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A légua




Isto já foi exposto noutros escritos deste blogue:

Esta cousa "rara".
No Zebreiro, existem os topónimos administrativos de: Laguna de Castilla, no lado já sob administração leonesa, a oriente do Zebreiro, e Lagoa de Tablas, na Galiza administrativa a ocidente.
Estes nomes assim grafados, na zona zebreirega, em pessoas falantes não interferidas, são ditos o mais aproximado como Lahũa ou Lehũa.
Entre ambas "lehũas" existe uma légua.
Seguindo o caminho em direção Compostela, a seguinte marca de légua "oculta" está em Hospital, (Hospital da Condessa) no topônimo Chao da Lagoa, que evidentemente é o Chão da Lehũa.
Seguindo para Compostela a seguinte légua estaria entre o Alto do Poio e Fonfria, mas toponimicamente semelha desaparecida.
Desse lugar, entre o Poio e Fonfria, até a seguinte Legua/Lagua, que é o lugar da Lagua da freguesia de Lamas do Viduedo, também haveria outra légua.
Tudo isto é no Caminho Francês, ou Caminho de Santiago.
Para mim isto é chocante, pois estes topônimos aglutinam as palavras lagoa, percebido como elemento da paisagem tumular, com légua, medida de distância (quatro quilómetros e pico neste caminho, é a chamada légua horária, o que anda uma pessoa de média numa hora)....



A ideia é que como outros caminhos antigos, possivelmente já neolíticos, discorrem polo lugar mais adequado energeticamente.
Daí que muitos corram cimeiros polas serras, também estes caminhos correm por limites, não sabendo, de tão antigo, se foi antes o ovo ou a galinha, o caminho ou o limite territorial.
Limite territorial no que na continuidade milenar do neolítico-ferro também foi marcado com túmulos, mámoas.
É essa continuidade que as "léguas", "lagoas", "leũas" falam neste treito do caminho.
Onde a palavra antiga proto-indo-europeia *lakoo deixou a sua marca.
Vede a tumba de Tasionos o nério da Káltia, onde na época do Bronze, *lakoo, segundo a hipótese interpretativa da inscrição da estela funerária, daria nome à cova.
Isto é, *lakoo (cova, buraco) gerou o lago de auga, a légua de distância (por estar marcada com tumbas) e o próprio nome, hoje toponímico, de lugares de enterramento.
Mais palavras do grupo *lakoo que ajudam a perceber: é o nome de quem arranja os caminhos, hoje estradas, o lagoeriro, legoeiro, é o nome das orelheiras do arado tradicional:, laqueiras...
E isto, dalgum jeito, está fossilizado no treito de caminho de Santiago apresentado.

(http://www.wales.ac.uk/resources/documents/research/odonnell.pdf)

Esta distância da légua por exemplo também é vista noutro velho caminho,polo concelho de Sobrado dos Monges.
A norte de Sobrado dos Monges existe o lugar, aldeia, do Amilhadoiro, pertencente à parróquia de São Pedro da Porta.

Amilhadorio de Sobrado

E na freguesia de Carelhe existe umas terras chamadas também de Amilhadoiro, muito perto do lugar de Senim:
Amilhadorio de Carelhe

Entre um e outro lugares toponímicos Amilhadorios há uma légua (4,1Km).
O caminho desde o Amilhadoiro de Sobrado é o antigo antigo caminho usado por peregrinos?, poderia ser. Este caminho sai de Sobrado por Vilar-Chão e na atualidade entra na freguesia de Carelhe polo lugar de Peru-Gil, mas a localização do Amilhadoiro de Carelhe diz que o caminho de Vilar-Chão continuava para Pedra-Lobeira e de Pedra-Lobeira seguia para Senim (que puido/pôde ter sido Sendim?, "da senda").



Na vizinhança de Santiago existe a cidade, do Milhadoiro.
Que distância há desde o original Milhadoiro até as Portas de Santiago, polos caminhos velhos?
Uma légua.
Então Compostela foi quilómetro zero?

https://www.theworldisahandkerchief.com/journal/2015/1/27/day-13-samos-palas-de-rei

https://www.fotonazos.es/2010/10/mojones-e-hitos-kilometricos-del-camino-de-santiago/

O ser humano a amorear pedra para marcar caminho e ordenar o mundo.




















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