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A voltas com o Zebreiro

O Zebreiro tem uma etimologia que  nos fala dos zevros ou zebros, uns equídeos selvagens próprios da península ibérica que foram dizimados, os últimos exemplares creio que pelo 1.700.



Então é de pensar que no Zebreiro havia zebras.
O nome de zebra fazem-no vir do latim equifera ou ecifera.

Na ideia de que o galaico falar tinha fortition e lenition....
Há um grupo de palavras com este radical do Zebreiro que compre mirar:

febra, febera, fera
febre, feble
februum, purga, febre,
februum, februa, februus, purificador, purificadora.....
Febrido : brunhido
Aqui acha-se a ponte com xebre, e em xebre, ou enxebre, que vem sendo puro, neto, limpo, sem contaminar, por isso o separado é o limpo, e por isso aparece toda esta outra reste de palavras, de separação e pureza:

sebreiro
xebreiro
sebe
xebre
xebrar / xibrar
xibrelo
gibreiro, jíbaro

xebra, xeva, seva
Esta família dá ideia de separação.
Estariamos falando entom que o Zebreiro é, não o monte das zebras, zebros, ou zevros (azevinhos), é o monte da separação, o monte da linde.
Ou o monte da pureza?

Cebre: terco, duro difícil de domar.


Seja pois por um lado ou outro tanto o Zebreiro como o zebro e a zebra, são os separados, os puros.
Zerba /cerva e zebra venhem do mesmo.
De  acerbo: rude, áspero, de sabor forte.
Cebro: acivro, cibro, o que separa...
Aqui salientar o verbo cibrar, que além de vibrar com as formas cimbrar, cimbrear, também significa: chantar, espetar, cravar.
Com a forma cibar que é uma variante de xebrar, separa a cria da nai, separar do rebanho da vezeira o gado para cada casa,
Significado de cibrar que abre a porta a topônimos do São Cibr
ão / Sam Cibrám como pode ser o monte eremitório de São Cibrão que separa quatro concelhos e cinco parróquias: Seoane (Alhariz), Guilhamil (Rairiz da Veiga), Berredo (a Bola), Parda-vedra (a Bola)  e Corvilhão / Corvilhom (a Merca)





O Cibrão em Santa Maria de Outeiro (Cospeito), fazendo limite com Santa Marinha de Muimenta (Castro de Rei).


Cibrám de São Salvador do Rio (Vila-Marim) lindando com Santa Maria de Orbám.



Monte de São Cibrão (Cibrám), também conhecido como Cidrão / Cidrám, entre as freguesias de Tomeça e Marcão (Marcom).
São Cibrão (-ám) separando Aldão do Hio. Também com o Monte São Cibrão como topónimo separante.


São Cibão (-ám) , o Penedo de São Cibrão marcando a xebra, a separação, entre São Julião de Gulães /hu.'laŋs/ (Ponte Areas)e São Martinho da Piconha (Salceda de Caselas)..


 O nome próprio Cibrão tem a forma parelha Cidrão / Cidrám.
Toponimicamente lugres chamados Cidráns e derivados também são lugares que marcam limites:
Cidrám: umas terras entre as freguesias de Santa Cruz e São Mamede em Vedra.
Cidrás entre Marim e Mogor.
Cidrás entre Combarro e Poio.
Uma palavra próxima no latim seria citra, "deste lado", advérbio que indica também a parte leste de um território, por onde nasce o sol.
Dai que no sânscrito चित्र  (citrá) seja "brilhante".
Pode ser percebida pois a relação entre o sol nascente do leste e os cítricos?
Seriam pois estes topónimos cebr- / cedr-, que aqui se esmiuçam, nomeados desde um lugar ao oeste e por onde é visto nascer o sol?

Sidre de Froufe no limite com Espinheira (no Irijo).

Cebra brava, carne de mau sabor por nom ser condimentada.
Então temos esta sequência cerv- cevr- sebr-/ serb- , como rude, rabunhento, selvagem, separado...
Anda aqui o serbal, outra árvore distanciada e montanhesa.
Mesmo a sidra como separação?


Então ao lado do serbal espanhol temos o cerval, o tigre cerval, o lince...
Que por sua vez salta sobre o cervo xebre cebro ....

Então, o alicerce está no acivro?
Semelha-me que sim.
Essa sebe de jardão / xardom?

Então o berço indo-europeu para esta palavra semelha ser cá.
Desde aqui semelha que a gênese das palavras chega a explicar a etimologia do mesmo latim.

Como irmos do xebrado ao separatum?, de ida ou de volta?

No latim, com mais estudos, fala de se-parare, como se-paratum, paratum logo à parte ou parado.
E o prefixo se-?
Dizem que o mesmo se- já da ideia de separar.
xe-brar?

