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Algumas Vilas Velhas

 Este escrito tem de base um outro anterior titulado "os Coussos", onde são descritos recintos para caça passiva ou pouco ativa.

Apresento aqui a Vila Velha no concelho de Triacastela:




Então dá para observamos na estrutura de Vila Velha os frequentes topónimos que acompanham os coussos. De oeste a leste:
Fontainha, não apenas na ideia de fonte nascente de água, mas no seu original protoindo-europeu relacionado com "fluir,correr" lugar da corrida dos animais a caçar.
Pácios, na ideia de palatio, de paliçada ou de vedação, que foi considerada vedação pecuária neolítica, como corte de animais domesticados, mas aqui estamos a observar que a sua origem poderia ter sido em uma estrutura paleolítica para caça, captura de animais selvagens.
Goia a norte de Pácios quase é transparente, pois goio significa fojo, buraco, quer dizer nos vértices do triângulo de caça existem cubelas ou covas, a cubela é uma cortinha peqnea para manter o animal vivo, e a cova é onde cai o animal que no amontoamento do rebanho não é capaz de dar volta sendo empurrado ao fochanco pola aglomeração.
Ermida, que é pensado ter a ver com uma pequena edificação religiosa, e pode ser que ermidas sejam eremitórios e tenham capelas, mas neste caso Ermida também no seu sentido protoindo-europeu. Costuma Hermida / Ermida ser associada com o grego ἐρημίτης (erēmítēs) com raiz em ἐρῆμος (erêmos) "soidade". Mas neste caso da Hermida / Ermida de um cousso, mais teria a ver com a ideia de hermético, fechado, do grego antigo  ἕρμα (hérma), “pilha, montão de pedras; coluna, piar”.
E se analisamos as variações de este topónimo na Galiza tidas por deturpações ou vulgarismos: Armida, ou Ermoriz Esmoriz, associadas a formas de couso (como pode ser observado aqui), pode ser aberta a hipótese de que as primárias ermidas /armidas foram lugares de caça de rebanhos bravos, polo protoindo-europeu *h₂er-, na mesma génese que armentum.
O topónimo de Casa Velha acompanha muito esta estrutura comumente associado a algum dos vértices, aqui casa espelha muita plurivalência e liga em uma raiz etimológica e física os conceitos de hoje de caça, capsa, casa, cousso.
Quer dizer no Paleolítico estas estruturas não permitiam morar de jeito sedentário a muitas pessoas.
Para a caça provocaria-se a estampida de rebanhos selvagens, seriam caçados, mas uma vez acabada a caça, o cousso seria abandonado, indo a outro cousso vizinho, de cousso em cousso. Nestes coussos haveria locais habitacionais nas proximidades do foxo, dos vértices. Mas no seu conjunto o cousso valado, o foxo, a caçaria, a casa ou cabana, seriam chamados pola mesma palavra paleolítica para toda a estrutura. (A indicar Cabaninhas, que não está grafado no plano, lugar que está na parte oeste ao lado da Fontainha, Cabaninhas que coincide no vértice ocidental da forma).
Horto Velho, neste caso horto também iria ao seu significado protoindo-europeu de *ghortos "vedação".
Pumarega, o mais habitual é ser associado com a ideia de maçã, de pomar. Como noutros escritos foi abordado: ao aparecer com tanta frequência toponimia de base pomar, pumar, pombar, neste mesmo lugar, no vértice do cousso ou no seu interior, faz pensar numa relação com o cognato latino pomoerium.
Aguilhão, como lugar em ponta.
Trás da Casa, estaríamos na dúvida se esta casa seria uma casa habitacional ou uma caça. Mas a excessiva frequência de topónimos casa no vértice da caça faz pensar na hipótese apresentada no caso da Casa Velha.
Cortinha dos Santos, o topónimo Santos aparece também com muita frequência nos vértices dos coussos, a suspeita é que perdida a ideia e mais as estruturas fortes que nestes lugares haveria, valos, paliçadas e chantos, os santos /as santas, seriam uma modificação de "os antos", as antas numa ideia de lajes , assim esta Cortinha dos Santos poderia ter sido uma Cortinha dos Antos. Onde antos tem uma polissemia explicável desde este lugar físico e da sua função no cousso de caça, como: anterior e entrada; como: anta "nos muros de pedra, laje ou pilar grande chantado verticalmente no terreno de treito em treito, que serve de sustém à parede"; para Pokorny *h₂énHteh₂ "jamba de porta, ucheira".
Mas também antro, 
ἄντρον, 
palavra órfã na etimologia, poderia ter aqui a sua explicação.
Nestes vértices ocorre a polissemia de uma raiz, mas também a funcionalidade da polissemia: porta, saída, chanta, anta, altar, lugar sacro, antro.
Por exemplo Vilar de Santos antigo Uillar de Carrapatas:

