Analisam-se topograficamente os lugares com tal nome, tratando de intuir ou tirar umas caraterísticas comuns que tais lugares possuem....
Vão diferentes imagens aéreas e planos LiDAR que deixam ir vendo o que finalmente se supõe sobre o que teriam sido os Sabuzedos, Sabuzedas e topónimos semelhantes.
Sabuzeda de São Fiz de Quiom (Touro). Curro quase redondo na parte inferior esquerda. |
Sabuzedo de Ourol, curro afunilado numa zona de muita encosta, que aproveita um lugar de menor inclinação. |
Sabuzedo de São Tomé de Recaré. Lugar pecuário com curro, aldeia abandonada, mas o curral ainda funcionando, onde juntam o gado. |
Sabuzedo de São Jilhão de Irijoa (Muras) |
Sabuzedo dos Peros em São Paio de Abades (Baltar). |
Sabuzedo de São Pedro de Ourilhe (Verea) arriba com a típica forma de bágua. Abaixo lugar próximo de nome a Praça de Sabuzedo". |
São Pedro de Sabuzedo de Montes (Cartelhe), coa igreja parroquial feita, acho no século passado ou no XIX, dentro do curro. |
São Lourenço de Sabuzedo (A Estrada), talvez o Sabuzedo mais famoso pola festa da rapa das bestas que nele é celebrada, conserva ainda na sua estrutura de rueiros o possível lugar onde estaria o primitivo curro. |
Sabuzedo (A Porqueira), Sabuzedo é uma freguesia, sem um núcleo que leve esse nome, o lugar onde está a Igreja tem de nome: o Rial, e pode ser visto o possível curro aqui estudado no pé do monte.
Sabuzedo aparece em documentos medievais como Sabuzetum: Aguilunxas discurrente riuulo Por(cari)a et ex altera parte Limia inter Sabuzetum et Sanctum Laurentium; damus uobis ita ut ab hodierna die. Data: 1127, Procedência: OU.Ourense Edición: Castro, M., Martínez Sueiro, M., Documentos del Archivo de la Catedral de Orense. Fonte CODOLGA
A ressaltar que ao lado do lugar do Rial está o das Quintas, a norte e praticamente unidos.
As Quintas é um topónimo do que neste blogue já foi falado, e que nomeia por vezes território "religioso-administrativo":
|
Sabuzedo de Mourilhe (Montalegre). |
Em Sabuzeda de Santo André de Cures (Boiro) não achei o possível lugar do curro, se o houver.
Sabuzeda de Cures, a semelhança dos Sabuzed- aqui apresentados, tem idéntica situação topográfica, um lugar entre a serra e uma zona de veiga.
Lugares, os sabuzedos, onde seriam baixadas, acurradas as bestas do monte?
Estes topónimos Sabuzed- / Sabuc- são adscritos à fito-toponímia, derivados do sabugo.
Sabuz está como nome na altura do ano 1.005, para o lugar atual de Sabugueiro em Santa Tegra de Aveleda (Castro-Caldelas).
(Grato a Andregoto Galindez)
Sabuz de Santa Baia de Anfeoz (Cartelhe). Arriba pode ser observado o relevo do possível curro, abaixo como moradias foram construidas dentro dele. |
Sabugo (Murias de Paredes, as Oumanhas, Leão). |
Santa Maria de Sabuguido (Vilarinho de Conso). |
Sabugueiro de Santiago de Verea. |
O Sabugueiro de São Salvador de Sangunhedo (Verea) |
Sabugos de Santa Maria de Aveledo (Abadim). |
A Sabugueira em São Marinho das Varelas (Melide), no seu pé do escrito como Sabugueira é possível observar o pequeno recinto de caminho perimetral (parcelas números 80 e 78). |
Caminho de Sabugueiro na freguesia da Nossa Senhora dos Remédios de Corme-Porto (Ponte-Cesso), um caminho que vai dar onde (601)? |
As do Sabugo, nas Maus, freguesia de São Lourenço de Tosende (Baltar). As do Sabugo, faz referencia às terras, casas, do lugar do Sabugo, que é possível observar na forma arredondada de curro. |
Poderíamos esperar topónimos qualificadores de pequenos curros do mesmo lexema sab-?
Por exemplo:
Saboi de Santa Maria de Castenda (Tordoia), também com o seu curro arredondado. |
O Prado e a Cortinha de Saboi em São Salvador de Pinça (Sárria). O saboi é esse curro a oeste dos topónimos? |
Saboia de Santa Maria de Magaços (Viveiro) com a sua estrutura a jeito de curro arredondado. |
Saboi de São João de Angudes (Crecente). |
Saboi de São Pedro de Bande. |
Saboleiro de São Pedro de Romeám (Lugo). Neste lugar pode ser visto o curo afunilado tratado nos escritos sobre o -mnd-, como o bico é cortado pola construção nele do paço, como noutros escritos também é contado. |
O Zabote de São Pedro de Leirado (Quintela de Leirado). Este curro não é arredondado é afunilado do tipo -mnd-. |
Xabariz de Soasserra (Cabanas)? Aqui Xabariz estaria formado por Xab- + -ariz? O sufixo -ariz foi tratado nestoutro escrito. |
Sábade de Berdeogas (Dumbria). |
Sabazeda de São Mamede de Baçar (Santa Comba). |
Sabazeda de Santa Maria Madalena de Monte-Maior (A Laracha). Neste caso como no de Saboleiro de Romeám o curro acabou formando parte do espaço de um paço. |
Sabadim de São Salvador de Saians (Moranha). |
El Saúco (Cúllar, Granada) no canto superior esquerdo, curro afunilado |
Mas, como explicar que aparentemente todos os Sabuzedos e Sabuzedas, e mesmo tantos Sabug-, tem a mesma conceção pecuária de curral?, currais aparentemente "pequenos" de diâmetros entre sessenta e cento e poucos metros, (pequenos em comparança com os -mnd- apresentados noutros escritos), e assentados todos geograficamente nas bordas entre as serras de monte de mato, e zonas de pasteiros, de prados.
No topónimo Sabuzeda/o, aparentemente damos com um lexema, sab-, e dous modificadores, -uc- / -uz e -edo.
Seria pois sabuz + -edo: conjunto, acúmulo de *sabuzes, lugar dos *sabuzes.
Sab-uz?
Sabugo, no latim sabucus, está formado polo lexema sab- e o sufixo -ucus que costuma dar nome a plantas, (albucus, abrótega, lactuca, leituga, festuca ...).
Abenuz, almaraduz, altramuz, cornapuz, veladuz / beleruz, são nomes de plantas em galego sufixadas em -uz.
Mas semelha um sufixo alheio.
Sobre o lexema:
*Saba?, zapa, fossa, cousso?
Ou *saba: sebe?
Se for sebe a raiz, que poderia ser, *sebuz, *sebuzeda, *sebugueiro estariam-nos a dar uma ideia clara, a planta apanha o nome da sua função agro-pastoral, fazer sebes circundantes.
Uma pessoa de nome Dominicus Sebugeyro aparece num documento de Oseira do ano 1244 (fonte CODOLGA).
Sebugo aparece como apelido infrequente em Leão à par de Sabugo.
Atenda-se a que a sebe no latim é saepes ou sepes. Onde em saepes está a vogal a do sabuz.
No francês antigo os nomes do sabugo foram seu e seür.
Já no gaélico sab (saba, sabai, saba, sabaidh, sabaid, sabadh, sabdaib, saptaibh, saph) significa: haste, estaca, poste; figuradamente: apoio, defensor, líder, campeão.
Por exemplo o caso de Sabim de Santa Maria de Paredes (Monte de Ramo) e de Sabim de Arriba de Santo Estevo de Sedes (Narom) é uma aldeia localizada na sebe entre dous espaços pastorias de grandes chousas.
Sabim de Santo Estevo de Sedes (Narão). |
Sabine, fazendo vedação, partindo um curro afunilado, na comuna de Havars (afrancesada como Fabas, Ariège, Occitânia) |
Observe-se também que o verbo latino saepio significa:
Rodear, encerrar, guardar dentro de uma vedação.
Envolver, embrulhar.
Impedir, dificultar.
No documento medieval de Alfonso III, Liber Testamentorum, pode ser lido um deslinde da Terra de Santo Adriano (Ovedo) que diz assim:
....per illo termino de Sancto Martino usque in illo sabugo antiquo, et directa linea per illa serra in infestum usque...
A dúvida salta; o tal sabugo antiquo está fazendo referência a um arbusto velho ou a um curro antigo?
Então a hipótese lançada é que sabugo (*sebugo) apanharia o nome da sebe, (como noutro escrito foi falado: arbustos e árvores usados para sebes derivam o seu nome da sua função agrária-pastoral).
Sebe + -uco, *sebuco, sabugo.
Xebe nas Astúrias, onde também está o as formas sebe, sebia e sebi. |
A etimologia clássica dá para o sabugo, sambucus no latim, a origem na sambuca, um nome oriental para a frauta....
Segundo esta hipótese, é o arbusto sabugo sabucus / sambucus o que dá nome à frauta sambuca, e não à inversa.
Uma hipótese para perceber melhor a origem e funcionalidade neolítica da palavra-conceito, poderia vir polo sânscrito सभा (sabhā):
Assembleia, congregação, reunião, conselho, audiência pública.
Associação, sociedade.
Lugar para reuniões públicas, grande sala de reunião ou salão, palácio, corte de um rei ou de justiça, câmara do conselho, casa de jogo.
