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Sapata e çapato

Sapato de sappare, (escavar, sapar), semelha latino puro, calçado sapato.
Como é que de sapatum não saiu sapado e sim sapato?
E a sapata? A sapata como cunha de madeira?
"Sapato de pau" foi, é, nome para o soco / çoco /zoco.


Nas falas de transição entre o galego e o asturiano existe xapiar com o significado de andar por aí de rebuldeiro, à par que no corunho, gíria da cidade da Crunha, há zapear, que é correr...
En La Pontecastru (Tinéu) l.lamamos zabolos a los chanclos.

O que me levou a pensar que o antigo sapato seria um cepo sapado, ou zapado, com uma zapa ou sapa, com uma ferramenta que cava a madeira....
Um nome para um soco ou soca, mas este çoco sapado, tinha que ser de uma camada cultural superior no tempo à céltica, post-romana?, o que me faz pensar no suevo, ou num latim medieval?



http://asturias.grao.net/oficios/madreneiros/madreneiros.ht

Então, em qual romance se conservou o -t- intervocálico dos particípios?

Sim, no italiano mas ali não se acha sapato por nenhures, nem o verbo sapar...
No catalão sabata..., o -p- intervocálico sim passou a b...
No ocitano? Sabata.
No aragonês, sapato é o particípio de sapar. Então em aragonês o sapato conserva a sua raiz tal qual pois fala de lavrado, cavado...
Há muita possibilidade de que sapato seja um aragonesismo.
Achava pois sapato / çapato, como algo fossilizado na evolução língüística no espanhol e no português, onde seria de esperar uma forma como sabado.
Assim no francês savat foi savate "sapato velho", no francês antigo chavate, çavate.

Sapato, çapato em época medieval, que dizem as etimologias dos dicionários derivar do turco zabata, do árabe vulgar sabat...

Ou seria que ao sábado se calçava o sapato e se mudavam as sabas (σᾰβανον)?
Talvez era a noite de venres para  sábado que os Σάβος, atendiam ao Sabazios, e explicavam a sabedoria.
Noite e dia da σάβυττα  ou da σαβαρίχις (cona), noite da vulva que vinha desde que a Vesna, a Verna se deitava na noite de venres para sábado
.

Noite do trasgo que rompe copos, do σᾰβάκτης.
Dia, noite da sacudida, ou sacudidela, xabaneta da σᾰβάζω.
Noite da ninfa Σᾰβάζω....
Noite do berro do canto σᾰβαῖ.

Então estão dizendo que o sábado se chama sábado polo Sabbath, que tal e que qual, e alguns dos idiomas europeus aceitando isso e dizendo que o seu Sábado deriva do hebreu, desta palavra...

Que שַׁבָּת  vem duma etimologia que derivam de dia que não se trabalha, do descanso...
Pois não!
Deriva do ato copulativo que ocorre na noite da vénus, para o sábado.
Da união da energia da sexta-feira, dia venres, (energias que oscilam nos dias da semana lunar de yang a yin), com a energia que é a do dia sábado. De onde nasce toda uma família léxica grega arriba exposta com radical sab-.
Então o sábado  não é sábado por ser o dia do Sabbath, senão por ser o dia da união da ninfa Σᾰβάζω com o Σαβάζιος.
Ambas as divindades tal qual, mais claro auga, copulam essa noite:
A Σᾰβά-ζω, a Sabazoo, Saba-vida, a Saba-animal. e o Σαβά-ζιος, o Sabazios, Deus Saba.

ζω é partícula grega que se refere à vida terrenal animal.

ζιος é o mesmo que Zeus, que Deus.
Estamos diante dum yin, matéria, a juntar-se com um yang imaterial.
Na juntança do empírico com o racional acontece o saber, que não é outra cousa mais que uma face pequeninha do grande acontecer que é o amor.

Onde está pois a origem do nome do dia sábado?
Sábado persa:  شنبه  (Shambe).
Sábado anglo-saxão Saturday.
Sábado gaélico Dé Sathairn.

O sábado persa Shambe enraíza com ensamblar e com o samba, é o dia na cultura persa no que se considera que começa a série semanal , é pois o dia que ensambla uma semana com outra.

No galego velho e das esquinas, há a palavra sabadal, que significa semana de sábado a sábado, longa jeira talvez marcada por ser sábado o dia da sabadeira, da enfornada, da cozedura do pão, e fixar, sapar, um dia no que começavas almorçando pão velho, ressesso, esmigalhado nas sopas, para acabá-lo ceando como pão novo.

O Saturday é o dia do Saturno.


O Dé Sathairn gaélico...., evidencia a relação de Satã com Saturno.


Então agora entendamos a castração da feminidade, como se oculta de Saturno, ou mais bem o seu satélite de auga.

Entendamos  a história  da rainha de Saba...

Saba é pois logo a africana, (Afrodite) que se une com o personificado rei-divino.
Apenas a rainha-divina, na harmonia conceitual, pode ter por consorte ao rei divino.
Por isso a rainha de Saba, pode ter sido, não só a rainha de um reino material perdido nas areias, no xabre desértico, mas sim a monarca de uma sabedoria que uma sombra lousa, no rodopiar da era, ocultou.
Estamos na bíblia assistindo ao encontro e posterior desencontro do que pudo ter sido a união frutífera das duas energias do saber.

