Este escrito tem como base outro anteror intitulado "os Coussos".
Vão ser apresentadas estruturas de caça na esculca de este grupo toponímico do Sil.
Racamonde na freguesia de São Martinho de Condes (Friol), o topónimo Cousso do Castro identifica a forma. Outro, Casa Branca, casa e derivados são frequentíssimos nos becos, na triplicidade capsa, caça e casa..
Jul / Xul no outro beco é um topónimo infrequente, talvez aparentado com Xil / Gil?
Santa Eulália de Xil / Gil em (Meanho).
As hipóteses de Xul / Xil dando nome aos becos, e à estrutura de caça ou catividade, ligaria com:
1. Protoindo-europeu *sel- "manar, sair, fluir", estes coussos costumam abranger o nascimento, a fonte de um ribeiro.
Aqui estaria o gaélico gil "rego, ravina".
2. Protoindo-europeu *h₂el- "deambular".
3. Protoindo-europeu *solom ou *selom "chão térreo, lugar, sítio", confronte-se com o frequente topónimo terreiro, torreiro, terreo, tarreo que acontece também nos becos.
4. Da raíz protoindo-europeia *selh₁- "pegar, colher, agarrar"
5. Da raiz peninsular, silo, zulo "buraco".
6. Do cântabro e asturiano sel "ameijoada, malhada".
Todas estas seis hipóteses semelham poder acontecer no cousso de caça, neste caso no nascimento do rio Sil:
Nascimento do rio Sil em um cousso natural, mas com uma toponímia identificativa de caça como é Alto del Rañadoiro, (topónimo analisado no escrito dos Coussos). Também el Muñón fazendo referência à que é coteno, uma parte cortada que não prossegue.
A palavra asturiana e cântabra, também basca sel "malhada; prado en los puertos altos donde se 'acurria' (reunía) al ganado para dormir; cercado com cabana para ameijoada", com o verbo aselar, ligariam com asilo, do latim asilum. grego ᾰ̓́σῡλος e o verbo συλάω.
Santo Domingo de Silos (Burgos)
Xil em Santa Maria de Burela, com toponímia como Cardoge (cardus), Pena Rama (Ramil) que será tratado mais abaixo.
São Xil / Gil de Carvalho, com forma de cousso e topónimo identificativo de tal função.
Assim visto, o nascimento do rio Sil e este Xil têm a mesma configuração topográfica, e poderia ser pensado que o padroeiro apenas é uma adaptação ao topónimo prévio.
São Gil / Xil de São Bartolomeu das Eiras, já lindante com São João de Tabagão (-om) no Roçal.
St Giles on the Heath, freguesia antigamente da Cornualha, hoje sob Devon.
Hele "esconder, encobrir", o ponto de caça leva o nome de esconderijo.
West Panson; Panson é pensado estar formado por Payne + son; Do inglês antigo Pai(e)n Pagen, do latim Paganus, por um protoindo-europeu peh₂ǵ- "fixar, anexar, prender", talvez numa ideia de fixar limites territoriais. Assim haveria os do valo oeste: West Panson e os do valo leste: East Panson.
Cheriton do antigo inglês ċiriċe "igreja" e tūn.
St Giles on the Heath, São Gil da Queiró poderia ser uma tradução
Chudleigh Corner: na rede dá-se com que procede de Ceddelegam. do antigo inglês ceode-leah; do proto-germânico *keudō "saco" e *lauhaz "clareira/prado".
Box's Shop "oficina, lugar de trabalho de uma pessoa apelidada de Box". Box como apelido é sediado no buxo. Seja como for aqui aparece uma coincidência por ser este local uma capsa, uma caixa, o lugar de captura. Confronte-se com Box's Shop Box Shoppa da Cornualha.
Pero Gil da Freguesia de São Lourenço de Carelhe, interpretado como o nome de uma casa, ou de um ancestre que aí morou, como Pero Pedro de apelido Gil.
Mas dá para observarmos que Gil poderia estar a dar nome à estrutura de caça ou ao gil gaélico que será explicado mais abaixo com o significado de rego, ao nascimento do rego, à ravina.
Ponte do Gil entre as freguesias de São Jião de Santa Cristina e São Miguel de Roás (Cospeito), fazendo parte de uma estrutura de cousso (cousso também analisado no escrito "d'O Cervo e o Veado na toponímia").
A Quinta das Gilas entre São Vicente de Soutelo (Salzeda de Caselas) e São João de Paramos (Tui). Em uma estrutura que aproveita um coto para ter animais "cercados", como noutros exemplos apresentados neste blogue.
Observe-se o monte São Paio entre as freguesias de Mezonzo e Barbeito (VilaSantar):
Com dous becos bem definidos: Aguião e Cachopa.
Aguião foi analisado no escrito sobre os Coussos, relacionando-o com acus, agudo.
E Cachopa: que estaria na triplicidade de caça, casa, capsa. Cachar é capturar e cachopa é uma cabana simples, uma casopa.
Além disso:
Cachopa: árvore sem ramos, o seu tronco velho, um cepo; ponta de uma árvore, ramos superiores.
Cachopa: Ama, mulher que governa uma casa ou fazenda; rapariga nova; governanta da reitoral, da casa de um crego. (É um caso similar ao de Orraca?).
(explicado mais abaixo).
Então cachopa, ou cachoupa, cachoupeira tem de base a cacha "estilha", e o cacho de São João que antes do que pedaço, ou caco de vasilha de barro, tem de ter uma etimologia de cacha, capsa, casa, caixa, talvez a chouça paleolítica-neolítica feita com ponlas.
Um exemplo de tantos de toponimia cach-, neste caso: uma estrutura de caça, com toponímia de Cacheiros e Cacheiras como lugar da cachada, e hipotético local da *cacha, caça, capsa, captura, casa, e da ama cachopa, em São Vicente de Augas Santas (Rois).
Cacheiras na freguesia de Santa Cruz de Moeche, dando nome a uma estrutura em cousso evolucionada em grande tapada, parte dela, a zona de Casa Nova na freguesia de Labacengos,
Casa Nova na triplicidade casa, capsa, caça.
