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Das jãs

Neste escrito tratam-se de evidenciar os rastos que do passado ficam no ciclo do solstícios, conhecido isto sob o o nome do Lume de São João.
E de como isto ainda é possível ser observado em tradições e palavras.





A jana, a jaia, a jã, a jam e a joana?
J
ã é uma palavra do corunho para nomear à namorada, ou também equivalente a mulher. Espanholizada como gha (ja).
No dicionário de Bernado Acevedo e Marcelino Fernández
as janas são definidas como: ... ninfas en las fuentes; son hermosas, tejen hilos de oro, protejen los amores y castigan la deslealtad en los amantes.

Nas Astúrias as xanas são também seres feéricas ligadas às águas. Xana qualifica também à mulher afanosa, trabalhadora.
Xana dá nome a uma poça.
A palavra xana no asturiano tem estas outras formas: xania, inxana, xiana, siana, sana, injana, jiana.
Na Cantábria os nomes para esta entidade são: jana, jánara, anjana, enjana, ijana, onjana.
Na Cantábria rezava-se-lhes às janas. O anjanero era um mal, uma doença, devida a não fazer prezes às anjanas.


A destacar sana que pode conetar com o protoindo-europeu *sénas “senhora, anciã”.
Atenda-se a que relatos sobre seres feéricas nesta terra têm como protagonista uma "senhorita" ou "senhora".
A palavra senhorita na nossa época decodificamo-la como mulher jovem solteira, mas: não em tempo recuados, na metade do século passado, a palavra senhorita em grande parte da Galiza rural podia ser dita para fazer referência a uma senhora ama de um paço, ou que vivia das rendas de gentes caseiras, do mesmo jeito que senhorito.
Quer dizer que: a forma sana asturiana conecta com senhora, o que leva a pensar que xana, pode estar a dizer senhora.
Nas Astúrias o home da xana é xanu, menos conhecido, também qualifica à pessoa muito trabalhadora.
Xanu que poderia ser parente do deus Jano?

Outro tipo de divindades, talvez vindas a menos pela superposição de um novo estrato religioso, são as Almojonas do folclore português. Que terão algo a ver com joanas, janas?


No sânscrito जनि /d͡ʑɐ́.n̪i/ dá nome à mulher, à nai, ao lugar de nascimento, ao parto....

No gaélico antigo día tem o duplo significado de deus e dia, ainda que sendo a mesma escrita é pensado terem duas origens distintas.
Por um lado do proto-céltico *dēwos dizem vir o día "deus".

E do proto-céltico *dyew para dia, que é escrito día no gaélico antigo, no latim dies.

Então talvez uma *dyew-*vanna / *zia-vanus, ou mesmo dia-annus / dio-annus gerou o ianus latino?

Está aqui o antigo gaélico dían, (suposto *deino-s), com o significado de pertencente ou relativo à divindade, divinal, "deusám / deusão" e "deusana".

Ou estaríamos na mudança da consoante inicial do conceito de buraco?
vanus / vannus
fanum
hanus
janus
annus / anus.

Seja como for estamos a falar das divindades do buraco, deusa e deus da porta?

Que é que dizemos quando falamos do Janeiro?



Estamos a falar do Ianuarius, Ianus latino?, ou da Jana / Jã, ou o mais oculto Jão?
Jana fazem-na derivar de Diana....
Noutras línguas como o romeno é dito zână, arromeno dzãnã, sardo giàna, albanês zanë.

A língua latina não tinha os fonemas /ʃ/ ou /ʒ/ nem o conjunto variado dos agrupados sob o nome de chê vaqueiro.
Não tem hipótese que o hodie latino gerou o hoje.
E a Diana deu a Jana? Ou a língua latina escreveu Jana ao seu jeito como Diana?
Diana aparece consolidada como uma derivação da raiz dia, diva, deusa, mesmo a diva-ana.


Os nomes das divindades são como bonecas russas polidimensionais, vão, e quando vêm de volta chegam transformadas, são consideradas já outras entidades diferentes. Haveria a possibilidade de que o *dio-annus *dia-anna indo-europeus gerassem o jano e a jana, e um deles voltou a Roma como Ianus?