Nos nomes antigos de Compostela o equivalente a esta Cortinha dos Santos da Vila Velha é "Sanctus Locus":



Um ponto e à parte: para explicar que os becos, bicos dos coussos de caça ou captura são os locais de maior desgaste, e polo tanto os mais reforçados e reformados, daí comumente serem observáveis variações, modificações.
Por exemplo no lado leste podem-se observar três pontas, que devêrom funcionar em diferentes épocas, enquanto no lado oeste o seu bico está quase perdido, apenas percebido no topónimo e forma do prado chamado Fontainha.
Estes três becos seriam:
1.A Cortinha dos Santos junto com Trás da Casa e o Prado da Porta, Prado da Porta que não aparece grafado no mapa e que corresponderia à ponta pola parte exterior do marcado em amarelo.

2.O bico que vai dar à igreja. E esta é outra caraterística que aparece com muita frequéncia: nos becos das estruturas de caça, nos seus finais em funil, costuma estar o local religioso da atualidade, igreja ou capela, mesmo com toponímias tipo cruzeiro e com cruzeiro. Os coussos, pola sua ancestralidade, polos seus muros que perdurárom muitos milénios, acabam tendo caminhos perimetrais em muita da sua parte, e também nos seus vértices, chegam e saem caminhos, como foi explicada na hipótese da caça itinerante, de cousso em cousso, de casa em casa.
3.A ponta do Aguilhão

Nesta ponta do Aguilhão, entre a Casa Velha e Trás da Casa e lindando também coa Pumarega, está a Fonte do Outeiro. Onde Outeiro aqui teria uma difícil explicação como parte elevada, pois não é o lugar mais alto da estrutura. Outeiro poderia ser percebido com raiz em altar. Entendendo que estes becos de alimento teriam uma religiosidade (daí as frequentes igrejas ou capelas atuais) onde o altar, ara, penedo, seria o ponto do sacrifício, desde um ponto de vista profano teria a sua utilidade, por ser a pedra um lugar limpo e bom para esfolar, eviscerar, partir o animal caçado. Lugar profano que é consagrado que acaba sendo religioso. Mas também o nome de outeiro neste ponto, com a proximidade etimológica de ucheira, dá uma ideia de saída/entrada (out) para o cousso (confronte-se com o indicado Prado da Porta).

Bom e agora o nome de Vila?
Vila é pensado do latim vīlla
mas neste caso, e noutros, a vila pode ser mais ancestral do que a agricultura e evidentemente do que da Roma imperial. Ser paleolítica palavra, ou neolítica como a estrutura em si.

En algunas comarcas llaman vilar a los campos de centeno que, después de sembrado, se cierran con un balado que no se derruba hasta que se siega, y queda el terreno a restreva o pallarega.
Leandro Carré Alvarellos (1979): Diccionario galego-castelán e Vocabulario castelán -galego, A Coruña, Moret

Abre a porta a que as primeiras vilas tivessem a ver com uma paliçada de billiae, do proto-céltico *belyom "tronco, árvore". Isto está mais desenvolto no escrito "Guilheto": Ser a vila um valo e vedação vegetal espinhosa em sebe, e estacas.

Nas línguas célticas o poroto-céltico *baliyos dá nome a assentamentos humanos menores:
Irlandês: baile
Manquês: balley
Gaélico escocês: baile
Nas línguas britônicas:  no galês 
gwlad

Nas línguas saami, a palavra muro tem o nome de väddtja (plural: viedtja) em um dos seus dialetos, e o de vïedje em outro, o que semelha pôr em relação a vala com a vila.
De haver uma relação entre o significado de vila, ancestral, como valado e o muro saami väddtja
vïedje, estaríamos no nostrático, no final do paleolítico superior.