Voltando a Gil:
Uma linha etimológica deriva Gil do latim aegis "escudo”, derivado do grego antigo αἰγίς "coiro de cabra, pele de cabra", que deu o patronímico latino Aegidius. Isto é devido ao santo de tal nome São Gil, S. Aegidius que foi traduzido assim.
Para outra etimologia Gil seria do tronco germânico:
Gil seria um apócope de Gilberto, onde gil- derivaria do proto-germânico *gīslaz "promesa" e -berto derivaria de *berhtaz "brilhante, famoso".
Outra hipótese derivaria Gilberto do proto-céltico *Gēstloberxtos, que estaria formado por duas partículas *gēstlos "penhor, promesa, juramento, refém, pessoa que serve de aval, testemunho, garante", e *berxtos "brilhante".
O proto-céltico *gēstlos tem as formas atuais:
Gaélico irlandês e escocês: giall
Galês: gwystl
Córnico: gostel
Bretão gouestl.
Outra hipótese céltica sediaria no gaélico escocês gil "rego, suco, ravina".
Seja como for .....
Cathair na nGiall (anglizado como Garnagale) no condado de Cill Chainnigh / Kilkenny
A Loira de São Tiago de Pantim (Valdovinho), se calhar uma anterior Aloira, Eloira, Eluira?
Este Dona Elvira poderia ter a ver com topónimos similares analisados neste blogue, Freira, Orraca, Casa da Dona?
São Vicente de Elvinha, com conformação de cousso e toponímia identificativa.
A destacar Messoiro no beco oeste, já analisado neste blogue, com ideia de local de reunião (Ameijoar na Ameijeira), nesse mesmo beco: Cadeiras, analisado anteriormente.
Ramalhos: Recolhe Ducange ramus como locus custodiæ reorum.
Como mais arriba foi indicado, observando a relação entre cachopa (ama de crego, dona de casa, rapariga, ramo, cepo, tronco) e os significados da família rama, atendendo a que os becos, em geral os coussos, teem raízes de muita imbricação etimológica, com nomes derivados de rama ou ramo, Ramalheira, Pena Rama, por exemplo.
Os significados de cachopa, e sobrepostos os de ramo, dariam para enxergar uma proto hierodula rameira habitante do cousso? Na sua raiz paleolítica-neolítica, como mulher, ou grupo matrilinear, donas, amas sedentárias?
A Ramona, São Pedro de Vilar Maior em uma estrutura de cousso dando nome ao seu beco leste.
A ter em conta o grande peso cultural que o ramo tem nas festividades, com ramos que enfeitam, ramos que são enfeitados, ramistas que organizam as festas, la ramera nas Astúrias a bezerra que é leiloada para pagar a festa, o ramo que indica a casa feita ou renovada, o ramo que indica o vinho novo, o ramo que indica a casa de prostituição o lugar das rameiras, o ramo de início de Semana Santa, o ramo dos Maios, mesmo ramos viventes femininos (as Maias de Vila Franca), o ramo de vodas, o ramo ou cacho de São João.... cacho é o corno do segador, e as vacas de cornos maiores são chamadas de cachenas, *cornenas,
Cachonda, cachiço, cacheira, recachar, recacho, recacheira, pegar cacho, o trasmontanismo cachear "fornicar, copular", têm a ver com o calor e com o sexo. Confronte-se com o galês cacen "prostituta".
Então semelha que tanto as palavras por aqui analisadas de base cach- como as de base ram-, teriam uma mesma génese e dai sairiam significados parelhos:
Confronte-se com o sânscrito रामा (rama) que entre outros significados tem os de:
"Andar à ramisca"; mocear, andar às moças.
Aqui haveria que pôr a palavra gameira que é a trave que vai de esteio a esteio nas palhoças.
E o gamo, veado, teria a mesma origem que o sânscrito राम (rāma) "um tipo de cervo", e ligaria com toda a família germânica de game.
3. Protoindo-europeu *solom ou *selom "chão térreo, lugar, sítio", confronte-se com o frequente topónimo terreiro, torreiro, terreo, tarreo que acontece também nos becos.
4. Da raíz protoindo-europeia *selh₁- "pegar, colher, agarrar"
5. Da raiz peninsular, silo, zulo "buraco".
6. Do cântabro e asturiano sel "ameijoada, malhada".
Todas estas seis hipóteses semelham poder acontecer no cousso de caça, neste caso no nascimento do rio Sil:
Nascimento do rio Sil em um cousso natural, mas com uma toponímia identificativa de caça como é Alto del Rañadoiro, (topónimo analisado no escrito dos Coussos). Também el Muñón fazendo referência à que é coteno, uma parte cortada que não prossegue.
A palavra asturiana e cântabra, também basca sel "malhada; prado en los puertos altos donde se 'acurria' (reunía) al ganado para dormir; cercado com cabana para ameijoada", com o verbo aselar, ligariam com asilo, do latim asilum. grego ᾰ̓́σῡλος e o verbo συλάω.
Santo Domingo de Silos (Burgos)
Xil em Santa Maria de Burela, com toponímia como Cardoge (cardus), Pena Rama (Ramil) que será tratado mais abaixo.
São Xil / Gil de Carvalho, com forma de cousso e topónimo identificativo de tal função.
Assim visto, o nascimento do rio Sil e este Xil têm a mesma configuração topográfica, e poderia ser pensado que o padroeiro apenas é uma adaptação ao topónimo prévio.
São Gil / Xil de São Bartolomeu das Eiras, já lindante com São João de Tabagão (-om) no Roçal.
St Giles on the Heath, freguesia antigamente da Cornualha, hoje sob Devon.
Hele "esconder, encobrir", o ponto de caça leva o nome de esconderijo.
West Panson; Panson é pensado estar formado por Payne + son; Do inglês antigo Pai(e)n Pagen, do latim Paganus, por um protoindo-europeu peh₂ǵ- "fixar, anexar, prender", talvez numa ideia de fixar limites territoriais. Assim haveria os do valo oeste: West Panson e os do valo leste: East Panson.
Cheriton do antigo inglês ċiriċe "igreja" e tūn.
