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Ergue o bico maçarico, o incompleto retalho
-Ergue o bico, maçarico,
Quem che deu tão longo bico?
- Deu-mo Deus pròs meus trabalhos,
pra picar nos carvalhos...
E isto apenas uma cantarela infantil?
Os anacos da lengalengado maçarico que fum dando com eles na rede, podem ser pedaços dum relato único e comum que a jeito de ensalmo poderia ter sido algo mais que um cantar dos nenos e nenas.
Na cantarela conta-se a estória de um maçarico que vai pela vida com aventuras diversas, diferentes segundo as versões, ou talvez apenas lembradas umas, esquecidas outras, ou re-elaboradas.
Neste lugar fum copiando e colando as diferentes variantes, se quiserem ver.
As variantes do relato pertencem ao mundo galaico, das Astúrias, de Portugal e da Galiza.
Pois algo se sabe: na cultura infantil permanecem pedaços dos anteriores costumes, do passado.
Vou amodo peneirando os retalhos do verso:
Exorta-se ao maçarico a que erga o bico, pede-se a sua atenção, vai-lhe ser feita uma pergunta.
Pico, pico, Maçarico ou Ergue o bico, Maçarico.
Quem che deu tão longo bico?
O Maçarico resposta, e nessa réplica indica quem foi a autoridade:
Uma entidade outorgou-lhe essa propriedade penetrante.
Aparecem diferentes nomes para o ser:
As femininas: a Velha chocalheira, a Vaca chocalheira, a Gata borralheira, a Filha da Rainha, com variantes como a Filha do Juiz, a Filha de Dom Luís.
O Trasno, Deus, Deus com diferentes santos: Sam Santiago, Sam Francisco, tamém Nosso Senhorito, o Padre da Vedelha, o Padre da Botelha.Quem che deu tão longo bico?
- Deu-mo Deus pròs meus trabalhos,
pra picar nos carvalhos...
E isto apenas uma cantarela infantil?
Os anacos da lengalengado maçarico que fum dando com eles na rede, podem ser pedaços dum relato único e comum que a jeito de ensalmo poderia ter sido algo mais que um cantar dos nenos e nenas.
Na cantarela conta-se a estória de um maçarico que vai pela vida com aventuras diversas, diferentes segundo as versões, ou talvez apenas lembradas umas, esquecidas outras, ou re-elaboradas.
Neste lugar fum copiando e colando as diferentes variantes, se quiserem ver.
As variantes do relato pertencem ao mundo galaico, das Astúrias, de Portugal e da Galiza.
Pois algo se sabe: na cultura infantil permanecem pedaços dos anteriores costumes, do passado.
Vou amodo peneirando os retalhos do verso:
Exorta-se ao maçarico a que erga o bico, pede-se a sua atenção, vai-lhe ser feita uma pergunta.
Pico, pico, Maçarico ou Ergue o bico, Maçarico.
Quem che deu tão longo bico?
O Maçarico resposta, e nessa réplica indica quem foi a autoridade:
Uma entidade outorgou-lhe essa propriedade penetrante.
Aparecem diferentes nomes para o ser:
As femininas: a Velha chocalheira, a Vaca chocalheira, a Gata borralheira, a Filha da Rainha, com variantes como a Filha do Juiz, a Filha de Dom Luís.
É para mim de destaque que todos estes seres que lhe dão ao maçarico a sua qualidade, o bico, o peterio; todos são divinos, começando polo evidente Deus (Dios), e mais também as distintas denominações, que fam referência a uma qualidade que os ensinamentos católicos não evidenciam na doutrina do catecismo.
E vemos como a pesar do tempo, sem muita poeira encima, assomam.
Ao massarico(1) dão-lhe uma ferramenta, um maço, um punção, para lavrar, penetrar, conhecer, aprofundar, trabalhar.
O Ser, dá-lhe uma qualidade, o peteiro para penetrar na massa, e dá-lhe também uma ocupação:
Deu-mo Deus e Sam Santiago
pra picar nos carvalhos
entre ponlas e ramalhos
Diéumelu Dieus ya mieu trabayo
Deu-mo Deus para o meu trabalho
O maçarico tem de picar nos carvalhos como trabalho, este trabalho está perto do pecado, pois é chamativo que apareça:
Deu-mo o Trasno dos pecados
Dou-mo Dios e os meus pecados
O pecado tão perto do pico, do bico. Pois pecado tem a mesma raiz, pek, marca do bico na matéria, é peca a mácula, a marca, a melha.
Então à ave mensageira acompanhante, dão-lhe a mágoa e a ferramenta de magoar e desmagoar.
Dá-lhe a divindade o pico e o picado.
Esclarecedor é que o Trasno não é um trebelhante qualquer, é o Trasno especializado no marcamento, o "Trasno dos pecados".
