Alan Stivell. Prólogo do disco Fonte do Araño de Emilio Cao.

Pedírom-me que figesse a a presentaçom deste disco, cousa que aceitei considerando-o um grande honor, que resulta meirande se se tem em conta que o meu conhecimento da música galega é ainda pequeno de avondo. Com todo tenho para mim que este gesto é como umha ponte galgando por riba do Atlântico, expresom dos vencelhos que juntam à Galiza e à Bretanha, dous países que se atopam, ainda que em distinto degrau na encruzilhada das culturas latina e céltica.

Nom quero fazer colonialismo cultural ao afirmar que os celtas da Bretanha, a Irlanda e outras terras, logo de ter sido afogados até a agonia polos grandes estados opressores (França, Inglaterra ...) sentimo-nos satisfeitos ao ver aos galegos revalorizarem a sua parte da herdança céltica comum para melhor defenderem a sua personalidade nacional afrente a Espanha. Penso que o elemento céltigo é o fator essencial que lhes dá tanto ao povo como ao país galego o seu carácter distintivo.Por outra parte a percura das raigames céltigas pode, com seguridade, ajudar a reforçar a loita contra a civilizaçom anti-humana, estatalizante e arredada da Natureza, que é o legado de Roma; compre inspirar-se no pensamento europeu pré-romano, que parelhamente ao pensamento oriental nom pode conceber a felicidade se nom é na Harmonia.

Alan Stivell.

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