© Copyright. Direitos autoriais.

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-mnd-


Mundim de Bivilhe (Sárria). Pode ser visto como a estrada corta um curro de forma de garrafa, assim como corta também as terras da sua rota. Um caso semelhante mais abaixo com Mondelo da Regueira.
Mundim de Vila-Mosteiro (O Páramo). Também com umas terras marcadas em forma afunilada.
Mundim de Perlio (Fene).
Mundim de Luintra (Nogueira de Ramuim).
Mundim de Garabás (Maside).
Mundim de Rio-Torto.
Mundim de Coluns (Maçaricos).

Mundim de Adá (Chantada).
Mundim de Lier (Sárria).
Mundim de São Vreijo (Monterroso).
Mundim de Vila-Uje (Chantada).
Mundim de Búbal (Carvalhedo).
Mundim de Golão / Golám (Melide).

El Mundín (no lado oeste) à par de Corrales de Canillas (no leste) no concelho de Dueñas (Palência).


Mundim da Regueira (Oça dos Rios).







A Mundinha de Abres (A Veiga).




La Mundina, Cala Mundina, (Alcalà de Xivert, Valência).









Conhecendo as variações vocálicas, à par de Mundim seria esperável Mandim:



Mandim (Verim).

Mandim (Verim) na atualidade.
Mandim de Sonheiro (Sada).
Mandim de Varjas (Cela-Nova).

Mandin, em Begaon (Bretanha).


Teimende em Arbo. Tei- é suposto ser casa, do proto-céltigo *tegos. Tei-mende "a casa de *mnd.
Lugar do Mende com ponte sobre o rio Mendo. Lugar onde se juntam cinco freguesias: Bravio, Mondoi, Porçomilhos, Coirós e Colantres. Com dous Mendes um a cada lado do rio.

Mende de São Vicente de Fervenças (Aranga).

Amonde de Mosteiro da Devesa (Palas de Rei). Talvez A Monde?
É observado como está disposta entre os limites da freguesia de Mosteiro da Devesa e da de Berbetouros.
Mondelo de Lestom (A Laracha) com o topónimo Mundins e as Cabras a carão.
Aparentemente antigos curos pecuários.

Mondelo de São Antolim (Sárria).

Mondelo da Regueira (Oça dos Rios), o curro *mond- costuma estar no vale, e tem os seus caminhos que saem de um seu extremo, neste caso: para a veiga do Mendo e para o monte. No alto o lugar da Vacariça e o antigo caminho cimeiro de comunicação longa.
Mondelo com uma superfície de aproximadamente 2Ha.
A Veiga do Mondelo em Louçarela (Pedra Fita).
Onde está o Mondelo ao que pertence esta veiga?
Mondelo de Buxão (Val do Dubra).









Mondelo de Palmeira (Ribeira).

Mondain de Aydie (Pirenéus Atlânticos)
Mondain de Julhac (Corrèze). Como noutros grandes curros assenta nele a igreja da freguesia São João.


Diferentes topónimos com a raiz mnd-:

Mondriz (Castro de Rei). "Do das *mondas"?.
Mondoi (Oça dos Rios).
Mondelos de Santo Acisclo do Valadouro (Foz).
Mondariz em Curbiám (Palas de Rei), Mondariz entende-se como dos da *monda?


Trasmundi em São Jião de Ças de Rei Melide, na parte norte de um grande chousão com bico na igreja de São Tomé de Castro nas Cazalhas. Detrás do -mnd-.


Ao considerar o lexema -mund- como pertencente à camada do proto-indo-europeu, e dar nome a uma estrutura do pastoralismo inicial:
Tara- também deveria estar no mesmo nível "arqueológico do idioma", e seguindo o Mestre Poko
rny "tara" tem uma ideia de "atravessar", entre outras como "ao lado, estar...."
Segundo isto, Taramunde seria um recinto pecuário atravessado, hipoteticamente uma via "cruzou-no" e reduziu o seu tamanho já em tempos muito recuados?
Como pode ser intuído, visto, Taramunde (tara-munde), está ao meio ou está ao lado  do recinto pecuário, hipoteticamente da continuidade neolítico-bronze-idade meia.


