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Ramil

Ramil de Santa Marinha de Loureiro (o Irijo)




Ramil de São Tiago de Triacastela.


Ramil em São Pedro de Gajate (A Lama).

São Martinho de Ramil, no seu norte com o nome de Naval pode ser percebido o pequeno curro com o nome de Carronca no seu leste. Carronca poderia estar perto da palavra carroncha: urze, aparentado com carrocho tronco seco, na ideia de paliçada:




Ramil de São Martinho de Lançós (Vilalava).




Ramil de São João de Friolfe (o Páramo).

Ramil de São Tiago de Sísamo (Carvalho)

Ramil de Santa Marinha de Moreda (Taboada), pode ser percebido uma chousa com caminho direto ao ramil.

Ramil de São Mamede de Pousada (Sobrado).



Ramil de Santa Maria de Rus e sistema pastoral: Ao pé do castro da Ribeira, na várzea dos regueiros está Ramil, no leste, o curro tem fonte, além dos regueiros de auga, o caminho cara o oeste leva ao curro de Ramil, que faz parte do que tlavez tivesse sido um curro complexo, similar aos descritos no escrito "Baltar". Também relevante o nome de Sestelo que faz referência à sesta, ao descanso logo de pascer, para remoer, nas horas centrais do dia.




Ramil de São Paio de Arcilhã (Cospeito).


O mesmo Ramil de Arcilhã com os chousos laterais de um sistema complexo.




Sistema de chousas na comuna de Lavau, Borgonha-Franco-Condado (sistema de chousas que foi mais alargadamente explicado no escrito sobre Baltar):
1. La Ramellerie: Como está sendo visto aqui, ramellerie poderia ser traduzido por "ramalheira", com a duplicidade de curro pastoral (ra-mil) ou de ramalho. A sua forma é semelhante à encontrada nos topónimos Ramil galegos, arredondado e com um caminho de saída principal.
2. La Guillaumerie, desde a etimologia clássica e germanófila, Guillaumerie faria referência ao nome germânico Guilhermo, mas desde uma visão sediada neste blogue, guillaumerie seria guillaume + -erie, , guillar + -ma + -erie. Seria um antigo vilar / willar / guilhar. (mais em Guilheto).
3. Le Chaillou, com palatalização, é le caillou, "a pedreira". Como foi visto no escrito sobre a Cafua, ao lado do pequeno curro costuma aparecer o topónimo Pereira e similares que tem a ver com antigos lugares onde houvo habitações, casas, de pedra:

4. Les Rimbards, a etimologia germanófila faz derivar o nome de Raginbald : ragin = conselho + bald = audaz. Como foi apresentado em Baltar, o segundo elemento de Rimbard, poderia estar indicando uma barda, um tapume, uma sebe; o primeiro elemento rim-/rin- modifica ou qualifica a barda; podendo ser rim- / rin- : rain "limite do bosque" (está palavra rain tem a variante rin) sendo rimbards algo como o borde da barda, tautológico.
5. Les Boichures: que é par com bouchure "vedação", talvez aparentado com bouça.
6. La Moinerie e La Motte, moinerie teria a ver com monacato, uma ermida ou convento. Quanto a La Motte, poderia ter a ver com uma mámoa ou com uma mota defensiva.
Ramelhe de São Martinho de Corvelhe (a Pastoriça). Um sistema de chousas  e curos complexo, que segue o padrão dado no escrito de Baltar. No seu lado sul o rego limitante Alvão (-ám), o Castro e o Castro do Freire (possível briugu) .


Ramirón em Santiuste de San Juan Bautista (Castela).


Ramil em São Tiago de Gresande (Lalim)



Ramilo de São Tomé de Monte Agudo (Arteijo).

São Pedro de Ramilo (Viana do Bolo).


Ramille em Ferrières-sur-Sichon (França).

Ramilo de Alcañices (Zamora).


Ramille em Ferrières-sur-Sichon (França).








































Ramirás, como nome de Cortinha Grande entre quatro freguesias, Santa Eufémia de Minanda, Santa Eufémia de Alcaçar de Minanda, São Miguel de Bangueses, e Santo Adrão de Cejo (Verea-Cela Nova).


Santa Maria de Donramiro. Observe-se a estrutura redonda no sopé do castro, no mesmo núcleo de Donramiro. Segundo isto: Donramiro, poderia ser descodificado como Don / dum e ramilo / ramil. Na possibilidde de que o don / dun (o castro) esteja definido desde o assentamento pecuário desde o ramil / ramilo / ramiro.


Os topónimos de nome Ramil e similares dão, dérom, nome a enchousas menores, talvez para cabras ou ovelhas, Sendo ra- um lexema por identificar o seu significado, e sendo mil o esperável e descrito em "Boimil" e "o Mil".