Assim jana e jano na fala gremial dos canteiros e telheiros define o dia, e inclusive uma jana é uma hora, janeira é a semana, ou a tarde.


Para reflexionar: qual foi o primeiro fonema da proto-palavra deusa-dia, o /d/, /ʃ/, ou o /θ/ (confronte-se com Ζεύς, (Zeus))?
Acostuma-se a pensar de jeito derivativo e baixo influência das culturas hegemonizadas, daí que seja difícil pôr em questão que Jana não tenha nascido de Diana.
Mas... se pomos Dana à par de Diana a cousa muda.
E se Dana, Diana e Jana forem realizações da mesma proto-palavra?, quer dizer não umas  derivadas das outras.

Quem é Dana / Danu?
Desde a celticidade até o hinduísmo é uma divindade em muitos dos casos associada às augas, ao fluir, às nascentes, na nossa esfera cultural uma jã ou jana.



A Jã e o Jão:
Atendendo a topônimos da Galiza que são Jão-tal: é pensado que fazem referência a um senhor amo de nome Jão / João.
Mas
nesta fenda que é aberta, algum Jão poderia estar a falar de outra cousa e não do nome próprio de um possuidor que deu nome ao lugar?

Jes na talassonímia:
Na zona da Torre de Hércules na Crunha destaca o microtopónimo: Jão-Rei / Jam-Rei que é a ponta oeste da entrada da praia do Areal, agora conhecida como praia das Lapas.
Na costa de Carinho um dos aguilhões ou ilhas do cabo Ortegal é chamado Cavalo-Jão, um pequeno ilhote ao leste do mesmo faro de Ortegal: Xandamón / Jandamom / Jão-damão.
Mesmo em Carinho ao norte do peirão, ao pé do castro, Ponta de Joana...
Em São Vicente de Ogrove: Jão do Outeiro.
Jão-Ledo em São Tirso de Porto-celo (Jove).
Jão-Velho em São Pedro de Joanzes (Jove).
Jão-toque / Jantoque em São Tiago de Tal (Muros) corresponde a uma aldeia e a um baixio.
Também um leixão na ria de Camarinhas é chamado de Jão-Boi.
Que é que leva a dar nome do Jão ou Joana?

Janrei é um tipo de rede de malha mui fina que é empregada na pesca do camarão, o nome está recolhido no Barqueiro.


Oannes foi uma divindade antiga suméria aquática, pré-diluviana, chamada também de Adapa, no 4500-4000 antes de Cristo, fundador da civilização urbana e agrícola, do neolítico:






Ponto e à parte:

Seoane, Saane, Seivane...., estão relacionados com o João?
Com Seoane estamos à partida de algo assim como *san-iovane a explicar os seoane, seivane, savane...
Mas a partida pôde ter sido bem outra?

O proto-johannes, talvez neste território ocidental dificilmente tenham sido /iovanes/ ou
/diovanes/?
Algo como /
ʃiouane/ ou /ʃouane/?

Siôn no galês, Seán no gaélico, Jehan no Francês antigo...., muitas grafias para o mesmo nome /ʃaŋ/ /ʒɑ̃/ /ʒɑ̃ŋ/.
Seán
no gaélico, o João, é pronunciado
/ʃɑːn̪ˠ/.
Mas
sean "velho", adjetivo e substantivo, também para dizer sênior ou senhor, é pronunciado
/ʃanˠ/.
(lembre-se a sana/xana asturiana).

Este sean gélico dizem sair da raiz do anteriormente escrito, do protoindo-europeu *senos "sênior, ancião".

Outra cousa:
Jão no galego é um qualquer, um minha-joia um pusilânime com formas como jão em português ou xoaninhas.
Também no galês Siôn é um homem representativo da gente comum, um zé-ninguém.

Mais:
....quando por este ocidente "chegam" com a história cristiana de Iovanne, existiria uma palavra "iprévia" da mesma família que o senior latino, da raiz proto-indo-europeia que assoma no sâncrito सन (sána) velho?
Foi de ida ou veu de volta?
Quem inventou o cristianismo?
Ou doutro modo, a religião católica atual é apresentada como uma criação orientalque engole e assimila as tradições dos territórios que coloniza, quando também, talvez, poderia ser vista aqui como uma transformação da religião celto-galaica antiga?

