Pena do Curro Velho em Santa Maria do Alto-Gestoso (Monfero), com toponímia congruente com a forma de cousso de caça que abraça o Rego Cego.
A destacar o Venadal, mais explicado no escrito do Cervo e o veado na toponímia.
Curra dando nome ao ângulo do cousso.
Revolta velha, Foxo, Cortelhos sendo condizentes coa funçāo.
Como foi mais alargadamente exposto, no escrito das Casilhas, o Caminho Real talvez correndo por um antigo sendeiro paleolítico da caça nómade, de cousso a cousso.
Curro Velho em Santa Maria de Trovo (Begonte)
Se quadra o Curro Velho foi o anterior e primário cousso que posteriormente foi agrandado?
De entre os nomes tantos eles referidos a curro, o das Cerralhas, como possível encerramento do cousso para ser transformado em tapada, com três curros nos vértices, o da Vila, o Currão e o Curro do Alto
Hipotética tapada de umas 30Ha
Curro Velho na freguesia de São Vicenzo da Granha (Ponte-Cesso)
Curro Velho no lugar onde se acurrariam os animais; a destacar no outro beco o nome de Caseiro, numa ideia de lugar onde haveria uma pessoa não proprietária que pagaria renda pola casa, mas como em tantos exemplos neste blogue, o beco dá essa triplicidade de casa, caça e capsa.
Também relevante o topónimo Costoia, analisado mais alargadamente em "Goiriz. E algo das Costas".
Naveiras também pode ser um topónimo a rever, comumente interpretado como Nabeiras plantio de nabos, mas também com a possibilidade de ter raiz em nava "foxo, sulco", como a sua localização no cousso de caça indicaria.
Já o nome da freguesia Granha, que remete a pensada granja medieval, mas neste caso hipoteticamente granja já neolítica.
Funcionamento esquemático do Curro Velho, talvez posteriormente reutilizado como lugar para acurrar animais semi-domesticados
Cousso de Ligonde (Moterroso). Este couso, toponímico e estrutural, no seu bico norte tem o nome de Curro Velho, no seu corno sul: o nome de Vendas, Vendas de Narão (-om). Curro Velho teria começado sendo um posto de caça, e passaria a vedação pecuária, da mesma maneira o bico sul acabou sendo uma venda pastoral ou pecuária, para finalmente ser uma venda viária.
O caso de Curro Velho de Santa Maria de Vilapene (Cospeito):
Hipotética funcionalidade do Curro durante o período de captura de caça sem morte, juntando os animais capturados nos curros dos becos.
A toponímia "funcadional" está presente com os nomes pares simétricos de Curros, um o velho e outro o de Rosém. Também com Granjão, atendendo ao explicado para granha, a granja teria uma origem como mínimo já neolítica. Outro é Algara descrito mais pormenorizadamente em "Algária".
Estrutura em cousso que como outras e dado o seu uso multimilenar teria modificações que deixa intuir a divisão cadastral e a toponímia:
Casa Nova, o tão frequente topónimo que aparece nos becos, na triplicidade casa, caça e capsa, junto com Barreiras, não de barro, mas de barrar o passo, fazendo par com, a sul, Rodeiro.
Neste caso Vilapene, que alguma etimologia tem atribuído a um estrato posterior na romanização ou tardo-romano como Villa Penni, vila de um amo chamado de Pennus.
Neste caso a forma da vila levaria a pensar mais no proto-céltico *pennus, *pinnus "agudo, em ponta", (Matasović *kʷennom) confronte-se com o galês pen, que além de cabeça, significa extremidade, fim, promontório, ou o córnico penn "cabeça, topo, fim".
Época do Bronze e Ferro onde é construído um assentamento, um local que chega a briga ou castro.
Época das agras que teria desfeito o beco sudeste de caça com a criação de Rosém, talvez mais corretamente escrito Rocém, de roça.
Neste caso Curro Velho de São Pedro de Triabá (Castro de Rei)
Topónimos a reparar, Guritas como lugar de vigilância, Chousa da Casa outra vez casa num beco, como casa, caça, capsa
Curro Velho de São Bartolomeu de Bagude (Porto Marim)
Topónimos a reparar: Casares, outra vez casa no beco. Rego de Cas, cas foi alargadamente analisado no escrito "Casa Nova de Cas". Castira como fitotopónimo, na possibilidade de estar aparentado com costa, Costira?
