Gallica, gallaecia, gallaecu.
Gall-aecu da Gall-aecia, ou Gallaecia de Gallaecu?
O ovo ou a galinha?
Agalhas, bugalhos, colhões.
Gallot, gallec, gallek, gallais, gallic, gallou : aquele do leste da Bretanha, o idioma romance falado na Bretanha, la langue galloise, de walloise, walhisk, walha.
Wallec: langue d'oïl parlée dans les Pays-Bas.
Walloise > gauloise.
Relacionado com gai, alegre, divertido.
Galeoto, galeote: marinheiro, de galeom. Ou de klootzak escroto, colhons no neerlandês.
Walha, Walh no singular, som palavras que empregavam os germânicos para referirem-se aos povos, às gentes dentro do império romano (celtas, romanos, gregos ...).
Vinha sendo um insulto?, algo semelhante a estrangeiro, estranho.
Garelas: as betanceiras.
Os Walhelos > Garelos / Gharelos, som os que moram dentro do Valado, valo, (walh, wall), dos muros. Lembrar que no começo do Século XX ainda se fechavam as portas da vila de Betanços pola noite, totalmente amuralhada.
Garelo em Ponte d'Eume era, é?, insulto para pejorar a homosexualidade.
Garela de *garella ou de garrula, perdiz na época do cio.
A perdiz gárrula, é a chamativa, a que fala, a que gorjeia.
O gárrulo, a ave gárrula, a ave garrida, é o gaio ou pega-rebordá, o gaio, o alegre, o que chama à vista e ao ouvido.
Mas também pode ser umha ave garula ...
Garulo: aquele rústico desprezado, o paleto, pobre, que come garula, gorolos, grumos, gromos, comida mal feita, castanhas pequenas, patacas ruins ..., que dize garuladas, palavrório sem jeito, charlas, cantos, (nalgum livro inglês, aqui falam do garulus latino ser porteiro, porteador servente, mas esse garulus latino daria para o galego garo (comida campestre, salsa de peixe desfeita), grolo. Grolo, goro é o ovo golo, gólio, sem fecundar, os serventes escravos eram infecundos, estavam gorados).
Para alguns eumeses foi assi:
Os garelos de Betanços.
Os garulos de Monfero, e por extensiom qualquer rural.
Uns eram "da banda à ponte" e aos outros apedravam-nos co berro: "Dá-nhe que é da aldea".
Os garulos calçam galochos, e cobrem a cabeça com galocha.
Galocha: calçado, de gallica solea, gallicula, ou do grego kalopodion, diminutivo de kalopous proveniente kalon madeira e pous pé.
Tamém galocha era, é?, um gorro. O gorro frígio, a monteira?
Por outra parte, do grego Kalia, do sânscrito Kala, com o significado de cabana, caseto, pequeno quarto. Os calaicos som, somos os caseteiros.
Que os gregos clássicos definissem às gentes daqui como kalaikos nom é raro, moravam em cabanos pequenos teitados de colmo, e ainda bem, que havia outros que moravam em palheiros.
Plynio, que nom é mais que umha alcunha grega que significa "o navegante", quando passou o Minho e viu Santa Tegra, nom pudo mais que admirar-se da cantidade de cabanos, casoupas, no monte.
Os povos kalaikoi é de gentes keltois?
Caseteiro é um insulto, os caseteiros eramos a gente que nom tendo terras de nosso, trabalhavamos só pola comida, nas terras dos amos. Quantas aldeínhas ainda conservam casas caindo que nem tinham lareira, apenas um cuarto ...
Kala tem a ver com o preindoeuropeu Kel-, co significado de oculto, dissimulo, agachado, kel dá orige às palavras cela e celeiro, com ambas propriedades: quarto, cabano onde se oculta.
Confronte-se com o inglês kell
Cela-Nova, deve o seu nome a um casetinho bem feito, ocultado onde o Sam Rosendo ia fazer as suas cousas, depois de ter sido vice-rei da Galiza, deixa-o todo.
Kel é umha palavra viva do slang corunho, (gíria da Corunha), co significado de casa. O chorbo cascarilheiro "se nagha pa'l kel", sai do cenário da rua onde faz vida e guarda-se no kelo, na casinha.
E mais, kel define desde o grego aos keltoi, os celtas, os ocultados, os desconhecidos, ou os caseteiros.
O culto a Cibeles começa no 204 antes de Cristo, aqui aparece o nome de gallo empregado para os sacerdotes que atendem a Deusa.
Os gallos venhem da Frígia, levam gorro frígio, a monteira, o gorro dos catalães célticos, o carapucho dos gnomos. Trazem a pedra negra deidificada da Cibeles, som eunucos estrangeiros em Roma, capados. Esta zona mais tarde foi conquistada por Roma convertendo-se na Galatia vizinha da Capadócia.
Mais sobre garela:
Garuela / guarelu; Somiedu, qualifica a rês de má qualidade.
Em Teverga, garela / garelu ye presumía, orgullosa, seca.
Pokorny e Kal Kel:
kal- (1)***, idg., Adj.: nhd. hart; ne. hard; RB.: Pokorny 523 (794/26), ind., alb., ital., kelt., slaw.; Vw.: s. *kalno-, *k̑eipo- (?), *kel- (2) (?), *kel- (3) (?), *klēp- (?), *sē̆k- (2) (?), *sked- (?), *skē̆i- (?), *skel- (1) (?), *skend-? (?), *skēu- (6) (?)
kal- (2)***, kali-***, kalu-***, idg., Adj.: nhd. schön, gesund; ne. beautiful, healthy; RB.: Pokorny 524 (795/27), ind., gr., germ.; W.: ? s. germ. *halēþ-, *haliþ-, *haluþ-, M., Mann, Held; an. hal-r, M., Mann; W.: ? s. germ. *halēþ-, *haliþ-, *haluþ-, M., Mann, Held; s. ae. hæl-e, hæl-e-þ, M. (kons.), Mann; W.: ? s. germ. *halēþ-, *haliþ-, *haluþ-, M., Mann, Held; as. hėl-ith 60, st. M. (a), Held, Mann; mnd. helt, M., Held; W.: ? s. germ. *halēþ-, *haliþ-, *haluþ-, M., Mann, Held; ahd. helid* (1)? 1, st. M. (a), „Held“, Mann, Krieger; mhd. helt, M., Held; nhd. Held, M., Held, DW 10, 930; W.: ? vgl. germ. *halēþa-, *halēþaz, *haliþa-, *haliþaz, *haluþa-, *haluþaz, st. M. (a), Mann, Held; an. hǫl-ð-r, st. M. (a), Erbbauer, Mann
kā̆l- (3)***, (*kō̆l?), (*kō̆l-?), idg., Sb., Adj.: nhd. Gefängnis?, gefangen?; ne. be caught; RB.: Pokorny 524 (796/28), ind., balt.
kāl-***, kəl-***, idg., Adj.: nhd. fleckig; ne. spotted (Adj.); RB.: Pokorny 548; Vw.: s. *kel- (4)
Pré-indo-europeu *kala, abrigo refúgio.
καλιά: ninho, toca
Na língua lakota:
kal /kal/ (contração de kata): adjetivo quente.
Dizermos "sou galego" ou "sou celta", talvez é como se dizéssemos "sou da casa".
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