Este escrito tem como base outro anterior "os Coussos", e outros recentemente publicados neste blogue como "Goiriz" ou "a caça e as casilhas" entre outros.
Vão ser descritas armadas de caça ou catividade, talvez as primeiras granjas neolíticas, analisando a continuidade paisagística, e como os topónimos têm uma base ancestral sediada na estrutura privativa de caça, que parte o território..
Confrontam-se aqui distintos Cambres e Pambres:
A destacar o nome de Leixoada, na ideia de topónimos de base em pedra (Pedreiras, que costumam estar neste ponto do cousso), neste caso leixão ou leixoeiro.
Vale e pena reparar na ponta leste onde está a igreja, pola sua forma que se repete em Columbrianos, e em Hospital de Anda-vau (em imagens que são apresentadas mais abaixo).
Bezerrão, pronunciado na zona /bi.θe.'roŋ/.
O nome de Vilar na ideia de "o conjunto bardado de centeeiras que foram plantadas em uma unidade do baldio comunal dividida em quinhões e repartida por sortes ou conjunto de parcelas de terreno agrícola, de lotes, de distintos proprietários, que formam uma unidade e que são semeadas da mesma cultura", vilar como vedação que envolve um terreno, pois está ao lado do transparente Chousa do Barreiro, barreiro na ideia de barra.
Pambre (Palas de Rei) também com a forma semelhante aos anteriores.
Portapambre / Porta Pambre em Santa Maria do Leboreiro (Melide).
O topónimo Pambre na época medieval foi inicialmente Palambre, também Paambra.
Assim nas zonas onde o ele intervocálico foi conservado aparecem topónimos tipo Pelambre que ainda com a possível confusão com pelo, a sua conformação topográfica e os topónimos (micotopónimos) que definem o lugar não cria tanta dúvida:
Na zona saiaguesa (Zanora) a palavra palambrio está no léxico camponês e pastoral, dá nome às palas, abrigos rupestres que aproveitam rochedos naturais.
Aqui vão outros topónimos de base -cambr- relacionados com estruturas de captura:
Escambroal na freguesia de Santo André de Guilhamil (Rairiz de Veiga).
Então poderia ser feita uma ligação entre estes topónimos de vedação *kʷambʰ e o escambrão *skʷambʰ.
O topónimo Pambre na época medieval foi inicialmente Palambre, também Paambra.
Assim nas zonas onde o ele intervocálico foi conservado aparecem topónimos tipo Pelambre que ainda com a possível confusão com pelo, a sua conformação topográfica e os topónimos (micotopónimos) que definem o lugar não cria tanta dúvida:
Palambre de Ribamontán al Mar (Cantábria), a destacara a sua posição aberta ao mar, indicando a sua ancestralidade, quando o nível do mar estava mais baixo (6.000 aC.). Topónimos como Hoyos "foxos", Haro do grupo de Areia que costuma aparecer também nos coussos e nas suas evoluções. Pico dando nome ao que é um bico, beco, pico do cousso(?). Para repara na dupla Pedrosa - San Pedro, no já relatado em escritos deste blogue, onde o topónimo inicial físico gera o orago. Neste caso a base de pedra em Pedrosa obrigaria ao orago de São Pedro. Pedrosa como acúmulo de pedra, pedra com a que é feito o beco de captura, caça, que na toponímia galaica é tão frequente nestes locais, como pedreira, pereira e similares. O tão frequente Fuente "fonte" na ideia indo-europeia de fluir, não só de água. Lladredo, castelhanizado como Ladredo, se calhar na ideia de ladral, lateral. Corino / Curino poderia ser um diminutivo de coro, na ideia frequente nos coussos do topónimo revolta, de movimento circular.
Também nessa área as palas são chamadas de pallas.
Escambroal na freguesia de Santo André de Guilhamil (Rairiz de Veiga).
Então poderia ser feita uma ligação entre estes topónimos de vedação *kʷambʰ e o escambrão *skʷambʰ.
Como foi escrito em "Filseira os limites", há no mundo indo-europeu uma relação etimológica entre o valo limitante e os nomes de arbustos e árvores.
Esta imagem estabeleceria uma relação entre combro / "cômaro" e cambrão, escambrão que dão nome a diversos arbustos, espinhosos muitos deles usados para sebes.