Outros topônimos significativos:
As fontes Janares (São João de Cerdedo) também o pilão de
Jão Rei na mesma freguesia.
Jão Rei: Monte em Coristanco.
A Pena de
Jão Rodrigo, e os Travessos de Jão Rei (em Cerdido).
Jancalhado* (Jão-Calado) na Ponte-nova
O Agro de
Jão Rei em Dodro ou Lainho.
Cruz de Campo Janeiro na freguesia de Salto em Oça dos Rios.
Jandim (?) na freguesia das Maceiras em Doçom.

Jão e as mámoas:
Mámoa de Jão-Rei no Alto-Gestoso (Monfero), com outra perto de nome São-Jão /Sanxán.
Jão e as covas:
A cova de Jão Velho na freguesia do mesmo nome Covas, de Viveiro. A salientar que João Velho é o João Baptista.


No gaélico irlandês sián dá nome a montes onde habitam as fadas.
Já no gaélico escocês o nome de lugares, outeiros onde moram as fadas é sìthean /ʃiː.an/, construído sobre a palavra sith "fada". Sithean dá nome também diferentes flores, comumente a margarida.

Disto pode ser percebido que algumas freguesias com advocação a João Baptista, João-velho poderiam estar recobrindo uma antiga divindade deste grupo aqui intentado desenguedelhar.

Quem é a Joaninha?
Também chamada de rei, rei-rei, reichim, casarrei...
Nas Astúrias: reireichínreisol, (entre os nomes referidos ao reinado).
Nestes dous escritos: "O ruler que anda de rule" e "Trás os Montes" é falada a relação entre a joaninha e a realeza.
Polo que lhe foi dado o nome de joaninha?
Por aleatoriedade?
Por dizer que era rainha, deusinha, senhorinha?





Reisol, nome asturiano da joaninha ajuda a descodificar o nome de papassol / papa-sol na Galiza, como papá do Sol, pai do Sol.
Entrando noutro aspeto da Jã e do João: como nai e pai do Sol, cristianizado como São João do solstício.
Assim o pirilampo, o vaga-lume tem o nome de  jão-da-bota.
Também o pirilampo recebe numerosos nomes que são expressões, frases inteiras, circunlóquios para ser nomeado, neste caso nomeada como "uma velha fazendo nas papas" e frases similares, o que indica desde o indo-europeu ser um nome tabuado, o que indica ter sido o tal animalzinho muito simbólico e estar no mundo da divindade.

Um dito asturiano põe em relação algo mais que ideias:
El día de san Xuan salen les xanes a bailar.

Um dito ocitano ajuda a esclarecer isto:
Jan e Jan
parton l'an

"Jan (de verão), e Jan (de inverno) dividem o ano".
Falando-nos de Jano como Jan?

The Sun?
O sol inglês, o sol germano, sun fazem-no derivar de um protoindo-europeu *sh̥₂uén, do que também derivaria o galês huan "sol".
Confronte-se com o baralhete, a fala gremial dos afiadores, xua, "lume, fogo, fogueira".
Para falar aqui do tido por proto-céltico *samos "verão" (bretão hañv, córnico hav; galês haf; gaélico antigo sam. (*).

Deus do céu: Júpiter., Deus do sol?
Jupiter despeça-se em Jove pater, "pai Jove".
Jove que o relacionam com diove.
Pondo na mesma raiz o divino e o dia, o céu; como Diana e Jana.


O Preste João, das lendas medievais?, de onde Preste é do grego πρέσβυς, "o ancião". Sendo pois o ancião ancião?

Iulianus dizem também deirvado de Jovis, do protoindo-europeu: *dyew- "brilhar, ceu".
O Iulianus no galego *deu Jião,
/ʃi.'aw/, /ʃi.'aŋ/.
A ressaltar essa relação entre o julião / ji
ão e o joão / jão  com o solstício a través da erva-de-são-joão Digitalis purpurea, chamada entre outros muitos nomes sansilhaos / são-jilhãos , santos-juliães ou santo-juliões, de Julho ou de Juliano.


