© Copyright. Direitos autoriais.
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Cailleach
Andei perdido nas brêtomas, no cáligo do passado.
À deriva pola nossa mar oceana.
Nas califórnias e furnas, ouveando urco, perguntas sem texto.
Vou de ida e chego de volta, quando já fora ...
Orfo, perdido da nossa nai e do nosso pai.
Colho um caiuco de vímbios, um caniço de coiros grassados e boto-me ao mar.
Cailleach vinha de volta, da mão daquele romantismo céltico, no bico do maçarico.
Mas sempre estivo aqui, no nome do Porto de Cale, e no nome da nossa Calaecia.
Nada sabia.
Cália deixou o seu rasto no começo mesmo da história, mas esquecim, nas terras do seu nome, e foi daqui ( http://purl.pt/14192/2/ ) que eu lim, a estória de Callia, Calia ou Calsia galega.
É Calia a velha da noite Cailleach, a coruja, Core, Prosérpina do inferno. A coruja Atena, a coruja Minerva. Ishtar, Ashtarté, cos seus mouchos da noite. É Cailleach Kali.
Aqui, tam evidente como oculto, o cálice de la Galize.
Pois nom pode ser outro o símbolo e as letras da nossa Terra Nai, Kali, Cália, Cálice.
A calimbórnia galega, com o seu simbolismo embarnado e ocultado na caligem, na bornalha dos tempos. O cálice borno é o bernegal tépido, a copa morna, da negritude, da bruma, do born inglês que é vir à vida e levar, portar, carregar, na calhe da ursa, na senda da osa, bear, ber e Verna.
Kali a ursa negra prenhada do inverno noite.
Kali trai a calaza, a pedra borneira, a negra pedra, e a pedra bornaz, a caliça.
Kali vai dar um borneo, e ornea um uivo que torna o medo da treva.
Kali é a cinza do vegetal queimado.
Kali cala, mede e aprofunda, qualifica, tira a palavra.
Kali pare o ornito pola boca em canto de calandra, em chama de chamamento à humanidade: o kalo, e a kalinha, o galo negro, Ela, depois de ter calhado o sangue do asura, dá forma ao ego-maia, cuspindo a matéria revirada em forma.
Kali, καλιά, está na cela, no celeiro, na cabana, no ninho, e no cavo profundo; pois na oseira e osseira ela mora, na cave celta: Célia, a da casa, a cuidadora, a guardadora, a zeladora do kelo, da cabana do keltoi. Céltia, keltia.
Kali célebre nai da celeste Ceres, a do celibato da filha, o zelo do bato, o elo possessivo dos pais.
Kali é kala, gala o ornato e o ornito, a chamada ao júbilo (to call), o galo e a Gala. Uma das múltiplas faces da divindade feminina.
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