Casa para hospedagem, hospedagem de viajantes.
No lado basco:
A relação entre o sabugo vegetal e o curral é mais evidente?, semelha que sim.
Sabai / sapai / zapai: curro para o gando, celeiro, palhar, lugar para guardar o feno, sobrado; além doutros significados como tabuado que faz o teto.
Sabika, sabiko: sabugo.
No basco a sufixação -ko é locativa, bilboko "de Bilbau". Com as possibilidades de ser -ka, -(i)ka -(i)ko, sabiko do sab-.
Zabai: tabuado.
Pola linha gaélica:
Saball: recinto agrícola, estábulo, edificação agrícola de diversos usos. A etimologia gaélica faz derivar esta palavra de zabulum no latim medieval da Irlanda, por sua vez derivada de stabulum, mas vistos os vistos antes do que derivada uma da outra poderiam ser cognatas.
Saball, poderia ser percebido como sab- + -al, sebal?, da sebe?
Outras escritas antigas da palavra são sabull, tsabuill, t[sh]abaill...
Sàbhail no gaélico escocês tem os significados de salvação, proteção, resgate, defesa, seguridade, economia, poupança, frugalidade.
Sabh é relacionado com samh: curral para ovelhas.
Sàbh: untura; saliva; tranca de uma porta.
Ainda que a raiz mais certa de Saball poderia ser sab (com as variantes ortográficas: saba, sabai, sabaidh, sabaid, sabadh, sabdaib, saptaibh, saph) "estaca, poste, fuste, lança". Assim saball seria algo similar a "estacal"?
"Há que lembrar que na Irlanda um senhor do gando em relativa vassalagem a senhores mais poderosos recebia o nome de bóaire: aire, ário dos bois, ("aro dos bois") amo ou senhor de gando, tinha as vacas em propriedade mas o território era de um senhor superior flaith.
Um tipo de bóaire era o brugaid, ou briugu, pessoa encarregada de dar pousada e alimento a quem passasse, de gerir uma hospedagem, obrigado a dar de comer ao seu senhor".
Briugu gaélico que tem o seu par bretão bugul "pastor pegoreiro".
Estamos nestes lugares sab-, diante duma casa dum briugu?
Poderia ser?
Um olhada rápida sobre estes lugares toponímicos galegos, dá indícios de que estão em zonas de trânsito, nas ruas que obrigatoriamente correm pola periferia dos castros (como é o caso dos topónimos de lexema tai- que também foram associados com o lugar do briugu).
São Patrício da Irlanda morre um dezassete de Maio do 461 em Sabhall Phádraig, no Contae uma Dúin, aldeia anglicizada como Saul. Lugar onde fundou a primeira igreja católica:
Pode ser percebida a ideia?
São Patrício funda a sua primeira igreja onde já havia um lugar assemblear?, funda-a num saball / sabhall, que não só seria um estábulo ou curro, (veja-se no mapa a sua forma de -mnd-) que seria já o que a etimologia da linha sânscrita nos deixou perceber, além de um lugar pecuário, um lugar de administração, de hospedaria, ou como foi explicado no escrito sobre os topónimos de base tai-. Um lugar já anteriormente religioso....
“Conta a lenda que hai centos de anos na nosa leira da Ermida había unha capela, a capela de Santa Locaia, e que cando este edificio estaba en ruínas ou a piques de ser abandonado, o cura da parroquia de aquela época decidiu, despois de estar escondida nunha corte da contorna durante un tempo, levar a talla da santa para a igrexa de Loureda. Pero a santiña alí non debía ser moi feliz xa que, acotío, subía para aquí, para Santa Locaia, e viña a lamentarse á Fonte da Sombra. As súa bágoas caían no manancial e impedían que a auga fervera.”
Do bloque "Crónicas de Arteixo".
Há diferentes lendas nas que é relatado que um santo ou santa passam um tempo refugiados em cortes; isto pode ser interpretado que a corte primária tinha a tripla função, local do poder terrenal, local do poder espiritual e local onde guardar o gando.
Este escrito redunda no que outros anteriores concluem: que no passado na idade do Ferro ou talvez em tempos mais recuados, além de assentamentos em brigas, o espaço estava ocupado por vias e caminhos e lugares de gestão externos às brigas.
Que a pecuária marcava muito a paisagem e a cultura.
Que as palavras dão uma ideia de continuidade e de desenvolvimento "endógeno" da cultura inicial pastoral neolítica a uma camada superior de "sofisticação".
Tudo isto é uma hipótese que fum construindo por ir vendo padrões repetitivos toponímicos e geográficos.
Como dentro de um jogo de computador onde ao mudar de "cenário", ao sair de uma parróquia e entrar noutra, é o mesmo, o mesmo "cenário" mas cos elementos essenciais ligeiramente mudados, ainda que podo intuir um padrão idêntico entre um lugar e outro
Uma base desta interpretação do "urbanismo" antigo está na ideia das "células territoriais".
Quando estudo os abundantes Quintás e similares da zona, encontro que alguns estão associados ou perto da igreja parroquial.
Igreja que está na periferia de um castro, que logo fum vendo que estava no caminho perimetral do castro.
Algum outro Quint- se não cumpre o da igreja cumpre estar nas proximidades de um paço, ou lugar toponímico de paço.
No começo da Idade Meia os princeps territoriais abandonam as brigas e constroem castronelas ou villae, que funciomam como lugares "administrativos" menores. Estes lugares toponímicos hoje Vilas e derivados estão também na crica circunvalar, nada tenhem a ver com a vila romana, são posteriores. E algumas destas vilas ocupam este quinto espaço.
Uma instituição que houvo na velha Irlanda foi a do brugaid ou hospedeiro, que desde as lendas e o que ficou dele aparentemente não se chega a entender que fazia realmente.
Brugaid era uma pessoa que dava de comer a quem passasse, que tinha que ter a casa num cruzamento de caminhos....
Uma casa de banquete, sempre co lume acesso.
A história ou lenda conta que tinha que dar de comer ao seu amo e acompanhantes uma vaca quando por ali passasse.
O terreo onde pacem as vacas era do senhor, mas as vacas eram do hospedeiro.
Na ideia esboçada anteriormente, das cricas circunvalares que percorrem a contorna do território íntimo, limitando o que é próprio de um castro com o que é doutro, ou com outra unidade territorial agrícola, o único lugar de cruzamento de caminhos é onde se confluam 4 territórios, (às vezes podem ser mais).
Ao estudar os caminhos reais, ou rial como dizem por aqui (por que eram do rei? ou porque correm polo rego/rei/ neolítico do ritual do arado marcador, Rómulo -Remo?) vai-se vendo que vão polas cricas, poucos cruzam os territórios íntimos dos casrtos, de o fazerem, estão toponimicamente nomeados na vez de reias, como franceses, (e se não levam o nome de franceses, é possível dar com um microtopónimo que diga tipo "a leira do francês, ou semelhante)
Voltando à hospedaria do brugaid, se tem que estar por lei no cruzamento de caminhos, por força tem que estar em lugares que alguns na Galiza levam o nome de Quintá e derivados. E que também coincide por vezes co lugar da Igreja atual.
É moi frutífero analisar a toponímia de lugares que ficam entre 4 castros, que não sempre é Quintá.
Para uma melhor ideia da origem do topónimo Quinta e derivados pode ser lido o escrito "Roma?"
Esta cousa do brugaid vista desde o mundo escandinavo:
O chefe víquingue, dispunha de uma grande sala na sua granja, decorada com imagens de pau das divindades nórdicas.
Granja na que ele não vivia.
Percebede a força da palavra: o chefe viquingue tinha uma quinta, onde semanalmente celebrava um banquete, aonde convidava a outros chefes e elites e ao seu povo.
Celebrava uma "eucaristia"?, uma comum-união?, ou uma farta?
Do brugaid ficam restos em lenda que os irlandeses intentam analisar. Como podia existir um lugar onde davam de comer gratuitamente?
Para ser entendido necessitamos unir peças, retalhos aparentemente inconexos, que também dão indícios do que acontecia nessa parte chamada quinta.
Nas igrejas (galegas) já católicas celebravam-se banquetes?, celebravam. Mas foram censurados.
Implicações?, moitas; pois então o cristianismo, catolicismo, semelha que entrou sem muita rutura, pois aparentemente o mundo atlântico já celebrava uma "misa" semanal ao seu modo, com pão, carne, vinho, cerveja (e sangue?)
Se lês onde São Patrício oficia a primeira misa católica na Irlanda
em Sabhall Phádraig, no Contae uma Dúin, aldeia anglicizada como Saul, (nome que poderia ser traduzido ao galego como Sabugo ou semelhante) podes ver que era uma granja, coa forma de bágoa, como os recintos pecuários que aparecem nas periferias das brigas galegas. Bom a mesma história ou lenda da primeira misa católica que ele dá, já diz que foi numa granja.
Bom, na Laje de Armental, há uma igreja que não é parróquia, uma grande igreja pois ali era celebrada a Santa Cruz de Maio com romaria e todo, a igreja tem reitoral todo numa peça, e a reitoral com cortes, terras e prados na volta da igreja; o cura, que morreu, tinha vacas ali no final do século passado. A lenda ou história que corre do lugar, que não sei por arquivos, foi que uma doação duns ricos do lugar de Cezar ali ao ladinho, criou esta aparentemente rara igreja, rara para o comum da zona, onde de haver uma outra igreja na freguesia, costuma ser uma capelinha; mas a igreja da Laje é maior que a igreja parroquial de Armental.