Por exemplo a linha germânica para muro: vegge no norueguês e danês, vägge no sueco, wǣġ no arcaico inglês, é pensada num proto-germânico *wajjuz derivado do protoindo-europeu *weh₁y- "girar, virar", o que leva a pensar nos tantos topónimos revolta que ocorrem também associados a estas estruturas de caça.


Exemplo de Revolta em uma estrutura de caça, captura em São Martinho das Varelas (Melide).

Isto tudo levaria à hipótese de uma raiz comum à vila ancestral como valado, ao saami väddtja / vïedje e ao proto-germánico *wajjuz.

Vila Vedra de São Mamede de Oleiros (Vilalva).


Vila Vedra de  São Jião (-ám) de Romai (Portas).



Vai ser apresentada outra Vila Velha, neste caso de Santo Estevo de Queiruga (Porto d'Oção (-om)):

A Vila Velha está situada como tantos coussos abraçando o vale na cabeceira do Rio (ribeiro) da Vilicosa.

Vai aqui o pormenor:

Entre a toponímia a destacar:
 Goiris similar a Goiriz de Santa maria da Torre (Vilalva) por exemplo, identificado topónimo que corresponde a um cousso de caça ou captura.
Também o topónimo Branhas, que poderia ser da família de ranha ou granha toponímia comumente associada a estes lugares. O Cousso abraça uma branha por ser um lugar onde há humidade e erva.
Na esquina nordeste Velinha Boa, como bom lugar para velar, para vigiar?
Na esquina noroeste Costa. É pensado ter origem por ser um terreno em encosta, no escrito anterior é buscada uma explicação.

Vila Velha na freguesia de Santa Maria de Meira.

Vila Velha de São João dos Banhos (Bande). É chamativo aqui que os topónimos de base vil- apareçam juntos: Vila, Vilarinho, Vilares, Vilãos.
Podem ser observadas modificações do cousso nos seus bicos.

Foi a Vila Velha de São João de Ove (Riba d'Eu) uma vila de caça, captura, catividade, assulagada?
A toponímia que a acompanha é a frequente nos casos dos coussos: Fonte ali onde não há nascente, mas no significado protoindo-europeu de fluir. Espinharedo como nome do bico onde estsria o foxo.
Costal, este topónimo e similares de base em cost- aparecem em várias Vilas Velhas aqui descritas, na Vila Velha de Triacastela com o nome da Costa do Raposo ou simplesmente Costa imediatamente ao norte da Fontainha, e neste caso é um terreno em encosta.
Na Vila Velha de Queiruga, Costa coincide também como na de Triacastela com um dos bicos.
Aqui na de Riba d'Eu, Costal também está no lateral da hipotética vedação alagada.




Evoluções:

Ao modificar o cousso de caça ou captura, fechando a sua boca, criam-se três espaços: a própria Vila Velha, o Agro de Martinho ao leste e o Leisário-Cova do Sino, que encerram mais ou menos 23Ha, o que daria para um relativo "pastoralismo" de animais selvagens em captividade.






Uma "vila velha" na Irlanda: An Seanbhaile, anglizada como Oldtown, na freguesia de  Cluain Mhór (Clonmore) no condado de Ceatharlach (Carlow).



Outra vila velha na Irlanda: An Seanbhaile na freguesia de 
Baile Eilín (Ballyellin) no mesmo condado que a anterior o de Ceatharlach (​Carlow).
A tanta análise da toponímia dos coussos de caça e da sua continuidade, que neste blogue foi  e está sendo apresentada, ajuda a interpretar os nomes gaélicos da estrutura:
De oeste a leste:




Baile Eilín: é uma interpretação do deturpado Ballyellin, entendido como Vila Eilín, para a etimologia de possuidores seria a propriedade de uma mulher chamada Eilín, nome gaélico; o nome gaélico é pensado significar agradável, prazenteira, nestes becos pode aparecer o nome na Galiza de ameneiro, ou similares. Estes becos inicialmente de caça costumam acabar num ribeiro como é o caso de Baile Eilín. Uma outra possibilidade a interpretar Ballyellin é percebê-lo como Baile Uillinne, "vila da esquina, do ângulo, do côvado", por exemplo na Galiza isto acontece com topónimos tipo Anguieiro associados a estes coussos de caça que têm o bico contra um ribeiro ou rio, e Anguieiro é interpretado não como ângulo mas como lugar de anguias/enguias.



