Lugares nos rios e regatos que levam o nome de fria ou palavras com lexema fri-, são pensados por serem de augas frias.
E pode ser.
Mas também, dá para pensar isto:
Assim topónimos fluviais que aparentemente indiquem frio, fri-, fred-, poderiam estar a falar de lugares da desova de peixes, lugares de reprodução do salmão ou da truta.
Para destacar a palavra espanhola freza "desova", a francesa frayer do francês antigo freier "desovar", a alemã freien "cortejar, mocear, pedir em matrimónio, casar" e a asturiana fregar, que além de esfregar é desovar as trutas.
Afrozar e afrozoar é desovar as truitas no rio.
Friata no galego significa frega, roçamento,massagem intensa.
Assim para o occitano fregar e fretar é o mesmo.
No latim o verbo frico "esfregar, fricionar", aparentam-no com frio, para tornar o frio.
Topónimos como Fraiaḿ, Freám?
Mesmo Fezes que poderia ser Frezes, um lugar de desova no Tâmega, confronte-se que freze como nome de comida revolta tem por similar fezes e fretes, o nome inicial de dita comida bem pudo ter sido o dos ovos das truitas e salmões?
Os topónimos fluviais medievais tipo Fretum fazeriam referência segundo esta hipótese a lugares do rio onde ocorre a desova.
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O esquiu
O esquiu, esquilo também assim chamado na Galiza, tem outros nomes:
Arda
Ardela
Jagardilho
Lisgairo
Saltarinha.
Entre as formas parelhas a esquilo:
Esguiro / esguirinho
Esquio / esquiu
Esquivo
Esquiro / esquirinho.
Em asturiano:
Esperteyu
Furaña
Reguileta / resguilu
Rézmilu
As formas do grupo de esquilo:
Erguil
Esguil
Esquil
Esquilu
Irguilu
Isguilu
Isquilu
Arda e ardela aparentam com o espanhol ardilha .
No galego ardilha aparece na expressão "ter ardilha", ter habilidades, viveza, inteligência.
Ardilha semelha estar próxima a ardil, ardiloso, ardilhar, e as velhas palavras de luta medievais: ardimento e ardido.
Arda e ardela terão a ver com ardeira, arteira, ardilosa?
Outra linha leva a palavras germânicas e latinas, não da sagacidade, mas da dureza, hard no inglês, ou artus no latim "estreito, apertado, apropriado, adequado, inserido, denso".
Jagardilho, faz pensar no jaguar, palavra de origem tupi, îaûára, que dificilmente poderia vir dar nome ao esquilo na Europa?
Jagardilho além de dar nome ao esquiu dá nome a qualquer animal indómito e selvagem.
Jagardilho, na ideia de bicho bravo do monte, tem a forma de jabardilho. Da raiz jabardo, que tem a ver com javali, com montês, polo árabe جبل (jabal) "montanha", confronte-se com o asturiano xabaz "rude; selvagem; grosseiro, porco, sujo; arteiro".
Lisgairo: é também um adjetivo que lhe dá nome, e explica o que é o esquilo. Lisgairo, também grafado lizgairo, significa: ágil, de pouco peso; inteligente, vivo.
Semelha estar perto a palavra liscar e lisco?
Saltarinha, já diz tudo dela.
Esperteyu em asturiano, é nome também para o morcego. Esperteyu é adjetivador e tem diversos significados entre eles o de pessoa esperta, lista, inteligente, sobretudo qualificando crianças.
Furaña, pode estar fazendo referência a furos, a buracos; ou confrontado com o espanhol huraña (do latim foranea) teria a ver com dissociável, esquiva.
Reguileta além de dar nome ao esquilo é um adjetivo que condiz com as adjetivações anteriores: viva, esperta, de olhos muito abertos, em posição direita, ágil....
No asturiano resguilu está na mesma de ser epíteto, resguilar é escorregar.
Rézmilu, tem o par paroxítono rezmilu, e palavras próximas como: rezmila "gardunha"; resmilu "doninha", razmilla "gato bravo"; talvez aparentados com resma "rixa, briga".
Quiçá palavras relacionadas sejam resmungar, resmonear, rosmar.