Torna como topónimo limitante da estrutura.
Curros velhos apelidados de vedos ou vedros:
Currovedo de São Pedro de Lavrada (Abadim)
Com toponímia muito condizente, salientável o duplo Meijos, no lugar de ameijoar, onde ameijoa o gado, ancestralmente o rebanho caçado. Costa não como lugar de encosta(?) mas talvez como lugar de ossário; Furada como foxo de caça; Casas e os Casás na triplicidade de capsa, caça caça; a existência do microtopónino Curro Velho à par de Currovedo, leva a ideia de que talvez o seu nome anterior tenha sido Curro vedro. Vilar não dando nome a um local habitacional, mas a uma vedação como primariamente poderia ter sido:
En algunas comarcas llaman vilar a los campos de centeno que, después de sembrado, se cierran con un balado que no se derruba hasta que se siega, y queda el terreno a restreva o pallarega.
Também a destacar na ponta norte: Furada, como lugar onde estaria um foxo, uma cova onde cairia a caça. E Curro do Alto.
Corrubedo de Santa Maria de Coiro (Maçaricos)
A destacar o duplo Outeiro, Outeiro a oeste e Outeira da Covela no leste.
Outeiro numa ambiguidade de significados:
Como lugar alto
Como altar, lugar sacrificial onde o animal e matado
Como saída, aparentado com os fitotopónimos uzeiras / uceiras, mas também ucheiras (onde o uscire italiano teria a ver?) com par no proto-germânico *uta, de um protoindo-europeu *ud "exterior".
Já Vilar de Costa, percebido geralmente como um vilar situado numa encosta, mas também na possibilidade de ser costa o empilhamento de ossos, com muitos exemplos no escrito "E algo das costas".
Esta forma de cousso do Corrubedo de Santa Maria de Cousso é infrequente. Mas para a sua interpretação ajudam os coussos (desert kite) de Keimoes na Sudáfrica
Tirado de The Keimoes 3 desert kite site, South Africa: an aerial lidar and micro-topographic exploration
Esta estrutura apresentada serviria para inicialmente caçar os animais da serra e posteriormente para ameijoar o gado semi-domesticado que andaria no monte, mais facilmente em dous curros.
Como altar, lugar sacrificial onde o animal e matado
Como saída, aparentado com os fitotopónimos uzeiras / uceiras, mas também ucheiras (onde o uscire italiano teria a ver?) com par no proto-germânico *uta, de um protoindo-europeu *ud "exterior".
Já Vilar de Costa, percebido geralmente como um vilar situado numa encosta, mas também na possibilidade de ser costa o empilhamento de ossos, com muitos exemplos no escrito "E algo das costas".
Esta forma de cousso do Corrubedo de Santa Maria de Cousso é infrequente. Mas para a sua interpretação ajudam os coussos (desert kite) de Keimoes na Sudáfrica
Tirado de The Keimoes 3 desert kite site, South Africa: an aerial lidar and micro-topographic exploration
Esta estrutura apresentada serviria para inicialmente caçar os animais da serra e posteriormente para ameijoar o gado semi-domesticado que andaria no monte, mais facilmente em dous curros.
Corrovedo, antigo Curro Vedro, curro antigo, ou vedado, onde vedro tem a ambivalência de vedação, sebe, e vedro como velho, mas também curro-vedo "curro vedado".
Corrubedo, grafado com be na ortografia castelhanizada:
De entre a toponímia, muita dela analisada neste blogue:
Sub Gorinho, vide em Goriz
Curro Ladrão à par de Curro Vedro / Corruvedo: Ambos os curros nos becos do cousso que abre a sua boca para o leste. Ladrão pode ser percebido como "roubo" mas também na ideia de ladral de carro, um anteparo de tábuas, um vala de madeira.
Estivadas, vide em Estepa
As Santinhas, talvez as Antinhas, como em tantos outros coussos este topónimo de troca de anta trocado em santa e como é frequente dando nome ao beco.
Como noutros casos apresentados neste blogue, os antigos coussos de caça, paleolítico-neolítico, deixárom de ser funcionais com a subida do nível do mar (6.000 aC) mas poderiam ter seguido sendo usados como granjas, como grandes tapadas ou chousas no período de domesticação, lugares onde ter encerrado o gado semi-selvagem, sendo de utilidade os becos as pontas como sítios onde acurrar, encurralar.
Sem comentários:
Enviar um comentário