A ter em conta o francês sevrer, que é parar de dar leite a nai, desmamar.

No gaélico antigo terba "separação, corte divisão" com o verbo terbaid "separar, cortar", com o descendente gaélico escocês tearb  (/tʲɛ.rɛb/) "separar, especialmente um animal ou grupo de animais de um rebanho; desmamar" ; também no gaélico manquês charbaa /tʃar.ˈbɛː/ "separar a cria da mãe, destetar, separar, excomungar" (salientar a proximidade com xebrar).
Confronte-se com o gaélico antigo treb "tribo ou treba".

Xeva é um arcaísmo, com o significado de selva.

Também outra palavra que reforça este fio é chivar, que é o mesmo que xebar, separar o gando, chivar dá a palavra chiva, que é a separada.
Confronte-se com chèvre.

Chivar / cibar / xebrar com o mesmo significado e a mesma raiz fonética.
Acibar é o mesmo, separar o gado do rebanho comum quando vem de volta da vezeira, e acibar tem o acivo na sua veira, o separador o da sebe (*).

O salto consonântico  acontece com neverisca ou nevrisca, ou nevriscar, derivarivos de neve, mas depois há feberisca como nevada fina con vento ao lado de cebrisca....
Vemos como a nev(e)r-isca, passa a fev(e)r-isca e a cev(e)risca.
Uma mudança consonântica do céltico?

Do cibro ao ciprus, ou chipre é pouco passo.
Se o acivro é o separado ou separador...
O mesmo cipreste, cyprus é o separado, e a mesma Chipre é a separada.
De onde o cuprum é o separado.
E o escupro, escrupo é o "escrúpulo" que nesta terra não é eufemistificado com diminutivo escrúpulo...
Ter escupro / escrupo, separar por nojo.


(*) o acivo na ideia de acivar/ acibar, chivar, separar, é usado para fazer a sebe, a vedação a separação entre prados ou terras agrícolas.
Outra planta que recebe um nome semelhante á a filseira (alfena, aliste, Ligustrum vulgare). Filseira é a do filso. Filso é palavra pouco conhecida que significa linde, limite, sendo pois a filseira a lindeira, pois é que com ela é feita a sebe.





axivo, azevedo, azevicho, azevo, azeveiro, azevro, aziveira, azivinho, azivra, azivreiro, azivo, azivro, sardão, xardão, xardo, zevro, zivro


*kwerb- *kebr- / *pebr-:
Por um lado teriamos a gênese interna do acerbo, azibro, cibar, chàvre.... xibr- ximar- vimar-, , e por outro apenas o de pebre / prebe पिप्पलि , piper, o picante.

Assim os Cerv- poderiam ser percebidos além de como cervídeos como limitadores, montanhosos , separadores, Vila-Nova da Cerveira, Cervantes, Cermuço



Sebrás de São Tiago de Doncos limitando com São Cosme de Nulhám



Sebrim de Santa Maria de Nebra, microtopónimo, no limite com São Vicente de Noal (Porto de Oçom)


Zebro:boi novo em Valpaços.
Zimbru no romeno "bisonte". Com as formas eslavas do proto-eslavo *zǫbrъ: ząbr antigo polaco; зубр (zubr) ucraíno; zubos eslovaco; зу́бър (zúbǎr) no búlgaro....
Veja-se a relação entre sebe separação como zimbru e cimbro "cômaro, cume" ou o asturiano cimblu / cemblu.


Toponímia do Concelho de Antas de Ulha por Nicandro Ares Vazquez, Revista Lucensia:
Cibreiro, nome parroquial e dunha aldea única, escrito Cevreyro en 1254 (CDO 714) e Zevreyro en 1269 (CDF 212) e 1293 (CDO 1236).


Segundo o exposto é possível lançar a hipótese que como mínimo no âmbito galego é possível observar uma génese de uma protopalavra
*kwerb-
Que na linha Q e linha P gerárom diversas palavras que levam em si a ideia de separar ou distanciar
*kebr- / *pebr-:
Por um lado teriamos a gênese interna do acerbo, azibro, cibar, chèvre.... xibr-, xebre ximar- vimar-
E por outro apenas o de pebre / prebe पिप्पलि , piper, o picante.















Ce-cebre?, Sesebre
ceb
lebre
lebre, lebro
nebre, nebra, nebro
pebre, pebra, pebro
quebra, quebro, quebre
rebro, rebra,  rebre: revo, rebo
tebro, tebra, tebro
vebro, vebra, vebre




Cibrão: terra dura e com xabre.



Zebro entre São Cristovo de Xavestre e Santa Maria de Chaião (-ám) (Traço).

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