St Giles on the Heath, São Gil da Queiró poderia ser uma tradução
Chudleigh Corner: na rede dá-se com que procede de Ceddelegam. do antigo inglês ceode-leah; do proto-germânico *keudō "saco" e *lauhaz "clareira/prado".
Box's Shop "oficina, lugar de trabalho de uma pessoa apelidada de Box". Box como apelido é sediado no buxo. Seja como for aqui aparece uma coincidência por ser este local uma capsa, uma caixa, o lugar de captura. Confronte-se com Box's Shop Box Shoppa da Cornualha.
Pero Gil da Freguesia de São Lourenço de Carelhe, interpretado como o nome de uma casa, ou de um ancestre que aí morou, como Pero Pedro de apelido Gil.
Mas dá para observarmos que Gil poderia estar a dar nome à estrutura de caça ou ao gil gaélico que será explicado mais abaixo com o significado de rego, ao nascimento do rego, à ravina.
Ponte do Gil entre as freguesias de São Jião de Santa Cristina e São Miguel de Roás (Cospeito), fazendo parte de uma estrutura de cousso (cousso também analisado no escrito "d'O Cervo e o Veado na toponímia").
A Quinta das Gilas entre São Vicente de Soutelo (Salzeda de Caselas) e São João de Paramos (Tui). Em uma estrutura que aproveita um coto para ter animais "cercados", como noutros exemplos apresentados neste blogue.
Observe-se o monte São Paio entre as freguesias de Mezonzo e Barbeito (VilaSantar):
Com dous becos bem definidos: Aguião e Cachopa.
Aguião foi analisado no escrito sobre os Coussos, relacionando-o com acus, agudo.
E Cachopa: que estaria na triplicidade de caça, casa, capsa. Cachar é capturar e cachopa é uma cabana simples, uma casopa.
Além disso:
Cachopa: árvore sem ramos, o seu tronco velho, um cepo; ponta de uma árvore, ramos superiores.
Cachopa: Ama, mulher que governa uma casa ou fazenda; rapariga nova; governanta da reitoral, da casa de um crego. (É um caso similar ao de Orraca?).
(explicado mais abaixo).
Então cachopa, ou cachoupa, cachoupeira tem de base a cacha "estilha", e o cacho de São João que antes do que pedaço, ou caco de vasilha de barro, tem de ter uma etimologia de cacha, capsa, casa, caixa, talvez a chouça paleolítica-neolítica feita com ponlas.
Um exemplo de tantos de toponimia cach-, neste caso: uma estrutura de caça, com toponímia de Cacheiros e Cacheiras como lugar da cachada, e hipotético local da *cacha, caça, capsa, captura, casa, e da ama cachopa, em São Vicente de Augas Santas (Rois).
Cacheiras na freguesia de Santa Cruz de Moeche, dando nome a uma estrutura em cousso evolucionada em grande tapada, parte dela, a zona de Casa Nova na freguesia de Labacengos,
Casa Nova na triplicidade casa, capsa, caça.
Voltando a Gil:
Uma linha etimológica deriva Gil do latim aegis "escudo”, derivado do grego antigo αἰγίς "coiro de cabra, pele de cabra", que deu o patronímico latino Aegidius. Isto é devido ao santo de tal nome São Gil, S. Aegidius que foi traduzido assim.
Para outra etimologia Gil seria do tronco germânico:
Gil seria um apócope de Gilberto, onde gil- derivaria do proto-germânico *gīslaz "promesa" e -berto derivaria de *berhtaz "brilhante, famoso".
Outra hipótese derivaria Gilberto do proto-céltico *Gēstloberxtos, que estaria formado por duas partículas *gēstlos "penhor, promesa, juramento, refém, pessoa que serve de aval, testemunho, garante", e *berxtos "brilhante".
O proto-céltico *gēstlos tem as formas atuais:
Gaélico irlandês e escocês: giall
Galês: gwystl
Córnico: gostel
Bretão gouestl.
Outra hipótese céltica sediaria no gaélico escocês gil "rego, suco, ravina".
Seja como for .....
Cathair na nGiall (anglizado como Garnagale) no condado de Cill Chainnigh / Kilkenny
Poderia ser traduzido como "Vila/Forte dos Garantes / Cadeira dos Garantes / Sede dos Garantes"
Mas também cathair tem/tivo o significado de sentinela e giall tem o de mandíbula. Então poderíamos estar diante de um hipotético "guardião da boca".
Que poderia ter um equivalente galaico no topónimo catassol?
Pena da Cadeira em São Tiago da Capela.
Com toponímia esclarecedora como é a duplicidade de Cagigueira (Caxigueira / Cajigueira) em ambos os becos.
Sobre os topónimos de lexema caji- e a sua relação com vedações pecuárias: já foi falada da raiz céltica do gaulês cagiíum “cercado” do proto-céltico *kagyom, protoindo-europeu *kagʰ "pegar, colher".
Sendo cathair da mesma génese que cachar, caçar, catar; e sendo giall da mesma génese que gil/xil/sil, jul/xul, sol.
Catassol em Palas de Rei
Catassós, freguesia do mesmo nome em Lalim.
Então no beco, existem umas pessoas (na nGiall é genitivo plural) relevantes que vigiam a entrada da caça.
Por exemplo o latim consul tem uma etimologia controversa, da que só se trata aqui um dos fios:
Cōnsul / consol seria um oposto a exsul "errante".
Estamos no início do sedentarismo, onde há pessoas que estão ligadas a um sil/jul, a uma vedação de caça, posteriormente granja neolítica, os cōnsulēs, que têm uma propriedade privativa, e outras pessoa sem vedação de caça, os exsulēs.
No gaélico escocês gil "suco, rego, ravina". Então haveria uns que são os de dentro do sulco, e outros que são os de fora, os "domésticos" afrente os selvagens.
Então recapitulando:
O par gaélico giall "mandíbula / penhor, garantia" poderia ter nascido no paleolítico-neolítico, do local concreto da caça, que é uma boca, que vira em mandíbula; e onde há uma pessoa que tem poder, valor e que em certa maneira está presa à sua propriedade, seria refém do local de caça.