Um Trasno talvez ferreiro?
Um Trasno malhante?
O Numenius arquata é umha ave "pecadora", cheia de pintas pretas, coberto de pecas, e com aparente pequena relação com o pescado, ainda que sim tem muita com esteiros marinhos e terras branhentas.
O maçarico recebe o peteriro, ferramenta de alimentação e nas cantigas explica o seu uso.
Na maior parte das versões o maçarico pica no carvalho.
O carvalho é síntese do divino na terra, a árvore de D(z)eus.
É nesse trabalho na dureza que a massa consciencizada anda.
Também pica o pão do agro ou come o pão dos sãos, relacionado com o comungar cristão, este último em ricaz expressão pois é o pão especialmente dos sãos, o pão que o livra do pecado.
Nalguma das variantes aparece: "Fui ao mar pescar sardinha para a Filha do Juiz", onde o maçarico também é pescador.
Relaciona-se o pecado com o pescado, o pecado pescado é volto para à Filha do Juiz.
Fruto desse trabalho, obtém grãos de milho, nalgumas cantigas são três, noutras sete, cem, ou um único grão.
Um cortar e colar dos retalhos que por aqui ficárom da cantiga da ave mensageira do trabalho, em rebúmbio, fica aqui abaixo, algo remexido, mas que pode dar ideia das aventuras da mensageira:
Quem che deu tam longo bico?
Foi o trasno dos pecados
Deumo Deus para o meu traballo
-Doumo Dios e San Francisco
Deumo Deus e San Santiago
pra picar nos carvalhos
entre ponlas e ramalhos
Deumo Deus e os meus pecados Doumo Dios e os meus pecados
Deumo Deus “pra” repicar;
—Deume Deus este traballo
diéumelu Dieus ya mieu trabayo
Deumo Dios c`ol meu trabayo
Doumo noso señoriño
Sarabico bico bico,
Quem te pôs tamanho bico,
foi a velha chocalheira que
Que come ovos com manteiga.
Foi a velha açucareira
Lá da banda da ribeira
Que andou pela algibeira
Procurando ovos de perdiz
Para a filha do Juiz.
Foi a velha chocadeira,
que anda lá pela ribeira
pondo ovos de pinico...
– Foi a filha da rainha
Que está presa na cozinha.
Foi a filla de Don Luís,
que está presa
pola punta do nariz.
Foi a velha chocalheira
Que andava pela ribeira
Aos ovinhos de perdiz
Prà menina do juiz.
Foi o Padre da Abedelha
Pra cegar a sobrancelha;
Foi o padre da botelha.
Foi a Gata Borralheira
Que come ovos com manteiga.
Foi a vaca chocalheira,
que põe ovos em manteiga
Para a filha do juiz,
Que está presa na cadeira
Pela ponta do nariz
pra picar nos carvalhos
entre ponlas e ramalhos
para picar n`aquel carbayo para picar naquel carballo
pra picar neste carballo.pur picar neste Carballo
pra picar no teu muíño. para picar o pan no agro, “pra” comer o pan dos saos
Eu piquei e repiquei, E piquei e repiquei, Piquei e repiquei,
E piquei e piquei e repiquei.
e comín e recomín
repiquei e repiquei;
ya desque piquéi ya piquei
Xa piquei e repiquei
Repicar e repicar,
cun axóuxere a soar.
Tanto piquéi y repiquei que nin ua foya deixei
grans de millo encontrei, tres milliños atopei,Tres “grauciños” atopei.tres granciños encontrei
cen milliños encontrei cen graíño encontrei,
sete graus de millo encontrei.
un grano de mié saquéi
e un gran de millo atopei!
e graiños encontrei.
E levei-n-os ó muino;
Leveino ao muíño
e boteinos a moer
Y-o muino a moere
o muíño a moer
e boteinos a moer
e os ratiños a comer
e os paxariños a comer."
e os ratos a roer
e os ratos a comer. Y-os ratinos a comer. ya'l mieu ratín a cumer.
e leveinos ó muín,
i o muín a moer
e os ratiños a comer;
llevéilu al mulín a muler
Agarrei un polo rabo / Pillei un polo rabo.e collín un polo rabo/ i agarreirnos polo rabo / Sarréilu pula punta'l rabo
e boteino naquel cabo, e tireino ó outro lado. e tireinos contra aquel cabo.
e tamén agarrei outro
e boteino naquel souto
i agarreirnos polas orellas
e tireinos entre as ovellas;
ya tiréilu al outro lado.
e guindeino para outro lado!
e leveino ao mercado
E leveinos ó mercado (os graos)
pra comprar un cocho cebado;
e vendín cen reás por bocado;
“Canto me dan por este corpo cebado?” --¿ Cánto me dades, señores, Por iste porco cebado?¿Canto me dades, señores,
por este porco cebado?
