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Das mangas

 Já no escrito dos Coussos foi lançada a hipótese de que os topónimos de base ermo ou hermo têm a ver com antigos locais de caça do paleolítico e da sua continuidade até um hoje alargado, que antes de pensar somente em um eremitório, que também, teriam a ver com a raiz que gera em ambivalência hermético e armentio.
Não por acaso Hermes é a divindade do rebanho.
Também aqui está a grega ἕρμα (herma) inicialmente um amilhadoiro (ἑρμαῖα o ἑρμεῖα, ἑρμαῖοι λόφοι e ἕρμακες) para depois ser um piar, um marco com cabeça do deus mentado e com genitais masculinos no fuste.
Amilhadoiros iniciais que se situavam nos becos das armadas de caça como pode ser observado no já analisado Teixidelo:
 

Amilhadoiro no beco oeste da estrutura de captura, caça, de Teixidelo de Régua (Cedeira).


O porquê do Hermes, que é uma divindade considerada arcaica, além de ter a ver com os rebanhos, tem a ver com os caminhos: poderia ser melhor percebido depois de atender ao escrito o caso das casilhas, onde é explicado que na ancestralidade, no paleolítico, houve um deambular de casa em casa (caça, capsa) de casilha em casilha, de cousso de caça a cousso de caça, de amilhadoiro em amilhadoiro, e que aqueles ancestrais caminhos são hoje muitas das estradas.

Neste caso a freguesia de São Jião de Ermo (Ortigueira) poderiam ser observadas as linhas que delimitariam um cousso duplo que abraça as cabeceiras dos regueiros, rios, de São Julião a norte e do Cancelo a sul, está marcada a igreja paroquial de São Jião de Ermo.
Coussos de caça na cabeceira de rios já fôrom apresentados neste blogue, a razão é porque os animais tendem, tendemos, a ascender seguindo o percurso dos rios, e uma vez nos cumes, deslocamo-nos polos pontos altos que permitem um avanço com menor gasto de energia que se for polas abas e fundos dos vales.

Nesta estrutura destaca o nome de Mangoeiros para um dos seus becos de captura:



Neste caso Mangoeiros, que poderia estar a fazer referência ao mesmo que na fala gadeira galega e na espanhola de América é dito como manga que é qualquer estrutura com forma de funil que permite aprisoar o gado.
Mangueira no rio Grande do Sul é também um curral desenhado para permitir capturar os animais, um brete, um corredor estreito para conduzir o gado de um em um.
A atender a palavra manga, não apenas como parte da roupa onde entram os braços, mas como funil, coador, para café por exemplo. Também mangueiras referidas à dupla cabeçalha, os braços, nos sistemas de tiro de um só animal.
Manga como turba de gente também poderia ser percebida a sua origem por ser neste ponto do cousso de caça, captura que a manada se acumula.

                                   


Neste caso Mangoeiro na freguesia de Santa Cristina de Cobres (Vila Boa) dando nome a uma estrutura em cousso. Mangoeiro tem as formas de Mangueiro (gu-e), Mancueiro, Mancoeiro, Manqueiro.



Freguesia de São Tomé de Mangoeiro / Mangueiro (gu-e) (Toques) com a forma de cousso apresentada e toponímia significativa.


A Manga de Santa Maria de Lamas (Ginço da Límia)




Manguela em São Tiago de Requiás (Muinhos) dando nome ao beco norte.








Mangonho entre as freguesias de São Jião de Mandaio e São Tomé de Salto (Oça-Cessuras). Para destacar os topónimos de base casa: Casa Queimada, Casalhão (-om), Arriba da Casa, que estariam na possibilidade de serem iniciais caças ou indicando que no paleolítico capsa, caça e casa nascêrom da mesma raiz palavra e lugar físico.
No lado leste de Mangonho outro cousso que foi analisado no escrito "Reina?"

A pergunta é se estes topónimos derivados de manga e com estrutura pecuária de manga (palavra viva na Galiza, tal vez por espanholismo, leonesismo, ou própria) é uma tradução de uma palavra antiga?


Manga em gaélico é dito muinchille




Neste caso Muinchille do condado de An Cabhán (Cavan) anglizada como Cootehill. Onde é possível observarmos a mesma forma de cousso de caça, captura.



























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