Giall
Quando os germanos chegam com os seus chefes de nome *Gīslazberhtaz estão a trazer um nome que ficou marcado como principal por ter a liderança no paleolítico-neolítico, um nome que nasceu nessa altura e que chegou até aquele seu presente medieval.
Desde as bases que aparentemente dá a análise topográfica e toponímica desenvolta neste blogue: *Gīslazberhtaz "Gilbeto": estaria formado por *gisl-az como "o do xil / sil" e *berht-az "o do valo, o da virta / o do vedado".
E agora explicando *berht:
Mas também cathair tem/tivo o significado de sentinela e giall tem o de mandíbula. Então poderíamos estar diante de um hipotético "guardião da boca".
Que poderia ter um equivalente galaico no topónimo catassol?
Pena da Cadeira em São Tiago da Capela.
Com toponímia esclarecedora como é a duplicidade de Cagigueira (Caxigueira / Cajigueira) em ambos os becos.
Sobre os topónimos de lexema caji- e a sua relação com vedações pecuárias: já foi falada da raiz céltica do gaulês cagiíum “cercado” do proto-céltico *kagyom, protoindo-europeu *kagʰ "pegar, colher".
Sendo cathair da mesma génese que cachar, caçar, catar; e sendo giall da mesma génese que gil/xil/sil, jul/xul, sol.
Catassol em Palas de Rei
Nascimento do rio Catassol em Santa Maria de Silvela (Friol) dentro de uma estrutura dúplice de cousso com toponímia identificativa, a marcada em negro talvez mais velha, pois a outra leva o topónimo identificativo de Casa Nova no seu beco leste.
Catassós, freguesia do mesmo nome em Lalim.
Então no beco, existem umas pessoas (na nGiall é genitivo plural) relevantes que vigiam a entrada da caça.
Por exemplo o latim consul tem uma etimologia controversa, da que só se trata aqui um dos fios:
Cōnsul / consol seria um oposto a exsul "errante".
Estamos no início do sedentarismo, onde há pessoas que estão ligadas a um sil/jul, a uma vedação de caça, posteriormente granja neolítica, os cōnsulēs, que têm uma propriedade privativa, e outras pessoa sem vedação de caça, os exsulēs.
No gaélico escocês gil "suco, rego, ravina". Então haveria uns que são os de dentro do sulco, e outros que são os de fora, os "domésticos" afrente os selvagens.
Então recapitulando:
O par gaélico giall "mandíbula / penhor, garantia" poderia ter nascido no paleolítico-neolítico, do local concreto da caça, que é uma boca, que vira em mandíbula; e onde há uma pessoa que tem poder, valor e que em certa maneira está presa à sua propriedade, seria refém do local de caça.
Giall
Quando os germanos chegam com os seus chefes de nome *Gīslazberhtaz estão a trazer um nome que ficou marcado como principal por ter a liderança no paleolítico-neolítico, um nome que nasceu nessa altura e que chegou até aquele seu presente medieval.
Desde as bases que aparentemente dá a análise topográfica e toponímica desenvolta neste blogue: *Gīslazberhtaz "Gilbeto": estaria formado por *gisl-az como "o do xil / sil" e *berht-az "o do valo, o da virta / o do vedado".
E agora explicando *berht:
Virta é um terreno vedado, com muro ou valo, nalgumas zonas: um terreno de culturas, noutras um monte murado.
Virta é o comareiro limitador de um terreno de lavoura, a parte entre propriedade e propriedade que não é arada.
Polo lado céltico birto / virto tem o seu parente no irlandês medieval ceirt e no galês perth "sebe, arbusto espinhoso, matagal, bosque cerrado, touça (zona de lenha), selva, zona rural"; com a forma parelha córnica berth / perth.
Gilberto seria aquele nome próprio que perdeu no tempo a sua função, mas que permaneceu, nasceu de um cargo relevante no paleolítico-neolítico: da pessoa encarregada do "foxo do cousso", do "*xil da virta".
Assim o inicial consul versus exsul acabou sendo um cargo de poder sobre um território.
O caso de Gilória, Gelória:.
Estes nomes são tidos por germânicos, mas como foi assinalado, talvez seriam nomes galaicos que uma vez que Roma cai, aparecem?
No âmbito galaico a mesma pessoa aparece nomeada como Geloira, Geluira, Giloria, Giluria e Ieluira, Elvira ou Eloira. Deste grupo também é a rainha conhecida como Elvira Mendes, que tem no túmulo grafado GELCYRAE
Assim desde a etimologia germanista o primeiro elemente Gel- / Gil- é explicado como um derivado do gótico *gails, gailjan ‘regozijar’, cognado do inglês yell "gritar", protoindo-europeu *ghel- "berrar"; ou do seu seu homônimo *gails "lança".
Se imos um pouco mais alô da etimologia germanista, gil- /sil- buraco, buraco de caça, complementa-se com as variações da linha germânica dos berros, o jogo, o desfrute e onde há lanças. Quer dizer é uma palavra do campo da caça em cousso que derivou, que se especializou em dar nome a diferentes partes ou ações.
Outra vez o cenário paleolítico-neolítico é a fonte, a nascente etimológica, desde onde podem ser percebidas as relações e variações de um primário conceito-palavra em outros conceitos-palavras.
Dá para reparar que o nome de Siluira também existiu na Gallaecia do século nono.
Quanto ao segundo elemento -vira / -oira, a etimologia germanista associa-o com o gótico *wêrs "verdadeiro", com o latim verus, do protoindo-europeu *weh-ros.
Outra hipótese complementar proposta aqui é que -vira /-uira / -oira teria a ver com a mesma génese que vira latino "mulher"
O que relacionaria o protoindo-europeu *weyh₁- "caçar" (pola hipótese do latim vir /vira) com *weh-ros "verdadeiro, heroi..."
Outra ideia para -vira, -uira, -oria, da mesma origem e função que o latino -(t)ora, um sufixo que formaria um adjetivo sobre uma base verbal. Segundo isto Geloira seria a "caçadora".
Artenda-se a que as monarcas filhas de Sancha I e Fernando I no século XI levam o nome de Urraca e Elvira.
Urraca já foi desenvolto neste blogue, apresentando a sua génese desde a cova paleolítica até o cousso de caça e o reinado.
