© Copyright. Direitos autoriais.

© Copyright. Direitos autoriais

Ego

  Ego de Santa Maria de Carvalhido (Vilalva):







Egoeiras de São João de Castro Maior (Abadim):





Ego em São Martinho de Tribás (Pantão):



Os já explicados coussos, evolucionados em grandes tapadas, aparecem associados a esta toponímia, o que poderia ser indício de que Ego poderia derivar do latim equus.
No galego-português medieval ega (à par de egua e egoa) era a atual égua.
Compre pensar também que o a forma proto-céltica tem sido postulada como *ekʷos.
Na interpretação da escrita do SO, da Idade do Bronze, em trabalho de Koch; ekuuŕine (ebuuŕine, para outros estudiosos), numa estela que apareceu ao lado de outra com uma mulher sobre uma cavalgadura, interpretada a palavra ekuu-ŕine como "Rainha dos Cavalos", talvez "Rainha das Éguas".

https://repository.uwtsd.ac.uk/id/eprint/1542/1/JK1.pdf
Confronte-se com o proto-gaélico: *ᚓᚊᚐᚄ (*eqas) /exʷah/.
Na possibilidade, na hipótese, de que a ega medieval tenha sido uma forma sida do galaico *eka, cognata do latim equa?
Ega é também nome para a égua no provençal antigo, atual occitano èga.
Confronte-se com o sânscrito  "cavalo, caminho, como substantivo, e rápido como adjetivo". O que levaria à Eva bíblica como personalização, divindade arcaica, da égua?
No sânscrito एव (eva) dá uma razão etimológica, talvez clave, como derivado de  (i) "movimento, ir". Assim a  एव (eva), a égua estaria definida como epíteto,  "a que vai, a rápida".
Assim o protoindo-europeu e-kʷós. seria formado pola partícula -kʷós "quem": e-kʷós "quem corre, quem vai".
Talve de *h₁ey + kʷa "a que vai", 
Esta linha etimológica aqui desenvolta ajudaria a perceber o caso da palavra iguada "cabra de primeiro parto, cabra nova" com os cognatos das Astúrias iguada, eguada, iguá, igüeda, iguöda, ibuá, igüera, ougada, engueda.
E as formas masculinas de iguáu "bode novo" também dito; iguadu, igüedu, igüéu, ibuéu, iguödu, iguedo.
Palavras dificilmente entendíveis como derivações da equa equus latinos, ou de iguar "igualar". Mas talvez como formas geradas do protoindo-europeu *heykʷa "a que vai, a da senda, a que corre".
Desde o preconceito poderiam ser metido este grupo de palavras asturianas na gaveta do "falar mal", a meu ver é uma riqueza lexical, um tesouro. Por exemplo as formas ibuá / ibuéu estariam a indicar um dos galhos do proto-céltico, *ekʷos, o par *eka e *epa.
O peninsular e goidélico: *eka (Iccona,  celtibérico: ekua-, gaélico *eqas): ougada, engueda, iguedo.
O britônico e gaulês: *epa ( ebeul(br)ebel(kw)ebol(cy), gaulês: Epona): ibuá, ibuéu.

Rebeços ou camurças, que os latinos do Lácio chamaram de ībicēs (ibex).
Ibex é de esses genitivos femininos, arcaicos já na época do latim clássico, sufixados em -ex / -ix.
Então poderia ser interpretado como *ib(a)-ex, "da *iba"; talvez par das formas asturianas antes apresentadas e sobretudo ibuá, ibuéu. E repito par, ou cognata, e não raiz, nascidas sob a a mesma génese como derivadas de  *heykʷa "a que vai, a da senda, a que corre":
Uma, a latina, como *heykʷex: ibex
E outras, asturianas, como *heykʷata: eguada, iguá, igüeda, iguöda, ibuá, igüera, ougada, engueda.
Ambas as formas, latina e asturiana, dizendo: "da que vai, da da senda, da que corre".


















Tribás é a forma do medieval Tiulanes, *tivrães.




Sem comentários:

Enviar um comentário