Igreja da Laje que está no meio de 3 castros e um 4 lugar discutível se foi castro
Igreja da Laje que do mesmo modo que em Sabhall Phádraig está integrada dentro de um recinto pecuário em forma de bágua, um grande curro afunilado de algo mais de 3Ha. como pode ser visto nos planos aéreos do 56:
Sobre o que era feito no quinto espaço também é falado neste outro escrito: Taibó, a casa do boi?
Onde um dos topónimos analisados como quinto espaço é Teilalhe, Teilalhe poderia ter a ver com Eulália, pois o segundo lexema do topónimo -lalhe pode ser o mesmo que o de de Eu-lália.
Tei-lalhe como "a casa do canto, augúrio...", lalhe como genitivo de *lalha (confronte-se com Eulália, Olalha, Santalha...). Para a etimologia de -lália leia-se aqui.
Caixão de xastre:
Os nomes do sabugueiro desta família sab- nas Astúrias:
sabugu
saúgu
saúgo
sabucu
saúcu
sabú
saú
sabubu
sagubu
xabugu
xabucu
xabú
sabucu, sabuco
ḥabudo, ḥabugo
Na Galiza dá-se a forma xabugo, xabugueiro...
A palavra sânscrita e a gaélica podem levar a pensar que o stabulum latino, que a etimologia clássica acha formada por sta+bulum, poderia ser formada por stab- + -ulum.
Aqui anda a raiz da palavra xebrar?
http://gmh.consellodacultura.org/nc/buscador/resultados/lib/0/metadato/4/buscar/Cividade/infodoc/17%7C204%20%20/op/az/
No galês o sabugueiro tem o nome de ysgaw, poderia ter relação com os nomes doutro Sambucus (S. ebulus) irgo, engo; no asturiano yeldu, no espanhol yezgo, no gaulês edocos, scau no bretão medieval...
Uso tradicional higiénico do sabugo na Irlanda:
http://irishhedgerows.weebly.com/flora.html
The Elder in common with the Hawthorn and the Rowan has strong associations with the Fairy folk and is a tree of protection. It is considered very lucky if you have one growing near your house. Traditionally a Rowan would be grown at the front of the house but the Elder’s place would be at the back door and it was said that it kept evil influences from entering your home. The aroma exuded by the elder's leaves has long been known to repel flies, so this folklore may have been borne out of the need to keep such insects, and the diseases that they carried, away from the kitchen and food.
Bunches of leaves were hung by doorways, in livestock barns, and attached to horses' harnesses for the same reason. Elder
was traditionally planted around dairies and it was thought to be efficacious in keeping the milk from 'turning'. Cheese cloths and other linen involved in dairying were hung out to dry on elder trees, and the smell they absorbed from the leaves may have contributed to hygiene in the dairy.
The elder was also believed to have some redeeming features and thought to, at times, act as a deterrent to evil. Here in Ireland a wreath made from elder leaves wrapped around a milk churn was used to protect the milk from bad spirits.
https://www.independent.ie/business/farming/the-feared-elder-has-its-place-on-the-farm-26312758.html
Está investigada a presença de substâncias repelentes de insetos no sabugo.
"The complete herbal handbook for farm and stable", Juliete de Baírachi Levy:
"The leaves are also high scented, flies have an aversion to them... The leaves dried and powdered, are used as an insect-repellent by the Arabs... A brew of the green stalks and branches, highly concentrated, makes an excellent external application against gadfly for cattle and horses."
"As folhas também são muito recendentes, as moscas têm aversão a elas ... As folhas secas e em pó, são usadas como repelentes de insetos pelas gentes árabes ... Um extracto fermentado dos talos e galhos verdes, altamente concentrado, é uma excelente aplicação externa contra os tabãos das vacas e das bestas. "
Um dos usos "mágicos" do sabugo na Galiza: a cura do boubim
Boscawen-Un
Boscawen-Un is a Cornish name, from the words bos "farmstead" and scawen "elder or elderberry tree". The suffix Un denotes an adjacent pasture.
Para dizer:
Quando numa paisagem toponímica pecuária é encontrado o mesmo padrão de nomes: salgueir- (1), barreir-, codess-, espinh- (salgueiro, barreira, codesso, espinheira...), num começo pensava em fitotoponímia ventureira, quer dizer ali nasciam codessos espontaneamente, ou nalgum tempo nasceram, e ficou o seu nome. Mas a dúvida salta ao se repetirem, com mais frequéncia da esperada, no entorno dos curros afunilados os mesmos topónimos.
Assim outros topónimos tipo naveira, orjeira ou prado, mesmo tojeira.... hipotetiticamente indicavam usos continuados de tais terras para tais culturas-usos, desde a continuidade agrária do neolítico-ferro até, em alguns casos, o século XX, (não em toda a Galiza, pois houvo zonas com transformações agrárias profundas como a criação das agras)...
Então a hipótese é: que por exemplo se um lugar leva o nome de codesseda ou codessido, codesso...., poderia ser, nalguns casos, que o tal terreo fosse "adrede" plantado de codessos. O codesso é uma leguminosa e como tal fonte de proteína para ruminantes, é pois, uma codesseda, um armazém vivo de nitrogénio para o inverno.
Quanto ao sabugo, acima ficam as suas propriedades e utilidades cientificamente demonstradas para o gando.
O sabugo não é uma planta apetecível para o gando, apenas é comido polos animais domésticos como "nutracéutico".
A hipótese é que o curro sabuzedo, sabug- teria um valado, e esse valado não estaria enramado de arbustos ao chou, de árvores ou plantas ventureiras, estaria obrigatoriamente plantado de sabugos pola sua utilidade sanitária.
Do mesmo jeito que o teixo aparece nos cemitérios, igrejas, ou assento de concelhos, por alguma razão "científica" ainda desconhecida, o sabugo poderia estar orlando os curros por razões "científicas" (que podemos determinar agora com a bioquímica), mas até há bem pouco as razões da sua utilidade sanitária e de produção eram baseadas num conhecimento empírico e alicerçado por milénios de gadaria. Utilidades do sabugo que criariam uma construção cultural, da qual chegaram os retalhos ao hoje.
Então não seria por casualidade que esta cadeia de palavras conceitos e usos se tivesse dado: de que as sebes dos curros pecuários que medravam sobre um alto valado estivessem cheias de sabugos, que os sabugos fossem chamados de *sebugos, que sebe, saepe e sapa/zapa, semelhem sair do mesmo, como vala e valo?
(1)
Vigário no latim, em Roma é o que desenvolve uma funçom doutra persoa, ocupando um posto que lhe corresponderia a outro. Vicarius em Roma, a palavra vai seguida sempre do cargo a quem substitui, tipo vicarius praetoris, mesmo um escravo podia ter um vigário, outro escravo que o substituía se o seu status de escravitude lho permitia, escravos escritores ou filósofos....
Para a etimologia mais estendida vicarius tem a ver com vice-, e já está.
Se se aprofunda um pouco mais vice-, tem a ver com vínculo, vencilho, com curvar, com cambar, com câmbio, com intercâmbio.
(https://en.wiktionary.org/wiki/vicis#Latin)
No sâncrito por exemplo विष्टी (viṣṭī) "cambiável, intercambiável".
No alemám (que podes ler nos caixeiros): Wechsel "câmbio, troco".
Algo vou publicando do estudo das toponímias dos lugares na volta de um castro, nom todo pois ainda há bastante em esboço.
Explico algo desta imagem:
Como aqui onde vivo hai moito castro e a toponímia se repete dumha parróquia noutra, fum sacando paralelismos.
Os castros, ou as croas, tenhem um território na sua volta, que é um caminho perimetral, por vezes nom é total pois um regato ou um grande cômaro completa o perímetro, nesse perímetro certos topónimos repetem-se, tipo "o lago, lagoa, e derivados", tipo "pedrouço", tipo "rua".
Nesse perímetro do castro, nom em todos os castros, está tamém a igreja parroquial, (falo-che sempre da comarca do Alto-Tambre, onde trabalho e vivo). Estas repeticiois, levam-me a um pensamento de que a paisage antiga, pré-romana era uma unidade teritorial que se repetia tal qual uma "fotocópia".
Um castro e na sua volta umas estructuras urbanas menores que me dim muito de que a vida nom era só intramuros do castro.
Uma dessas estruturas era a Quinta ou Quinta e derivados da raiz quint-. Uma briga ou castro estava geralmete associado com outras unidades ou "células territoriais" que podiam ser castros menores, unidades agrárias ou gandeiras, em grupos de quatro, e no médio deixavam um território pecuário que porvezes tem o nome de quinta, que na actualidade histórica pertenceu à Igreja, tem relaçom coa igreja, ou com casas fortes.
O território íntimo dum castro costuma ser um perímetro, como já falei, darredor da croa, entre outros microtopónimos que se repetem nesse perímetro está o de barreira ou derivados: barreiros, barro, barra, nos que nom hai canteira de barro nenguma; ou por exemplo codesso e derivados tipo codessido, codesseda... Onde codesso que é a planta tem a forma latina, não da que deriva mas da que é cognata, irmã: "caudex" latim que é poste, tronco, quer dizer que codesso, a planta, descodificada é como se digéssemos "troncoso, postoso" algo assim como paliçada, obstáculo de paus, trabancada.
Bem, entre os nomes que vou encontrando nesse perímetro, sai que havia um local para "intercâmbio". E com esta palavra volto ao começo, ao vigário, a vicis, (com plavras como vicus, "vigo" toponimicamente mui abundante, com outras como vizinho).
