Otra vez col guaxe.
Toi cun filu de pallabres de raiz "gaj-" que van dar a
-gajo (español) pedazu
-gajo (gallegu) pedazu y vaina
-gajeira (gallegu) xudíes o fréxoles
-gájaro (gallegu) pucheru
-gajarada (gallegu) cantidá de comida nuna pota
-gájaras, (trasmontanismo portugués) pagu con alimentos a los segadores
-gage (gallegu-portugués) : gratificación, gratificación dada al pastor
-guage (francés medieval): pagu regular, salariu.
-gaja (gallegu): gratificación, pedazu de racimu de uves, vaina de legumbre.
Considerado que nun todes les pallabres llegaron de llueñe,
La raiz guax- / gaj- semeya llevar en si pedazu.
La celtic-conection aparece col galés gwas, neñu, fiyín; sirviente, empleau, vasallu.
(geiriadur.ac.uk/gpc/gpc.html?gwas)
-guas, en cornuallés
-goas en bretón medieval
-foss en gaélicu irlandés, siervu, criáu
-uassos en gaulés.
Uassos dá la raíz, considerando una continuidá céltica.
Na idea de fiyín, cachín.
(Disculpai los errores).
Meter a ideia de criada e criado aqui. Essas crianças que eram criadas, alimentadas, em outras casas, nas que serviam com grandes trabalhos, chamar as vacas, acomodar e pastorear gado menor....
Aqui entra a história de "Garbancito", garbancito que vai deixando migalhas de pão, e que está na barriga do boi.
Está pois aqui o agasalho ou gasalho, e o agasalhar.
Veja-se a palavra gasalhe: arrendamento de gado.
Estamos falando de crianças pastoras, de criadas e criados, que recebiam mantença (em favas, em carne?) polo seu trabalho.
Goaridas e goaridos, guaridos, garidos.
É por isso que a gaja e o gajo estão neste fio etimológico, confronte-se que gaja e gajo no galego são vagens, e gaja é a gratificação, gage.
Aqui estaria a origem de graçon.
De gaxar, galhar, partir, esgalhar, galho e galha, (Y), e o espanhol agalla dos peixes, galha no galego, (guelra no padrão).
Também por aqui estarian las gachas, comida de pedazos.
O gaulés uassos está em vassalo.
Atenda-se que estamos a falar do conceito de ramas, filhos, ponlas, esgalhados de um tronco, daí que vassalo, servente conflua com vassalho, e vassueiro (vassouras de forno) e com vassoira, vassoiro.
Haveria também a possibilidade de que a palavra bastos, para os paus do baralho, estiver aqui, e não derivada do latim bastus, espesso, grosseiro..., com o bastão, e talvez o bate.
Ergo:
A palavra origem esgalhou em vários significados:
-Uma linha foi dar em filho, descendente, servo, garçon, guaxe, vassalo.
-Outra linha em galhos, ponlas, ramos.
-Outra em pedaços.
-Outra em pedaços obsequiados menores, e finalmente em pagamentos.
As vagens das favas seriam percebidas como pedazinhos?, ou as favas seriam usadas como moeda de intercâmbio?, como gage?
Há logo vagem e gajo, com todas as variantes: vagingas, vagingos, vaja, vajola, vagina..., que remetem à mesma palavra ao phasseolus.
Atenda-se que phasseolus está à par de *vasseolus, da vagem.
Vajola que tem a plurivalência de papo do pescoço, vagem, e baga.
Pondo em relação o bago, a baga com a vagem.
Assim teríamos na origem da vagem um *phassos, e um *vassos / uassos, um envase, um vaso.
Talvez a origem primeira de todo este fio estaria no nome da fava?
Entenda-se que essa redondez, vulto, está em vajouca (empola na pele), em vajola (papo) que tem ao lado gajola (bócio).
Então indo um pouco mais fundo:
O nome do phaseolus no grego φάσηλος (phásēlos), (a vagem, a vaja, ou vajo, atenda-se a bago, a gaja ou gajo, como garabanzinho) gerou toda esta ramalhada de palavras?
No celta p celta q?
Os pedazinhos concretizados de las gachas?
Kasseus, Phasseus, Vasseus?
Atenda-se que o criado em gaélico irlandês é foss
Esta triplicidade é a causante de que os freijós, tenham os feijões ao lado, mas os freijós antes do que favas som *kasseus, como o queijo, coalhados?
De onde o coalho, coagulum, coasso, casso, queijo, casseum, semelham cognatos, dessa....
Colhamos a palavra latina cassus, que dizem vir de castus, e castus por sua vez do verbo careo, privar, separar, faltar.
Aqui estaria a cousa, o caso e o cacho, os eventos primários separados do continuum, o pau galhado, os galhos...
Deste esgalhar primário que tem a ver com os ramos usados na brosse francesa, na vassoira, que dá ideia também do galho, da separação, pois brosse tem a ver com brother.
Gaçapo, gaçafelho?
======Arqueologia etimológica do guaxe e do gajo======
Em tempos é suposição ter havido este cenário, que de alguma maneira perdurou até o século vinte por esta terra.
As nenas e nenos uma vez algo medrados e com dificuldades nas suas famílias de alimentação, passavam a ser criados, literalmente, por casas mais fortes, já forem nobrezas, ou casas de labregos proprietários...
Crianças que eram alimentadas à parte de um jeito barato, favocas, (Vicia fava), que com berças e pouco mais asseguravam o aporte proteico para a medra.
Esta meninada era encarregada de lavores menores, chamar as vacas, despachar o gando na corte, e na sua função principal guardarem os animais no monte.
Levavam consigo o alimento para o monte e ali passavam o dia....
Em tempos era meninada que andavam em bandos cuidando o gado de um castro, e vivendo de jeito caçador recolector. Mas em certa forma ao serviço, ou sob a ordem de uma ama ou amo.
Pertenciam a um ramo, galho, talvez colhiam uma espécie determinada de "ramo" como totem, insígnia do seu grupo, a fianna.
É a este cenário histórico que remete a busca etimológica de guaxe.
Cenário que ajuda a compreender as derivas das raízes deste grupo de palavras.
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