¿Canto me dades por él?
o cabalo de Manuel
Umha mula corredora
e um galo galinheiro
p'ra que che galee as tuas galinhas...
Déronme cen reás por il
e comprei un cabaliño
e víñame enfermo
e morreume
e saqueille a pel
pa fevillas de botós.
--Cen reás com un cabalo
E un can desorellado.
Cen reás e un ochavo.
déronme dez reás por el
e un carto furado.
Douche unha burra rabela
pra andar dacabalo dela!
Ganéi cien mulas corredoras ya un putricu tusquilado
O cabalo estaba coxo
e deixeino xunto a un toxo.
Déronme cen reás por il
e comprei un cabaliño
e víñame enfermo
e morreume
e saqueille a pel
pa fevillas de botós.
¿Canto quere por ese porquiño cebado?
- Sete “reás” e un chavo.
Con aqueles sete reás e un chavo
merquei unha besta rabela
e montei dacabalo dela.
Cien doblicas y un doblón
Tengo una perra perdiguera
que me pilla las perdices
por la punta las narices
Tengo un buey que sabe arar
Tranquiñar
Os cabalos a correr,
as meniñas a estudar.
¿Quen será
a máis bonita
que lle toca escapar?
Fun a cas d'a mina tia,
Doume unha cunca de leite
Co'a culleriña partida.
Chameille torta e retorta,
Deume co'a tranca n-a porta,
Fun por cas de miña tía
cando o sol amañecía;
doume unha cunca de leite;
a cunca estaba fendida
i a culleriña partida.
Fun cear coa miña tía,
deume unha culler partida.
Chameille torta e reterota,
mandoume lava-la porca.
e vin de moita “prisa”
tocando a miña gaitiña
pero víronme os ladróns
e roubáronme os calzóns
E fun por un caminiño,marchei por unha corredoira torta,
Y-encontrei unha cabra morta,atopei unha craba morta,
aqueille unha corna
e púxenme a tocar nela,
toquei e toquei e volvín a tocar,
e decía así: Sebastianciño e vós, vide aquí,
que sete ladrós me teñen preso aquí,
a craba negra e mais a verdegada
están nunha caldeira
facendo unha guisada.
e viñen de moita prisa
tocando a miña gaitiña
pero víronme os ladróns
e sacaronme os calzóns.
Fun pola corredoiriña,
topei unha cornetiña,
que tocaba que rabiaba,
e salíronme os ladróns
e roubáronme os calzóns.
Acudide acá mulleres,
con gadañas e culleres.
E fun por unha sendiña
e atopei unha ovelliña.
E leveille de beber
e bebeu e dixo bee
Pero víronme os ladróns
e sacáronme os calzóns.
E dinlle un puntapé,
E díxome bee.
Fun por unha carreleira torta e retorta
e atopei unha cabra morta.
Arreeille un puntapé
e aquela cabra morta dixo: meee!
(1) O maçarico é essa ave que anda na massa ou que é massa (dough bird no falar inglês da costa leste de EEUU), coa maça, bico, e que pode chegar a macerar-se ao andar sempre coas patas molhadas no limo e na lama.
A filha de Dom Luís
A filha de Dom Luís aparece nas lengaslengas do maçarico.
Como exemplo:
Pico, pico,
mazarico,
¿quen che deu
tan ben no pico?
Foi a filla de Don Luís,
que está presa
pola punta do nariz.
Os cabalos a correr,
as meniñas a estudar.
¿Quen será
a máis bonita
que lle toca escapar?
(http://www.orellapendella.org/pico_pico_mazarico)
Noutras versões Dom Luiz, ou Luís apenas, aparece também:
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o filho do Luís
Que está preso pelo nariz ...
Pico, pico, sarabico,
Salta a pulga ao penico,
Do penico à balança,
Disse o rei pra ir à França,
Buscar o D. Luís,
Que está preso pelo nariz.
Aqui fala-se da filha de Dom Luís em prisão:
Foi a filla de Don Luís,
que está presa
pola punta do nariz.
Aqui que o Dom Luís é o prisioneiro:
Disse o rei pra ir à França,
Buscar o D. Luís,
Que está preso pelo nariz.
A filha de Dom Luiz, noutras lengalengas do serrabico ou maçarico, é a filha do Juiz ou a filha da Rainha.
Nos retalhos da cantiga que trato de recompôr entrevejo o que exponho aqui:
Dom Luís aparece como o pai de quem lhe dá ao maçarico o bico, ou como alguém a quem hai que buscar....
Quem é este Luís que tem umha filha presa, às vezes polo nariz?
Lugo?
Vexamos.
