O nome dado polos vizinhos e donos do terreo é em plural os Baralhobres.
Referente a Baralhobre de Fene, com o seu castro:
Está situado a norte e muito próximo do castro de Prismos, que Dolores González no seu blogue Arqueotoponimia tratou dele, como numeral céltico, quer dizer "primeiro" ou primo.
Uma das possíveis etimologias de Baralhobre, seria relacioná-lo com baralha.
Por exemplo, pondo o foco no asturiano baraya "suposição, ilusão, quimera; questão irrelevante" que pode ser percebida a sua continuidade no galego "conversa, ou já conversa sem muito interesse, palavreado vazio" tudo isto para rever com o gaélico barail "opinião, suposição, conjetura" (versus asturiano baraya "quimera, suposição, ilusão") e tudo isto com o grego παραβολή (parabolḗ) "encontro lado a lado, colocação de duas cousas lado a lado, justaposição; comparação, ilustração, analogia; parábola, provérbio.
Confronte-se este conjunto com os conceitos-palavras: paralelo, parelho, parado.
Então a palavra e o falar nasceriam de estar à par, de achegar, nessa achega, aproximação da interpretação da realidade.
Por exemplo, pondo o foco no asturiano baraya "suposição, ilusão, quimera; questão irrelevante" que pode ser percebida a sua continuidade no galego "conversa, ou já conversa sem muito interesse, palavreado vazio" tudo isto para rever com o gaélico barail "opinião, suposição, conjetura" (versus asturiano baraya "quimera, suposição, ilusão") e tudo isto com o grego παραβολή (parabolḗ) "encontro lado a lado, colocação de duas cousas lado a lado, justaposição; comparação, ilustração, analogia; parábola, provérbio.
Confronte-se este conjunto com os conceitos-palavras: paralelo, parelho, parado.
Então a palavra e o falar nasceriam de estar à par, de achegar, nessa achega, aproximação da interpretação da realidade.
Então estes significados aglutinados, desde o asturiano, gaélico escocês, galego e grego antigo, poderiam ser observados como deslocamentos de significados, de um continuum e ajudariam a perceber o fundo do grupo de palavras galegas, às mais das vezes pejorativas, do baralhar na ideia de palavrear, mas também a justaposição, a guerra, a disputa, com esse prefixo para- / neste caso bara-.
Também como, se calhar, a conversa, discussão galaica *baralia, caiu na pejoração ao entrar uma camada cultural nova, o latim, um idioma novo, nessa inferiorização que hoje vive o galego afrente o castelhano tipo os tantos pares como pêssego / melocotão ou lura / calamar.
De este grupo de palavras em volta da baralha, a meu ver, e posso errar, o prefixo para- "ao lado, justaposto" seria a raiz geradora.
O baralho, ou a baralha além do maço de naipes, o jogo, a disputa, a conversa, também é a justaposição: fóssil na fala de transição da Estierna de Íbias, baraya é o naipe simples, um só, que sobre a mesa é-lhe justaposto, sobreposto a outro.
Para confrontar com os tantos significados do sânscrito भर (bhara): problema, multidão, ato de berrar, batalha, trabalho difícil, carga, parício, parto, etc. Congruentes com o desenvolto aqui.
Já no provençal, baralho "confusão, desordem".
Confronte-se com as palavras galegas de base em maranho e paranho, que segundo esta hipótese, partilhariam a mesma raiz, família de maranha e paranho, que dão essa ideia de sobreposto, aplicado, lado com lado, espaço junto, oposto ou não, adaptado, embutido.
Maranho: rolo de erva que o segador de gadanha vai deixando trás de si, também dito baranho, maranhão, e no asturiano marañu. Por exemplo isto ligaria com o grupo de baranha "situação intrincada; objetos enredados" com o occitano baranha "sebe espinhosa", antigo provençal baragne "silveira".
Maranha: madeixa.
Paranho: estante embutido na parede, estante da cozinha; banco ao pé do lume; pedra que sobressai na boca do forno.
Paranela: pedra colocada no chão diante de uma porta.

Igualmente na Baralhobra de Santa Maria de Branhas (Toques) no norte imediato dos Castros:

Outras etimologias relacionam a toponímia de base baralha com vara numa ideia de "paliçada".
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