Escambrunheiro em São Fiz de Cangas (Pantão (-om)).
Para reparar na duplicidade Agra do Cão e Agra do Canzelo. O topónimo Cão, mesmo cao, aparece na boca da estrutura de cousso. Cancelo / canzelo "porta" então teria uma ligação etimológica com cão.
À par de Agra do cão está Agra do Ferreiro, que seria pensado ser uma agra que pertenceu a um ferreiro ou a uma pessoa de apelido Ferreiro, mas Ferreiro nestes coussos aparece como nome do limite da vedação mais frequentemente do esperável se for um toponimo de possuidor, o que leva a observar a relação entre cerrar e ferrar confluentes, Alguns falantes de galego, não interferido, ainda realizam uma pronúncia do efe, um alofone, muito próxima ao zeta zetacista: civela / fivela soam muito iguais.
O topónimo Sernande é mais alargadamente tratado em "Fernandinho", também presente noutro caso mais abaixo como rio da Fernanda.
Esta imagem estabeleceria uma relação entre combro / "cômaro" e cambrão, escambrão que dão nome a diversos arbustos, espinhosos muitos deles usados para sebes.
Escambrunheiro em São Fiz de Cangas (Pantão (-om)).
Para reparar na duplicidade Agra do Cão e Agra do Canzelo. O topónimo Cão, mesmo cao, aparece na boca da estrutura de cousso. Cancelo / canzelo "porta" então teria uma ligação etimológica com cão.
À par de Agra do cão está Agra do Ferreiro, que seria pensado ser uma agra que pertenceu a um ferreiro ou a uma pessoa de apelido Ferreiro, mas Ferreiro nestes coussos aparece como nome do limite da vedação mais frequentemente do esperável se for um toponimo de possuidor, o que leva a observar a relação entre cerrar e ferrar confluentes, Alguns falantes de galego, não interferido, ainda realizam uma pronúncia do efe, um alofone, muito próxima ao zeta zetacista: civela / fivela soam muito iguais.
O topónimo Sernande é mais alargadamente tratado em "Fernandinho", também presente noutro caso mais abaixo como rio da Fernanda.
Se há Pambre / Palambrio
Também os Cambres, havendo Caambria e Caambre, topónimos atestados na Idade Meia, teriam que ter formas com ele intervocálico:
Aqui abaixo: Calambre em Serantes (Tápia)
Calambre, aldeia pequena, mas deveu dar nome a um território maior do que hoje, a briga costeira Castro del Esteiro nas suas proximidades foi chamado em tempos medievais castellum Calambre. Chamativo o ribeiro, chamado da Fernanda ou de Calambre no seu lado oeste, que corre fundo e sai ao mar na praia, coído, da Paloma, onde Paloma remete outra vez a Palamb-. Também o topónimo Venta Nova é para reparar nele pois o grupo venta, vento, venda, mesmo convento costumam estar associados com estas vedações.
Aqui abaixo: Calambre em Serantes (Tápia)
Calambre, aldeia pequena, mas deveu dar nome a um território maior do que hoje, a briga costeira Castro del Esteiro nas suas proximidades foi chamado em tempos medievais castellum Calambre. Chamativo o ribeiro, chamado da Fernanda ou de Calambre no seu lado oeste, que corre fundo e sai ao mar na praia, coído, da Paloma, onde Paloma remete outra vez a Palamb-. Também o topónimo Venta Nova é para reparar nele pois o grupo venta, vento, venda, mesmo convento costumam estar associados com estas vedações.
Se há Pambre e Cambre esperaríamos uma forma sem p- inicial? Ambre?
São Vicenzo de Ambreixo (Palas de Rei) onde é possível observarmos diferentes modificações.
No lado sul o Castro que modificaria a estrutura, ainda assim o beco leste Bandebó permaneceu. Bandebó que pareceria transparente, como a banda do boi?
Para repara no nome de Meijide num local onde polo desenho os animais acabam ameijoando.