Quero dizer: O território perimetral do castro, tinha uns lugares por onde o passo era proibido, ou estava trancado e outros por onde o passo era permitido. O castro tem um caminho que sai da croa e vai dar ao caminho perimetral, nesse ponto está o "intercâmbio", nesse ponto esta o "vigo" nos mais dos casos toponímicos lugar numa via, o vínculo, o lugar que vincula o umbigo do castro co mundo, esse ponto é o lugar primitivo "vicinho" do castro.
No que publiquei de Taibo (https://remoido.blogspot.com/2018/06/taibo-casa-do-boi.html) onde analisei os topónimos de raiz tei-, Teilor, Teicelhe...., vim que os tais Tei-/ Tai- estavam também nesse perímetro do castro, e estudei a segunda partícula que aacompanha a tei- "casa", onde a segunda partícula tipo Tei-belím, Tei-bel e semelantes, ou Tei-balde, Tei-bade, remetima a poeta, jurista, conselheiro, abade, vate, no sentido de canto e vaticínio...
Entom, desculpa ser tam extenso, concluo que no castro intra muros havia uma vida "urbana" e na sua contorna uma vida de relaçons com lugares habitados que na continuidade hoje som igrejas ou aldeas que conservárom o nome da sua antiga funçom, e que etimologicamente relacionam o lugar principal de "entrada" com uma funçom que vem descrita polo urbanismo da zona Suméria, onde havia uma casa periférica coa funçom primitiva da religiom, "intercâmbio, cambista, armazém, lugar de culto, lugar de prostituçom (por outros nomes que analisei que fariam isto longo de mais que tenhem a ver coa palava Rata toponímica e derivados), onde rata como roedor é um epíteto, quer dizer a rata primeira nom foi o roedor, foi o ou a "freira sacerdotisa, cambista, usureira, meretriz primária" ), como lugar de culto, de vaticínio".
Voltando a Vigário, o vigário seria pois o delegado do chefe que estava no lugar de intercâmbio, e aqui vem o estudado por André Pena como como briogu, ou brugaid.
Como isto é tam, complexo mas simple à vez, um dos topónimos que se repete no perímetro do castro é Salgueiro e derivados.
Como expliquei antes o vicis, é o vínculo, o vincalho, que primariamente é um vime ou raminha de salix, de salgueiro. E como era de esperar estes topónimos na periferia de um castro de nome derivado de salgueiro dam o lugar de uniom entre o castro e o caminho principal periférico.
Concluo, desculpa:
A Europa céltica marca Roma, entre essa Europa céltica Galiza é um fóssil vivo, porque sofreu poucas alteraciois agrárias. A França foi submetida a nom sei quantas reformas agrárias e ainda que conserva uma microtoponímia riquíssima e parelha à galega, os caminhos antigos desparecerom.
A sociedade era complexa e de profundas raízes em continuidade, carregada de simbolismos, para mim o descobrimento do salgueiro como marca toponímica e como símbolo diz-me moito. A ver nom quero dizer que todos os lugares derivados de salgueiro ou salcedas tenham que por força serem todos o lugar do vínculo de um castro coa via de comunicaçom, pero alguns si.
Desculpa tam longa explicaçom.
Aperta.
Salix é aparentado com sal.
Também noutra etimolgia com saliva.
Salix tem os cognados célticos de sail "sujeira, escoura / escória, impureza", galês helygen "salgueiro".
(sail em basco é área, isto tem a ver com os lugares de nome Arosa, Ar e derivados na contorna periférica de um castro que indicam toponimicamente o mesmo que salgueiro e derivados de salc-)
(to sail um dos significados é mover-se impelido polo vento ou auga)
Seileach é salgueiro em gaélico escocês.
Saileach é salgueiro em gaélico irlandês.
Seile gaélico: cuspe, saliva.
Seile tem a ver com Sile "pinga, bágua, saliva, néctar" de onde Sil, e Cila, "saída, fluxo".
Latim salio: salto, pulo, fluo para baixo. Copulo.
Proto-Indo-Europeu: *sel- "fluir, correr, saltar.
Saliva: o que flui saliv-/ salim- (galego oriental en Íbias: saliva / salima).
Saimeira / seimeira: o lugar do fluir. Saímes topónimo em lugares de fervenças ou de rápidos no río?
Salime, ponte de Salime no Návia que ficou debaixo das augas da barragem (saíme?).
Saliva, no galego oriental de Íbias salima, no galego medieval saiva.
O salgueiro no Ogham é a letra S, o número 5 (Quintã), o símbolo do Ovate, um grau de Druída, como foi visto no estudo dos topónimos do tei-, Teibade, Teibalde estão aqui, no quinto território, no lugar proto-igreja do posterior abade.
"Há que lembrar que na Irlanda um senhor do gando em relativa vassalagem a senhores mais poderosos recebia o nome de bóaire: aire, ário dos bois, ("aro dos bois") amo ou senhor de gando, tinha as vacas em propriedade mas o território era de um senhor superior flaith.
Um tipo de bóaire era o brugaid, ou briugu, pessoa encarregada de dar pousada e alimento a quem passasse, de gerir uma hospedagem, obrigado a dar de comer ao seu senhor".
Briugu gaélico que tem o seu par bretão bugul "pastor pegoreiro".
Estamos nestes lugares sab-, diante duma casa dum briugu?
Poderia ser?
Um olhada rápida sobre estes lugares toponímicos galegos, dá indícios de que estão em zonas de trânsito, nas ruas que obrigatoriamente correm pola periferia dos castros (como é o caso dos topónimos de lexema tai- que também foram associados com o lugar do briugu).
São Patrício da Irlanda morre um dezassete de Maio do 461 em Sabhall Phádraig, no Contae uma Dúin, aldeia anglicizada como Saul. Lugar onde fundou a primeira igreja católica:
Pode ser percebida a ideia?
São Patrício funda a sua primeira igreja onde já havia um lugar assemblear?, funda-a num saball / sabhall, que não só seria um estábulo ou curro, (veja-se no mapa a sua forma de -mnd-) que seria já o que a etimologia da linha sânscrita nos deixou perceber, além de um lugar pecuário, um lugar de administração, de hospedaria, ou como foi explicado no escrito sobre os topónimos de base tai-. Um lugar já anteriormente religioso....
“Conta a lenda que hai centos de anos na nosa leira da Ermida había unha capela, a capela de Santa Locaia, e que cando este edificio estaba en ruínas ou a piques de ser abandonado, o cura da parroquia de aquela época decidiu, despois de estar escondida nunha corte da contorna durante un tempo, levar a talla da santa para a igrexa de Loureda. Pero a santiña alí non debía ser moi feliz xa que, acotío, subía para aquí, para Santa Locaia, e viña a lamentarse á Fonte da Sombra. As súa bágoas caían no manancial e impedían que a auga fervera.”
Do bloque "Crónicas de Arteixo".
Há diferentes lendas nas que é relatado que um santo ou santa passam um tempo refugiados em cortes; isto pode ser interpretado que a corte primária tinha a tripla função, local do poder terrenal, local do poder espiritual e local onde guardar o gando.
Este escrito redunda no que outros anteriores concluem: que no passado na idade do Ferro ou talvez em tempos mais recuados, além de assentamentos em brigas, o espaço estava ocupado por vias e caminhos e lugares de gestão externos às brigas.
Que a pecuária marcava muito a paisagem e a cultura.
Que as palavras dão uma ideia de continuidade e de desenvolvimento "endógeno" da cultura inicial pastoral neolítica a uma camada superior de "sofisticação".
Tudo isto é uma hipótese que fum construindo por ir vendo padrões repetitivos toponímicos e geográficos.
Como dentro de um jogo de computador onde ao mudar de "cenário", ao sair de uma parróquia e entrar noutra, é o mesmo, o mesmo "cenário" mas cos elementos essenciais ligeiramente mudados, ainda que podo intuir um padrão idêntico entre um lugar e outro
Uma base desta interpretação do "urbanismo" antigo está na ideia das "células territoriais".
Quando estudo os abundantes Quintás e similares da zona, encontro que alguns estão associados ou perto da igreja parroquial.
Igreja que está na periferia de um castro, que logo fum vendo que estava no caminho perimetral do castro.
Algum outro Quint- se não cumpre o da igreja cumpre estar nas proximidades de um paço, ou lugar toponímico de paço.
No começo da Idade Meia os princeps territoriais abandonam as brigas e constroem castronelas ou villae, que funciomam como lugares "administrativos" menores. Estes lugares toponímicos hoje Vilas e derivados estão também na crica circunvalar, nada tenhem a ver com a vila romana, são posteriores. E algumas destas vilas ocupam este quinto espaço.
Uma instituição que houvo na velha Irlanda foi a do brugaid ou hospedeiro, que desde as lendas e o que ficou dele aparentemente não se chega a entender que fazia realmente.
Brugaid era uma pessoa que dava de comer a quem passasse, que tinha que ter a casa num cruzamento de caminhos....
Uma casa de banquete, sempre co lume acesso.
A história ou lenda conta que tinha que dar de comer ao seu amo e acompanhantes uma vaca quando por ali passasse.
O terreo onde pacem as vacas era do senhor, mas as vacas eram do hospedeiro.
Na ideia esboçada anteriormente, das cricas circunvalares que percorrem a contorna do território íntimo, limitando o que é próprio de um castro com o que é doutro, ou com outra unidade territorial agrícola, o único lugar de cruzamento de caminhos é onde se confluam 4 territórios, (às vezes podem ser mais).
