A guinda ou ghinda, Prunus cerasus, essa cereija mais brava, tem umha origem nada obscura.
É irmá dos latins glans, glandis e dos gregos gâlanos, alô por longe do sânscrito galana, aquilo que cai.
Entom temos a guinda que é um glande que engalana, enfeita, que levam os galáns e as galanas, que pode cair, vinda como galano, agasalho, como presente do céu.
Aqui pertinho da ideia sânscrita do movimento no vazio, temos o galeguismo guindar; e o guindastre e a guindaleta...
Esse movimento do vazio está nos germânicos wind, ventos, e no verbo latino venire, a nossa vinda, e retornando de nós para o sânscrito, do oeste para o leste: o Govinda, o que vem coas vacas, o que encontra as vacas, o pastor (go, vaca, + vinda).
Colo esta foto guindada da rede que me lembra a infância, como o avô me pendurou as froitas guindadas por ele desde o alto da cerdeira nas orelhas.
É no latim mais oriental, no romeno, que ghindă é nome para o froito dos Quercus, aparentado com a gianda do italiano, e as galegas landa, landra, alandra, lândia, lande, landre, glande, alândua, alânduga, alainda.
Antigo armênio գինդ (gind) "colarinho, brinco".
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