São Tirso de Ambroa (Irijoa)
Que em uma visão LiDAR pode ser observado um tamanho maior e diversas modificações:
Ambroa teria na proximidade o bretão ambri "partes laterais do rego", confronte-se com o adjetivo arcaísmo galego ambrô, ambroa "longo, estendido, longitudinal", e com amprão "ladeira em declive"
Amproa na Freguesia de Mezonço (VilaSantar).
Cabezas de Alambre (Ávila)
Amproa na Freguesia de Mezonço (VilaSantar).
Baile Ambróis (anglizado como Ambrosetown) no condado de Loch Garman (Wexford) dando nome a parte do beco sul da forma de cousso.
Cabezas de Alambre (Ávila)
Estrutura em forma de cousso e Cousso toponímico que abraça uma das tidas por nascentes do Tambre (a outra está na vizinha freguesia de Pousada) num prado chamado Cubelo. No limite entre São Pedro da Porta e São Miguel de Codessoso (Sobrado dos Monges)
Salambre de Oseja de Sajambre (Leão) no nascimento do rio Dobra (céltico *dhubros). Para reparar que o val de nascimento do rio tem no lado oeste o lugar de Salambre e no lado leste o Cuetu Salambre: que podeira indicar que o vale inteiro levou tal nome, como um local de caça e catividade na mesma génese que os apresentados neste escrito.
Imagem do nascimento do rio Le Salembre na comuna de Saint-Aquilin (Dordonha)
A destacar o nome de la Chaise que a toponímia francesa atribui ao latim casa. Lembrar que la Chaise é um afrancesamento do topónimo originarimente ocitano talvez la Chaa ou la Chasa.
Bom como foi comentado na plurivalência de casa / caça / capsa.
Em occitano: casa ou chasa / caça / caisa.
Em francês: chaise* / chasse / caisse.
*chaise é cadeira, mas toponimicamente faz referência a casa.
Le Claud de la Charlotte, atendendo à deturpação que o afrancesamento da toponímia occitana sofre, poderia ser traduzido livremente como "a chousa da Carlota" se entendemos a toponímia como marcada por possuidores. Ora carlot em occitano significa também "rua sem saída, beco sem saída". Assim Le Claud de la Charlote, seria mais literalmente o "cerrado do beco sem saída".
Chantepoule, antigamente Chantegeline: o nome em si francês mais semelha canto do polo, canto da galinha; ainda que poule poderia ter o significado de "grupo de equipas" grupo?
Hipótese etimológica dos Cambres / Pambres / Tambres / ambr-:
A existência de estruturas similares Pambre/Cambre levam a pensar em um período de base céltica antes da partição em celta-p e celta-q: proto-céltico *kʷalambʰ.
Então a partícula raiz seria: cala- / cola-, pala- / pola- ou tala- / tola-,
Quer dizer: pala, cala: primária cova que deu nome posteriormente a refúgios construídos.
Confronte-se com a raiz proto-germânica *dalą "vale".
E com o discutível, segundo isto, prto-germânico *salą "pavilhão". Quando a sala inicial por outras análises corresponderia também a um recinto de caça ou pecuário.
Saa de Santa Maria de Lavrada (Guitiriz), na porta, boca de uma estrutura em forma de cousso. E toponímia frequente nesta estrutura.
Relevante é a Coussa Aira, com o nome de Trás-as-Chantas a sul, fazendo referência supostamente às chantas, antas, e por vezes santas, pedras chantadas que fecham o lugar de maior desgaste da estrutura de caça.
No beco norte: Cortinha Casa, assim chamada no cadastro, talvez Cortinha da Casa?, onde casa apresenta a ambivalência de casa, caça, capsa. Os Poços, como poços de captura do cousso, e o Topetão (-om), como tope final.
Neste caso, Saa de Lavrada apresenta já não uma estrutura de origem pastoral ou pecuária, mas de caça, ou captura, do paleolítico final como caça ou na continuidade, já no neolítico inicial, como local onde acurralar o rebanho semi-domesticado.
Esta interpretação micro-toponímica, relacional com a estrutura micro-topográfica, dá uma coerência à esculca etimológica e à interpretação das funcionalidades que os microtopónimos descrevem:
Assim Azivral no lado norte pode ficar apenas como fitotopónimo, mas também como lugar que xebra, que separa, como foi descrito em "às voltas com o Zevreiro" e na congruência de que muitos dos nomes de árvores e arbustos têm na sua raiz a ideia de separação (Filseira, os limites).
