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Gueimonde


Gueimonde
Vilar-Gueimonde de Corção / Corçom (Maçaricos). Grande monde?



Vilargueimonde
Os Gueimondes de Reigosa (A Pastoriça). Várias *mondes?
Gueimonde das Granhas do Sor (Manhão / Manhom). *Monde completamente transformada.
Gueimonde é uma célula territorial agrária típica de aproximadamente 50Ha.
Que aconteceu para estar completamente quadriculada?
Do mesmo jeito que o monte comunal era partido em embelgas para ser semeado, os lameiros, sobretudo os das veigas, os da beira dos rios, também eram rifados. Este sistema de repartição anual dos prados existiu até o século passado em Rio de Honor. Deste jeito analisado, o sistema de Rio de Honor de partição e sorteio anual do comum tanto monte com o prado, foi um passo intermédio entre o sistema neolítico-ferro e a propriedade privada da terra que atualmente vigora.

São Mamede de Gueimonde (a Pastoriça), é um sistema de chousas, com um rombo central e curros longitudinais a ele.




Poderiam ser percebidos estes lugares como: guei-monde.
Sendo -monde, o já desenvolto no escriro "Mundo", numa ideia de curro, curral de vacas.
E sendo guei- / gueim-:
Lugar onde se engueima, onde se impede o movimento.
Ou gueime "rego, rego de moldura na carpintaria, gume, corte" .
Dá então -gueime uma ideia o mesmo que corte e cortar, onde o território é cortado ao livre movimento?
Então o gueime como "sulco na moldura" tem um lexema de significado: guei- + -me, onde -me do lugar do estado, da ação", "do lugar do *guei".
Sendo guei parelho a rei.
Guei- seria do proto-indo-europeu *wis / *wes *weyd- "ver agudamente, conhecer, discernir", já falado no escrito sobre as gueifas do arado e sobre a "Nespra e o Bispo", onde:
....aqui fala o hitita com a palavra westara "pegureiro, pastor".
Que traz a dúvida: se westara, tem a ver com besteiro, quem cuida das bestas, ou tem a ver com *wes-tor o "vigia, o vigiador".
O lexema -tara do hitita é o mesmo que -tor; wesi significa prado.
Houvo então um deslocamento do conceito "mirar" para o que era "mirado"?
Ou à inversa, o lugar mirado, o wesi "o prado", deu o verbo que sobre esse substantivo era feito?
O hitita segue explicando com a palavra: wesuriya "partir-se, separa-se; sufocar-se".
Assim a enxerga é o discernimento, partir para compreender, para ver e fazer diferença.
Wesuriya tem a ver com visura, com o exame de algo com a vista, e com os topónimos Visura / Vesura, tratados alargadamente no escrito "Vessura, a partição do território".
Assim espinha, espinheiro, nascidos de *wesp-, geram o espiar?, porque quem cuida do rebanho, cuida do espinheiro neolítico vedatório, espinheiro *wespo que geraria o verbo bispar.
Algo similar a guardar (atenda-se ao guardare italiano "olhar, mirar") que nasceria sobre o *wardo "barda, sebe", (*kʷardo, quadro, cardo).
O hitita segue a dar claves pois explica que a besta é a que é vista, a que é fitada, assejada, guardada, controlada, que a sua deriva em qualificar o rude ou selvagem foi secundária
.


Do mesmo jeito que entre rei e rego há uma relação anterga neolítica, entre guei- / *weid é gueime "sulco na madeira", existe o mesmo parentesco.
Aqui estariam as palavras de lexema gueif- e gaif-: Gueifas, gueifões "as aivecas do arado", gueifa "colheita" com gueipo e queipo "cestos", confronte-se com ceifa.
E gaife como aquele que sobressai, com Gaiferos.


Assim:
A Gueima das Maronhas (Maçaricos) apresenta um pequeno curro, percebendo-se, segundo esta hipótese etimológica, guei-ma como o *weid--mn̥ "lugar do *weid, estado do weid".

A Gueima das Maronhas "corta" transversalmente as longas chousas como uma derivação lateral que acaba num pequeno curro no próprio lugar da Gueima:


Pode ser comparado com Gaime de Santa Maria de Salamonde (Santo Amaro) que corta transversalmente uma grandíssima chousa longitudinal:



Mugueimes de São Pedro de Muinhos. Onde Mu- seria vaca e gueimes "regos vedatórios, cortes do terreno"?

Então os esperáveis Reimonde parelhos de Gueimonde, destacar que reimonde que com rheada soa igual a gueimonde com gheada:

Reimonde de Guilhade (Ponte-Areas).

Reimonde de Cabral (Vigo).
Reimonde de Moanha.
Reimondez de Oimbra.
Com a típica forma que fica no contato entre duas governas, entre duas células territoriais; e num caminho real, raial.


Seriam formas parelhas Recemonde.
A confrontar com Recimil de Vezim (Guitiriz), na antiga via que corria por Guitiriz de oeste a leste: Sendo Recimil, o mil do rego?
Na imagem é visto o mil circular, num dos seus lados o lugar do Candendo (candar, fechar?) ao pé e na crica da briga de Vezim.
Também com o nome de Chinote (porco de cria).




































































Réamann.

Ramão, dizem ser uma forma derivada de Raimundo, por uma latinização Ragemundus ou Rachimundus, de uma forma germânica Ragimund, de ragin- "conselho" e mund "defesa".
Desde outro ponto etimológico seria o regente do curro pecuário, mesmo Ramão como Rama + ão "da rama".
Que é rama etimolgicamente?
राम (rāma) cavalo.
Ramus, latim, "ramo". Veja-se Ramil.


Gueime: trigo no baralhete e gueimol: pão na fala dos canteiros.

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