Neste caso Elvira / Geluira semelha ter a mesma génese.
Dona Elvira de Santa Maria de Trás-Eireja (Vilar d'avós), no beco oeste de um cousso, estando o oeste com o nome de Vilar d'avós (Vilardevós).
Vilar d'avós tem três hipóteses etimológicas:
- Um antropónimo
- Derivar de avós /avoas
- Derivar da mesma raiz que o hidrónimo ávia, proto-céltico *abū. Neste caso plural e como vemos na imagem há dous ribeiros riolos menores *abuolos.
Quanto a Vilar, teria uma origem já no paleolítico-neolítico, explicada neste blogue, tendo a ver com *bilia, pau, *biliar "paliçada", e na proximidade à definição até o século passado usada:
En algunas comarcas llaman vilar a los campos de centeno que, después de sembrado, se cierran con un balado que no se derruba hasta que se siega, y queda el terreno a restreva o pallarega.
Gilberto seria aquele nome próprio que perdeu no tempo a sua função, mas que permaneceu, nasceu de um cargo relevante no paleolítico-neolítico: da pessoa encarregada do "foxo do cousso", do "*xil da virta".
Assim o inicial consul versus exsul acabou sendo um cargo de poder sobre um território.
O caso de Gilória, Gelória:.
Estes nomes são tidos por germânicos, mas como foi assinalado, talvez seriam nomes galaicos que uma vez que Roma cai, aparecem?
No âmbito galaico a mesma pessoa aparece nomeada como Geloira, Geluira, Giloria, Giluria e Ieluira, Elvira ou Eloira. Deste grupo também é a rainha conhecida como Elvira Mendes, que tem no túmulo grafado GELCYRAE
Assim desde a etimologia germanista o primeiro elemente Gel- / Gil- é explicado como um derivado do gótico *gails, gailjan ‘regozijar’, cognado do inglês yell "gritar", protoindo-europeu *ghel- "berrar"; ou do seu seu homônimo *gails "lança".
Se imos um pouco mais alô da etimologia germanista, gil- /sil- buraco, buraco de caça, complementa-se com as variações da linha germânica dos berros, o jogo, o desfrute e onde há lanças. Quer dizer é uma palavra do campo da caça em cousso que derivou, que se especializou em dar nome a diferentes partes ou ações.
Outra vez o cenário paleolítico-neolítico é a fonte, a nascente etimológica, desde onde podem ser percebidas as relações e variações de um primário conceito-palavra em outros conceitos-palavras.
Dá para reparar que o nome de Siluira também existiu na Gallaecia do século nono.
Quanto ao segundo elemento -vira / -oira, a etimologia germanista associa-o com o gótico *wêrs "verdadeiro", com o latim verus, do protoindo-europeu *weh-ros.
Outra hipótese complementar proposta aqui é que -vira /-uira / -oira teria a ver com a mesma génese que vira latino "mulher"
O que relacionaria o protoindo-europeu *weyh₁- "caçar" (pola hipótese do latim vir /vira) com *weh-ros "verdadeiro, heroi..."
Outra ideia para -vira, -uira, -oria, da mesma origem e função que o latino -(t)ora, um sufixo que formaria um adjetivo sobre uma base verbal. Segundo isto Geloira seria a "caçadora".
Artenda-se a que as monarcas filhas de Sancha I e Fernando I no século XI levam o nome de Urraca e Elvira.
Urraca já foi desenvolto neste blogue, apresentando a sua génese desde a cova paleolítica até o cousso de caça e o reinado.
Neste caso Elvira / Geluira semelha ter a mesma génese.
Dona Elvira de Santa Maria de Trás-Eireja (Vilar d'avós), no beco oeste de um cousso, estando o oeste com o nome de Vilar d'avós (Vilardevós).
Vilar d'avós tem três hipóteses etimológicas:
- Um antropónimo
- Derivar de avós /avoas
- Derivar da mesma raiz que o hidrónimo ávia, proto-céltico *abū. Neste caso plural e como vemos na imagem há dous ribeiros riolos menores *abuolos.
Quanto a Vilar, teria uma origem já no paleolítico-neolítico, explicada neste blogue, tendo a ver com *bilia, pau, *biliar "paliçada", e na proximidade à definição até o século passado usada:
En algunas comarcas llaman vilar a los campos de centeno que, después de sembrado, se cierran con un balado que no se derruba hasta que se siega, y queda el terreno a restreva o pallarega.
A Loira de São Tiago de Pantim (Valdovinho), se calhar uma anterior Aloira, Eloira, Eluira?
Este Dona Elvira poderia ter a ver com topónimos similares analisados neste blogue, Freira, Orraca, Casa da Dona?
São Vicente de Elvinha, com conformação de cousso e toponímia identificativa.
A destacar Messoiro no beco oeste, já analisado neste blogue, com ideia de local de reunião (Ameijoar na Ameijeira), nesse mesmo beco: Cadeiras, analisado anteriormente.
Ramalhos: Recolhe Ducange ramus como locus custodiæ reorum.
Então: ramus funcionou como lugar de custódia. Ramalhos *ramaculi "custodiazinhas", além de estar a dar uma ideia de ramo como paliçada, com deslocação do significado, no catalão por exemplo ramat "rebanho, grupo"ou no inglês ram "carneiro".
No sânscrito राम (rāma) "um tipo de cervo".
Então ramo no paleolítico-neolítico teria uma ideia de grupo, grupo de animais, paliçada, defesa e ...
No sânscrito राम (rāma) "um tipo de cervo".
Então ramo no paleolítico-neolítico teria uma ideia de grupo, grupo de animais, paliçada, defesa e ...
Os significados de cachopa, e sobrepostos os de ramo, dariam para enxergar uma proto hierodula rameira habitante do cousso? Na sua raiz paleolítica-neolítica, como mulher, ou grupo matrilinear, donas, amas sedentárias?
A Ramona, São Pedro de Vilar Maior em uma estrutura de cousso dando nome ao seu beco leste.
