Para uma interpretação de Valão (-om) de São Romão (-ám) de Doninhos (Ferrol).
Aparece como uma estrutura de caça ou cousso evolucionado a granja neolítica na cabeceira do regueiro do mesmo nome.
Valão apresenta aparentemente três níveis principais de construção, um cousso menor que acabou sendo uma grande tapada com o frequente feche circular da sua boca:
Para depois ser agrandado talvez em duas fases mais evidentes:
Destacar Brixeria / Brijeria / Brijaria, a zona norte onde a vedação fica aberta.
De entre as hipóteses para este topónimo:
Brejão: tojo grande. Brejo: lugar húmido, matagal, tojo.
Brejo "anho medrado", seria então brijaria, brijeria cognado do francês bergerie "curral de ovelhas", o francês sedia bergerie em bergier "pastor" e bergier numa forma hipotética latina *berbicarius, ao carecer de cognato de brejo "carneiro novo". A confrontar com o gaélico escocês rige "carneiro semi-castrado".
Brijaria / Brijeria de Santaia de Cúrtis.
A Brijaria de São Jião de Grijalva.
A Brijeria de São Tirso de Cospindo (Ponte-Cesso).
Então poderia-ser lançada a hipótese de serem as brejarias galegas, lugares para os brejos "carneiros novos", que em alguma altura teriam sido cognados antes do que derivados do latim vervex?
Protoindo-europeu *wr̥h₁ḗn, com descendentes como o curdo بەرخ (berx) "anho".
Então no neolítico haveria já uma palavra funcional nesta parte do mundo *wr̥h₁ḗn, talvez *wreg- que significaria "anho ou veado".
O francês bergier, necessitaria uma forma talvez desaparecida *berg- / *breg- "animal ovino" cognado do galego brejo "carneiro novo".
Continuando com Valão:
A sueste de Valão está Valão Velho, também com forma de cousso, mas de menor tamanho.
Na imagem situação de Valão e Valão Velho.
A jusante de Valão e Valão Velho, a enseada da Malata na ria de Ferrol.
Valão: grande valo.
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