Às já apontadas palavras, asturianas e galegas, do grupo esquilo, acrescentam-se estas:
Esquirgüelo no aragonês
Esquirol no catalão
Esquiròl no occitano
Écureuil no francês
Scoiattolo no italiano
Currachjolu, sciuattulu, scurriolu, scurrichjolu em corso
Schërieul, scrieul em piemontês
Gaveador ou trepadeira com os nomes asturianos de: esguil, esguilón berizu, esguilón de faya (Certhia familiaris) |
A raiz buscada para este grupo esq- / esg- dizem estar no latim sciurus, na sua hipotética forma popular *scurus, e no grego σκίουρος [para a qual é dada uma etimologia popular: σκιά (skiá), “sombra” + οὐρά (ourá), “caudal”].
Mas:
Como é que no asturiano a palavra esguilu significa "esquilo" e "aǵil, escorregadiço"?
Como foi visto nos diversos outros nomes, o esquilo tem nomes que funcionam como adjetivação, indicando as suas peculiaridades: arteiro, inteligente, vivo, bravo, ágil, ligeiro, saltarinho, esperto, dissociável, rixoso, rosmão, escorregador.
No galego há um grupo de palavras cognatas do esquilu asturiano no seu significado de ligeiro, ágil, magro, estreito, xabaz montanhês, rude, não sociável, escorregadio, lançal:
Esguio, esguíçaro, esguilfo, esquilfo, esguiro, esguírreo, esguívio, esquipe, equípio.
Esquio / esquiu além do esquilo animal é o adjetivo "escorregadiço".
Esquivo, sendo também nome do esquilo, qualifica a quem evita a convivência, a quem é rude, cruel, áspero, desagradável, irritável acervo, duro.
Para este grupo de palavras referenciadas em esguio a etimologia latina proposta é exiguus.
Para esquivo a origem é dada numa forma proto-germânica *skeuhaz.
A ideia que sai ao ver tantas palavras de raiz esgu- / esqu- é a de esliçar, escorregar.
http://www.seppo.net/cartoons/displayimage.php?pos=-851 |
Mas:
O radical esc- já foi associado com peixe, mas o peixe (esc-), o esquiu (esq-), depois de todo este rebúmbio, compartem o conceito de esgüir, escorrer....
Então aqui aparece a enguia, com as formas parelhas ἔγχελυς (énkhelus) no grego; Engerling no alemão.
O iscanço (Chalcides striatus), cobra-de-pernas-tridáctila. O nome de iscanço recebe-o também o mais conhecido como escâncer, liscranço (Anguis fragilis) de mui diversos nomes na Galiza, entre eles o de liscante. |
Resquilar no asturiano é escapar, escorrer da mão a troita ou enguia,
Também o esguim "a cria de salmão", e a esquila ou esquia "o camarão", resvalam.
A que me leva isto tudo?, a uma proto-palavra que transmite o escorrer, o escuir que teria um lexema raiz *esk-, *ɸēskos ou lesk-/resk-.
Língua lacota:
škehaŋ : ser ativo, vivaz, espevitado, brioso, empoleirar-se, brincar, causar estrépito, ser jocoso
škelúta: ave, espécie de ouriolo (Icterus spp.)
škečá pescador (referido a um animal)
škečatĥaŋka: glutão (Gulo gulo)
Lisc-/ esc-?
O escâncer ou escance visto desde o escorregar / esgorriar:
Escanciar?
Esquiluerzu nas Astúrias
Esgonço, escânçaro, escance, escâncel, escâncer, escânguel, escanzre, escônçaro, esgônçaro, licácer, liscânçaro, liscance, liscâncer, liscâncere, liscânciro, liscanço, liscandre, liscante, liscanzre
Σκύλλα
Eslizar (eslizón escacer em español) deslizar são palavras fechadas etimologicamente na península, talvez com liso de raiz.
Esguírreo e guírrio:
O Guírrio é um mascarado do antroido; o esguírreo é um qualificativo para uma pessoa desconsiderada.
O guírrio é o andurinhão.
O reio
O rei peixe réu ou reio, aquele do eterno retorno.
