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Pulex

Pulex é nome latino da pulga
ψῠ́λλᾰ (psúlla) e ψύλλος m (psúllos) no grego
प्लुषि (plúṣi) no sânscrito
Plesht no albanês
Blusa em letão

Pulex leva o sufixo -ex / -ix, arcaico já no latim como genitivo feminino, na ideia que a pulga latina pulex, significaria algo semelhante a "a do pulo"
Pulaço: é um pico de tojo, também a gharuma, caruma, o arume.
Pulo é um salto, brinco.
Pula é uma vergôntea que nasce com força, então aqui semelha estar a ponla pola.
O pulo germânico é Sprung, por sua vez crido que derivado do verbo pular springen, que teria a ver com a raiz germana de brotar, spring no inglês.
Pôr aqui as palavras deste grupo no asturiano: polliscu ou pollisca "caxigheira de carvalho, carvalho novo", pollascu árvore nova", pollasca "rebento, vergôntea de uma árvore", pulleiru "árbore con muitos renovos".

Então pode ser percebido como esse sair para riba com velocidade está no fundo de pular, de pola, de vegetação que medra rápido?

Palavras deste conjunto semelham: pojar, pujar, puxar, puga, pulha, pua, puia, puiço, puiçalho...
No espanhol puya derivam-no do latim pugio, -ōnis "punhal".

Polho, piolho?, sim, do latim pediculus, mas o grego ψύλλος m (psúllos)?.

O poejo latino, pulegium, dizem levar esse nome por tornar as pulgas.
Em latim o poejo apresenta muita variação: pulegium pūlēium, pūledium, pullegium, pullēium, pulledium; isto faria supor uma variabilidade da palavra pulga latina? (pulex, *puleia, *puleda, *pullex, *pullea, *pulleda).
Relacionando-se pois a pulex com o pullus / paulus "animal novo". Assim o polo e a pola/ ponla estão definidos desde esse rápido sair e medrar aginha, ainda sendo a sua vogal tônica fechada e aberta; pôla (ave) e pòla (árvore)?
O grego antigo fala do pôlo com o pechado para o animal novo, mesmo para o que em galego metaforicamente qualifica a uma adolescente: uma pola, πῶλος (pôlos).
Então o o aberto de pola /ponla?, no português padrão pola de árvore é com o fechado.
pô·la |ô|

substantivo feminino

1. Ramo inútil na raiz ou da árvore.

2. Estaca, rebento, pernada.
Plural: pôlas.

"pola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/pola [consultado em 26-06-2019].
pô·la |ô|

substantivo feminino

1. Ramo inútil na raiz ou da árvore.

2. Estaca, rebento, pernada.
Plural: pôlas.

"pola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/pola [consultado em 26-06-2019].
pô·la |ô|

substantivo feminino

1. Ramo inútil na raiz ou da árvore.

2. Estaca, rebento, pernada.

"pola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/pola [consultado em 26-06-2019].


Ao confrontarmos a variação galega de significado de pola / ponla com o padrão, é vista a mudança semântica ligeira, mas muito determinante, ponla/ pola como sinónimo completo de ramo ou galho, assim como também a mudança fonética pòla / pôla. A salientar a relação com empola.
Mas também pôr aqui o pole inglês e o πόλος (pólos) grego, que abrem a possibilidade de um étimo mais recuado que o latino, e comum às distintas línguas.
Pôr aqui também o galês polgaepawlgae "sebe feita de estacas entrelaçadas com galhos, etc., preenchendo uma boquela em uma sebe viva, sebe de estacas, paliçada". Pawlgae que está formada polas palavras pawl "pau" cognado do latim palus e -gae / cae "barreira, obstrução".

O topónimo do Pulghido:
Pulex, *pulic-itum, *pullegidum?
Pólis ou polícia, πολῑ́της (polī́tēs), “cidadão”?

O Pulghido está na freguesia de Vilarinho (VilaSantar), responde ao esquema de curro afunilado que acabou "urbanizado" na transformação durante o periodo inicial medieval, quando o poder passou das croas dos castros para as novas willas / vilas / guilhares, guilh- (paliçadas pecuárias de «bilhas», do latim medieval: billia, "tronco de árvore"), para os antigos curros do Neolítico-Ferro.
Marcada historicamente esta mudança política, organizativa, agro-pecuária e paisagística, no Parroquial Suevo, (S. VI): o poder do castro, de príncipes ou principais, passa em grande parte para o eclesiástico, que assome funções administrativas.


Como outros curros no Pulguido assenta-se um paço ou casa grande, e a igreja parroquial.




São Patrício da Irlanda funda no século V a primeira igreja cristã no atual Sabhall Phádraig, no Contae uma Dúin, aldeia anglicizada como Saul. Lugar pecuário, como Pulgido e tantos outros do entorno de igrejas matrizes; primeira igreja irlandesa feita numa granja, isto dito polas crónicas e tradição:


Pode ser percebida a similitude?
São Patrício diz a sua primeira missa onde já estava um lugar assemblear?
Num saball / sabhall, que dá nome a lugares gandeiros, num local do briugu, num lugar de administração, de hospedaria, ou como foi explicado no escrito sobre os topónimos de base tai-, um lugar que já tinha a ver com a religião, antes da reformulação do culto que acabou dando no cristianismo....

