Mosqueiros de Castinheiras fazendo limite com Ribeira. |
A Mosqueira de Tirám, limitando com Moanha. |
Os Mosqueiros de Nogueira limitando com Carelhe e Rodieros. |
Penedos Mosqueiros limitando o Burgo de Muras com Roupar. |
Mosqueiros de Portela em Barro, limitando com Perdecanai. |
Mosquete de Boiro limitando com Lampom / Lampão. |
Mosqueiros, prados de Trasestrada (Riós), limitando com Piornedo (Castrelo do Val). |
Os Mosqueiros de Trasmonte (Friol) limitando com Bra e Carlim. |
O Mosqueiro de Parada de Outeiro (Vilar de Santos), limitando com Rairiz de Veiga e Sabariz. |
O Mosqueiro entre as freguesias de Sisám/ Sisão e Barrantes (Ribadúmia). |
O Mosqueiro entre três freguesias: Santa Maria de Lobazes, Santa Vaia de Chamosinhos, Santa Maria de Zos.
Pena Mosqueira limitando três freguesias Santa Maria de Fisteus, São Martinho de Armental e São Vicenço de Cúrtis.
A Pena Mosqueira na Oiras limitando co Pereiro (concelho de Alfoz). |
Pedra Mosqueira em São João de Calo, no Concelho de Vimianço, limitnado três fregueisas, Calo, Vimianço e Salto. |
As Mosqueiras um alto dando nome a uma mámoa, chousa e à zona de confluência de três freguesias, quatro entre os concelhos de Rodeiro e Doção.
Mosqueiro na freguesia de São João de Rio, fazendo (quase) limite entre três freguesias, a antedita de São João De Rio, Santa Maria de Castrelo e São Silvestre de Argas |
Mosqueros limitando o concelho de Losacio com Losacino (Tierra de Alba, Zamora). |
Mosqueiro de Lijó, limitando com Roiriz e Galegos (Barcelos) |
Mosqueiros de Alfeizarão, limitando com outras freguesias, Vimeiro, Santa Catarina, Salir de Matos. O estranho é que tão ao sul, o topónimo siga conservando a sua funcionalidade de limitador. |
Alto de la Mozqueta (Llangréu das Astúrias) |
Vale de Mosquitos entre três freguesias a de Padornelo e Louçarela (Pedra Fita do Zebreiro) e a de Nozeda (Folgoso do Courel). |
A raiz mosq- relacionada com bosque?
Bosque, monte em Lesende (Lousame) limitando com Tojos Outos e Roo. |
O Bosque de Serantes (Ferrol). |
O Bosque da freguesia de Alva limitnado coa Torre (Vilalva). |
O Bosque de Dorneda, no limite com Oleiros e Lians (Concelho de Oleiros). |
O Bosque de São Tomé de Monte Agudo (Arteijo) limitando com Noicela (Carvalho) e Também com Caiom e Lendo (Laracha). |
Então poderia ser pensado que alguns dos topónimos mosq- (bosq-) podem estar fazendo referencia a límites territoriais e não às moscas.
Parelhos a estes topónimos de Mosq- existem os topónimos Mesq- que fôram tratados noutro escrito e que aqui reproduzimos uma parte:
Uma outra forma da palavra felga inicial, referida aos vegetais para estro é melga.
Melga com o significado de batume, molime, restos vegetais apanhados para estrume.
Melga tem outros significados que aparentemente confluem vindos de outras raízes etimológicas.
Melga é nome da faixa de terra entre dous sucos arados, com o castelhano amelga.
Melga é nome das sargacinhas ou carrascos, e também dá nome à alfalfa.
Melga, Halimium lasianthum |
Melquita ou mezquita, Ruscus aculeatus |
Abre-se pois a possibilidade que os topónimos de raízes melg-, mezq-, mesq- e melq-, estejam sob a ideia de borde, limite. Confronte-se coa Mezquita das terras das Frieiras, com Melgaço do Minho.
O concelho ou a terra da Mezquita faz limite entre três territórios, três reinos, Leão, Portugal e a Galiza.
