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Cern Unnos



A hermética palavra que define a divindade dos cornos, apenas aparece epigrafada no Pilar dos navegantes, da antiga Lutécia.
As imagens, relevos, doutros lugares do chifrudo não são acompanhadas de inscrição nenhuma, o que levou a nomear a este ser como Cernunnos.
A interpretação do nome do Inominado e Inominável vai ao cervo, e ao cerne, cuidando que talvez poderia ser CERVUNNOS, com uvê.

Mas...
E se o tal epígrafe CERNVNNOS fosse CERN UNNOS?

CERN
De onde cern-, é um radical em latim que temos hoje em palavras como cernir, e no discernir, na ideia de separação, sacudir, e conhecimento. (Também cern- no latim dá ideia de inclinar, deitar abaixo).
No irlandês a partícula cern está para definir a excrecência, o que tem saliências e ângulos; os despojos da batalha também são cern, e daí a vitória; cerna é um recipiente, um prato, do grego κέρνος, vaso, bandeja de cerimônia.

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Seguindo com o grego κέρνα, é a apófise transversa da vértebra, mui perto da cerna e do cerniço ou cernelha, (a coluna vertebral para os galegos).
Todo isto leva-me a pensar que na raiz está o conceito de ruptura e separação, (o ser-não).
Kernow, é corno, é excrescência; é o lugar apartado.
É o corner.Nas línguas eslavas cern- tem ideia de negro, (*čьrnъ), no galego berciano, cernada é a cinza.
A palavra cerne em francês é o anel de crescimento da árvore, este anel cerne define as olheiras, e os negrões por maçadura na pele.
No galego o cerne, a cerna é o interior duro do tronco, em oposição ao sâmago, ou âmago que é a madeira nova. A cernada ou a senra são lugares que se limitam, separam, que se diferençam no bosque para fazer a sementeira do cereal. A senrada é o verme que traça uma separação, um limite que perfura na areia.
Os cernelhos, são os chifres nascentes.
Nos falares asturianos, cierna, é a cerna, o interior duro da madeira, o seu coração, e a flor da vide e dos cereais.
No espanhol a expressão "en ciernes", quer dizer em flor, em nascimento.
O holandês tem kern, como núcleo, a raiz germânica leva uma ideia de dureza, (grão, moinho de mão).

Volto outra vez a resumir conceitos que envolvem o som cern-, como aquilo circundado que é separado, que tem limites materiais.

Outro caminho para a explicação do cern-, ,viria polo lado do cereal, com Ceres como madrinha do Cernunno, a etimologia remete Ceres a uma raiz proto-indo-europeia *ker-, crescer, abrochar, corno ...
Seria a saliência crescente, o chifre do que já se falou arriba.

Cerne é a capital da Atlântida, nomeada polo autor clássico Diodoro de Sicília e por Hano, um navegante de Cartago.

UNNOS
Unnos no galês é um adjectivo que significa de uma só noite.
No grego: ὑννάς, significa para sempre, eternamente
Nas línguas nórdica Unn, é nome de mulher com etimologia no amar e no amor, na ledice.
Na mitologia nórdica Unn é nome duma das nove filhas, nove ondas, da deusa  Ran e do deus Aegir, divindades do mar.
Uno é na união.

Então temos: no Cernunno: o cern-unno:
O separado e o unido.
O ser primordial, limitado, à vez que unido e amado....
O caminho anda-se só.

Servir ao Amor

O ser viçoso, é o que com energia alta, age e sai para a vida.
O ser viçoso pode derivar em ser vicioso, onde a fonte suprema de ser é guiada para bucles vertiginosos, ou vórtices de moviçom, mas umha movimentação que ao ver doutros, desde outras dimensons, pode resultar estática parada, paradoxal, dentro do fractal sem repercutir noutros níveis, movimento fora do Amor.
Pois é o viço diferente do vício ainda que se confundam, pois ambos nascem da mesma raiz que é a vita.
É a vita e o ser vita, onde yang e yin confluem e tenuemente diluem os seu limites.
Serviço dá o servente, o servidor, o servo e o servil. Eles de jeitos bem distintos servem à vida. Um vende-se, ou vente, (vence, vincula ou vinga), outro é bô, e outro é vil ...

Vita é vishva sânscrito, que significa o "Tudo". É nome do Vishnu, meu Senhor.

É a vida metaforizada em vide, e no amarguejo tânico o masculino e feminino remexem-se.
É a vida que viçosa na vide forma as vidras.
É essa vidra, a hélice, que enroscada sobe polo guiço guicho.
Pois é o bide o cordom umbilical, trança de uniom.
É aqui na espiral onde a vita se transforma em victa, em victus, onde se vence, pois na vitória, aparece o vínculo co vencido, vinculado, vencelhado, é o vencilho que une e ata a vida.
É a vida inicialmente vegetal, na verga, na xota, no vergel, na virge, e no virgo.
É a vida o vido e o búdio alvo.
É a vida o Buda, pois buda é a auga a water, a auga-vida.
Está tamém a vita no bato e na bata do cheli corunho. É no número 1 basco: Bat.