Ao estudar os caminhos reais, ou rial como dizem por aqui (por que eram do rei? ou porque correm polo rego/rei/ neolítico do ritual do arado marcador, Rómulo -Remo?) vai-se vendo que vão polas cricas, poucos cruzam os territórios íntimos dos casrtos, de o fazerem, estão toponimicamente nomeados na vez de reias, como franceses, (e se não levam o nome de franceses, é possível dar com um microtopónimo que diga tipo "a leira do francês, ou semelhante)
Voltando à hospedaria do brugaid, se tem que estar por lei no cruzamento de caminhos, por força tem que estar em lugares que alguns na Galiza levam o nome de Quintá e derivados. E que também coincide por vezes co lugar da Igreja atual.
É moi frutífero analisar a toponímia de lugares que ficam entre 4 castros, que não sempre é Quintá.
Para uma melhor ideia da origem do topónimo Quinta e derivados pode ser lido o escrito "Roma?"
Esta cousa do brugaid vista desde o mundo escandinavo:
O chefe víquingue, dispunha de uma grande sala na sua granja, decorada com imagens de pau das divindades nórdicas.
Granja na que ele não vivia.
Percebede a força da palavra: o chefe viquingue tinha uma quinta, onde semanalmente celebrava um banquete, aonde convidava a outros chefes e elites e ao seu povo.
Celebrava uma "eucaristia"?, uma comum-união?, ou uma farta?
Do brugaid ficam restos em lenda que os irlandeses intentam analisar. Como podia existir um lugar onde davam de comer gratuitamente?
Para ser entendido necessitamos unir peças, retalhos aparentemente inconexos, que também dão indícios do que acontecia nessa parte chamada quinta.
Nas igrejas (galegas) já católicas celebravam-se banquetes?, celebravam. Mas foram censurados.
Implicações?, moitas; pois então o cristianismo, catolicismo, semelha que entrou sem muita rutura, pois aparentemente o mundo atlântico já celebrava uma "misa" semanal ao seu modo, com pão, carne, vinho, cerveja (e sangue?)
Se lês onde São Patrício oficia a primeira misa católica na Irlanda
em Sabhall Phádraig, no Contae uma Dúin, aldeia anglicizada como Saul, (nome que poderia ser traduzido ao galego como Sabugo ou semelhante) podes ver que era uma granja, coa forma de bágoa, como os recintos pecuários que aparecem nas periferias das brigas galegas. Bom a mesma história ou lenda da primeira misa católica que ele dá, já diz que foi numa granja.
Bom, na Laje de Armental, há uma igreja que não é parróquia, uma grande igreja pois ali era celebrada a Santa Cruz de Maio com romaria e todo, a igreja tem reitoral todo numa peça, e a reitoral com cortes, terras e prados na volta da igreja; o cura, que morreu, tinha vacas ali no final do século passado. A lenda ou história que corre do lugar, que não sei por arquivos, foi que uma doação duns ricos do lugar de Cezar ali ao ladinho, criou esta aparentemente rara igreja, rara para o comum da zona, onde de haver uma outra igreja na freguesia, costuma ser uma capelinha; mas a igreja da Laje é maior que a igreja parroquial de Armental.
Igreja da Laje que está no meio de 3 castros e um 4 lugar discutível se foi castro
Igreja da Laje que do mesmo modo que em Sabhall Phádraig está integrada dentro de um recinto pecuário em forma de bágua, um grande curro afunilado de algo mais de 3Ha. como pode ser visto nos planos aéreos do 56:
No círculo é onde está a Igreja da Laje com reitoral e cortes, a norleste o grande curro afunilado. |
Sabhall Phádraig |
Santa Eulália de Bóveda também chamada Santalha de Bóveda. Observe-se a sua posição entre quatro territórios ou governas de castros. Prógalo a Leste, Bacurim a Sul, o Castro de Valim ao Oeste , o Castro da Chousa a Noroeste, Penas do Castro a Norte.
Todas estas unidades territoriais tenhem castro ou castronela excepto a das Fontes onde não foi identificado um núcleo, tal vez por ser apenas unidade agro-pastoral, dada a sua orografia, talvez na sua parte sul à beira do rio. A unidade do Burgo não tem castro identificado ainda que pode ser observado topograficamente um lugar com forma sobre-elevada que pudo si ter sido primariamente. Chamativo é que a maior parte dos limites entre as governas, ou territórios das brigas, estão marcados por rios e regatos. No caso do limite da "Quinta" de Santa Eulália de Bóveda um cômaro de forte desnivel separa-a do núcleo do Castro da Chousa, com o nome de Sibeiro. (Para o topónimo Siveiro confronte-se com sebe e leia-se o artigo sobre o Cebreiro). No caso dos limites entre Castro canedo e o Burgo, há um cavorco com nome de Regueiral. Onde rego como marca limitante do rei pode ser percebido no seu discorrer nor-leste suleste. |
Sobre o que era feito no quinto espaço também é falado neste outro escrito: Taibó, a casa do boi?
Onde um dos topónimos analisados como quinto espaço é Teilalhe, Teilalhe poderia ter a ver com Eulália, pois o segundo lexema do topónimo -lalhe pode ser o mesmo que o de de Eu-lália.
Tei-lalhe como "a casa do canto, augúrio...", lalhe como genitivo de *lalha (confronte-se com Eulália, Olalha, Santalha...). Para a etimologia de -lália leia-se aqui.
Teilalhe de São Lourenço de Pousada (Valeira). |
Caixão de xastre:
Os nomes do sabugueiro desta família sab- nas Astúrias:
sabugu
saúgu
saúgo
sabucu
saúcu
sabú
saú
sabubu
sagubu
xabugu
xabucu
xabú
sabucu, sabuco
ḥabudo, ḥabugo
Na Galiza dá-se a forma xabugo, xabugueiro...
A palavra sânscrita e a gaélica podem levar a pensar que o stabulum latino, que a etimologia clássica acha formada por sta+bulum, poderia ser formada por stab- + -ulum.
Aqui anda a raiz da palavra xebrar?
http://gmh.consellodacultura.org/nc/buscador/resultados/lib/0/metadato/4/buscar/Cividade/infodoc/17%7C204%20%20/op/az/
1005(1005)*
O prepósito Cresconio faise cunha longa serie de propiedades en Espiñeiro, Outomuro, Freixoso e outros lugares.
TC, fols. 71v. - 73v.
Capitale et inventario de villa de Spinoso quam ibidem domno Cresconio ganavit hereditatem que fuit de Codini et Ansilli et filius suis nominibus Gonderona et Lalli, vobis domno Cresconio vendimus vobis villam nostram quam abemus de parentibus nostris, tam et de comparato quantum ibi abemus in ipsa villa de Spinoso, quomodo iacet cum suos terminos levat se de rivulo Arnogia, et dividet cum Muntilani. Concedimus vobis inde medietatem integram sive in casas, in lagare, in vineas, pumares, terras, in perfia, in quantum ad prestitum hominis est. Et accepimus de vos pretio in pannos VIIII modios, bibere modios XV, panno pelle in solido Iº, linteos IIIes in solido uno, in res ovilias IIIes, et tritico quartario VI in modios IIIes quartarios IIos, et sagia in modios IIIIor, que nobis bene complacuit, extra ipsam medietatem quam iam vobis ven//dimus terram serente semente seminatura quartarios IIos. Et accepimus de vos pretium tres modios. Ego Ascarigu do vobis fratri Cresconio medietatem de pumare quem cum fratre Ansuri meam rationem integram vobis concedimus. Et accepimus de vos pretium in quo nobis bene complacuit. Item hereditas que fuit de Codini et filius suis nominibus Ansilli, Guntina, Gonta, Kendulfo, Ledegundia, facimus vobis kartulam venditionis de hereditate de Ascarigo et uxore sua Teodilo in villa Spinoso de ipsa hereditate IIIIª quam abemus canata vel comparata. Damus vobis de hereditate IIIIª integra pro vestro renovo quem abuimus contra nos, et non abuimus unde illum complere numero in modios XIII de milio. Et alia hereditate de Farigia que iacet in ipsa de Spinoso in villa de Zoliti decima media sic pro renovo numero tritico modio Iº, centeno modio Iº, milio modios IIIes, fiunt sub uno in pretio modios XVIIIº extra larea que iacet in illa senra et pedazolo de Scalis quem donavit suo patrino ad suum filium de Vitisclo. Item hereditas que fuit de Lalli et uxore sua Gonta vobis domno Cresconio, facimus vobis cartulam venditionis de hereditate nostra propria quam abemus in villa quam vocitant Spinoso, et alia quam dicunt Oliti. Damus vobis ibidem casas, torcular, casales, pumares, cersales, perales, sautos, devesas, vineas, terras cultas vel incultas, in quantum ad prestitum hominis est vel quantum in ipsas villas abui de avios meos, vel cum manibus nostras fundavi ab integro vobis concedo. Ego Coton do vobis hereditatem de viro meo Vitisclo quam ganavi in loco predicto in senra quam dicunt \de\ Viliulfu larea una serente semente quartarios IIIes, et in alio loco in illa vinea alio pedazo cum suo pumare et sua ratione abet in illo pumare iuxta illa arcam hic ad casam. Et alio pedazo de vinea quam abui cum Lullo que in nostro terreno plantarunt, et accepimus de vos pretium pro ipsa hereditate, id est tritico modios VI, quartarios II, centeno modios VII, milio modios XV, vino modios XX, sub uno modios XL VIII. Item hereditas que fuit de Gonta vendimus vobis domno Cresconio terras nostras proprias quas abuimus in villa que vocitant Spinoso. Iacent ipsas terras in loco predicto in