As histórias irlandesas contam de Lugh e do encerramento, nom da sua filha, senom da sua nai Etheniu, (Etnia, Ena, Athene, Atenea), na Tór Mór onde é enclaustrada; pois segundo as profecias parirá um neno que matará ao seu avó, do mesmo jeito que a história grega de Perseu.
Etheniu está na Torre Mor, a grande torre de cristal, fechada, um de três irmãos, chamado Cian, a quem o pai fomorian de Etheniu, Balor, lhe tinha roubado umha vaca, pretende-a, namorado dela entra na torre, coa ajuda da fada Biorg.
Etheniu queda grávida e no nascimento dá a luz a três nenos. Balor o avó tira-os da torre embaixo, ao mar, dous deles morrem, Lug sobrevive ...
É resgatado por Manannán e Birog .Bem, e Lugh e o nariz?
Os Fomorians, que opremem e governam sobre os Tuathas Dé Dannan, pedem umha onça de ouro por cada pessoa súbdita, e se isto nom era pagado, era-lhes fanado o nariz, Lugh medrado e combatente da opressom, acaba com este imposto, vencendo aos Fomorians.
Nas cantigas galegas a pessoa que lhe dá o bico, o longo peteiro, ao maçarico é secundária, nom se fala dela direitamente: Filha da Rainha, Filha do Juiz, Filha de Dom Luís.
A que doa o utensílio à ave é a filha da luz?
O que a luz pode gerar é o reflexo ao cair sobre a matéria, já nom a matéria mesma, o que vemos da matéria, o que observamos ao interatuar luz e matéria.
A Luz de Dom Luis bate contra a Raínha matéria, máter, mãe e tem umha filha.
Umha das filhas de Lugo é Ebliu, tamém dizem que nom era filha, que era irmã.
Eibhliu, Eblenn, Eibhleann som nomes epítetos que significam brilhante, esplendorosa.
Lugo, e Eibhliu som deuses da luz.
A irmá, filha ou consorte de Lugh pode ser a Lucna, a Lua.
Contra a Lua bate a luz do Sol.
É entom será a Lua?, será a filha de Lugo, a filha da Luz, a que presa polo nariz, dá à massa, ao maçarico, a ferramenta, o peteiro?
A ideia de estar presa polo nariz, na cozinha, leva-me a pensar num animal assi guiado, as vacas?, os bois anelam-se, mas não estám na cozinha, na cozinha podia andar a porca, à que se lhe pom um arilho, para que nom foce. Também a ursa é governada polo nariz.
Nalgumhas culturas os brincos no nariz eram usados como marca de escravatura.
A filha de Dom Luís é escrava fechada no lugar onde se cozinha. Ancila e tudo, é quem de dar-lhe ao maçarico o seu utensílio.
A filha da luz, que está impossibilitada de sair do lugar onde se coze, dá-lhe à massa umha propriedade.
Lakshmi deusa das primeiras tem um aro no nariz, (aqui falei dela, em relação com o maçarico e a Velha Chocalheira).
Lakshmi está no agitamento do mar primigênio, indiferenciado ainda, como escuma, e gera o soma, o corpo, o material, Dana Lakshimi a da esvástica, pois essa é o seu pau de bater no leite para separar e fazer a pela da manteiga.
O átomo como lugar do aro, e da uniom "escrava", é partícula-onda batida, a energia, a filha da luz, rodopia incessantemente, associa-se com outras partícularidades e cozinha, forma a massa. Temos a massa como algo escumoso realmente muito vácuo em vibraçom, chocoleante.
A massa do real é entom isso, a escuma do pote onde a filha de Dom Luís escrava bate.
Salientar que o nome de Luís / Lois no gaélico é aparentado com Lugo / Lug.
No gaélico medieval Lugaid, que poderia ser percebido como "com as capacidades de Lugo".
Também no galês o equivalente a Luís é relacionado com a divindade de Luz: Llywelyn ou Llewellyn, que é relacionado com uma forma britônica anterior Lugobelinos.
Assim no inglês o apelido ou nome Lewis tem uma das suas origens por anglicizar o nome galês.
A considerar a variante Louguís, arcaísmo no galego do nome Luís, à par deste Lugaid gaélico.
Onde a sufixação -iz / -is de Luiz / Luís ou Louguis poderia ser reveladora...
Sufixação -iz /-is, -ez/-es tida por germânica, mas em discussão de ser já genitivo ou patronímico de origem pré-romano, compartilhado com o eusquera.
Assim sob estas hipóteses seria possível que Luiz / Luís, Louguiz / Louguís derivassem de uma forma tal que *Lug-iz.
Como exemplo:
Pico, pico,
mazarico,
¿quen che deu
tan ben no pico?
Foi a filla de Don Luís,
que está presa
pola punta do nariz.