A Mesquita e também a Cruz da Mesquita fazendo limite entre três freguesias do concelho de Pontecesso. |
Limites da Freguesia da Mezquita da Merca, entre três concelhos e três parróquias, São Vitório da Mezquita de Alhariz, Souto Maior de Taboadela, e a própria Mezquita da Merca. |
Mosq- leva em si a ideia de marca, moscar é o mesmo que mossar, amossegar ou amorsegar.
Mosca /'mɔs.ka/ é a talhada na castanha para que assada não estoure.
No fuso esta marca, mossa, é chamada de osca, rosco.
Para a etimologia latinista mosca como entalhadura e mossa derivariam do latim morsus, particípio de mordeo de um protoindo-europeu *(s)merd-.
Então, os /'ɔθ.kos/ Ozcos nas Astúrias, desde nós, poderiam ser transparentes, talvez as marcas. Na ideia territorial de marca ou limite, ou na ideia de entalhadura. Quer dizer a primitiva marca geográfica tem em si o bosque, a entalhadura e a mosca ou mossa.
Ozca nos dicionários é o entalhe no fuso, qualquer entalhadura; a rosca de um parafuso; uma passagem estreita entre penas.
O asturiano dá dicas para observarmos a variação da consoante inicial nesta raiz:
Güezca, buezca, muezca.
Junto com o galego ozca/osca, ósquia /ózquia, e a variante de Íbias uözca.
Haveria que pôr aqui também rosca?
As mutações do bretão explicariam: gw → w, m → v.
*gweska *wesca *mwesca *vuesca.
No córnico, além da gw →w, ou m → v → f
Assim *fwesca estaria por aqui.
No galês a gw → nh /ŋ/
Seria de esperar *nhwezka
Desde as línguas gaélicas seria de esperar uma mutação kw → hw
*hueska.
Se tentamos refazer a árvore:
1. mʷe: mosca "mossa, entalhe", muezca.
2. mʷe → vʷe / bʷe; buesca "mossa, marca, entalhe". E os topónimos bosq- na ideia de "marca territorial", confronte-se com bosquejo.
3. vʷe → ʷe ; uözca, osca "entalhe no fuso; entalhe qualquer" "oca, vazia".
Aqui pode ser vista a relação com osso e os "boca" no latino?
3.3. vʷe → ve/vie: viescu, viesca, El Vescón
3.2. vʷe → fʷe: fosca / fusca?
4. ʷe → gʷe: güezca "entalhe do fuso, "osso de fruta, osso do jamão".
5. gʷe → nhʷe/ nʷe: nozca "amossega, entalhe, corte na castanha", nesga "peça triangular", ao nesgo, de nisgo "obliquamente, em chanfradura, em corte oblíquo".
Aqui dá para falar da palavra galesa osgo, gosgo, gwosgo, ysgo com o significado de "inclinação, obliquidade". Percebe-se agora que sesgo e variantes (esguelho, nesgo, enxesgo, resgo, vesgo) nada tenhem a ver com o latim sedeo "sentar"?
6. gʷe → hʷe / rʷe: rosca "bolo com buraco", "porca de parafuso", "verme que rói", rosco "entalhe do fuso ou roca".
6. gʷe →kʷe???, confronte-se com cosco "folha do milho, moinha, escoanho do trigo e cereais", cosca "vainha de legume", cosco "peido", "casca"?
Entalhes nos canzis do jugo onde entra a pioga(1), chamados moscas ou mosqueiras. |
Nas proximidades de Boalho de Berdoias (Vimianço) fazendo limite coa freguesia de Oçom (Mugia), está o petróglifo da Pena Mosqueira.
Que tem em si as duas hipóteses aqui lançadas, ter "moscas", marcas e servir de marco, de limite e ser marco e limite em sim também entre a freguesia de São Pedro de Berdoias e São Martinho de Oção.
Petróglifos no Outeiro do Recosto, Pedra Mosqueira (Berdoias). Mais petróglifos e informação aqui polo coletivo a Rula. |
Huesca, Uesca em aragonês, antiga Bolskan pode indicar que a raiz tenha sido *bʷelsk-?
A palavra Bolskan aparece em moedas escritas com signatário ibérico, na romanização as moedas foram grafadas como Osca.
Osca é crida latinização de Bolskan.
Mas Oska poderia bem ser uma "mutação" da mesma palavra?