Réu é uma palavra da mesma raiz que o gaélico eo.
Heo é mutação (h-prothesis) de eo, salmão.
Ela, ele é quem vai e vem, não tem prisão nenhuma mais que a sua vontade.
Réu que viajas da montanha ao mar, do mar à montanha, cavaleira e gamo, na canção e no sentir da auga pura.
Beijo-che a testa, mor amor.
-----------------------------------
*Renos, *reinos: movimento.
Pois é de lei que rainha e rei estejam em movimento....
Ῥέᾱ, ῥέω...
Réu é uma palavra da mesma raiz que o gaélico eo.
Heo é mutação (h-prothesis) de eo, salmão.
Ela, ele é quem vai e vem, não tem prisão nenhuma mais que a sua vontade.
Réu que viajas da montanha ao mar, do mar à montanha, cavaleira e gamo, na canção e no sentir da auga pura.
Beijo-che a testa, mor amor.
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*Renos, *reinos: movimento.
Pois é de lei que rainha e rei estejam em movimento....
Ῥέᾱ, ῥέω...
A cabaça e o peixe do arcanjo Rafael
A cabaça sobre o pau de peregrinação:
A razão da cabaça nasce da seguinte estorinha de Tobias:
http://www.autorescatolicos.org/josemartinezcolin45.htm
Tobias vai acompanhado do arcanjo polo deserto cumprindo um mandado do seu pai.
Os caminhantes do deserto levam a cabaça, cabaça que portam outros peregrinos como os do caminho de Santiago de Compostela.
Veja:
http://farm4.static.flickr.com/3048/2937375001_0eeaf682ee.jpg
mais outras:
http://eharwen.files.wordpress.com/2009/01/0326742001229013119.jpg
Inclusive o próprio São Tiago:
http://farm5.static.flickr.com/4100/4768461422_edff00ccee.jpg
A cabaça para alguns simboliza a fecundidade, e a fugacidade da vida .....
A ideia mais estendida é que dentro da cabaça o caminhante leva água, e assim será?
Mas essa cabaça com água vai segurada na cintura ou no alto dmha bengala?
Caminhar com peso no alto dum báculo é dificultoso.
Sabem-no bem os pastores, colocar peso no penderico do pau de apoio é de nula utilidade, e não obedece a nenhuma lei física de equilíbrios, além de ser mui cansativo e forçar o jogo do pulso e a mão toda.
A cabaça é Luz.
A cabaça como ícone é uma lâmpada.
Na Europa, as cabaças eram vaziadas para fazerem de lâmpadas e assim evitar que com o movimento se apagasse a chaminha.
Esse uso ainda se vê no Halloween.
Os caminhantes no escuro, levam uma cabaça vaziada, de pelica fina e transparentada, com vela ou outra fonte de luz dentro, para iluminar o caminho.
Sobre o peixe:
Na estória antedita de Tobias, que está na bíblia, o Arcanjo usa a graxa do peixe para que o velho pai do neno Tobias, cego, veja.
Noutros contos europeus, da Irlanda, o salmão da sabedoria, o "eo fis", transmite o conhecimento também pola sua grassa.
A grassa rança dos peixes tem histamina, e outras aminas que podem intoxicar, uma sustância que por via cutânea provoca pruído, e que por via oral gera um estado de falta de sono e agudeza dos sentidos, além de poder chegar a alucinações.
Eis a razão do porquê no catolicismo o jejum prévio à Semana Santa é chamado de Vigília, pois era quando se comia o peixe afumado, seco e ranço que provoca permanecer vigiando, atenção extremada, alerta.
Essa vigília abre os olhos, dá a vista, ilumina, também.
Rio Eu
O rio Eu?
O rio Eu , levou os nomes de Ego, Egova, Iuve, Euve, Ove.
Rio de Miranda também foi chamado no seu curso inferior.
Em irlandês, eó, eú significa salmão.
Em címbrico medieval ehawk, cornualhês antigo ehoc, bretão medieval eheuc, ehoc.
No irlandês há um grupo grande de palavras para falar do rio:
Ab, aub, oub, ob, abh, abinn, abuind (1), abainn, abae, haba, abhai, aibne, aibni, aibnib, aba, abann, abhann, haband, habhana, abuindaib, aband.