Voltando a Pulgido e Vilarinho, onde está a igreja leva o nome de Eirige.
Eirige, na dúvida de ser derivado de ecclēsia / ἐκκλησία; ou de *airigem / *airach, do ário, do aro, da assembleia, da reunião.

No Pulghido o primeiro a pensar é num local de pulgas, mas vistos os vistos poderia ser um lugar defendido por pullae, por polas, ponlas, estacas; ou um curro de animais novos; ou mesmo um lugar com ligeira sobresaliência, empurre?
Aparecendo a ideia que a primária πόλις (pólis) grega foi uma paliçada de ponlas, onde assentou a πολῑτείᾱ (polīteíā).

A Pola, na freguesia de Santa Olaia de Trabaços (Castro Caldelas), pode ser observado o inicial curro com caminho perimetral, e a microtoponímia pecuária.


Microtopónimo o Polão / o Polom ao pé dos Castros também chamado Castro do Cruzeiro da Porta, na freguesia de São Boulo de Caaveiro do concelho da Capela.
Faz lembrar uma cortinha.

Abre-se a porta a interpretar Pulgido e topónimos de lexema pulg- sob estas ideias.

Por exemplo isto é o Pulgão / Pulgom da freguesia do Freixo nas Pontes de Garcia Rodríguez:







O Pulgom é um grande curro afunilado, com o seu nome na boca, número 1, e com o lugar de "poder", número 2, no Freixo, onde está a igreja parroquial e mais a casa reitoral, no seu fundo.
A relação entre o Pulguido e o Pulgão está na forma, e uso, se o Pulguido tem um pequeno coto interiormente no seu terreo cercado, no Pulgão não há outeiro.

Que aconteceu cos curros quando a estrutura social e de poder do Neolítico-Ferro foi reformada coa criação da parróquia?
Que foi do grande rebanho?
Nalguns casos persistiria passando a ser gerido diretamente pola igreja.
Noutros casos seguiu nas mãos da elite governante que deixou a croa do castro e se assentou no palatio, palácio, paliçada primária do curro, que deu no posterior paço.
E nalguns outros casos, parcelou-se.
Por exemplo pode ser vista esta parcelação do curro em Vaamonde / Baamonde (Begonte):





Ou em Gueimonde de Granhas do Sor (Manhom / Manhão):






A Pulgueira Velha em São João de Ínsua (Ortigueira). Nesta fregueisa há quatro lugares co nome de Pulgueira, a da imagem: a Pulgueira Velha, a Pulgueira de Arriba, a Pulgueira do Médio e a Pulgueira de Abaixo.


A Pulgueira, pena no porto de Fontám (Sada) , com faro. Hoje desaparecida polas obras do novo porto.
Pulgueira poderia ter a ver com pulgas mas também com a raiz de ponla pau, neste escrito identificada.
https://memoriadesada.com/imaxe/rampa-y-pulgueira/



O Poulo em São Tiago da Capela (no concelho do mesmo nome).

Poulo poderia estar na mesma linha da aqui investigada, ter a ver com pau, vergôntea, renovo. 
Assim poula, é um terreno com árvores pequenas e arbustos, um terreno que foi deixado a poula, que foi deixado sem culturas. Poula / poulo poderia ter a ver com Paulus recolhido por Ducange como pau do gaulês paul "pau".
Paulo como nome então seria o do pau, o do rebento, e também é entendível que como rebento, gromo de árvore, paulo é o pequeno.

A Pouleira em Santo Estevo de Beade (Vigo).


Poulo em São Tiago de Lestedo (Palas de Rei).

Seria de esperar uma mudança p-b, dar com topónimos boul-

Boulo (espanholizado e administrativamente com o nome de Bollo) de São Tiago de Boebre, chousa que tem no outro extremo São Boulo (San Bollo).

Então no caso de Centronha o "urbanismo neolítico", aledeanismo melhor dito, ainda poderia ser visto:



Uma grande chousa e dous lugares habitacionais:
 o atual castro e o atual São Boulo, castro que na altura neolítica seriam quatro cabanas e uma paliçada, o mesmo que São Boulo.

São Boulo de Caaveiro (a Capela).

Estes Sães Boulos são pensados derivarem de São Bráulio. De feito a festividade na freguesia de São Boulo de Caaveiro é celebrada o dia de São Bárulio.
Aqui caberia a possibilidade de serem variações de São Paulo, como apontou o Padre Sarmiento?

Bajulus no latim clássico era um porteador, alguém que levava um pacote, no latim medieval bajulus dá nome à estaca, ao arjão, à rodriga de uma vide, metaforicamente passou de tutor de um planta a ser tutor, instrutor de pessoas, bailio. Bajulus como tutor, instrutor, e mesmo magistrado ou cargo menor delegado, tem o sinónimo de baulum . Tudo isto leva a pensar que baulus tem em si uma função de vara de mando (confronte-se com a palavra galega baloira e a palavra pau com passo de p a b) como porteador lembra a baú.























No gaélico:
cuilech "pulgoso, cheio de pulgas", cul- / pul- (celta-P celta-Q?
Confronte-se culex, mosquito.
















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