A ter em conta o grande peso cultural que o ramo tem nas festividades, com ramos que enfeitam, ramos que são enfeitados, ramistas que organizam as festas, la ramera nas Astúrias a bezerra que é leiloada para pagar a festa, o ramo que indica a casa feita ou renovada, o ramo que indica o vinho novo, o ramo que indica a casa de prostituição o lugar das rameiras, o ramo de início de Semana Santa, o ramo dos Maios, mesmo ramos viventes femininos (as Maias de Vila Franca), o ramo de vodas, o ramo ou cacho de São João.... cacho é o corno do segador, e as vacas de cornos maiores são chamadas de cachenas, *cornenas,
Cachonda, cachiço, cacheira, recachar, recacho, recacheira, pegar cacho, o trasmontanismo cachear "fornicar, copular", têm a ver com o calor e com o sexo. Confronte-se com o galês cacen "prostituta".
Então semelha que tanto as palavras por aqui analisadas de base cach- como as de base ram-, teriam uma mesma génese e dai sairiam significados parelhos:
Confronte-se com o sânscrito रामा (rama) que entre outros significados tem os de:
Uma mulher bonita, qualquer mulher jovem e charmosa, amada, esposa, amante, qualquer mulher.
Uma dona de casa, uma senhora.
Uma dona de casa, uma senhora.
Uma mulher morena, ou seja, uma mulher de baixa origem para a cultura dominante na zona sânscrita.
Uma ἑταῖραι, hetaera.
Segundo isto o γάμος (gámos) grego "voda, união, matrimónio" estaria na mesma raiz que o ramo vegetal; confronte-se gamalho e ramalho com o mesmo significado em galego."Andar à ramisca"; mocear, andar às moças.
Aqui haveria que pôr a palavra gameira que é a trave que vai de esteio a esteio nas palhoças.
E o gamo, veado, teria a mesma origem que o sânscrito राम (rāma) "um tipo de cervo", e ligaria com toda a família germânica de game.
Rameiras de São Sebastião de Covelo (na Lama), com toponímia de poder feminino sobre o cousso como é a Cruz de Maria Catela, Rego da Crega e Casa da Reina, abraçando o vale do início do correr do regueiro das Silvas.
A toponímia dá três ideias de mulher e poder associadas a este cousso:
Crega como clériga, mulher que administra a religião.
Casa da Reina, mulher que gere o território.
A Cruz de Maria Catela, catela lembra a cadeia e a cadela. A etimologia mais divulgada para cadeia liga-a com três conceitos:
1. caterva, casa: "grupo"
2. cassis "rede"
3. catella, catellus, cadela, cadelo, no úmbrico catel "animal sacrificial"....
Como é frequente, observa-se que as três hipóteses etimológicas confluem no lugar físico da caça.
Catela da Pedra D'hedra em Santa Marinha de Carrazedo (Caldas de Reis). O beco leste com o nome de Cope, que faz lembrar o topónimo nassa e derivados com a similitude da pesca. Messego grafado Mesego, analisado no escrito "Ameijoar na Ameijeira".
Voltando à toponímia de base Sil-:
A Silva de São Martinho de Rodis (Cerceda), com forma típica abraçando o primeiro correr do regueiro, rio da Aveleira, como foi proposto neste escrito alguns topónimos Abeleira / Aveleira poderiam estar ocultando um anterior beleira explicado no escrito "a Belém".
De norte a sul:
Quenlha do Lobo: pode ser uma passagem estreita do lobo ou pode ser o explicado no escrito "a Ulfe" onde ulfe "besta, animal selvagem, acabou traduzido, na mudança de língua por lobo".
Costo Mendes: Costo quando aparece relacionado com estas estruturas de caça, faz lembrar o grupo toponímico de osso, como lugar onde estariam os ossos empilhados, como assim acontece nos lugares de caça dos povos originários norte-americanos. No caso de Mendes neste blogue foi analisado como do grupo mund- "rebanho". Costo Mendes estaria a indicar o lugar onde estão os ossos do rebanho.
Cova das Andes, ao estar no beco de captura, caça, é um topónimo transparente, um lugar onde há uma cova, um fosso de caça e que tem antas, andas, pedras, lajes, talvez um espaço abobadado.
Cerqueira: as mais das vezes, como no caso de Aveleira, é pensado ser um fitotopónimo, mas como foi apresentado neste blogue noutros escritos, compartilha a ideia indo-europeia de vegetal limitante, cerqueira tem a ver com quercus e mas também com cercus, circus., numa ideia que estas estruturas de captura teriam uma sebe talvez de carvalhos muito próximos uns a outros fazendo uma paliçada viva, que impediria a passagem entre eles dos ungulados a caçar.
Silva: silva é percebido como derivado do latim silva, mas esta estrutura é anterior à entrada do latim.
Poderia ser como noutros topónimos uma tradução da palavra anterior para o latim, ou poderia ser do grupo aqui analisado Gil- Gilva, de feito no galego medieval xelva foi nome da selva.
Confronte-se com a etimologia de silva: *sel-, *swel- "lenha, madeira, trave, tábua, moldura, soleira".
Então a Silva toponímica aqui analisada está longe da ideia de bosque latino silva, e mais perto da ideia protoindo-europeia de silva "trave, tábua"ou do sel ásturo-cántabro.
Se imos ao letão sile é o nome para a vala, então no estrato nostrático já se apresentam os três elementos vala, valado e balouco "pau", que costumam aparecer nos regos, valas e vegetação limitante: Silva como trave ou barra, confronte-se com a família germânica (derivada do protoindo-eurpeu *sel-, *swel- ) *sulī "poste, estaca, barra". Silva como vegetação limitante (Filseira, os limites). E silva como silveira, sebe de silvas de Rubus.
Isto relaciona a palavra silva com silo, zulo, buraco.
Também data a palavra no período nostrático, paleolítico superior 10.000 aC, a datação da palavra poderia ser que com algum erro, esteja a datar a estrutura de caça.
A Silva de São Cosme de Barreiros. Cousso aberto a atual ria de Foz, na altura do seu funcionamento, a ria de Foz seria um vale fluvial com o mar 60m por baixo do nível atual, se é tida por certa uma cronologia do 10.000 aC.