Poderia ser Ram-mil?
Sendo ram- "ramo", fazendo referência à vedação.
Ou ram-, como ovelha, carneiro gando, como em ocitano e catalão ramat, "rebanho" ou no inglês ram "carneiro"?

Recolhe Ducange ramus como locus custodiæ reorum.
Logo: ramus funcionou como lugar de custódia. Ram-mil: o mil da custódia.
Ou o mil do rebanho ou ou mil do (carneiro) das ovelhas, ou o mil defendido por ramos.



Gamil de Santa Cristina de Fecha, (Santiago de Compostela).

Gamil de São Fiz de Margaride (Silheda).

Por exemplo no armênio գոմ (gom), danês gamme “ovil, curral ou cabana para ovelhas”, saami dialectal gamme “manjedoura”, norueguês gamme “cabana de turfa”, antigo noruguês gammi “cabana de finês”, alemão da Suíça Gämmeli "celeiro, cabana onde pode ser guardado gando e palha".
Poderia ter a ver com *gʷṓwmn̥, mas não deixa de lembrar a palavra saami gamme a gamela "artesa, masseira", latim camella.
E as outras formas talvez derivadas e secundárias a ram- "carneiro", mas também gamo.

Numa ideia de ramo e gamo serem cognados.


Vilagamelhe em Santa Marinha de Cabreiros no concelho do Corgo.
Vilagamelhe poderia ter sido uma *willa *cameculi "vila da gama pequena".
A palavra gama, gamo é controversa, aparece no século XVI grafada, talvez antes(?).
Não é órfã, mas é feita derivar de uma hipotética forma do latim tardio *gamma parelha do clássico damma, como palavra nova introduzida com a chegada do animal.
Os gamos são originários da Anatólia, é dito que em épocas históricas chegaram à Península.
Mas existia a palavra gamo antes de chegar aqui o animal?
No espanhol há a palavra gamuza, um diminutivo de gama, no galego camurça, que são nomes para o rebeço, chamois em francês, camoscio en italiano, Gämse en alemão, camoç en occitano; aparentadas com a palavra latina de origem gaulesa camox.
Então pode ser concluído que gama / gamo era uma palavra anterior à introdução dos gamos (Dama dama) que daria nome a um tipo de ruminante, talvez o rebeço, num salto semelhante que permite hoje o corço ser chamado de cabra.
Gama / camurça e a família de camox poderia estar aparentada com persa média TWRAmyš (gāw-mēš) "búfalo, literalmente: vaca-ovelha”; pois no persian گاو‎ (gâv), “vaca”) e میش‎ (mêš), “anha”; antigo armênio e atual գոմէշ (gomēš), sírio clássico ܓܡܘܫܐ‎ (gāmōšā), árabe جاموس‎ (jāmūs), georgiano გამეში (gameši), კამეჩი (ḳameči), კამბეჩი (ḳambeči), checheno гомаш (gomaš), ossétio къамбец (k’ambec) todos como nome do búfalo.

Mas na possibilidade de *gʷṓw-mn̥ estariam os seguintes?
Assim no danês gamme é “ovil, aprisco, um estábulo para ovelhas”. O que condiz com a toponímia galaica, onde gam- / ram- dá nome a recintos pecuários, frequentemente menores o que leva a pensar em ovelhas ou cabras (Veja-se o escrito "Ramil").
A etimologia relaciona o danês gamme com as línguas do seu entorno, com a forma dalectal do saami gamme “manjadoiro, presépio, comedoiro”, com o noruegês gamme “cabana de turfa”, no antigo norueguês gammi “cabana dos saami ou dos fineses”, com o alemão falado na Suíça Gämmeli "celeiro e estábulo para guardar ovelhas, cabras e feno", no reto-românico cammona "cabana".
Não é para deixar de indicar a possível relação entre a gamela "artesa, masseira" e a palavra saami gamme "manjadoiro".
Então estas palavras poderiam derivar do hipotético proto-indo-europeu *gʷṓwmn̥ junto com o armênio գոմ (gom) "estábulo para cabras ou ovelhas, um ovil ou aprisco".
O inglês pode ajudar a ondear esta bagunça com a palavra game, que tem o significado de "animal caçado para comer, caça, como substantivo material, de peça a caçar ou já caçada", também no galês gêm, gâm, giâm "amimal caçado para comer". Também dando uma dica forte na que caça e jogo fôrom conceitos não diferenciados, o que indica uma profunda distância com o conceito atual da caça e em geral da vida.
Então o gamo a gama em conceito antigo poderiam ter sido sinônimos de "caça".






















































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