Também Porta Carga ou Coitio fam todo o seu sentido nomeando partes da estrutura do cousso.
Como foi explicado no escrito "o caso da caça e das casilhas": a vida no paleolítico final poderia ter sido um vadiar de cousso de caça em cousso de caça, com talvez alguma população estável em cada cousso.
Este ir de casa em casa, dá a plurivalência da primeira casa / caça / capsa / e casa (casilha) etapa do jogo do tabuleiro, espaço delimitado privativo de caça, como "casa" final de percurso e refúgio.
*kʷalamn̥ hipoteticamente seria "o luga da casa, o lugar onde ocorre a caça".
Nesta linha poderia estar o proto-céltico *talamū "terra, terreno, território"?
Então a partícula raiz seria: cala- / cola-, pala- / pola- ou tala- / tola-,
Quer dizer: pala, cala: primária cova que deu nome posteriormente a refúgios construídos.
Confronte-se com a raiz proto-germânica *dalą "vale".
E com o discutível, segundo isto, prto-germânico *salą "pavilhão". Quando a sala inicial por outras análises corresponderia também a um recinto de caça ou pecuário.
Saa de Santa Maria de Lavrada (Guitiriz), na porta, boca de uma estrutura em forma de cousso. E toponímia frequente nesta estrutura.
Relevante é a Coussa Aira, com o nome de Trás-as-Chantas a sul, fazendo referência supostamente às chantas, antas, e por vezes santas, pedras chantadas que fecham o lugar de maior desgaste da estrutura de caça.
No beco norte: Cortinha Casa, assim chamada no cadastro, talvez Cortinha da Casa?, onde casa apresenta a ambivalência de casa, caça, capsa. Os Poços, como poços de captura do cousso, e o Topetão (-om), como tope final.
Neste caso, Saa de Lavrada apresenta já não uma estrutura de origem pastoral ou pecuária, mas de caça, ou captura, do paleolítico final como caça ou na continuidade, já no neolítico inicial, como local onde acurralar o rebanho semi-domesticado.
Esta interpretação micro-toponímica, relacional com a estrutura micro-topográfica, dá uma coerência à esculca etimológica e à interpretação das funcionalidades que os microtopónimos descrevem:
Assim Azivral no lado norte pode ficar apenas como fitotopónimo, mas também como lugar que xebra, que separa, como foi descrito em "às voltas com o Zevreiro" e na congruência de que muitos dos nomes de árvores e arbustos têm na sua raiz a ideia de separação (Filseira, os limites).
Também Porta Carga ou Coitio fam todo o seu sentido nomeando partes da estrutura do cousso.
Como foi explicado no escrito "o caso da caça e das casilhas": a vida no paleolítico final poderia ter sido um vadiar de cousso de caça em cousso de caça, com talvez alguma população estável em cada cousso.
Este ir de casa em casa, dá a plurivalência da primeira casa / caça / capsa / e casa (casilha) etapa do jogo do tabuleiro, espaço delimitado privativo de caça, como "casa" final de percurso e refúgio.
O sufixo *-mn̥- é tido por substantival de uma ação, de um verbo.
O sufixo *-mn̥- protoindo-europeu é considerado estar na origem do latim -mentum e do grego -μα, indicando ação.
O sufixo *-mn̥- protoindo-europeu é considerado estar na origem do latim -mentum e do grego -μα, indicando ação.
Já no galês -ma indica ação, e também estado e lugar.
No galego o sufixo átono -mo (édramo, légamo...) dizem ter um valor superlativo, ou também locativo.
Quer dizer em algumas línguas *-mn̥- poderia ser locativo.
Para reunir os significados latino e grego seria consensuado o lugar da ação?
Se formos a um estrato anterior:
Nas línguas fino-permianas (urálicas), fora do indo-europeu, a partícula *-men nas línguas sámi, dá ideia de lugar ou localização.
No galego o sufixo átono -mo (édramo, légamo...) dizem ter um valor superlativo, ou também locativo.
Quer dizer em algumas línguas *-mn̥- poderia ser locativo.