Saber que ao não se equilibrar entre o yin e yang, no caso do Salomão, deriva em vaidade, luxúria, gasto, metáfora da raiz da sabedoria na vida ocidental atual, com as suas universidades e centros científicos.
E no caso da rainha de Saba é perdido no deserto, misticismo retirado das esquinas e marginado, saber intuitivo que desaparece das cátedras e dos centros de decisão e poder.


Saba na celticidade, além das influenciadas pola denominação do dia sábado, está divergindo na palavra sab, saba, irlandesa com o significado de eixo, poste, estaca, empunhadura de faca, propulsor de lança.

Saba no mundo germânico anda polos sucos e seivas, polo mosto, com o inglês sap, com unturas também, que vão dar ao sebo.

Nas línguas da Ibéria é que o sapo leva tal nome, sem parentes nas línguas românicas.
Sapo das sábias, talvez pola buforrelina?

Também o albanês zhabë é nome nome para o sapo.
No russo sapo é жаба, (žába), raiz que aparece em algumas línguas eslavas mais.
Sapo é uma pequena concavidade onde encaixa o ovo dum eixo, sapo é um coução, algo sapado, cavado, uma covinha.
Sapo foi um amuleto de meigas, a jeito de escapulário, que continha um esconjuro, mais tarde mudou num amuleto de metal em filigrana.
Pois é que o sapo mora em pequenas covinhas, oculto ao dia.
Uma sapa é um aluvião de terras e auga.
Um sapelão é um empuxe de abaixo para cima.
Zapa é o buraco superior das cubas do vinho, também uma trapela, uma porta no tecto, ou no piso duma habitação.

Então naquela inicial fala, a raiz sap-, sab-, começou sendo a sapa, a entrada no desconhecido, a escavação da forma, o que deu, e dá a inicial sabedoria.









Não falo mais, pois quem queira entender, entende.....





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Sabujo, sabaio e sabelo, sabor, seiva, sábia, sabina, Sabela, sabadal, sabejugueiro, sabadeira, sofia, a rainha de Saba e sabugo herdam esta energia da noite da sexta para o sábado.

jabali, jabato


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Uma brincadeira de bonecas russas?

Σᾰβάζω,Σαβάζιος, descompõem-se em Σᾰβά mais duas partículas que identificam à feminidade divina e à masculinidade divina ζω e ζιος.

Ζω tem a ver com zoo, com a vida, e com a Δεῖα.

Ζιος com Zeus, com Deus.

Σᾰβά pudo ser nome já divino, pois σαβά derivaria de Δῖαβα, com talvez um passo intermédio de Ζῖαβά / Ζαβά.

Δῖα
βα, (Diaba) é a Dia, a Deia inicial desta seqüência.Portanto sabemos que as deusas e os deuses iniciais foram mandados para os infernos, polos novos cultos...

Que é pois 
βα?

Δῖαβα,(Ζῖα-βά / Ζα-βά), Σαβα.
βᾶ é o apócope da βᾰσίλειᾰ  (Basileia) e do βασιλεῦ, (Basileu).
Estamos falando de Σαβα, da Deia Rainha, da divindade básica


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rebollu sapiegu









Galocha por Trás-os-Montes é uma bota de goma, ou um chanco de goma que é usado como sobre-calçado, para meter dentro uma sapatilha, polo Zebreiro, Courel e Berço uma soca.

Um sobre-calçado, que também assim é chamado galoshe no inglês.

Dizer que galocha tem a forma parelha galorcha e que galorcha, com o seu apócope lorcha, dá nome a sapatos velhos, na hipótese frequente na que a palavra antiga fica para dar nome ao objeto antigo ou pejorado, enquanto a palavra nova entra para dar nome ao objeto novo ou de superior qualidade.
Assim no Asturiano madreña é a soca nova enquanto que galocha é a soca velha.


Que o espanhol tem a forma galocha.

O catalão galotxa.

Que as hipóteses etimológicas fazem-nas vir de gallica, ou mesmo gallicula ou καλοπόδιον (kalopódion)

καλόπους "sapato" (de κᾶλον "madeira" + πούς "pé").


Que galocha também é um tipo de pucho, que no francês não é chamado galoche, mas petit calo, ou calotte.

Que em em Trás-os-Montes uma galocha também é o primeiro suco antes de abrir uma vala maior....

Talvez aparentada com "cala, caladura, calado".

Albanês kall "pôr dentro, insertar".

A antiguidade da palavra também pode ser alicerçada polo seu significado em asturiano, além de dar nome à soca, também dá nome, galocha, á bezerra. Do mesmo modo que bezerro dá nome a calçado de coiro forte.

A hipótese lançada é que galocha leva em si o lexema kal com a mesma ideia que que tem em "calar um sombreiro", em fazer uma cala ou caladura.
Estariamos no buraco.

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