A infeliz ideia de tratar palavras como barbarismos

Remexida foi, ou é, a busca da etimologia da palavra baú, baúl no espanhol bahut no inglês e francês...

Entre as palavras proscritas por barbarismos no galego e asturiano que nomeiam ao baú estão:
Baiul, baiulo / balhul / balhulo, grafadas também bayul, bayulo.
Bagul e bayul.

Estes barbarismo dão o fio do que tirar se se quer chegar ao vácuo, à vagoada ou vaguada, ao vau, ao vazio, ao vale,ao espanhol valle, ao balheiro que é baleiro, ou à bagagem, mesmo a the english bag....

Que estou a dizer?
Que novamente a raiz de um tal protoindo-europeu aqui nesta esquina tem deixado muitas pegadas.

No ladino baul é tronco.
Poder-se-ia entender que os primeiros baús eram simples trovos, troncos ocos ajeitados para guardar utensílios, roupas, e é por isso que o baú conserva a tampa arredondada?

Confronte-se com o occitano baguièr que é um cofre pequeno, baguièr, que em tradução literal seria um bagueiro.
Baguièr occitano, também é nome do loureiro, isto é: bagueiro como nome do arbusto das bagas, ou lorbagas.

Podemos ir achando uma relação entre a baga e the bag?

Poderia ser que as bagas, las bayas se guardem no bagul, bayulo baiulo?
Os ouriços dos castinheiros debagam, esbagam, esbagutam quando abrem e caem sem serem vareados ou arrebolados, são bagas, báguas, bagulhas...

Baga, que é maga?
Há no bretão maga, que é o verbo alimentar.
Depois no galego há magote, que é comida mal feita, "comidote / comiducha".

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