illa senra circa illo Spinario inter larea de Amico et larea de domno Cresconio. Apretiarunt illas in modios VI, alia larea que iacet inter larea de Amico et fer in vinea de domno Cresconio apretiata in modios IIos, ratione in illo quintanario inter casa de Culdres et casa de domno Cresconio apretiato in modios IIos, fiunt sub uno pretio in modios Xm. Item hereditatem que fuit de Gundulfu et uxor sua Egilo, facimus vobis cartulam venditionis de hereditate nostra propria quam abemus in villa Spinoso, quam comparavimus et de parentes nostros fuerunt Aliverto et Emilo sive et de comparato de Peni et de Adaulfo, et germanos nostros que venit nobis in portione qui sunt mortui Domengo et Sabatina, et que in ipsa villa plantavimus et ganavimus in domos, in casales, in vineis, pumares, cersales, terras cultas vel incultas in quantum ad prestitum hominis est in ipsa villa. Et accepimus de vos proinde pretium, id est bove uno, linteos III in solido Iº, inter cibaria et vino solidos III et modios III, sub uno solidos calizenses V modios III. Item hereditatem que fuit de Gundufu una cum filius suis Malasco, Ydilo, Prenripia, vobis domno Cresconio vendimus vobis hereditatem nostram propriam quam abemus in villa de Spinoso subtus Montillani. Et iacet ipsa domus in loco predicto iuxta domum Guldres, et fuit hereditas de casare de Faregra sive et de meas comparatas. Damus vobis de ipsa hereditate IIas partes in terras, et illa casa integra et illa hereditas per suos terminos quia dividet cum alias villas. Et accepimus de vos pretium in modios Lª. Item hereditatem que fuit de domna Tarasia abbatissa, una cum fratribus et sororibus meis vobis domno Cresconio facimus tibi scripturam firmitatis de villa mea propria quam abemus in villa de Spinoso. Concedimus vobis / de ipsa villa medietatem integram, in terras, pumares, domus ediviti, et omnibus prestationibus suis. Et abuimus ipsam villam de parte de fratre Elyas quam nobis testavit, aditimus vobis domno Cresconio illam medietatem et ad ipso fratre Elyas illam medietatem ut possideatis illam in vita vestra, et post obitum vero vestrum tornet se ipsa hereditas ad domo monasterio Villenove. Item hereditas que fuit de Creses et uxore sua Seniorina et filias suas Frunilli et Pinoti, vendimus vobis domno Cresconio medietatem de omni nostra hereditate ab integro. Et iacet ipsa villa in loco predicto ubi dicunt Fraxinoso. Damus vobis ibidem in domos, casa una murea, in vineas, pumares, cersales, ficares, terras cultas vel incultas. Et in rivulo Arnogia ubi dicent Fervida sesigas molinarum tres, abeatis vos et omnis posteritas vestra istam hereditatem pro que mandastis mihi tornare meum dispolium quod mihi toluit Vidisclu Lusiditi oves Ve, adorra Iª, de vino sestarios III, et que moderetis me et abeam de vos moderationem et defensionem in vita vestra. Item hereditas que fuit de Amico presbiter vobis domno Cresconio, vendo vobis vineam meam propriam quam abeo in villa de Fraxinoso in loco predicto, sub domo de Gontimiro, levat se de vinea de Feronio et fer in carraria de vereda que discurrit a Fonte Pedrina, de ipsa vinea medietatem integram cum omne sua prestantia. Vendimus vobis ipsam vineam per ubi vobis delimidavimus et coram testibus asignavimus, pro que accepimus de vos pretium in cibaria et alio pretio in modios VIII, quartario uno. Item hereditas que fuit de Ariastre et filiis suis vobis domno Cresconio, facimus vobis cartulam venditionis de villa nostra quam abuimus de avios nostros sive parentes nostros, sive de comparato quomodo et de ganato sive et de fundato. Et iacet ipsa villa in loco predicto quod nuncupant Elenia territorio Bubale super flumine Sicelia. Concedimus vobis de ipsa villa nostram portionem integram quantum ibidem abuimus per suos terminos antiquiores, quomodo se dividet cum terminis de Sabuceto et feret in termino de Caugellio, et inde in termino de Sabuz usque in termino de Kederadi, et fer in termino de Regin usque in Texaria, et in feret in vestro debito usque in vestro domo de Spinoso. Concedimus vobis ipsam nostram portionem ab integro, in domos, terris, pumares, cersales vel sesigas molinarum, et piscarias in ipsa Elenia, quantum potueritis invenire per suos terminos antiquos, et accepimus de vos pretium id est equa una, vacca una, inter panem et bibere sub uno solidos Ve modios IIIIor, quartarios II. Etiam adimus nos supranominati in alia vice de alio quinione de tia nostra nomine Onesinda concedimus vobis domno Cresconio inde de ipso quinione obtinui, et accepimus de vos pretium inter panem et bibere in solidos IIos fuint sub uno soldares VII, modios IIIIor, quartarios IIos. Item hereditas quam pariavit Adulfo domno Cresconio hic in Alvini pro omicidio quod ille fecit in boves Xm. Item hereditatem quam dedit Vimara Lusidiz domno Cresconio facimus vobis cartulam de vinea nostra que iacet in loco predicto in Alvimi super ipsa vinea de Zani et de Gaudemzo. Et accepit de vos pretium ipse Gaudemzo in pane et vino in modios XII quartarios IIos, et dedit vobis ipse Vimara Lusidiz ipsam vineam pro ipso renovo qui fuit in ipso anno modios XX de vino. Item hereditatem que fuit de Oduario Adaulfiz et uxore sua nomine Froillo vobis domno Cresconio, vendimus villam nostram propriam quam abemus de parentibus nostris Adaulfo, Gresulfo et de avios nostros sive et de nostra comparata. Et est ipsa villa territorio Bubalense, villa vocabulo Viderari inter villas de Sabuz et Texaria, in vertentem aquas quas vocitant Elenia. Damus vobis domus cum omni eorum utensilia et omne quod in prestamo hominis iure debetur terras, pumares et pomeris, devesas landiferas, et omnia genera arborum, senras, pratis, paludibus per omnibus eductibus suis per omnes limites // et terminos antiquos. Vendimus vobis ipsam villam omnem nostram rationem ab integro quantum me competet inter meos germanos vel heredes. Et accepimus de vos pro ipsa villa in pretio kaballum colore baio in X boves, equam colore rosella in boves an boves per cornu III, linteos IIIIor, in cibaria, centeno et milio, et vino modios XXXª. Item hereditatem que fuit de Oduario una cum filiis suis, vobis domno Cresconio facimus vobis kartulam venditionis de hereditate nostra propria quam abebat in villa Viderari, et abebatis iam inde in alia carta illam hereditatem incartatam, et istam aliamque idem remanserat concedo vobis illam per suos terminos antiquiores usque in termino de Octo Muli. Et accepimus proinde de vos in pretio unam vaccam, saial uno, in pane et bibere inter totum pretium sub uno in soldares Ve. Et ego Oduario vobis domno Cresconio preposito talem placitum vobis roboro hic in concilio Cellenove, plazitum precarium per textum scripture firmitatis pro intentione de ista villa de Viderari quam vobis vendidi, in primis et in postremis, ut si aliqua subposita inde fecero, aliqua forma hominis et ego illam non obturgaverimus quomodo pariam in post parte iudicis solidos C, et post parte vestra alios C. Oduario in hoc placitum manu mea roboro et confirmo. Era XL III post Millesima. Item hereditatem que fuit de Oduario Adaulfizet uxore sua Froylo, vobis domno Cresconio facimus vobis cartulam venditionis de hereditate nostra propria quam abeo de parentibus nostris Adaulfo Gresulfiz, villa quam dicunt Octumuli in loco predicto sub casa domni et comparavimus eam de Froila Mudilati, et alia ratione de Adaulfo Gresulfiz, levat se de margine de Adaulfo et fer in casare de Vestrega, ipso casare cum suo terreno et nostra ratione de illas petras, et cum suas manzanarias quantum me quadra inter meos germanos. Do vobis in alio loco casare qui fuit de Sendino Gresulfiz, et levat se de illo valato et fer de capeza in illo seixo qui stat in termino de Vestrega et de Adaulfo, et inde vadit in prono ad rio per illos marcos. Do vobis in tertio locare casare qui fuit de ipso Sesnando, qui iacet sub illo vestro orto, et fer in casare quem iam vobis dedimus qui desursum resonat cum suas manzanarias, medietatem de illo casare et est hereditas foris de carta de Pelagio Fideliz, et accepimus de vos pretium aderatum e definitum in solidos IIIIor, et modios IIos, id est equa I, bove I, lenzos IIos, inter panem et vinum modios VI. Item hereditatem que fuit de Gilvira et filiis meis, nominibus Bera, Gota, Kanni, Munio et Egas, Guldres, Ruderigo, Zacarias, Oveco, Sona, Argio, vobis domno Cresconio facimus vobis kartulam venditionis de omnem nostram hereditatem quam abemus in villa que vocitant Octumuli. Damus vobis in ipsa villa nostra rationem IIIIam integram, damus vobis in domus cum suo torculare, in terras, pumares, vineas, cersales, petras, montes, fontes, accessu vel recessu, quantum in ipsa villa ad prestitum hominis est per ubi potueritis eam invenire per suos terminos antiquos, quomodo dividet de villa de Oncanes, et inde per villam Nugueirallia et inde per