Os cabalos a correr,
as meniñas a estudar.
¿Quen será
a máis bonita
que lle toca escapar?
(http://www.orellapendella.org/pico_pico_mazarico)
Noutras versões Dom Luiz, ou Luís apenas, aparece também:
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o filho do Luís
Que está preso pelo nariz ...
Pico, pico, sarabico,
Salta a pulga ao penico,
Do penico à balança,
Disse o rei pra ir à França,
Buscar o D. Luís,
Que está preso pelo nariz.
Aqui fala-se da filha de Dom Luís em prisão:
Foi a filla de Don Luís,
que está presa
pola punta do nariz.
Aqui que o Dom Luís é o prisioneiro:
Disse o rei pra ir à França,
Buscar o D. Luís,
Que está preso pelo nariz.
A filha de Dom Luiz, noutras lengalengas do serrabico ou maçarico, é a filha do Juiz ou a filha da Rainha.
Nos retalhos da cantiga que trato de recompôr entrevejo o que exponho aqui:
Dom Luís aparece como o pai de quem lhe dá ao maçarico o bico, ou como alguém a quem hai que buscar....
Quem é este Luís que tem umha filha presa, às vezes polo nariz?
Lugo?
Vexamos.
As histórias irlandesas contam de Lugh e do encerramento, nom da sua filha, senom da sua nai Etheniu, (Etnia, Ena, Athene, Atenea), na Tór Mór onde é enclaustrada; pois segundo as profecias parirá um neno que matará ao seu avó, do mesmo jeito que a história grega de Perseu.
Etheniu está na Torre Mor, a grande torre de cristal, fechada, um de três irmãos, chamado Cian, a quem o pai fomorian de Etheniu, Balor, lhe tinha roubado umha vaca, pretende-a, namorado dela entra na torre, coa ajuda da fada Biorg.
Etheniu queda grávida e no nascimento dá a luz a três nenos. Balor o avó tira-os da torre embaixo, ao mar, dous deles morrem, Lug sobrevive ...
É resgatado por Manannán e Birog .Bem, e Lugh e o nariz?
Os Fomorians, que opremem e governam sobre os Tuathas Dé Dannan, pedem umha onça de ouro por cada pessoa súbdita, e se isto nom era pagado, era-lhes fanado o nariz, Lugh medrado e combatente da opressom, acaba com este imposto, vencendo aos Fomorians.
Nas cantigas galegas a pessoa que lhe dá o bico, o longo peteiro, ao maçarico é secundária, nom se fala dela direitamente: Filha da Rainha, Filha do Juiz, Filha de Dom Luís.
A que doa o utensílio à ave é a filha da luz?
O que a luz pode gerar é o reflexo ao cair sobre a matéria, já nom a matéria mesma, o que vemos da matéria, o que observamos ao interatuar luz e matéria.
A Luz de Dom Luis bate contra a Raínha matéria, máter, mãe e tem umha filha.
Umha das filhas de Lugo é Ebliu, tamém dizem que nom era filha, que era irmã.
Eibhliu, Eblenn, Eibhleann som nomes epítetos que significam brilhante, esplendorosa.
Lugo, e Eibhliu som deuses da luz.
A irmá, filha ou consorte de Lugh pode ser a Lucna, a Lua.
Contra a Lua bate a luz do Sol.
É entom será a Lua?, será a filha de Lugo, a filha da Luz, a que presa polo nariz, dá à massa, ao maçarico, a ferramenta, o peteiro?
A ideia de estar presa polo nariz, na cozinha, leva-me a pensar num animal assi guiado, as vacas?, os bois anelam-se, mas não estám na cozinha, na cozinha podia andar a porca, à que se lhe pom um arilho, para que nom foce. Também a ursa é governada polo nariz.
Nalgumhas culturas os brincos no nariz eram usados como marca de escravatura.
A filha de Dom Luís é escrava fechada no lugar onde se cozinha. Ancila e tudo, é quem de dar-lhe ao maçarico o seu utensílio.
A filha da luz, que está impossibilitada de sair do lugar onde se coze, dá-lhe à massa umha propriedade.
Lakshmi deusa das primeiras tem um aro no nariz, (aqui falei dela, em relação com o maçarico e a Velha Chocalheira).
Lakshmi está no agitamento do mar primigênio, indiferenciado ainda, como escuma, e gera o soma, o corpo, o material, Dana Lakshimi a da esvástica, pois essa é o seu pau de bater no leite para separar e fazer a pela da manteiga.
O átomo como lugar do aro, e da uniom "escrava", é partícula-onda batida, a energia, a filha da luz, rodopia incessantemente, associa-se com outras partícularidades e cozinha, forma a massa. Temos a massa como algo escumoso realmente muito vácuo em vibraçom, chocoleante.