A língua falada nessa altura no que hoje é o norte de Aragão era uma língua com variações da consoante inicial, como ainda nas falas célticas existe?
Bolskan ajuda a perceber mesquita, ao supôruma raiz mʷelsk-, que explica a divergência em melk- e mesk-.
Osca, os Ozcos, o povo osco e o significado de osco como embuçado, coberto, ligam co viescu / viesca asturiano "bosque", matagal cerrado (visgo?) com bosque. Supondo uma raiz proto-indo-europeia Kwesk- onde celta-p posk- e celta-q kosk-?
Viascom / Viascão?
Biescas de Aragão e Viescas das Astúrias?
Biascas de Obarra em Aragão?
Biasca na Suíça?
Esqueiro ou esqueira, também chamado usqueiro. Por serem os primeiros usqueiros, oscas, entalhas? |
Estes topónimos qualificariam lugares "entalhados" que fazem "cunha" entre outros dous.
Nestes topónimos coincidem, convergem, ou melhor dito deles divergem, os primitivos significados indo-europeus da base bosk-/mosk- com as suas variações fonéticas e com as suas derivas nos significados.
Tudo isto de ser o bosque/ mosq- lugar limitante, leva-me à conceição neolítica do espaço, onde o primeiro locus lugus, seria um lugar aberto no mato ou bosque, uma ilha territorial, que medrando, desmatando, chegaria ao contato com outras ilhas primárias, então por isso o bosque ficaria como resíduo, ressio da floresta "virgem primária" entre unidades territoriais.
Bosque no espanhol e português é derivado do catalão e ocitano bosc, por sua vez do latim boscus, ou do germânico bosk.
Bosque poderia ser percebido como genitivo "*da bosca", "*do bosco".
Bosque em asturiano além do bosque florestal é um terreno ou prado cercado, de um único proprietário.
Boscón é um comunal tipo chousa, onde pode ser choído o gando para que sesteie; um terreno sem cultura.
Na linha germânica bosk, *buskaz, vai dar mais que à floresta ao mato arbustivo (confronte-se com buxo e bush).
Então, andar ao rebusco seria a primária busca de comida no bosque?
Moscova e o seu rio Moscovo teriam a ver com lugar limitante?
Na mutação pusk- (puska "mato" "pelo púbico" em finês), busk-, musk-, fusk-, (fusca)....
No baralhete, que é um tesouro, pusca é a vulva.
Celta-p, celta-q
Cusca, cuzca: cadela, xosca "prostituta"
(1) Pioga, piola, pealha, pialha, apear, Tocariano B?
ou pediola?
pyorye (nf.) ‘yoke’
[pyorye, -, -//] eśnesa menkitse tākoy kacāp ompä pärkre śāyeñca pyorye ṣäp tākoy cew warne somo lyautai länktsa mā kly[e]ñca ‘there would be there a tortoise lacking eyes, living long, and there would be a yoke in that water with a single opening, light [in weight] and not staying [still]’ (407a6/7). -- pyoriṣṣe ‘prtng to a yoke’: näno aiyse pyoriṣṣe lāṃṣānte kuśāneṃtsa 150 ‘furthermore they levied an extra [payment] for the yoke of 150 kuśānes’ [?; we would know more perhaps about the extra payment pertaining to the yoke, if we knew what the major item in this entry (two lines above), akwaneṃ, meant] (490a-III4). ∎Etymology unknown. VW (399) suggests a connection with PIE *bheihx- ‘strike’ and Hilmarsson (1991b:173-174) suggests a derivation from *peh1i- ‘injure, abuse.’ Both are semantically possible (cf. the relationship of Sanskrit dhūrvati ‘injures, causes to fall,’ Hittite tūriya- ‘harness,’ and Sanskrit dhūḥ ‘harness’) and both are phonologically possible (assuming in both cases that we have a derivative in -ye built on a preterite participle or abstract). However, neither is compelling. Extremely unlikely is Hilmarsson's earlier suggestion (1986:27-28) of an equation with Sanskrit piyāru- ‘mocking, degrading.’ As a speculative possibility, one might suggest a putative PIE *bhi-yeha-ru- (+ later -ye) ‘that which goes around.’
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