illam civitatelliam de sancto Laurenzo, et inde in rio de Mulinos, et vadit pro illo arroio, et inde ut prius dixit in illa portella de Oncanes. Damus vobis IIIIam integram de ipsa villa quam dicunt Octumuli. Et accepimus de vos pretium aderatum et definitum numero solidos X, id est equa una poldrada, bove I solido inter panem et vinum, pelle una, flomazo pallio I, linteos VIIII. Item hereditatem que fuit de Velasquida vobis domno Cresconio facimus vobis kartulam venditionis de omnem nostram hereditatem quam abeo in villa quam nuncupant Octumuli. Concedo vobis in ipsa villa meam IIIIam integram, quantum me conpode inter meos germanos vel heredes et alias hereditates quas ibi comparavi cum viro meo nomine Kartus, unde vobis concedimus scripturas firmitatis unde vobis concesserunt / suos domnos pro nostros pretio digno in soldares III. Concedo vobis ipsam hereditatem ab integro in casas, torculare, vineas, pumares, terras arruptas vel inruptas, vel quantum ad prestitum hominis est. Et accepimus de vos pretium aderatum et definitum soldares XIII, id est equa una, bove uno pelles duas in solidos III, plomazo I soldare, saiales II, pane et vino III soldares que nobis bene complacuit. Item hereditatem que fuit de Oduario Vermudiz una cum filiis meis nominibus Kani, Kartias, Goldres, Goda, Gotina, Velasquita, vobis domno Cresconio facimus vobis cartulam venditionis de mea hereditate quam abeo de uxore mea Recevara, et fuit ipsa hereditas de socero meo Yspanni. Et iacet ipsa hereditas territorio Bubalo in loco predicto villa quam nuncupant Octumuli. Concedimus vobis in ipsa villa IIIIª integram, etiam aditio vobis ibidem in ipso loco ubi ipsa IIIIª iacet, alia hereditas quam comparavi cum uxore mea Recevara et filios meos qui desursum resonant. Concedimus vobis ibidem domos, torculare, vineis, terris, pomeriis, aquis aquarum cum eductibus suis, concedimus vobis in ipsa villa tam de fundato quam etiam de comparato, vel quantum aucmentare potuero per ipsos terminos quos iam vobis dederunt mihi heredes. Et accepimus de vos pretium aderatum et definitum in solidos XIII, id est equa una, bove uno, saiale maraeze I, pelle I, linteos XIII, pane et vino, sub uno solidos XIII. Item hereditatem que fuit de Petro, vobis domno Cresconio facimus vobis cartulam incommuniationis de hereditate mea propria quam abui de avios vel parentibus meis, nominibus Gondi et Sisiverta. Concedimus vobis de ipsa hereditate medietatem integram medium voluntas et medium pro scelus quod commisi in adulterio cum duas barracanas. Et iacet ipsa villa in loco predicto quem nuncupant Sabuz, inter villam de Regini et villam de Octumuli super flumine Elenia, et fer in Sautello usque in termino de Viderari. Concedo vobis ibidem domus, vineis, pomeriis, vel quantum ad prestitum hominis est in ipsa villa. Item hereditatem que fuit de Pelagio Fideliz et uxor sua Flamula, vobis domno Cresconio facimus vobis cartulam venditionis de hereditate nostra propria quam abemus in villa de Octumuli, et abemus illam de Adaulfo Tresulfiz sive de avolengo quomodo de comparada quomodo dividet per suos terminos antiquos. Levat se de villa de Sabuz et inde per villam de Nugueirola et vadit per villam de Onganes et fer in castro de Xugni, et inde per Viderari usque plegat se in villa de Sabuz, damus vobis in ipsa hereditate terras calvas, vineas, pumares, arbores fructuosas vel infructuosas, aquis aquarum cum eductibus suis, extra VIIII manzanarias et illo casare ubi illas casas stant ad certatum. Et dederunt nobis ipsam hereditatem filii de Adaulfo Gresulfiz pro quo fidiarunt suo tio Egas Gresulfiz pro nostro ganato, quod mihi abuerunt a dare et pectarunt nobis proinde ipsam hereditatem per manum saione de rege nomine Flaino, pro quo accepimus de vos pretium , id est scala de solidos XXIIIIor, mulum de solidos XXXª, equas duas in solidos XLª sub uno solidos CXXXIIIIor que nobis bene complacuit vaccas IIIIor in solidos XLª. Et ego Nuno dedi vobis de mea portione deintegra quam abeo in ipsa villa hereditatem in solidos Ve calicenses, id est bove uno, pane in solidos IIos uno solido I, linteos solidos I, saia in solido et dimidium.
—
* Este longo documento non leva data, pero unha das adquisicións aquí rexistrada está datada no ano 1005, polo que consideramos oportuno darlle esta cronoloxía.No galês o sabugueiro tem o nome de ysgaw, poderia ter relação com os nomes doutro Sambucus (S. ebulus) irgo, engo; no asturiano yeldu, no espanhol yezgo, no gaulês edocos, scau no bretão medieval...
Caxamonde de Figueiroã (Paderne de Alhariz).
A *monde é muito circular em comparança com outras que foram saindo. Cento e trinta metros de diâmetro aproximadamente. Que é uma caxa ou cacha? Se tiramos do sânscrito: o som kaxa tem diversas grafias e múltiplos significados entre eles escolhim estes: कष esfregar; ensaiar कास movimento कशा corda, rédea, freio, correia; ato de açoutar; jostra, chicote para cavalos. Já no galego: O mais próximo a esta raiz é cacha, uma tira vegetal para fazer cestos, uma corra, que dá ideia do que foram feitas as primeiras rédeas para cavalos. Aqui, aparentado com caxa-(monde), está o latim capsus "recinto para animais, redil", que deu no galego atual cousso. Na ideia de cax- como lugares cousos, Caxade, Caxide, Caxaravilhe, caxar/cachar, capturar. Com interferência de cachar "cavar". Uso polo estorninho do sabugo para reduzir os hematófagos do seu ninho: https://blog.nature.org/science/2016/06/20/self-medication-wildlife-style-how-birds-creatures-medicinal-plants/ |
Uso tradicional higiénico do sabugo na Irlanda:
http://irishhedgerows.weebly.com/flora.html
The Elder in common with the Hawthorn and the Rowan has strong associations with the Fairy folk and is a tree of protection. It is considered very lucky if you have one growing near your house. Traditionally a Rowan would be grown at the front of the house but the Elder’s place would be at the back door and it was said that it kept evil influences from entering your home. The aroma exuded by the elder's leaves has long been known to repel flies, so this folklore may have been borne out of the need to keep such insects, and the diseases that they carried, away from the kitchen and food.
Bunches of leaves were hung by doorways, in livestock barns, and attached to horses' harnesses for the same reason. Elder
was traditionally planted around dairies and it was thought to be efficacious in keeping the milk from 'turning'. Cheese cloths and other linen involved in dairying were hung out to dry on elder trees, and the smell they absorbed from the leaves may have contributed to hygiene in the dairy.
The elder was also believed to have some redeeming features and thought to, at times, act as a deterrent to evil. Here in Ireland a wreath made from elder leaves wrapped around a milk churn was used to protect the milk from bad spirits.
https://www.independent.ie/business/farming/the-feared-elder-has-its-place-on-the-farm-26312758.html
Está investigada a presença de substâncias repelentes de insetos no sabugo.
"The complete herbal handbook for farm and stable", Juliete de Baírachi Levy:
"The leaves are also high scented, flies have an aversion to them... The leaves dried and powdered, are used as an insect-repellent by the Arabs... A brew of the green stalks and branches, highly concentrated, makes an excellent external application against gadfly for cattle and horses."
"As folhas também são muito recendentes, as moscas têm aversão a elas ... As folhas secas e em pó, são usadas como repelentes de insetos pelas gentes árabes ... Um extracto fermentado dos talos e galhos verdes, altamente concentrado, é uma excelente aplicação externa contra os tabãos das vacas e das bestas. "
Um dos usos "mágicos" do sabugo na Galiza: a cura do boubim
Boscawen-Un
Boscawen-Un is a Cornish name, from the words bos "farmstead" and scawen "elder or elderberry tree". The suffix Un denotes an adjacent pasture.
Churches of West Cornwall with Notes of the Antiquities of the District - Boscawen-Un
|
Para dizer:
Quando numa paisagem toponímica pecuária é encontrado o mesmo padrão de nomes: salgueir- (1), barreir-, codess-, espinh- (salgueiro, barreira, codesso, espinheira...), num começo pensava em fitotoponímia ventureira, quer dizer ali nasciam codessos espontaneamente, ou nalgum tempo nasceram, e ficou o seu nome. Mas a dúvida salta ao se repetirem, com mais frequéncia da esperada, no entorno dos curros afunilados os mesmos topónimos.
Assim outros topónimos tipo naveira, orjeira ou prado, mesmo tojeira.... hipotetiticamente indicavam usos continuados de tais terras para tais culturas-usos, desde a continuidade agrária do neolítico-ferro até, em alguns casos, o século XX, (não em toda a Galiza, pois houvo zonas com transformações agrárias profundas como a criação das agras)...