Para reunir os significados latino e grego seria consensuado o lugar da ação?
Se formos a um estrato anterior:
Nas línguas fino-permianas (urálicas), fora do indo-europeu, a partícula *-men nas línguas sámi, dá ideia de lugar ou localização.
*kʷalamn̥ hipoteticamente seria "o luga da casa, o lugar onde ocorre a caça".
O proto-céltico ou já protoindo-europeu *kʷalamn̥ teria gerado *kalambre /*palambre .
Celta-p: *palamn̥ / *alamn̥
O céltico-q: *kalamn̥. poderia ter derivado em *thalamn̥ que teria gerado *salambre e *talambre.
Nesta linha poderia estar o proto-céltico *talamū "terra, terreno, território"?
Mas antes a confrontar Columbrianos com São Jião de Cumbrãos de Sobrado dos Monges:
A toponímia apresenta uma congruência explicando o funcionamento e a evolução do primário cousso de caça a posterior tapada.
O nome de Porto Cousso identifica uma porta que é vista topograficamente aberta no grande cousso.
Cousso que é partido e feito um menor por um caminho que corta o fundo de saco norte com o nome indicativo de Revoltão, pois é onde o rebanho faz a roda e volta para atrás buscando uma saída e indo a acabar nos becos laterais com o mesmo sistema que as nassas. Também com o frequente nome associado a esta estrutura de Casal, que a toponímia clássica associa com casa, mas aqui mostrado que teria ver com caça, na união ou raiz da triplicidade posterior do conceito de capsa, caça e casa num só local.
Caminho que limita e talvez marca o momento em que o cousso muda em tapada, desde Porto Cousso passando por Porta Cal até Outeiro, Outeiro que não esta no alto, mas que poderia estar a indicar a saída como foi apontado noutros topónimos outeiros associados a coussos.
Ao cousso inicial de caça é-lhe fechada a boca com a típica beiçoa com o topónimo indicativo de Curtinha Nova / Cortinha Nova. Nova seria para altura neolítica onde é reutilizada a vedação caçatória para manter animais semi-selvagens em catividade. Isto também estaria a ser indicado polo nome de Porto Cavado, onde seria feito um fosso longitudinal (ainda visto no mapa sombreado) para fechar a boca, fosso que iria ligado a um valo de terra.
Fica também o nome de O Vilar que explica o que teria sido o primário vilar para depois derivar em
En algunas comarcas llaman vilar a los campos de centeno que, después de sembrado, se cierran con un balado que no se derruba hasta que se siega, y queda el terreno a restreva o pallarega.
E mais tarde no vilar vedatório, no cousso da caça itinerante, acabou assentando uma população sedentária com gado cativo em processo de domesticação.
Isto anterior poderia ser corroborado polo topónimo Vilarante no mapa, percebido como antes do vilar, ou como anterior ao vilar: o beiço ou beiçoa que fecha a boca do antigo cousso, quando muda em tapada ou grande chousa, pode ser percebido nos mapas com diferentes formas, se quadra distintos períodos, pois está a fechar uma depressão orográfica pola que corre auga onde a vedação, no alargado tempo da sua utilização, teria mudado o lugar do valo que fecha a boca. Indicativo da segunda beiçoa mais ao sul é o topónimo de Rodela.
Chama a atenção que os dous becos de caça o leste e o oeste levem o nome de Lago, um deles como Monte de Lago, dando ideia Lago de buraco, neste caso o foxo final onde cairia a caça.
No beco oeste Conçado, talvez Conzado, que já noutros coussos foi analisado e visto como aparentado com gomphus pola sua forma, do mesmo jeito que gonzo.
Ainda que conzado tem um significado agrário de terreo de mato lindante com terra agrária.
Mas também na ideia de foxo: conzueira, variante de couzueira (na mudança fonética como couchelo conchelo) Conzueira que dá nome aos buracos na pedra soleira e no lintel nos que gira o espigo das portas sem dobradiças, sem gonzos.
Então caberia a hipótese de que Conzado esteja a ser uma realização de talvez um anterior coussado, nesta hipótese, o caso de Conzado seria um jeito de dizer fossado.
Confronte-se com Conçado/Conzado de São Vizenzo das Negradas (Guitiriz):
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