Os Jães referenciais, ou cardinais:
No occitano é usado o nome de Jan d'Auvergno para falarem do vento do norte.
Grafada Auvergne no francês, é uma região que fica ao norte na Occitânia, um dos sete condados históricos que a formam.
Também no occitano a estrela Sírio é dita Jan-de-Milan.
Milão fica ao leste da Occitânia, e a estrela Sírio é conhecida por começar a ser vista polo horizonte leste durante o solstício de inverno.
Bastoun de Jan-de-Milan
, são as Três Marias, ou os Três Reis na constelação de Orionte, pois seguindo a linha reta que formam estas três estrelas, no início das noites de inverno, em direção leste, está Sírio.

Nas Astúrias e Galiza: Xuan Jão dão nome a diferentes personagens de contos e lendas.
Nas Astúrias está muito associado com o vento: Xuan de la vara é um gênio do vento que sacode os castinheiros para que caiam as castanhas; Xuan de la empuxa, ou tão só Xuan dá nome ao mesmo vento.
Xuan Orito, Xuan Cabritu e Xuan Cabrita são nomes do Nuberu, um ser que habita as nuvens e dirige as trevoadas.
Xuan de la borrina, Xuan Blancu,, Xuan de Madrugá, Xuan de Riba, Xuan Barbudu, Xuan de la niebla dão nome a um ente ancião que trai a névoa, pode-se entrever entre ela acompanhado da sua mulher também barbuda e com um cão peludo.
Xuan Canas é outro ser que habita nos poços, com ele mete-se-lhes medo às crianças, para evitar que vaiam a lugares perigosos. Xuan Canas é também chamado Xanu, o que poderia evidenciar a relação entre Janus a Jana e o João.

O João Rei como personagem do folclore, ou o que fica agochado nos restos da cultura infantil:

Dedim, dedim,
do teu borriquim,
quando o rei
por aqui passou
todas as aves
convidou,
menos uma
que quedou.
Chirlosmirlos,
vai-te deitar
às portinhas
de Jão Rei.
Ponte de ouro
para o mouro,
Ponte de prata
para a gata,
chucuruchi
que saias ti.


(Deste endereço: http://orellapendella.gal/dedin-dedin-2/, umas sortes recolhidas por Antón Cortizas, mudada a ortografia)

Dedim dedim do teu burrequim,
cando o rei por aqui passou,
moitas aves convidou,
menos unha que quedou,
chirlo, merlo vai deitar
à casinha de
Jão Rei,
cai a mesa cai a artesa
cai o rei coa sua grandeza.


Deste link, (modificada a ortografia).

Ambas as lengalengas, usadas para deitar sortes nos jogos infantis, fazem referência às portas e à casa de Jão Rei.
O rei não escolhe, esquece, não convida a uma das aves, o chirlo merlo, o chirlo merlo não escolhido vai para a casa do rei.

Dedim, dedim, do teu borriquim,
quando o rei por aqui passou
todas as aves convidou.
Chirlo, mirlo, vai-te deitar
trás as portas do vilar.
Cai a mesa, cai a artesa,
cai o rei coa sua princesa.



Dedín, dedín,
do teu burriquín,
cando o rei
por aquí pasou,
todas as aves
convidou.
“Sólo” unha,
que quedou.
Chirlo mirlo,
vaite deitar,
ás portiñas
de San Xoán.
Cae a mesa,
cae a artesa,
cae o rei
coa súa grandeza.
Tece, tece,
“ghavilán”
¿Cantas “barillas”
ten un can?

Dedín dedín do teu burrequín 
cando o rei por aquí pasou
moitas aves convidou
menos unha que quedou
chirlo, merlo vai deitar
á casiña de Xan Rei
cae a mesa cae a artesa
cae o rei coa súa ghrandesa”.


Chirlo mirlo, vaite deitar
tras das portas do lugar;
Cae a mesa, cae a artesa,
cae o rei coa súa condesa.
Chucuruchí, que saias ti!