Então a hipótese é: que por exemplo se um lugar leva o nome de codesseda ou codessido, codesso...., poderia ser, nalguns casos, que o tal terreo fosse "adrede" plantado de codessos. O codesso é uma leguminosa e como tal fonte de proteína para ruminantes, é pois, uma codesseda, um armazém vivo de nitrogénio para o inverno.
Quanto ao sabugo, acima ficam as suas propriedades e utilidades cientificamente demonstradas para o gando.
O sabugo não é uma planta apetecível para o gando, apenas é comido polos animais domésticos como "nutracéutico".
A hipótese é que o curro sabuzedo, sabug- teria um valado, e esse valado não estaria enramado de arbustos ao chou, de árvores ou plantas ventureiras, estaria obrigatoriamente plantado de sabugos pola sua utilidade sanitária.
Do mesmo jeito que o teixo aparece nos cemitérios, igrejas, ou assento de concelhos, por alguma razão "científica" ainda desconhecida, o sabugo poderia estar orlando os curros por razões "científicas" (que podemos determinar agora com a bioquímica), mas até há bem pouco as razões da sua utilidade sanitária e de produção eram baseadas num conhecimento empírico e alicerçado por milénios de gadaria. Utilidades do sabugo que criariam uma construção cultural, da qual chegaram os retalhos ao hoje.
Então não seria por casualidade que esta cadeia de palavras conceitos e usos se tivesse dado: de que as sebes dos curros pecuários que medravam sobre um alto valado estivessem cheias de sabugos, que os sabugos fossem chamados de *sebugos, que sebe, saepe e sapa/zapa, semelhem sair do mesmo, como vala e valo?
(1)
Vigário no latim, em Roma é o que desenvolve uma funçom doutra persoa, ocupando um posto que lhe corresponderia a outro. Vicarius em Roma, a palavra vai seguida sempre do cargo a quem substitui, tipo vicarius praetoris, mesmo um escravo podia ter um vigário, outro escravo que o substituía se o seu status de escravitude lho permitia, escravos escritores ou filósofos....
Para a etimologia mais estendida vicarius tem a ver com vice-, e já está.
Se se aprofunda um pouco mais vice-, tem a ver com vínculo, vencilho, com curvar, com cambar, com câmbio, com intercâmbio.
(https://en.wiktionary.org/wiki/vicis#Latin)
No sâncrito por exemplo विष्टी (viṣṭī) "cambiável, intercambiável".
No alemám (que podes ler nos caixeiros): Wechsel "câmbio, troco".
Algo vou publicando do estudo das toponímias dos lugares na volta de um castro, nom todo pois ainda há bastante em esboço.
Explico algo desta imagem:
Cambedo da Raia, pode ser visto o maciço de mote arrodeado polo caminho perimetral, no seu alto o castro de nome Castro de Vamba, e no seu leste-nor-leste o lugar do câmbio, Cambedo. Ainda que Vamba é considerado suevo ou visigótico, salientar vamba=uamba=gamba=camba. |
Os castros, ou as croas, tenhem um território na sua volta, que é um caminho perimetral, por vezes nom é total pois um regato ou um grande cômaro completa o perímetro, nesse perímetro certos topónimos repetem-se, tipo "o lago, lagoa, e derivados", tipo "pedrouço", tipo "rua".
Nesse perímetro do castro, nom em todos os castros, está tamém a igreja parroquial, (falo-che sempre da comarca do Alto-Tambre, onde trabalho e vivo). Estas repeticiois, levam-me a um pensamento de que a paisage antiga, pré-romana era uma unidade teritorial que se repetia tal qual uma "fotocópia".
Um castro e na sua volta umas estructuras urbanas menores que me dim muito de que a vida nom era só intramuros do castro.
Uma dessas estruturas era a Quinta ou Quinta e derivados da raiz quint-. Uma briga ou castro estava geralmete associado com outras unidades ou "células territoriais" que podiam ser castros menores, unidades agrárias ou gandeiras, em grupos de quatro, e no médio deixavam um território pecuário que porvezes tem o nome de quinta, que na actualidade histórica pertenceu à Igreja, tem relaçom coa igreja, ou com casas fortes.
O território íntimo dum castro costuma ser um perímetro, como já falei, darredor da croa, entre outros microtopónimos que se repetem nesse perímetro está o de barreira ou derivados: barreiros, barro, barra, nos que nom hai canteira de barro nenguma; ou por exemplo codesso e derivados tipo codessido, codesseda... Onde codesso que é a planta tem a forma latina, não da que deriva mas da que é cognata, irmã: "caudex" latim que é poste, tronco, quer dizer que codesso, a planta, descodificada é como se digéssemos "troncoso, postoso" algo assim como paliçada, obstáculo de paus, trabancada.
Bem, entre os nomes que vou encontrando nesse perímetro, sai que havia um local para "intercâmbio". E com esta palavra volto ao começo, ao vigário, a vicis, (com plavras como vicus, "vigo" toponimicamente mui abundante, com outras como vizinho).
Quero dizer: O território perimetral do castro, tinha uns lugares por onde o passo era proibido, ou estava trancado e outros por onde o passo era permitido. O castro tem um caminho que sai da croa e vai dar ao caminho perimetral, nesse ponto está o "intercâmbio", nesse ponto esta o "vigo" nos mais dos casos toponímicos lugar numa via, o vínculo, o lugar que vincula o umbigo do castro co mundo, esse ponto é o lugar primitivo "vicinho" do castro.
No que publiquei de Taibo (https://remoido.blogspot.com/2018/06/taibo-casa-do-boi.html) onde analisei os topónimos de raiz tei-, Teilor, Teicelhe...., vim que os tais Tei-/ Tai- estavam também nesse perímetro do castro, e estudei a segunda partícula que aacompanha a tei- "casa", onde a segunda partícula tipo Tei-belím, Tei-bel e semelantes, ou Tei-balde, Tei-bade, remetima a poeta, jurista, conselheiro, abade, vate, no sentido de canto e vaticínio...
Entom, desculpa ser tam extenso, concluo que no castro intra muros havia uma vida "urbana" e na sua contorna uma vida de relaçons com lugares habitados que na continuidade hoje som igrejas ou aldeas que conservárom o nome da sua antiga funçom, e que etimologicamente relacionam o lugar principal de "entrada" com uma funçom que vem descrita polo urbanismo da zona Suméria, onde havia uma casa periférica coa funçom primitiva da religiom, "intercâmbio, cambista, armazém, lugar de culto, lugar de prostituçom (por outros nomes que analisei que fariam isto longo de mais que tenhem a ver coa palava Rata toponímica e derivados), onde rata como roedor é um epíteto, quer dizer a rata primeira nom foi o roedor, foi o ou a "freira sacerdotisa, cambista, usureira, meretriz primária" ), como lugar de culto, de vaticínio".
Voltando a Vigário, o vigário seria pois o delegado do chefe que estava no lugar de intercâmbio, e aqui vem o estudado por André Pena como como briogu, ou brugaid.
Como isto é tam, complexo mas simple à vez, um dos topónimos que se repete no perímetro do castro é Salgueiro e derivados.
Como expliquei antes o vicis, é o vínculo, o vincalho, que primariamente é um vime ou raminha de salix, de salgueiro. E como era de esperar estes topónimos na periferia de um castro de nome derivado de salgueiro dam o lugar de uniom entre o castro e o caminho principal periférico.
Concluo, desculpa:
A Europa céltica marca Roma, entre essa Europa céltica Galiza é um fóssil vivo, porque sofreu poucas alteraciois agrárias. A França foi submetida a nom sei quantas reformas agrárias e ainda que conserva uma microtoponímia riquíssima e parelha à galega, os caminhos antigos desparecerom.
A sociedade era complexa e de profundas raízes em continuidade, carregada de simbolismos, para mim o descobrimento do salgueiro como marca toponímica e como símbolo diz-me moito. A ver nom quero dizer que todos os lugares derivados de salgueiro ou salcedas tenham que por força serem todos o lugar do vínculo de um castro coa via de comunicaçom, pero alguns si.
Desculpa tam longa explicaçom.
Aperta.
Salix é aparentado com sal.
Também noutra etimolgia com saliva.
Salix tem os cognados célticos de sail "sujeira, escoura / escória, impureza", galês helygen "salgueiro".
(sail em basco é área, isto tem a ver com os lugares de nome Arosa, Ar e derivados na contorna periférica de um castro que indicam toponimicamente o mesmo que salgueiro e derivados de salc-)
(to sail um dos significados é mover-se impelido polo vento ou auga)
Seileach é salgueiro em gaélico escocês.
Saileach é salgueiro em gaélico irlandês.
Seile gaélico: cuspe, saliva.
Seile tem a ver com Sile "pinga, bágua, saliva, néctar" de onde Sil, e Cila, "saída, fluxo".
Latim salio: salto, pulo, fluo para baixo. Copulo.
Proto-Indo-Europeu: *sel- "fluir, correr, saltar.
Saliva: o que flui saliv-/ salim- (galego oriental en Íbias: saliva / salima).
Saimeira / seimeira: o lugar do fluir. Saímes topónimo em lugares de fervenças ou de rápidos no río?
Salime, ponte de Salime no Návia que ficou debaixo das augas da barragem (saíme?).
Saliva, no galego oriental de Íbias salima, no galego medieval saiva.
O salgueiro no Ogham é a letra S, o número 5 (Quintã), o símbolo do Ovate, um grau de Druída, como foi visto no estudo dos topónimos do tei-, Teibade, Teibalde estão aqui, no quinto território, no lugar proto-igreja do posterior abade.
Sem comentários:
Enviar um comentário