Tom Darragh, onde Tom tem diversos significados, como moita, mato, tufo vegetal, mas também como entomba, a entomba é um mato de arbustos ou ramos que cortados servem para fechar uma porta, uma boquela, não de uma maneira aprimorada como uma sebe, só cortando matogueira e empilhando-a na porta. Darragh é um nome próprio irlandês anglizado, que tem a ver com o carvalho. Outra vez desde a etimologia de possuidores seria interpretado como a moita de Darragh. Outra interpretação é que darragh é uma anglização do genitivo gaélico darach (observe-se o manquês darragh, que é gaélico sob "ortografia" inglesa) darach é "do carvalho /, dos carvalhos".
Se atendemos que também nos coussos e nas suas continuidades na Galiza o topónimo carvalho, carvalheira e derivados, aparecem associados a esta estrutura, poderíamos perceber  juntando as partes gaélicas e galegas, que o cousso/chouso estaria fechado por uma entomba permanente de carvalhos, quer dizer, na mais pura paisagem galega e irlandesa ancestral, isto poderia ser um valado coroado de carvalhos.


Baile na Gréine é a interpretação de Ballygraney, a palavra Gréine  tem o significado de sol, com umas raízes no gaélico antigo que significam "calor do sol, lume, brasas”. Teria uma tradução tipo Vila Sol ou toponimicamente na Galiza nomes de arbustos como queirugas ou queiroas que levam etimologicamente a palavra calor, lume. Este é o lugar por vezes da Revolta toponímica galega, 


Cnoc Mhanáis é bastante transparente para a cultura galaica pois significaria o outeiro da mama, talvez um outeiro com forma de mama ou o outeiro da mámoa.

Cill Chuimne, cill significa igreja, e Chuimne é Cumeneu, o Abade Cumeneu do cristianismo inicial irlandês que tinha a ver com São Columba. Nos coussos galaicos a toponímia associada aqui seria do tipo cômaro ou pombal ou pumarinho. Como foi visto no escrito anterior de este blogue (Goiriz) às vezes os locais toponímicos físicos são origem de padroeiros ou topónimos santificados, a Anta gera o Santo Antão toponímico com capela, o ordo, orjo ou ἔργον (érgon) "trabalho" uma vedação trabalhosa: o Santiorje, Santiurje, o São Jurjo ou Jorge, a advocação ou orago de uma freguesia.

Baile Faoininn, é considerada a forma gaélica de Ballyfeanan or Ballywhinnin. Não tem uma etimologia clara, existe 
o apelido cognome irlandês anglizado Feanan do gaélico Fionnáin.
Poderia ter a ver com feno, neste lugar costuma aparecer topónimos de raiz na palavra feal mesmo cial...
Mais transparente é a segunda forma do nome do lugar 
BallywhinninOnde whinnin, como ocorre com o gaélico escocês, é uma transliterarão com grafia inglesa do genitivo gaélico Chuimine / Chuimne "Cumeneu". Então à par está o já analisado Cill Chuimne "Igreja de Cumeneu" e Baile Chuimine "Vila de Cumeneu", como já foi dito, nesta parte do cousso/chouso o mais semelhante na raiz etimológica seria na Galiza um topónimo do grupo cômaro, cômbaro, cumarinho, pomarinho.



Já no beco leste:
Cill Chluana, "Igreja do prado".
Normalmente nos becos/bicos de estas estruturas encontramos um local religioso. Neste caso o topónimo dá essa ideia, nesta ponta foi descoberto um local de enterramento.
Se no beco leste está o topónimo igreja Cill: No beco oeste estão as ruínas da igreja da paróquia de  Santa Maria de 
Baile Eilín.
Também o lugar topográfico explica e exemplifica a etimologia de cill gaélico "igreja" e de cela; mesmo de cilada, observe-se que no gaélico cluain significa "prado" e "engano".