Supondo que o Eu foi e é o rio do salmão: Os nomes antigos de Ego, Euve, Iuve, Ova tenhem raiz no que deu eu, eó (salmão) no antigo gaélico?
Poderiamos estar diante de formas em genitivo, "do salmão" ou "dos salmões", *eo-be?
No atual irlandês "do salmão" ou "dos salmões" é escrito iach.
Salmão, salmoa, tem a ver com quem salta, e com quem salmodia salmos, cantos. É uma poeta ou um poeta, é poesia.
Ele ou ela pode enxergar do outro lado, pois sai e vê, o que os outros não podem, ou não fazem.
Eo fis, ou bradán feasa, é na mitologia o salmão do conhecimento, (salmon of wisdom).
Ele comeu nove avelãs que caíram no poço de Seghais, o poço da sabedoria, de nove avrairas, ou aveleiras distintas.
Essas nove qualidades davam-lhe todos os conhecimentos do mundo.
O bardo Finn eces dedicou muitos anos, sete, à sua pesca, pois se comia o salmão das nove avelãs, adquiria essa qualidade da sabedoria do nove.
Finalmente pecou-o.
E mandou o seu discípulo: Fionn, cozinhá-lo.
O aprendiz foi advertido de não comer nada do salmão.
Quando Fionn lhe dava volta nas brasas, queimou-se; em ato reflexo, meteu o polegar imediatamente na boca, sugando um chisquinho da graxa.
Ao lhe levar o peixe cozinhado ao seu mestre Finn eces, este notou no discípulo um brilho especial nos olhos, e a faciana colorada. Perguntou-lhe se tinha provado do salmão, Fionn negou-no, mas interrogado novamente, admitiu ter chuchado a queimadura do polegar co saim quente.
Isto converteu ao criado Fionn num sábio. Com apenas levar o dedo à boca acedia ao poder.
Fionn foi líder da Fianna, as partidas de homens livres da floresta, caçadores e guerreiros.
Bradán, Bratán, é o outro nome irlandês para o salmão. E terá que ver com o Sam Barandám?
Como o Salmão, ele vai polo mar adiante ...
Outro nome mais irlandês do salmão é erc.
Erc é um dos cavaleiros da Demanda do Santo Graal, filho do rei Lac, que tem grande desgraça pola palavra dada a umha donzela ...
Outro filho do rei Lac é Brandeliz.
Andorinho, esguinho, esguim (*), gorgão, ou pinto é o nome do alevino de salmão quando no rio.
Esguinho, faz lembrar um possível diminutivo de esga, esca, isca; esca do latim(2), e íasc do gaélico(3).
A importância da cultura do salmão, da sua pesca em tempos antigos, fica nas palavras, pois a salmoeira é o lugar onde era conservado o salmão, em sal, salmoeira que agora não guarda salmões.
Esca latino é comida, então vejo a importância que este peixe teve, pois chegou a dar nome ao alimento, a recebê-lo, ou a comparti-lo.
Iasc gaélico é a palavra para a represa de salmons, para uma pesqueira diriamos, com iascach que é pescado e pescar, cheio de variantes entre elas: heiscc, éisc.
Esca no irlandês é pântano, poça, lameiro de lama, depressão.
Esqueira é umha aldeia de Navalhos, em Piquim, por onde passa o Eu.
Há entom na Galiza: esqueiras e pesqueiras, que vem sendo o mesmo.
Temos o escalo, que às vezes nem nome tem, chamando-o simplesmente de peixe, como se ele nom tiver direito a nome, ou como se ele for o verdadeiro e primeiro peixe nomeado. Também temos o escacho, o escarapote ou escarabote outros peixes da mar.
Abaixo a primeira image, grande volta do rio Minho perto de Escairão ou Esqueirão. A segunda image: Esqueira, a aldeia da paróquia de Navalhos, no rio Eu.
O relato gaélico pode estar a referir umha intoxicação por histamina.
