando é muito longa a sua gênese e continuado o seu modo, porque não lhe é preciso ir longe buscar reprodução, tem na beira bem onde escolher, e porque os lugares vazios dificilmente vão ser preenchidos por gentes de longe, pois estão as pessoas do seu entorno a "brigar" por conseguir um eido, um espaço, há escasseza de lugares, e o excesso populacional ou fica sem sucesso genético ou emigra para a Irlanda, ou vai de transatlântico caminho de Buenos Aires ...

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf_Rks88SK67KCfVzXmzEEC9h8bpgBHdKsbWG2zNBvIBSh4aB8iijjunth6mLsMrrX_euMH_qM0pgplv7CHShvad61pzSgoYUyjpP91jZtxQXLI3TervmhbROsrYFmm86wK6hohL_J33ZL/s1600/FB_IMG_1460121913631.jpg
Mapa das subespécies de píntegas (Salamandra salamandra) que como a espécie humana também sofreu um efeito de gola da garrafa durante a glaciação.
Neste mapa podem ser percebidos focos de sobrevivência atlânticos, cantábricos e outros e como desde essas populações costeiras, fôrom entrando interiormente.
A salamandra para reproduzir-se faz o que pode, como as gentes humanas, mas não por "cultura" é endogâmica. A sua antiguidade e a sua dinâmica levam a poder ser diferenciadas geneticamente umas populações de outras dentro da mesma "sub-espécie".
Tirado o mapa de aqui:
http://cesarluquefotografia.blogspot.com/2016/06/salamandra-comun-salamandra-salamandra.html




Quanto à explicação de que a percentagem de genes africanos é devida a mouriscos assentados ou desterrados para a Gallaecia / Galécia:
A zona da Hispânia sob governos muçulmanos não sofreu genocídio, quer dizer: os mouriscos eram uma população de base hispânica, que sim talvez tivesse uma miscigenação com população berber, ou outras vindas do norte da África, mas isso matematicamente não suporia que a população de hispanos sob governos muçulmanos tivesse percentagens superiores ao 25% de genética norte-africana.
Dadas as peculiaridades geográficas e populacionais da Galiza (a diferenciação genética entre comarcas) que em tempos recentes, no século XVII, ou mesmo anteriormente, durante o período histórico islâmico dominante andaluzi, gentes mouriscas incrementassem o pull genético anorte-africano na Galiza de jeito tão homogêneo, suporia que em cada freguesia assentassem mouriscos e que o seu sucesso genético fosse exponencial, ou que houvesse um massacre de população galaica que permitisse que isso acontecesse...










Desculpem os erros, apenas é um intento de dar jeito ao divulgado enguedelhado.
Grato a quem me deu claves para chegar aqui.











































https://www.nature.com/articles/s41467-018-08272-w#disqus_thread





















































André Pena Granha tem um bom trabalho sobre isto, alicerçado no estudo dos pactos de hospitalidade a três vozes, já na época romana e os foros na época medieval que eram similares, ou o sistema de herança que também foi comum em casas nobiliárias galegas:
Não são os filhos quem herdam, é o irmão seguinte na linhagem, e quando morre este, o seguinte irmão, assim até o último irmão que passa para o filho do primeiro.
Na suspeita que este sistema tivesse as mesmas raízes que o sistema gaélico da tánaiste.
Ambos os modos de herança são consequentes a uma estrutura de clã, de família extensa, que pode ajudar a perceber como seria a população das brigas, as relações humanas, e mesmo as relações entre diferentes territórios e níveis de hierarquias territoriais, também de como este sistema permitiria uma "continuidade" e não uma quebra das unidades governativas, dos limites territoriais.


1 comentário:

  1. Parabéns! Dicía Arsuaga: "el centro de origen de una especie cualquiera se sitúa allí donde la diversidad genética es mayor". E vai e resulta que en Galicia temos unha pequena cuna da humanidade, pero como isto non pode ser, como ía ser Galicia algo así? penso que á frase de Arsuaga habería que engadir "salvo en Galicia, coa maior diversidade xenética do mundo, pero era porque só casaban cos da súa parroquia" 😀

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