Adamonde das Cruzes (Sobrado dos Monges), podemos observar o Castro no seu lado norte e no sul o bico cortado pela estrada.
Seguindo a ideia antes exposta Ada-monde, ada- haveria que descodificá-lo desde o proto-indo-europeu, neste caso seguindo a Pokorny *ad-2 "adequado, ordenado".





Castramonde de Pinheiro (Silheda). Uma *monde num castro, uma monde bem murada?
A confrontar com Mondariz, ("dos da *monde") que tem um perfil alongado.









Sesmonde, Barbeito (VilaSantar), ao pé do castro de Ril.



Sistema de chousas de Sesmonde de Armental (Vila Santar).

Ramonde de Cuinha (Oça dos Rios).

Roçamonde de Pinheira (Sárria).
Roçamonde de Anos (Cabana de Bergantinhos).

Rosamonde de Lesom (Póvoa do Caraminhal)

Raçamonde (Cenlhe). Semelham duas *mondes.
Rasamonde de Cambeda (Vimianço).
Risamonde de Moraime (Mugia).


Gimonde (Bragança).


Gimonde de Vilar de Donas (Palas de Rei).
Gimonde de Veascós (Carvalhedo).


Gimonde de Visantonha (São Tiso).
Simonde, terras na Rigueira (Jove).











Regimonde em Crecente (A Pastoriça).

Regimonde (São Tisso), outro *mnd- numa antiga via principal, ou caminho real / rial
Regemonde, terras em de Ferreiros (Paradela), no caminho antigo de Santiago que passava ao pé da igreja da parróquia.
A comparar com o Regimil:
Regimil de Justás (Cospeito). Um mil num limite rego viário?


Sobre Vaamonde / Bamonde está com maior detalhe escrito neste outro artigo. Deixo aqui esta imagem:
Vaamonde de Couceiro (Paderne de Alhariz).

Outras *mnd-:

Vilar-Gueimonde de Corção / Corçom (Maçaricos). Outros Gueimondes não são evidentes de terem uma *monde.
Tamonde de São Vreijo (Palas de Rei).
Tamonde de Carteire (Palas de Rei).




Vilamunde de Vilar-Maior.


Em Ervinhou (Vale do Dubra) dous topónimos de curros chamativos: Jão do Mundo.


Diomondi (O Savinhao).



Caxamonde de Figueiroã (Paderne de Alhariz).


Sobre os topónimo Argimonde, Arjomil e Argemil:
Descompom-se em dous lexema arg- e -mil, e -monde.
Mil foi analisado como agrupamento, feira, reunia, na ideia do gando é um curro.
Quando a monde, é percebido como genitivo de *munda/monda "do rebanho".
Arge: entendido desde o atual galego é nome do tojo miúdo, e do esterco, Arjão é um estaca usada para empar as vides.
Assim arge- como lexema nestes topónimos poderiam ser percebidos como lugar vedado com espinhas, como lugares onde se estrumava e era recolhido o esterco, ou como curro vedado de estacas.
Arjomil / Arjumil de Ferreiros (O Pino).

Argemil de São Miguel de Anlho (Sober).












Razamonde (Cenlhe); é possível ver o -mnd- a estrutura em curro afunilado como o topónimo Barral marcando a barra ou vedação do curro e no seu leste a agrupamento de casas que poderia ser interpretada como a *Ratha do mond-, "a ratha do rebanho de vacas". Assim os Rozamondes poderiam ser o mesmo que este Razamonde: pequenos núcleos rodeados de valados de terra nas proximidades ou para custódia de um curro de gando ou *monde. Outra hipótese associaria o lexema raza- a rei segundo Pokorny.

Rozamonde de Anos (Cabana de Bergantinhos). É visto o núcleo populacional pequeno de Rozamonde com uma ráth ao seu carão, e no leste um -mnd- como o nome de Remisqueira, tudo isto ao pé do castro de Anos, composiçao territorial similar à anterior analisada de Razamonde.