Há umha relação entre a histamina e o estado acordado ou de vigília, daí pode vir o nome da quaresma ou vigília onde nom se comia carne e sim peixe, que na altura podia estar mau conservado com altos níveis de histamina ou outras aminas, o que provocariam um estado de certa alucinação e vigília constante, falta de sono.
(1) Os Aboim, Abuim, Abuis ..., que achamos de topônimo pola Galiza adiante. E o Eume? Eume, Eu-mes; Eu-messach (salmom abundante)? E o Mandeu, Manda, canal de rega, banda de cultivo?
(2) Esca, escae, alimento tanto para pessoas como para animais; isca, engodo. Com esco, escare, comer, aparentado com edo, edoni, , glutão, edo, edi, esum devorar, comer.
Lembrar que no céltico o pê inicial da raiz indo-europeia cai, desaparece. Assim pesca, (p)esca, daí que o pescar e o comer tenham tanta proximidade, e de que as esqueiras, e (p)esqueiras sejam o mesmo.
(3) Íasc, com as variantes iasc, t-iasc, t-īesc, éisc, fiasg, iasca, heiscc, n-iasg, iasgann, iascaib, íasg, peixe, pesqueira para salmões; produtivo, produtiva.
(*) Esguim, como peixinho delgado, está no esguio, no fino e fraco, (do fato pegado ao corpo d no bem conformado semelham derivações da primeira ideia de esguio, como esguim, peixinho), esguim, esguio, estão ao lado de esquio, do animal esquivo, que rapidamente foge, ou passa por lugares estreitos, e de esquiar que é deslizar-se, como o peixinho escapa entre os dedos, entre as mãos, esvarando.
Seall, look, E. Ir. sellaim, sell, eye, W. syllu, to gaze, view, Br. sellet; cf. solus. Stokes gives the Celtic as *stilnaô, I see, comparing the Gr. στιλπνός.
-ma / -mo sufixo para indicar lugar estado ou ação.
-om / -ón / -ão : aumetativo mas inicialmente com função genitiva.
Salmão:
Sal / sel "ver, perceber, olhar".
Salmo: ação de perceber, de olhar
Salmão: o da ação de perceber / grande perceção.
Selmão é nome do salmão para o Minho, na Guarda.
Selmo, rio.
Seim-: seimeira, saimeira, seimeirada, saimeirada, salmeirada
Salmeirada: grande quantidade.
Ensalmar (asturiano); rebordar um recipiente, reunir em grande quantidade o mesmo que ensamar ou enxamar.Dá a ideia de enxame e salmão terem o mesmo lexema de abundância, união de muitos.
Pagrus caeruleostictus: seima / saima.
Saim: grassa do peixe.
Celme.
Salio latim saltar, pular, copular montando
ψάλλω (psállō), “sacudir, tremer, tremular”
Para ler "As Frias".
O rio Eu , levou os nomes de Ego, Egova, Iuve, Euve, Ove.
Rio de Miranda também foi chamado no seu curso inferior.
Em irlandês, eó, eú significa salmão.
Em címbrico medieval ehawk, cornualhês antigo ehoc, bretão medieval eheuc, ehoc.
No irlandês há um grupo grande de palavras para falar do rio:
Ab, aub, oub, ob, abh, abinn, abuind (1), abainn, abae, haba, abhai, aibne, aibni, aibnib, aba, abann, abhann, haband, habhana, abuindaib, aband.
Supondo que o Eu foi e é o rio do salmão: Os nomes antigos de Ego, Euve, Iuve, Ova tenhem raiz no que deu eu, eó (salmão) no antigo gaélico?
Poderiamos estar diante de formas em genitivo, "do salmão" ou "dos salmões", *eo-be?
No atual irlandês "do salmão" ou "dos salmões" é escrito iach.
Salmão, salmoa, tem a ver com quem salta, e com quem salmodia salmos, cantos. É uma poeta ou um poeta, é poesia.
Ele ou ela pode enxergar do outro lado, pois sai e vê, o que os outros não podem, ou não fazem.
Eo fis, ou bradán feasa, é na mitologia o salmão do conhecimento, (salmon of wisdom).
Ele comeu nove avelãs que caíram no poço de Seghais, o poço da sabedoria, de nove avrairas, ou aveleiras distintas.