A massa do real é entom isso, a escuma do pote onde a filha de Dom Luís escrava bate.
Salientar que o nome de Luís / Lois no gaélico é aparentado com Lugo / Lug.
No gaélico medieval Lugaid, que poderia ser percebido como "com as capacidades de Lugo".
Também no galês o equivalente a Luís é relacionado com a divindade de Luz: Llywelyn ou Llewellyn, que é relacionado com uma forma britônica anterior Lugobelinos.
Assim no inglês o apelido ou nome Lewis tem uma das suas origens por anglicizar o nome galês.
A considerar a variante Louguís, arcaísmo no galego do nome Luís, à par deste Lugaid gaélico.
Onde a sufixação -iz / -is de Luiz / Luís ou Louguis poderia ser reveladora...
Sufixação -iz /-is, -ez/-es tida por germânica, mas em discussão de ser já genitivo ou patronímico de origem pré-romano, compartilhado com o eusquera.
Assim sob estas hipóteses seria possível que Luiz / Luís, Louguiz / Louguís derivassem de uma forma tal que *Lug-iz.
Massa de maçaricos
Ergue o bico, Mazarico,
Quen che dou tan grande pico?
-Doumo Dios e San Francisco
pra picar no teu muíño.
Eu piquei e repiquei,
grans de millo encontrei,
e boteinos a moer
e os ratos a comer.
Agarrei un polo rabo
e leveino ao mercado
“Canto me dan por este corpo cebado?”
Douche unha burra rabela
pra andar dacabalo dela!
http://picolog.blogaliza.org/as-nosas-historias-patrimonio-inmaterial-de-mazaricos/
Pico, pico, mazarico,
¿Quén che deu tan largo bico?
Doum'o Dios e San Francisco
Para picar n-os carballos
Entre polas e ramallos.
E piquei e repiquei,
tres milliños atopei,
E levei-n-os ó muino;
Y-o muino a moer
Y-os ratinos a comer.
Agarrei un po-lo rabo,
E levei-n-o ó mercado.
--¿ Cánto me dades, señores,
Por iste porco cebado?
--Cen reás com un cabalo
E un can desorellado.
Fun a cas d'a mina tia,
Doume unha cunca de leite
Co'a culleriña partida.
Chameille torta e retorta,
Deume co'a tranca n-a porta,
E fun por un caminiño,
Y-encontrei unha cabra morta,
E dinlle un puntapé,
E díxome bee.
Ergue o bico, maçarico;
quem che deu tam grande bico.
Deu-mo Dios e Sam Francisco,
p'ra picar no teu muinho.
E piquei e repiquei,
graos de milho encontrei;
e botei-nos a moer
e os ratos a comer;
agarrei um polo rabo,
e levei-no ao mercado.
Quanto me dam por
este porco cevado?
Umha mula corredora
e um galo galinheiro
p'ra que che galee as tuas galinhas...
Pico, pico, mazarico
¿quen che deu
tan longo pico?
Deumo “Dios” “pra” picar
nos carballos.
E piquei e piquei
e repiquei.
Tres “grauciños” atopei.
Leveinos ó muíño a moer.
Os ratiños a roer.
Pillei un polo rabo.
Leveino ó mercado.
¿Canto me dades
por este porquiño cebado?
Marga, da Estrada
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo “pico”?
Deumo Deus e San Santiago
para picar o pan no agro
e piquei e repiquei,
cen milliños encontrei
e boteinos a moer
e os ratiños a comer
e agarrei un polo rabo
e boteino naquel cabo
e tamén agarrei outro
e boteino naquel souto
e vin de moita “prisa”
tocando a miña gaitiña
pero víronme os ladróns
e roubáronme os calzóns
M. Barrio – N. Rielo: “Escolma
Pico, pico,
mazarico,
¿quen che deu
tan ben no pico?
Foi a filla de Don Luís,
que está presa
pola punta do nariz.
Os cabalos a correr,
as meniñas a estudar.
¿Quen será
a máis bonita
que lle toca escapar?
Rosa de Vilanova de Arousa
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo pico?
Deumo Deus e os meus pecados
“pra” comer o pan dos saos
e comín e recomín
e un gran de millo atopei.
Leveino ó muíño
o muíño a moer
e os ratiños a roer.
Lola de Paradela – Lugo
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo pico?
Deumo Deus “pra” repicar;
repiquei e repiquei;
tres granciños encontrei
e leveinos ó muíño;
o muíño a moer
e os ratos a roer
e collín un polo rabo
e tireino ó outro lado.
—Pico*, pico, Mazarico,
quen che deu tamaño pico?
—Deume Deus este traballo
pra picar neste carballo.
Piquei e repiquei,
sete graus de millo encontrei.
