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Cabaça


As diferentes sapiências do planeta som como retalhos, pedaços, capítulos dispersos dum mesmo livro, que é fermoso reunir.

É muito interessante fundir esta image-ideia da cabaça lanterna guia do Arcanjo Rafael e a cabaça da cultura Yorubá, onde Ossayin pendura do galho dumha árvore a sua cabaça com plantas curativas, ou mesmo a cabaça de Oxum, com essa ideia de receptáculo de saber e mistério.
Completa-se a cabaça-báculo "judeu-cristiana" do Arcanjo, unindo-lhe o egó de Exu, que é um cetro fálico feito com cabaças e búzios.
Nesta uniom, aprofundando um pouquinho, vê-se como o símbolo da virilidade, tem umha parte grandemente feminina que é a simbólica cabaça luminosa, falo, faro, farol, cabeça, ou glande que ilumina.
Entenda que numha suposta cultura galaica perdida o glande, lande, landra, bolota, é fruta do sagrado carvalho/caralho, árvore de Zeus, macho máximo, quem no seu extremo de amor é feminino.
Chegados à Galiza, os peregrinos vinham e venhem apoiados num subliminal cetro fálico, por tradiçom "acuminado" por umha cabaça que tem confundido ou esquecido o seu simbolismo entre a auga e a luz.
E chegam visitar umha Porta Santa ...
Estamos numha transformaçom do falo como espada castigadora indo mais alá de espada flamígera, chegando até fonte de froita, fruta, fonte de alimento e luz.

A ideia de que a cabaça pendurada da vara leve água e não luz, tem umha componente diferente, e nem por isso é ,tal pensar ou açom, errado, apenas outro jeito, outro reflexo doutra imaginaçom.

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