Essas nove qualidades davam-lhe todos os conhecimentos do mundo.
O bardo Finn eces dedicou muitos anos, sete, à sua pesca, pois se comia o salmão das nove avelãs, adquiria essa qualidade da sabedoria do nove.
Finalmente pecou-o.
E mandou o seu discípulo: Fionn, cozinhá-lo.
O aprendiz foi advertido de não comer nada do salmão.
Quando Fionn lhe dava volta nas brasas, queimou-se; em ato reflexo, meteu o polegar imediatamente na boca, sugando um chisquinho da graxa.
Ao lhe levar o peixe cozinhado ao seu mestre Finn eces, este notou no discípulo um brilho especial nos olhos, e a faciana colorada. Perguntou-lhe se tinha provado do salmão, Fionn negou-no, mas interrogado novamente, admitiu ter chuchado a queimadura do polegar co saim quente.
Isto converteu ao criado Fionn num sábio. Com apenas levar o dedo à boca acedia ao poder.
Fionn foi líder da Fianna, as partidas de homens livres da floresta, caçadores e guerreiros.
Bradán, Bratán, é o outro nome irlandês para o salmão. E terá que ver com o Sam Barandám?
Como o Salmão, ele vai polo mar adiante ...
Outro nome mais irlandês do salmão é erc.
Erc é um dos cavaleiros da Demanda do Santo Graal, filho do rei Lac, que tem grande desgraça pola palavra dada a umha donzela ...
Outro filho do rei Lac é Brandeliz.
Andorinho, esguinho, esguim (*), gorgão, ou pinto é o nome do alevino de salmão quando no rio.
Esguinho, faz lembrar um possível diminutivo de esga, esca, isca; esca do latim(2), e íasc do gaélico(3).
A importância da cultura do salmão, da sua pesca em tempos antigos, fica nas palavras, pois a salmoeira é o lugar onde era conservado o salmão, em sal, salmoeira que agora não guarda salmões.
Esca latino é comida, então vejo a importância que este peixe teve, pois chegou a dar nome ao alimento, a recebê-lo, ou a comparti-lo.
Iasc gaélico é a palavra para a represa de salmons, para uma pesqueira diriamos, com iascach que é pescado e pescar, cheio de variantes entre elas: heiscc, éisc.
Esca no irlandês é pântano, poça, lameiro de lama, depressão.
Esqueira é umha aldeia de Navalhos, em Piquim, por onde passa o Eu.
Há entom na Galiza: esqueiras e pesqueiras, que vem sendo o mesmo.
Temos o escalo, que às vezes nem nome tem, chamando-o simplesmente de peixe, como se ele nom tiver direito a nome, ou como se ele for o verdadeiro e primeiro peixe nomeado. Também temos o escacho, o escarapote ou escarabote outros peixes da mar.
Abaixo a primeira image, grande volta do rio Minho perto de Escairão ou Esqueirão. A segunda image: Esqueira, a aldeia da paróquia de Navalhos, no rio Eu.
O relato gaélico pode estar a referir umha intoxicação por histamina.
Há umha relação entre a histamina e o estado acordado ou de vigília, daí pode vir o nome da quaresma ou vigília onde nom se comia carne e sim peixe, que na altura podia estar mau conservado com altos níveis de histamina ou outras aminas, o que provocariam um estado de certa alucinação e vigília constante, falta de sono.
(1) Os Aboim, Abuim, Abuis ..., que achamos de topônimo pola Galiza adiante. E o Eume? Eume, Eu-mes; Eu-messach (salmom abundante)? E o Mandeu, Manda, canal de rega, banda de cultivo?
(2) Esca, escae, alimento tanto para pessoas como para animais; isca, engodo. Com esco, escare, comer, aparentado com edo, edoni, , glutão, edo, edi, esum devorar, comer.
Lembrar que no céltico o pê inicial da raiz indo-europeia cai, desaparece. Assim pesca, (p)esca, daí que o pescar e o comer tenham tanta proximidade, e de que as esqueiras, e (p)esqueiras sejam o mesmo.