E leveinos ó mercado
pra comprar un cocho cebado;
e leveinos ó muín,
i o muín a moer
e os ratiños a comer;
i agarreirnos polas orellas
e tireinos entre as ovellas;
i agarreirnos polo rabo
e tireinos contra aquel cabo.
Caba, cabo cabanón,
mamache nun cagallón.
*Pico, Peto, paxaro carpinteiro.
Paíme, San Xurxo de Piquín, Ribeira de Piquín (Lugo)
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo pico?
Deumo Deus para picar,
e piquei e repiquei,
cen graíño encontrei,
e boteinos no muiño,
o muiño a moer,
e os ratiños a comer,
e agarrei un polo rabo,
e leveino ao mercado.
http://timesmo.blogspot.com/2011/01/pico-pico-mazarico.html
Pico pico, mazarico,
¿quén che deu tamaño pico?
Deume Dios este traballo
pra picar neste carballo.
Piquéi e repiquéi,
sete graus de millo encontréi.
E levéinos ó mercado
pra comprar un cocho cebado;
e levéinos ó muín,
i o muín a moer
e os ratiños a comer;
i agarréinos polas orellas
e tiréinos antre as ovellas;
i agarréinos polo rabo
e tiréinos contra aquel cabo.
Caba, cabo, cabanón,
mamache nun cagallón.
Aníbal Otero Álvarez (1977): Vocabulario de San Jorge de Piquín, Universidade de Santiago, 1977 (Verba anexo 7)
-pico, pico mazarico, ¿Quién te dieu ese purrico?
-diéumelu Dieus ya mieu trabayo pur picar neste Carballo,
ya desque piquéi ya piquei un grano de mié saquéi;
llevéilu al mulín a muler ya'l mieu ratín a cumer.
Sarréilu pula punta'l rabo ya tiréilu al outro lado.
Ganéi cien mulas corredoras ya un putricu tusquilado.
http://danzatradicional.com/v_portal/informacion/informacionver.asp?cod=879&te=16&idage=881&vap=0
Pico, pico, mazarico, ¿quén che deo tan grande pico?
Deumo Dios c`ol meu trabayo, para picar n`aquel carbayo.
Tanto piquéi y repiquei que nin ua foya deixei
http://www.google.com/url?sa=t&source=web&cd=13&ved=0CCUQFjACOAo&url=http%3A%2F%2Fwww.mavea.org%2Fweb%2Fdocumentos%2FCreencias_ornitologicas.pdf&ei=AHDFTbCcFYiXhQeqtKn4Aw&usg=AFQjCNE2MNa0wLPOh-NZQBLQyDy1_6EE7g&sig2=MeJBGAzkxwlLe47uKf9dhw
Pico Pico Mazarico
quen che deu tamaño pico?
Deumo Deus para o meu traballo
para picar naquel carballo
Xa piquei e repiquei
e un gran de millo atopei!
Leveino ao muíño
e o muíño a moer
e os ratiños a comer
Collín un polo rabo
e leveino ao mercado
déronme dez reás por el
e un carto furado.
http://www.goear.com/listen/c564c17/pico-pico-anton
- Pico, pico, mazarico,
¿Quen che dou tamaño pico?
- Doumo Dios e os meus pecados
para picar nos carballos.
Eu piquei e repiquei
e graiños encontrei.
Leveinos ao muiño,
o muiño a moer,
os ratiños a comer,
e collín un polo rabo
e leveino ao mercado
e vendín cen reás por bocado;
marchei por unha corredoira torta,
atopei unha craba morta,
saqueille unha corna
e púxenme a tocar nela,
toquei e toquei e volvín a tocar,
e decía así: Sebastianciño e vós, vide aquí,
que sete ladrós me teñen preso aquí,
a craba negra e mais a verdegada
están nunha caldeira
facendo unha guisada.
Pico, pico, mazarico
¿quen che dou tamaño bico?
Doumo Dios e San Francisco
para picar nos carballos,
antre ponlas e ramallos.
E piquei e repiquei,
tres granciños atopei
e leveinos ó moíño;
o moíño a moer,
os ratiños a comer
e collín ún polo rabo
e leveino ó mercado.
¿Canto me dades, señores,
por este porco cebado?
Cen reás e un ochavo.
Fun por cas de miña tía
cando o sol amañecía;
doume unha cunca de leite;
a cunca estaba fendida
i a culleriña partida.
Fun pola corredoiriña,
topei unha cornetiña,
que tocaba que rabiaba,
e salíronme os ladróns
e roubáronme os calzóns.
