Santa Quitéria foi nascida na Callaecia, irmã doutra santa martirizada, se quadra com mais sona: Santa Marinha.
Filhas ambas elas, do multiparto de Cálsia ou Callia, mulher de Lucio Castelio Severo, para os cronistas espanhóis e Lúcio Caio Otílio para os bracarenses, um governador romano da Gallaecia e Lusitania, em Baiona dizem uns, outros de viagem por terras galaicas acompanhando ao imperador Adriano.
Cálsia dá a luz, na viagem, ou em Baiona.
Fôrom nove nenas nascidas num único parto. A mãe, por medo ao pai, decidiu afogar as bebés no Minho, ou noutro rio, mas a ama, Cilia, repartiu-nas entre piedosas famílias que as criárom no cristianismo aquele antigo.
No conto espanhol Cília busca famílias de acolhida pola sua conta.
No conto galaico-bracarense Cília leva-lhas ao bispo Ovídio (logo depois Santo) e este reparte-as entre as famílias cristãs, tudo as suas expensas.
O tal governador Lúcio, passado o tempo, conhecendo da existência de Quitéria e sendo do seu sangue, quere-a casar com um home Germano de nome (ou de naçom?), ela recusa-o e decapitam-na, decapita-a o mesmo home que a desejava por mulher, tudo isto para os espanhóis ocorre na Aquitânia em Aire-sur-l'Adour, (Aira em gascom), na via Podiensis do caminho de Santiago.
A Santa Quitéria morrente, recolhe a cabeça decepada do chão, e sai caminhando até um lugar vizinho onde será soterrada.
Nas crônicas galegas de Braga acontecem os feitos aqui mesmo, no Monte Pombeiro ou das Maravilhas, perto de Felgueiras.
A estória espanhola conta que as nove filhas de Calsia / Callia saem polo mundo adiante fazendo trabalhos santos, e todas acabaram martirizadas.
Santa Quitéria morou um tempo nos bosques, montes da Callaecia coas suas outras irmás, e depois foi à Gália e pola Mancha.
Santa Quitéria quitava a raiva dos cans.
Santa Quitéria (Kythere ou Kuteria, a Vermelha), para os cronistas espanhóis, é morta perto de Toledo, em Marjaliza, tamém depois de decepada sai caminhando coa cabeça de baixo do braço.
Mar-inha.
Mar-jaliza, Mar-ghaliza.
A crônica francesa afirma que era filha dum rei visigodo de Tolouse, Quitèrie também nom quer casar com o pretendente, foge para Aira, converte-se ao cristianismo, fai votos de castidade.
Quando Germano a decepa, no lugar que cai a cabeça sai umha fonte, hoje venerada para as dores dela.
Quitéria recolhe o seu caput e leva-o a eira da casa onde a enterrarám.
O relato francês situa a Quitterie polo quatrocentos e pico, o galego e o espanhol polo ano cento-e-vinte.
As nove irmãs coincidem nos seus nomes, em todas as três relaçons (francesa, espanhola e galega) excepto Dode, francesa, que deve corresponder com Eufémia / Eumélia.
Marinha, para os gascons é Mère. Mar e Mai confondem-se.
Teriamos entom que Santa Marinha é umha mulher do mar, ou umha madrezinha, umha madrinha, umha mãe pequeninha.
A deusa vermelha (Kythere ou Kuteria), é a deusa semita Astarté.
Astarté a deusa das bestas (Quitéria com os cães enraivados), semelhante a Kali, Gaia, Gea, Rea.
Kali ainda que é representada como negra, tem que ver muito co vermelho, Kali tem a língua longa para na sua batalha co asura, lamber cada pingoada de sangue que o batalhante derrama.
O sangue do asura tinha a capacidade de ser como umha semente, se caia na terra nascia dele outro asura, por isso Kali é a da longa língua vermelha, que lambe, bebe o sangue do oposto.
Na sua raiva guerreira umha vez que decapita o asura, segue destruindo-o todo, Shiva deita-se diante dela, consegue pará-la.
Criar, cuidar e destruir: Pachamamita del alma, a Hecate, Trívia. Umha Diana, umha Ártemis.
Tamém Astarté foi umha raínha divinizada: Semiramis.
Significado de Quitéria: no grego, aquela que liderou a um povo. Isto atopei-no na rede mas nom dei com fio nenhum, talvez essa divinizaçom dumha raínha sábia?
Outra definiçom, orige do nome de Quitéria, neste enlaço, é de Xitone, túnica curta, sobrenome de Artemisa. Entom Quitéria seria umha Mahavidya de Artemisa, (um aspecto).
Les huit sœurs « jumelles » de Quitterie étaient Bazeille (Basilisse ?), Dode (l'église de Sainte-Dode, dans le Gers, était primitivement dédiée à sainte Quitterie), Gemme, Mère, Germane, Livrade (Libérate), Marcienne, Victoire
Para os portugueses: Quitéria, Basília, Genebra, Marinha, Germana, Liberata, Marciana, Vitória, e Eufêmia.
Para os espanhóis: Quiteria, Marina, Librada, Victoria, Germana, Eufemia, Marciana, Genibera y Basilia.
Eufêmia também é chamada de Eumélia.
http://purl.pt/14192/2/
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