É ser de vida a amada servida, à quem sirvo .
Servo do Amor, ajoelho-me, humildo-me, e nom me humilho servil, ante Vós, Amor, e ofereço o meu ser viço, o meu serviço, para o que necessitardes aqui estou servidor.
Por sempre çervo da Ursa que me colhe polos cornos.
É o grande servo: o Cernudo, mestre.

Espaço interior

(Para entra na imagem, prema aqui)
É pois a ação do verme, no cerne, a criação do espaço, espaço relativamente interior.


O Grande Fazedor.


Cernunnos, o Grande Fazedor, coa sua Consciência (branco-luz), co seu corpo de verme, co seu bater rítmico, dá-lhe forma ao Informe (negro-matéria), grava, escava na madeira.
Conforma.
Lavra a larva.
Toc, toc, bate e fai!
Encarnado em vermelho no ventre.
A açom arroxa o ser, e nasce a cor.
Por amor do movimento, prende, incendia as patinhas e cabeça.

Tocar, sentir, andar, VIVER, AMAR, SER ...
Lume, luminho interno.
Luminosa Luz.


Caminha a alvura na matéria, do sâmagho para a cerna, e todos três (avançar, madeira e verme) do mesmo ser.


(Avante).

Kali nai do Cerne

Cal, cal, cal ... escoita-se no Nada, pois nada havia.

O Nada nom pode ser o Váquo.
O Váquo é.
Cria-se umha diferença, um limite: A chamada fende o 0 (zero) e o Nada deixa de existir, pois já nunca poido ter existido.
O dous nasce da chamada (call) que fende e define.
Chamam-se entre ambos.
Chamamo-nos ainda.
Estes dous primeiros som três: a Açom, e as duas partes.

KaliKalikia, Cailleach recebe o seu nome primordial da chamada.





.

A primeira pinga dumha parte, a branca salta no negro.
Encarnam co primeiro seme, essa larva em ovo que coidam e alimentam nas suas entranhas.
O Beitza.
Dentro da negridão começa a friçom o coco branco, ao amor e agarimo do contacto, a reatividade co diferente, alimenta-se da madeira, cria o ritmo do cor(açom), da cor, batendo as suas mandíbulas mamantes contra o duro e apertado.
As cores branca, negra e vermelha: as gunas aparecem.
O verme branco, fai do vasto negro: encarnado vermelho, encarna-se do negro graças ao seu branco, enche-se e cria o carmim, lavra o espaço ajardinado dentro da desorde preta e maciça, o carma, ordena-se o cheio e o vazio, o espaço e o tempo.
A alva esperma é seta e alvo à vez que penetra.

(Prema aqui para entra na image)
E na negridão: aparece a forma, abezerra-se a massa e sai: Germe, Verme, Herme, Cerne ...

Cernnunos: o que nasce no cerne, do ventre, do centre.
Cer-nuno: a irmã do ser, ou o ser da irmã, o ser nono, o noveno ser, o ser do nove,  (pois depois do nove vem a nova conta do dez), o ser novo, o ser nené, o ser primórdio, o primeiro da orde, o primor divino.
Cernunnos: no trisquel iniciático: o nascido, o nascimento e o espaço gerado.
Cerne, a seiva, a sábia, a dureza ou força interior.

Cernudos o testám, o que atua, fala e tem forma.
A primeira forma diferenciada

Cria-se assi o âmago (o intento), o cerne, e o espaço.
Alado e com cornos.
Gunado das gunas! Negro por fora da sua mai, vermelho da Voz da chama que fende, e coa primeira alma alento branco.
O primeiro animal no sentido de que leva ânima.
O primeiro ser do Amor.
No Bosque de Lugo, na grande mácula, aparece a çerva e o çervo, o criado e a criada.
Lucane cerve.

Cernunnos??








http://www.ceisiwrserith.com/therest/Cernunnos/cernunnospaper.htm



Cermuzo e cermonho: testám, teimudo.

O Grande Fazedor.


Cervo, Servo?

Sicut cervus desiderat ad fontes aquarum, ita desiderat anima mea ad te, Deus.
Festividade do Jano, do cervo, de Cernunos.: celebrava-se na Hispania umha festa pagá, com disfrace de cervo polo janeiro, que foi proibida num concílio de Toledo.

Facere o exercere cervulum.

-De que te vas disfraçar?
-De muu?
-Como é de mu?
-Umha mam num corno e outra no cu!!!!

O cervo amante.: Nas cantigas medievais o cervo vai à auga.

http://www.arterupestre-c.com/1000cham6.htm


Vaca-loura, tamém chamada cabra-loura, e Cernunnos?
Outro nome da cabra-loura é carocha!!!