Dedim dedim
se llama Roquim
Maçaruca
Rabo de cuca
Cuando el Rei
por aquí pasó
todas las aves conquistó
menos una que quedó

Chirlo mirlo vai-te deitar
às portas onde eu te hei ir mandar


Dedín, dedín “se chama” Roquín,
rabo de rula mazaruca.
“Cuando” el rei por aquí pasou
todas as aves convidou
menos unha que quedou.
“Aquella fue”de gran pesar.
Chirlo mirlo, vaite deitar
á cama do rei sen che mandar.
Caeu a mesa, caeu a artesa,
caeu a dama coa súa condesa.
“Fuente de oro parió el moro
fuente de plata parió la gata”.
Chucurruchú Mamabrú que “duermes tu."

Talvez neste último o relato possa ser melhor percebido, atendendo também a que chirlosmirlos aparece na literatura em espanhol do renascimento, como uma ave imaginária, que uma mulher manda ir caçar ao seu home, para assim ter com outro.

Esta não escolha de uma das aves faz cair o reino, cai a dama, cai a condessa, cai a mesa (a tábula redonda), cai a artesa...
Dando uma dica mais para a possível relação totêmica entre o rei e as aves?
O relato que entendo está em retalhos nas lenga-lengas dos chirlos-mirlos poderia ser da matéria de Bretanha: com Morgana a c
hirlosmirlos, Ginevra como a dama que cai, e Artur como o Jão rei.

Interpretação:
Morgana é uma druidessa, uma sábia, também fada, uma arcaica fea, que mora em Avalon, com as suas outras oito irmãs, (número nove feminino). Todas elas com atributos de aves, com a capacidade de voarem.
Jão rei, faz um convite, (para a voda entre Genevra e mais ele), mas não convida a Morgana, que sente um grande pesar por isto, e sim convida às suas outras irmãs, aves.
Morgana vai até a casa do Rei, cai na sua porta...
Morgana acaba deitando-se com Artur metendo-se no leito dele ("vai-te deitar à cama do rei sem che mandar"). Ginevra sabe do acontecido e cai ("cai a dama"), cai a sua condessa, (Morgana é ama de honra de companhia de Genevra), cai a mesa, (a tal "távola redonda"), cai a artesa, (a arca, a riqueza), o reino cai.

Morgana uma jana que tem de ave o chirlomirlo?
Na tradição galega chirlo-merlo é nome dado ao estorninho, por ser como um merlo que chirla, também ao merlo mesmo, e mesmo à laverca.
O chirlomirlo é no espanhol entre outras cousas o melro-de-peito-branco (Turdus torquatus).
Merlim, é dito que muda em falcão ou gavilão, Merlim gavião que aparece numa das lenga-lengas: Tece, tece,“ghavilán".
(Melim trabalha, para lograr manter o reino).
Merlim, como o seu nome indica, é um merlo pequeno, ou um merlo querido., ou alguém que tem por poder a palavra.
Merlim e Morgana são os máximos feiticeiros do reino, os dous merlos, também amantes nalguma altura.


Merlo-papobranco, Tudus torquatus,

Polo quê é qualificado de chirlo o merlo?
Polo seu canto similar ao do merlo comum, mas mais agudo, mais chirlão, como podemos comprovar acessando aqui: Xenocanto merlo-de-colar.

Estamos diante de deusas e deuses, rainhas e reis antigos, chamados de senhoras e senhores, de jãs e jães /jans, que as diferentes camadas culturais ocultaram?
Rei Artur decadente que acabou degredado, vagabundo num João qualquer?
Num:
Jão Perilhão,
a cavalo dum cão;
o cão era coxo,
tirou-no num poço;
o poço era frio,
tirou-no num rio;
o rio era brando,
tirou-no num campo;
o campo era duro,
rompeu o bandulho.

- Lenda da Cova de Jam Rei em Palmeira.



