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Ghidoiro Areoso

Guidoiro areoso é um ilhote ao oeste da ilha de Arouça.
Nele acham-se várias antas, algumas cobertas polas dunas, outras descobertas polo mare.


No tempo culminante da cultura megalítica, no que as antas foram construídas, no 4.000  a. C., e anteriormente, o nível do mar  estava muito mais baixo, tanto que a ilha de Arouça, e os ilhotes não eram tais.
No mapa desenha-se a hipotética linha de costa durante o período do 7.000  a. C. até o 4.000 a. C., tempo no que o nível do mar permaneceu mais ou menos estabilizado, numa cota entre 30 e 20 metros mais abaixo que o nível atual.
Posteriormente ao 4.000 a. C. o nível foi ascendendo com relativa rapidez, em menos de mil anos, quinhentos, alcançou as cotas atuais, inclusive superiores em dous cinco metros no tempo dos 3.000 a. C.

Os estudos que sobre os assentamentos humanos houve no Ghidoiro, falam de duas épocas, uma primeira das antas, e outra posterior no bronze, o concheiro aberto dizem ser do bronze....

As rotas de entrada na Arouça passam polo sul de Sálvora, para depois aproarem entre a ilha de Rua e os Ghidoiros. A boca norte é mais perigosa pola quantidade de baixios.

A maior parte das etimologias referem guiar nas diversas línguas europeias ao gótico *widan, com o significado de "juntar-se", a través de um latim popular guidāre, "guiar".
Guidar é verbo no galego, tido por arcaísmo, entronca com o francês guider, o italiano guidare, com o occitano guidar, com o aragonês guidar...
Que tem esta etimologia baseada no widan germânico?
Pois que é um conceito abstrato, é um verbo que vai passando de um idioma a outro, mas sem um objeto concreto que dê raiz; assim *widan / *wītan, aparentam-no com o anglo-saxão wisian "guiar, regular", com o alemão weisen "indicar, mostrar" e com o latim videre....

Friuch é um nome gaélico nas lendas do "ciclo do ramo vermelho", ciclo do Ulster, ou no seu nome gaélico an Rúraíocht. Dá nome a um porqueiro, a um pastor de porcos, aparentam Friuch com o galês gwrych com o significado de sebe, vedação, valado; e as formas semelhantes de gwyddi e gwrychyn, da raiz gwŷdd, /ɡʊɨ̯ð/ "ramalho, ponla, árvore, arbusto, estaca, vara, árvore genealógica".
Com também o galês gwiail "haste, galho, verga" e o bretão gwial "haste flexível, verga".
Aqui está o porquê guia no galego ainda conserva com força a ideia de pau, de vara, de ramo?
Guia: rama del árbol, alta, gruesa y derecha, que sale directamente del tronco.
Confronte-se que guia dá nome ao cordão umbilical, e no galês faz referência à árvore genealógica.
Guia vegetal gwŷdd que tem por parente o guiço?

Esta é a linha céltica que explica a guia, desde a guia como verdasca, a ser guia a vara de mando, a vara que guia o gado, a vara de mando que guia o povo. Explica assim o guion castelhano, o traço, o signo - .

Galês

Substantivo

gwiailcoletivo

  1. haste
  2. estaca; sebe feita de estacas
  3. vergasta, vara flexível; chicote
  4. galho, pau
  5. bengala; aguilhada
  6. ceptro, bastão de autoridade
  7. (Anatomia) pénis
  8. (Náutica) verga, pau que sustenta a vela
  9. vara pelo comum de aveleira, usada para medir o comprimento do cadáver e assim fazer a cova
  10. poleiro, vara do galinheiro onde as aves dormem
  11. lança, flecha
  12. (figurado) descendente; ramo familiar, linhagem

Formas alternativas

  • gwial, gwyal

Etimologia

De uma hipotética raiz céltica *u̯ei-*u̯ei̯ə-*u̯ĩ "girar, torcer, cambar". Confronte-se com o latim vieo. Cognado do bretão gwial.


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