Topónimos identificativos nos bicos, a leste : Cas Cabeiro, onde aparece cabeiro, do cabo e cas na triplicidade de caça, capsa, casa. Tombo: nas pontas costuma haver um local religioso, sacrificial, tumular.
No bico oeste: Covas, foxos de caça, Pinheiro na possibilidade de não ser fitotopónimo unicamente e estar na ideia de espinheiro, e a forma de bicuda de captura.
Ramil já analisado neste bloque, associado a vedações pecuárias, assim como Candamil, talvez excessivamente transparante o candeado do mil (?).
A Silva de São João do Campo (Lugo).
A destacar entre outros topónimos de sul a norte:
Caxide no fundo do cousso, na ideia de cachar, caçar e caixa e proto-céltico *kagyom (vide arriba Cagigueira).
Birbigueira que lembra o berbigão, a confrontar com o latim berbex / vervex "carneiro", e com barbeito no significado de valo, no carro de bois trasmontano, barbião, berbião, burbião é o madeiro no que, na parte anterior e posterior do carro, entra o espigão das cancelas que limitam, fecham o tabuleiro. Berbião é nome para o estadulho ou fueiro, especificamente para os dous estadulhos dianteiros e os dous estadulhos traseiros, com o cognato asturiano berbión que também dá nome aos fueiros e aos buracos onde encastram.
Viadoiro, na duplicidade via / veia e veado.
Louseiro como lugar com lajes, lousas na parte de maior desgaste do cousso.
Espinheiro, para confrontar com Pinheiro no exemplo anterior de Barreiros.
A Silva em São Lourenço de Verdilho (Carvalho).
Confronte-se as Lajas deste cousso com Louseiro no exemplo anterior.
Chacim, já foi analisado neste blogue.
A destacar as duas Cancelas em ambos os becos.
A Silva de Santa Maria de Xobre ou Santa Maria de Manho (na Póvoa do Caraminhal)
A Silva de São Jião de Coiro (na Laracha).
A destacar que é possível observarmos um cousso maior que abraça um cousso menor.
Como no caso da Silva de São Martinho de Rodis (Cerceda): Abeleira poderia ter sido A Beleira ("a Belém").
Também a destacar no beco oeste, a norte Casa Velha, dando ideia que o cousso inicial, velho, foi o maior, perceba-se casa na triplicidade casa, caça e capsa; e a sul Casas Vedras mas aqui vedras, poderia estar adjetivando como anciãs ou poderia estar a dar ideia de vedro "cercado, sebe", onde a caça estaria viva capturada:
O topónimo Reina já foi analisado neste blogue (Reina?).
Silvarrei (São João de Silvarrei em Outeiro de Rei).
A destacar que nos três vértices está o topónimo casa (nessa ideia de caça, capsa, casa) a norte Monte da Casilha, e nos becos: Casas Novas no oeste e Casa Nova no leste, .
Se há uma casa/caça nova, onde estaria a caça velha?
Silva de Arriba, a Cruz da Silva (no mapa à par da Cruz do Rolho) e Poço da Silva em São Miguel de Srarandão (-om) (Vedra).
Silvela, Santa Maria de Silvela. A destacar que no beco norte está a igreja sede da parróquia e no beco sul está o topónimo Tombo.
Silvão (-ao) de São João de Ínsua (Ortigueira), com o topónimo Cousso identificativo na parte sul da estrutura, e toponímia congruente, para reparar no frequente "casa", Arriba da Casa, Sub a Casa, triplicidade de casa, caça, capsa.
Silvouta de Vilestro (Santiago de Compostela).
A destacar os nomes de Porta na entrada do cousso, Porta Bouça e Leira da Porta.
Também o beco leste cos nomes de Milheirada, que pode fazer pensar no milho ou milho-miúdo, mas também na toponímia do grupo mil, neste blogue analisada como protoindo-europeu reunião. Ameijeiras, lugar onde se ameijoa, onde é reunido o gado. E Taberna, Agro da Taberna, que já foi analisado neste blogue e que aparece nos lugares de caça e pecuários de reunião.
Silvarrei?
Córnico e galês sil "conjunto de ovos de insetos, conjunto numeroso de crias de animais, de peixes; alevino de salmão ou truta".
A toponímia dá três ideias de mulher e poder associadas a este cousso:
Crega como clériga, mulher que administra a religião.
Casa da Reina, mulher que gere o território.
A Cruz de Maria Catela, catela lembra a cadeia e a cadela. A etimologia mais divulgada para cadeia liga-a com três conceitos:
1. caterva, casa: "grupo"
2. cassis "rede"
3. catella, catellus, cadela, cadelo, no úmbrico catel "animal sacrificial"....
Como é frequente, observa-se que as três hipóteses etimológicas confluem no lugar físico da caça.
Catela da Pedra D'hedra em Santa Marinha de Carrazedo (Caldas de Reis). O beco leste com o nome de Cope, que faz lembrar o topónimo nassa e derivados com a similitude da pesca. Messego grafado Mesego, analisado no escrito "Ameijoar na Ameijeira".
Voltando à toponímia de base Sil-:
A Silva de São Martinho de Rodis (Cerceda), com forma típica abraçando o primeiro correr do regueiro, rio da Aveleira, como foi proposto neste escrito alguns topónimos Abeleira / Aveleira poderiam estar ocultando um anterior beleira explicado no escrito "a Belém".
De norte a sul:
Quenlha do Lobo: pode ser uma passagem estreita do lobo ou pode ser o explicado no escrito "a Ulfe" onde ulfe "besta, animal selvagem, acabou traduzido, na mudança de língua por lobo".
Costo Mendes: Costo quando aparece relacionado com estas estruturas de caça, faz lembrar o grupo toponímico de osso, como lugar onde estariam os ossos empilhados, como assim acontece nos lugares de caça dos povos originários norte-americanos. No caso de Mendes neste blogue foi analisado como do grupo mund- "rebanho". Costo Mendes estaria a indicar o lugar onde estão os ossos do rebanho.
Cova das Andes, ao estar no beco de captura, caça, é um topónimo transparente, um lugar onde há uma cova, um fosso de caça e que tem antas, andas, pedras, lajes, talvez um espaço abobadado.