A mágica erva-de-são-joão e uns porquês da sua a relação com o passo solsticial:

A erva-de-são-joão e os seus nomes relacionados com joão: seoane, savane, savanos, soane, savão, souana, soandes, joane, são-joães, são-joane, são-joão, são-joane...

https://butterkupflowers.wordpress.com/2016/06/21/foxgloves-heart-stopping/
O nome da erva-de-são-joão que a aproxima a seres mágicos é a de abelúria.
Um abelúrio é um duende travesso, traquinas e inquieto.
Abrulha, abrula, abeloura, abelhoca são nomes da erva-de-são-joão que estão moi próximos ao de abelúria.
Abeloura, além de ser nome para a digital, qualifica a uma mulher irrequieta.
A proximidade com abelha e abelhão parece evidente.
Palavras próximas como abesouro que entre outros significados tem o de abelhão e o de pessoa maçante, com abesoiro e abexoiro, abexouro, abixairo e abexairo, todos entre o abelhão e a pessoa molesta.

Outro nome que diz muito da planta é folha-do-sapo e sapaqueiro.
A digital tem diferentes princípios ativos que são utilizados em medicina do coração, entre eles a digoxina (sintron), outros princípios ativos são semelhantes aos dos "venenos" dos anfíbios como a buforrelina, dos sapos.
O nome popular faz referência a isto. E é da folha da erva-de-são-joão, folha-do-sapo, que estes princípios são extraídos....
Sapaqueiro nomeia à Digitalis e sapaqueira dá nome à salamandra ou píntega.


A sabedoria popular foi diante do conhecimento bioquímico como no caso da erva-do ferro.
Daí que a intoxicação com esta planta esteja descrita nas palavras de abelúrio, abexão, e similares?
Ou é que por ser o granhoto, a flor da erva-de-são-joão, polinizada por um abelhão recebe o nome deste inseto.
Confronte-se com abegão.

A planta digital, a joane, seoane tem o nome galês de:
Gwniadur, que signififica : unidora, compostora, junguidoira.
Llwyn y tewlaeth campainha da união amorosa.
No gaélico-irlandês:
Méirín-púca que significa dedo-duende. Púca nomeia um ser fantástico em figura de animal (cavalo, corvo ...) trasno.
Lus-mór: erva-maior
No gaélico escocês entre os muitos nomes que tem são para destacar:
Sionn /ʃũːN/
Meuran nan cailleachan marbha: dedinho da Velha morta.

A procissão das Jãs:

As Xans es una procesión de fantasmas semejante a la Santa Compaña, pero se diferencia de ésta en que no son fantasmas de muertos los que van en la procesión sino fantasmas de individuos vivos. Van en dos filas y llevan un ataud. Cuanto más próximos al ataud vayan los miembros de las filas, más pronto mueren. Los que van más lejos pueden tardar hasta tres o cuatro años. El que encuentra esta procesión la ve, pero no la siente. El encuentro casi siempre es en los cruces de los caminos, donde es costumbre detenerse con los difuntos para que los sacerdotes recen responsos. Si el que la encuentra es amigo de los que van en la procesión, lo único que hacen con él es llevarlo por el aire a otra parte; si es enemigo, le dan una gran tunda y lo arrastran por las SILVEIRAS. Son pocas las personas que ven la procesión de as Xans, pues para ello se precisa una de estas dos condiciones: que el padrino del que la vé rezáse mal el credo cuando los bautizaron o que el cura cambiase los Santos Óleos confundiendo los de la extrema unción con los del bautismo. Esto se puede remediar bautizándose de nuevo.




















































Avejão, abegão

A Tia Joana, ou Orca-velha.

A cova da Joana no Monte Pindo.

सन (sana) ancião.

(*) Descodifica-se pois o Samonios como Sam-on-ius: sendo samo "verão", sam-on "verãozinho", e sam-on-ius "do verãozinho", Samonios é então o relativo ou pertencente ao verãozinho de São Martinho.





Assim nas astúrias microtopónimos como:

A cova de Jão Rata em Alhande.
Xuanbráu em Berodia (Cabrales)





Lakota
čhaŋ /t͡ʃaŋ/ dia, periodo de 24 horas; unicamente usado para determinar um periodo como por exemplo "dous dias", não para a substantivação da jornada tipo "este dia".

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