Aqui a mesma An Seanbhaile 
"Vila Velha" de Baile Eilín (Ballyellin em visão aérea com vedações de captividade nos seus becos:

Então dá para analisar os nomes das chousas de catividade:
A do oeste: 
Cloch Mhuine, cloch significa pedra, construção de pedra e mhuine é genitivo de muine neste caso dos seus variados significados poderia ser "monte, montão" ou "derrubada", que lembra o tão comum topónimo nestas pontas de Pedreira, Pereira e similares nos coussos.
Do lado leste: Baile Mháirtín "a Vila de Martinho".
Confronte-se com a Vila Velha de Queiruga que no seu lado leste tem o Agro de Martinho, ou com outros casos apresentados neste blogue por exemplo: o Curral de São Martinho em Mezonço (VilaSantar) nesse enlaço é buscada uma relação etimológica entre Martinho e o cavalo. Seja como for Martinho é o padroeiro dos cavalos.....

An Seanbhaile Ard "a Vila Velha alta/eminente/nobre/grande"
An Seanbhaile Ard da paróquia civil Cluain Caoin no condado de Gaillimh/​Galway, fazendo parte de uma estrutura de cousso com nomes a destacar como:
Fiach "perseguição, o ato de caçar" 
Fiach como foi indicado seria o local da caça com forma semelhante a outros lugares de estrutura de cousso já mostrados neste blogue.
Baile Dhonncha / onde baile é aldeia, vila de Donagh, um posuidor, da família Donagh
Páirc na bhFia "parque, campo do cervo".
An Phailísa "a Paliçada" no mesmo local que habitualmente na Galiza aparece o nome de Paço
Réachán antigamente também escrito Réidheachán: Réidh- "chaira" -achán pode ser diminutivo: "chairinha". Ou também  Réidh-eacha-án, "chaira dos cavalinhos".
Tíne poderia estar a receber o nome do metal zinco, a norte da aldeia está a mina chamada em inglês Tynagh mine que produz tal metal.
Dún Doighre "castro *queimado(?)"
An Leaca Bhán "o outeiro bán: branco / ermo / defendido.
An Pháirc Dhearg "o campo vermelho / o campo roçado".




No galego medieval maior ou mor, tinham o significado de mais velho,  além de superlativo de grande, chefe.
Esta vila que se apresenta é São Tiago de Vila Maior (Ordes)


Desenvolve-se aqui uma hipótese da génese territorial do lugar:

Na época final do paleolítico, o local seria um cousso de caça.


No neolítico o cousso foi transformado em grande chousa, tapando-lhe a boca, os animais manteriam-se cativos dentro do recinto.
A boca é tapada pola localidade de Casás, na triplicidade casa, capsa, caça.
Aparece a vila na ideia galaica de: En algunas comarcas llaman vilar a los campos de centeno que, después de sembrado, se cierran con un balado que no se derruba hasta que se siega, y queda el terreno a restreva o pallarega.

Na época do Bronze e Ferro: Dentro do recinto, da vila, assenta uma briga ou castro, com o seu território definido polo ancestral valo de caça e posteriormente pastoral.
O território da Briga tem uma só entrada onde está uma espécie de alfândega, talvez um briugu, um boaire, toponimicamente por vezes com nome com base em aro, aira, agra, um rath com função religiosa, comercial, judicial, um lugar dos correios ....


Época de dominação romana e alto-medieval, a população assenta fora do castro, ficando extramuros, o território é partido quadrangularmente, aparecendo um segundo núcleo "Patrocelos", talvez um diminutivo de patrício, ou de pater ou patrão, confronte-se com patrúcio.
Não tanto esta Vila Maior seria uma vila grande, mas uma vila maior no significado medieval da palavra maior: anterga, uma vila velha, ou uma vila onde sediava um poder. Pois o castro no Ferro-Bronze e posteriormente os Patrocelos quando Roma.
O aro, local alfandegário, administrativo, religioso, da crica, do limite territorial muda em igreja cristã.

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