(3) Íasc, com as variantes iasc, t-iasc, t-īesc, éisc, fiasg, iasca, heiscc, n-iasg, iasgann, iascaib, íasg, peixe, pesqueira para salmões; produtivo, produtiva.
(*) Esguim, como peixinho delgado, está no esguio, no fino e fraco, (do fato pegado ao corpo d no bem conformado semelham derivações da primeira ideia de esguio, como esguim, peixinho), esguim, esguio, estão ao lado de esquio, do animal esquivo, que rapidamente foge, ou passa por lugares estreitos, e de esquiar que é deslizar-se, como o peixinho escapa entre os dedos, entre as mãos, esvarando.
Seall, look, E. Ir. sellaim, sell, eye, W. syllu, to gaze, view, Br. sellet; cf. solus. Stokes gives the Celtic as *stilnaô, I see, comparing the Gr. στιλπνός.
-ma / -mo sufixo para indicar lugar estado ou ação.
-om / -ón / -ão : aumetativo mas inicialmente com função genitiva.
Salmão:
Sal / sel "ver, perceber, olhar".
Salmo: ação de perceber, de olhar
Salmão: o da ação de perceber / grande perceção.
Selmão é nome do salmão para o Minho, na Guarda.
Selmo, rio.
Seim-: seimeira, saimeira, seimeirada, saimeirada, salmeirada
Salmeirada: grande quantidade.
Ensalmar (asturiano); rebordar um recipiente, reunir em grande quantidade o mesmo que ensamar ou enxamar.Dá a ideia de enxame e salmão terem o mesmo lexema de abundância, união de muitos.
Pagrus caeruleostictus: seima / saima.
Saim: grassa do peixe.
Celme.
Salio latim saltar, pular, copular montando
ψάλλω (psállō), “sacudir, tremer, tremular”
Para ler "As Frias".
Carvalha céltica
O nome gaulês do carvalho foi cassanos, o girador, ou o virado, pensa-se dum radical cass, que no gaélico é o riço, a volta.
Este nome conserva-se no ocitano casse.
Nos idiomas célticos semelha que a tal volta permaneceu para o retorto carvalho, pois os seus nomes saõ:
Bretão: dero, dervenn
Gaélico irlandês: dair.
Gaélico escocês: darach, darag.
Galês: derwen.
Manque: darragh.
Todos eles com uma raiz dar-/dair-/der-
Atenda-se ao prefixo gaélico dag-, (pronunciação velar de dar:darg) que no irlandês derivou em boa / bom, onde o suportar, suportador e suportadora convertem-se em bons e boas?
Dag-dae, poderia ser entendido como o Suportador deus, o Deus do eixo, o Bom Deus?
Sill: vai na ideia de silhar e de fundura silúrica?
Sil gaélico é nome para a semente e para o sêmen, para o gerador.
Sil no gaélico da Escócia é chover, pingar, fluir, escorrer.
Sil no galês são os esguins, (alevinos de salmão), o conjunto da desova dalgum animal aquático, os farelos dos cereais ou a moinha
Sill inglês é a cabeçalha do carro, o lintel e o parapeito de uma janela.
Este nome conserva-se no ocitano casse.
Nos idiomas célticos semelha que a tal volta permaneceu para o retorto carvalho, pois os seus nomes saõ:
Bretão: dero, dervenn
Gaélico irlandês: dair.
Gaélico escocês: darach, darag.
Galês: derwen.
Manque: darragh.
Todos eles com uma raiz dar-/dair-/der-
Atenda-se ao prefixo gaélico dag-, (pronunciação velar de dar:darg) que no irlandês derivou em boa / bom, onde o suportar, suportador e suportadora convertem-se em bons e boas?
Dag-dae, poderia ser entendido como o Suportador deus, o Deus do eixo, o Bom Deus?
Sill: vai na ideia de silhar e de fundura silúrica?
Sil gaélico é nome para a semente e para o sêmen, para o gerador.
Sil no gaélico da Escócia é chover, pingar, fluir, escorrer.
Sil no galês são os esguins, (alevinos de salmão), o conjunto da desova dalgum animal aquático, os farelos dos cereais ou a moinha
Sill inglês é a cabeçalha do carro, o lintel e o parapeito de uma janela.
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