Cerqueira: as mais das vezes, como no caso de Aveleira, é pensado ser um fitotopónimo, mas como foi apresentado neste blogue noutros escritos, compartilha a ideia indo-europeia de vegetal limitante, cerqueira tem a ver com quercus e mas também com cercus, circus., numa ideia que estas estruturas de captura teriam uma sebe talvez de carvalhos muito próximos uns a outros fazendo uma paliçada viva, que impediria a passagem entre eles dos ungulados a caçar.
Silva: silva é percebido como derivado do latim silva, mas esta estrutura é anterior à entrada do latim.
Poderia ser como noutros topónimos uma tradução da palavra anterior para o latim, ou poderia ser do grupo aqui analisado Gil- Gilva, de feito no galego medieval xelva foi nome da selva.
Confronte-se com a etimologia de silva: *sel-, *swel- "lenha, madeira, trave, tábua, moldura, soleira".
Então a Silva toponímica aqui analisada está longe da ideia de bosque latino silva, e mais perto da ideia protoindo-europeia de silva "trave, tábua"ou do sel ásturo-cántabro.
Se imos ao letão sile é o nome para a vala, então no estrato nostrático já se apresentam os três elementos vala, valado e balouco "pau", que costumam aparecer nos regos, valas e vegetação limitante: Silva como trave ou barra, confronte-se com a família germânica (derivada do protoindo-eurpeu *sel-, *swel- ) *sulī "poste, estaca, barra". Silva como vegetação limitante (Filseira, os limites). E silva como silveira, sebe de silvas de Rubus.
Isto relaciona a palavra silva com silo, zulo, buraco.
Também data a palavra no período nostrático, paleolítico superior 10.000 aC, a datação da palavra poderia ser que com algum erro, esteja a datar a estrutura de caça.
A Silva de São Cosme de Barreiros. Cousso aberto a atual ria de Foz, na altura do seu funcionamento, a ria de Foz seria um vale fluvial com o mar 60m por baixo do nível atual, se é tida por certa uma cronologia do 10.000 aC.
Topónimos identificativos nos bicos, a leste : Cas Cabeiro, onde aparece cabeiro, do cabo e cas na triplicidade de caça, capsa, casa. Tombo: nas pontas costuma haver um local religioso, sacrificial, tumular.
No bico oeste: Covas, foxos de caça, Pinheiro na possibilidade de não ser fitotopónimo unicamente e estar na ideia de espinheiro, e a forma de bicuda de captura.
Ramil já analisado neste bloque, associado a vedações pecuárias, assim como Candamil, talvez excessivamente transparante o candeado do mil (?).
A Silva de São João do Campo (Lugo).
A destacar entre outros topónimos de sul a norte:
Caxide no fundo do cousso, na ideia de cachar, caçar e caixa e proto-céltico *kagyom (vide arriba Cagigueira).
Birbigueira que lembra o berbigão, a confrontar com o latim berbex / vervex "carneiro", e com barbeito no significado de valo, no carro de bois trasmontano, barbião, berbião, burbião é o madeiro no que, na parte anterior e posterior do carro, entra o espigão das cancelas que limitam, fecham o tabuleiro. Berbião é nome para o estadulho ou fueiro, especificamente para os dous estadulhos dianteiros e os dous estadulhos traseiros, com o cognato asturiano berbión que também dá nome aos fueiros e aos buracos onde encastram.
Viadoiro, na duplicidade via / veia e veado.
Louseiro como lugar com lajes, lousas na parte de maior desgaste do cousso.
Espinheiro, para confrontar com Pinheiro no exemplo anterior de Barreiros.
A Silva em São Lourenço de Verdilho (Carvalho).
Confronte-se as Lajas deste cousso com Louseiro no exemplo anterior.
Chacim, já foi analisado neste blogue.
A destacar as duas Cancelas em ambos os becos.
A Silva de Santa Maria de Xobre ou Santa Maria de Manho (na Póvoa do Caraminhal)
A destacar que é possível observarmos um cousso maior que abraça um cousso menor.
Como no caso da Silva de São Martinho de Rodis (Cerceda): Abeleira poderia ter sido A Beleira ("a Belém").
Também a destacar no beco oeste, a norte Casa Velha, dando ideia que o cousso inicial, velho, foi o maior, perceba-se casa na triplicidade casa, caça e capsa; e a sul Casas Vedras mas aqui vedras, poderia estar adjetivando como anciãs ou poderia estar a dar ideia de vedro "cercado, sebe", onde a caça estaria viva capturada:
O topónimo Reina já foi analisado neste blogue (Reina?).
Silvarrei (São João de Silvarrei em Outeiro de Rei).
A destacar que nos três vértices está o topónimo casa (nessa ideia de caça, capsa, casa) a norte Monte da Casilha, e nos becos: Casas Novas no oeste e Casa Nova no leste, .
Se há uma casa/caça nova, onde estaria a caça velha?
Silva de Arriba, a Cruz da Silva (no mapa à par da Cruz do Rolho) e Poço da Silva em São Miguel de Srarandão (-om) (Vedra).
Silvela, Santa Maria de Silvela. A destacar que no beco norte está a igreja sede da parróquia e no beco sul está o topónimo Tombo.
Silvão (-ao) de São João de Ínsua (Ortigueira), com o topónimo Cousso identificativo na parte sul da estrutura, e toponímia congruente, para reparar no frequente "casa", Arriba da Casa, Sub a Casa, triplicidade de casa, caça, capsa.
Silvouta de Vilestro (Santiago de Compostela).
A destacar os nomes de Porta na entrada do cousso, Porta Bouça e Leira da Porta.
Também o beco leste cos nomes de Milheirada, que pode fazer pensar no milho ou milho-miúdo, mas também na toponímia do grupo mil, neste blogue analisada como protoindo-europeu reunião. Ameijeiras, lugar onde se ameijoa, onde é reunido o gado. E Taberna, Agro da Taberna, que já foi analisado neste blogue e que aparece nos lugares de caça e pecuários de reunião.
Silvarrei?
Córnico e galês sil "conjunto de ovos de insetos, conjunto numeroso de crias de animais, de peixes; alevino de salmão ou truta".
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