Governa está dicionariada como o limite territorial do domínio (?) de um castro.
Limite marcado por uma góvia e govela.
Góvia que é também dita gávia, ou no padrão gaiva. E govela que é corcova, também dito govelo.
O sulco ou rego, do que ultimamente se trata por aqui.
No turco göbek ajuda a perceber a génese com os significados de :
Barriga, pança.
Umbigo.
Meio, núcleo, centro, coração.
Coração (de um vegetal, de uma alface, de um repolo...).
Desenho central ( por exemplo em um tapete, bandeja, teito ou em um jardim...).
Rotatória, rotunda, círculo.
Cubo (de uma roda).
Carne interior da noz.
Aqui poderia ser posta a palavra galega guvinhaço / gavunhaço, espinhaço, serro do lombo, coluna vertebral.
Governar para a etimologia latinista vem do grego, onde é falado do governalho, do leme como origem, e na raiz verbal: κυβερνάω, que significa: oriento, dirijo o leme, piloto, guio, governo. Talvez tendo a ver com κύβη, que é cabeça.
A raiz de todo isto também vai na *kova, cova, góvia.
Cova com a qual a dia de hoje ainda são marcados os limites de propriedade de terrenos de monte, florestais sobretudo, que corre de marco a marco.
Palavras que alicerçam isto:
Govanta: depressão do terreno
Governo: direção, sentido, orientação
Goviar / govear: criar corcunda.
Caverna, tem a ver com cavar, cavo
Esta raiz está aparentada com o latim gibbus / gubbus, com o italiano gobbo. Mas também a gúvia / júvia / goiva está aqui como ferramenta que marca a terra.
Gávia e góvia compartem significado no galego dando nome a gaiva, ao rego cavado.
Góvia é a ferramenta da lavrar a madeira, talvez ferramenta inicial para cavar goivas ou góvias.
Assim uma palavra não dicionariada é engóvias "enrugas da pele".
Góvia / engóvia que estão aparentadas com grova / engrova e com gaiva, gávia, cavea latina e गभ (gabha) do sânscrito "fenda, abertura, corte, e vulva".
Sobre a gávia:
Já foi falado aqui neste link a relação existente entre os regos de auga ou para conduzir auga: cavea, gávia, ghávia, ávia, návia e lábia...
Estes regos marcam lindes.
Gávea é o anda-boi, ou pé-de-boi, faixa estreita de terra entre propriedades que faz de linde.
Gávea, além do rego, é o ressio, a propriedade exterior a um muro que é deixada para poder andar por fora do muro mas dentro do próprio terreno.
Gávea é um muro de terrões.
Guviloço, é um carrioço, uma torrenteira.
Gav- como marcador de lindes temo-lo em gavileiro ou gavilheiro, como o montão de messe ou erva segada que vai deixando trás de si em faixa a segadora ou o segador.
Este gavileiro (montão longo e estreito) tem estes outros nomes gabeleiro,; gabanhão, gandarada, maranho; roldo, roleiro.
Gavo ou cavo?
Se na ordem militar existe o cabo, é porque o tal cabo foi o responsável de manter a cavea limpa, quem cavava a cavea. Daí que no galego estar no no cabo é estar no extremo, o cabo como o lugar mais extremo do território próprio.
Por isso o gabo no galego é o jactancioso. Com toda a reste de palavras de gavar e gabança. É por isso que aqui no rego limitante na cavea, gavea, gabança jactância, ufania, e gabança como Rosa canina tenhem o mesmo significado. Gabança ou agabança que marca a sebe de silvas o baranho. a barda do cabo do território.
E é por isso que aqui está o gavião, e a gaivota, como aves totens simbólicas das hierarquias antigas.
Talvez aqui esteja o antigo gaélico gaibid.
Na mutação inicial de consoante:
kov-, covo, cova
gov-, góvio, govia
ghov-
xov-: Joves (Júpiter)
hov-
zov-
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