Estas lendas tantas de santas decapitadas, descodificadas com as dicas dadas por Clarissa Pinkola (famosa polo seu livro: Mulheres que correm com os Lobos) poderiam estar falando de uma época iconoclasta, onde as divindades femininas foram decepadas massivamente
Na entrada da Roma na Gallaecia semelha que foram respeitadas as divindades.
A seguinte camada "cultural" chega com os suevos, e uma terceira roça o território galaico os muçulmanos, tempos também de formação e afixação de um dogma na igreja cristã com convulsões como o priscilianismo...
No caso de algumas lendas galegas de mártires decapitadas, a santa não quer casar com um homem de nome Germano, (doutras vezes o homem é muçulmano).
Seja como for a iconoclastia poderia estar "documentada" na grande abundância de esculturas de guerreiros galaicos sem cabeça?
Talvez indicadora de uma ou várias épocas de integrismo que varreram as imagens antigas.
No tocante à santa que é obrigada a casar com Germano, a dúvida é se o tal pretendente era Germano de nome ou germano de nação, de cultura germânica.
A reflexionar que no início do cristianismo, o arianismo de alguns povos germanos não considerava a feminidade como parte do divino, daí alguns dos conflitos. Jesus para o arianismo é um homem normal nascido de uma mulher comum, e a santidade e virgindade de Maria não é considerada....
Na etimologia de Comba olhada desde o ângulo derivativo:
Comba dizem vir do latim Columba que por sua vez viria do grego κολυμβάω (kolumbáō) "mergulhar-se, chumbar-se de cabeça, nadar", o que enguedelha a ideia de pomba, ainda que...
As pombas e torcazes (já que levam torques) têm o costume de se chumbarem na auga, para com as penas molhadas levarem assim de beber aos pichões no ninho...
Hipótese:
Aqui na imagem a continuidade da mulher-marinha que se penteia. Talvez algo mais que coincidências que no inglês o peite seja chamado de comb? |
Desde outra visão da etimologia, está-se a falar da profundidade.
Das três fases da idade da Deusa estamos na inicial, na deusa que ainda não engendrou, que não casou, na da virgem.
Como é que a pomba seja a comba ou a comba vire em pomba?
Saindo da etimologia derivativa e indo à teoria da continuidade paleolítica: a caída é o plum!
Já nos célticos falares, talvez como uma das iniciais variações da continuidade, existem as linhas do celta-p e celta-q, assim a possível inicial: *kwolomba gerou a pomba e a comba, sendo cognato da raiz grega anteriormente nomeada: κολυμβάω (kolumbáō).
Estaremos diante do aspeto que aprofunda da divindade feminina?
Assim parelho à pomba e comba, poderia estar o chumbo, a etimologia derivativa encadeia-o ao latim plumbum.
Haveria um originário *kwombo que daria no pwombo e no kwombo?
A palavra cômbaro / cômaro é deste mesmo radical do "descenso"?
Palrar parlar versus garlar garlar, celta p e celta q
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