Acudide acá mulleres,
con gadañas e culleres.
http://www.consellodacultura.org/asg/instrumentos/os-aerofonos/corneta/
Pico pico mazarico quen che deu tamaño bico
Foi a pomba da balanza tira un pincho e salta a Francia.
http://www.blogoteca.com/pontedeva17demaio/index.php?cod=38766
Pico, pico, mazarico, ¿Quién te dio tan grande pico?
Diómelu Dios por mi trabayu pa picar en un carbayu,
Piqué y repiqué un granu maíz topé,
Llevelu al molín, el molín, moler, moler,
El ratón, comer, comer, llevé un al mercau:
-¿Cuánto me das por esti ratón? -Cien ducados y un doblón
y un rocín sendero vieyu, coxu y ...
http://danzatradicional.com/v_portal/informacion/informacionver.asp?cod=581&te=53&idage=583&vap=0
"Pico, pico, mazarico,
¿quén che deo tan grande pico?
Deumo Dios col meo trabayo,
pra picar n'aquel carbayo.
Tanto piquei y repuiquei
que nin ua foya deixei"
http://www.llamparego.net/2010/02/pito-real.html
PICO, PICO, MAZARICO.
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan grande bico?
deumo o trasno dos traballos
para picar nos carballos
e piquei e repiquei,
tres milliños atopei.
E leveinas a moer
e os ratiños a comer;
E pilleino polo rabo
e leveino ao mercado.
¿Canto me dades por él?
o cabalo de MAnuel
O cabalo estaba coxo
e deixeino xunto a un toxo.
Fun cear coa miña tía,
deume unha culler partida.
Chameille torta e reterota,
mandoume lava-la porca.
E fun por unha sendiña
e atopei unha ovelliña.
E leveille de beber
e bebeu e dixo bee
Pero víronme os ladróns
e sacáronme os calzóns.
http://cantigadas.blogspot.com/2008/02/charla-paulo-e-magoia.html
Pico, pico, mazarico,
quen che deu tan longo pico?
Repicar e repicar,
cun axóuxere a soar.
Repiquei e repiquei,
tres granciños atopei
e leveinos ao muíño;
o muíño a moer,
os ratiños a roer...
E collín un polo rabo
e guindeino para outro lado!
http://www.google.com/url?sa=t&source=web&cd=30&ved=0CF4QFjAJOBQ&url=http%3A%2F%2Fwww.xunta.es%2Flinguagalega%2Farquivos%2F03_libretas_dossier.pdf&ei=THLFTcKWFcSGhQeJjcGABA&usg=AFQjCNGUx4e0cY1bCwHVOTbkac59Zu0M3A&sig2=7AxeG7KTeWMECxt1FsNQ7w
Pico - mazarico
quen che deu - tamaño bico ?.
Doumo Dios - e San Francisco
para picar - nos carballos,
entre ponlas - e ramallos;
e piquei - e repiquei,
tres granciños - atopei
e leveinos - ó moíño;
o moíño - a moer,
os ratiños - a comer
e collín - un polo rabo
e leveino - ó mercado.
Canto me dades - señores
por este - porco cebado ?
Cen reás - e un ochavo.
Fun por cás - da miña tía
cando o sol - amañecía;
doume unha - cunca de leite;
a cunca - estaba fendida
i a culleriña - partida.
Fun pola - corredoiriña,
topei unha - cornetiña
que tocaba - que rabiaba,
e salíronme - os ladróns
e roubáronme - os calzóns.
Acudide acá - mulleres,
con gadañas - e culleres.
Pico, pico, mazarico,
¿quen che dou tan largo bico?
Doumo noso señoriño
pra picar nos carballiños,
eu piquei e repiquei
tres granciños atopei,
e leveinos ao muiño,
o muiño a moer
e os paxariños a comer."
http://spike-webpage.blogspot.com/2006/12/frmulas-para-botar-sortes-3.html
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tamaño pico?
-Deumo Dios i o meu traballo
para picar naquel carvalho
e piquei e repiquei
i un grau de millo encontrei
e leveino ó molín,
i os moliños mole mole
i os ratiños come come,
e collín un polo rabo
e leveino pró mercado
"¡A ver canto dan señores
por este porco cebado...!”
(Recollido por Cándido Sanjurjo no folleto, sen data,
Apousos que deixa o tempo. Nas veigas do Eo en Abres,
do ano 1924 pr'acó, edición
- Pico, pico , Mazarico
quén che deu tan largo pico?
- Deumo Deus e San Santiago
para picar o pan no agro
e piquei e repiquei,
cen milliños alcontrei
e botéinos a moer
e os ratiños a comer
e agarrei un polo rabo
e boteino naquel cabo
e tamén agarrei outro
e boteino naquel souto
e viñen de moita prisa
tocando a miña gaitiña
pero víronme os ladróns
e sacaronme os calzóns. "Escolma de Carballedo (Lugo) "
Pico, pico, maçarico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a vaca chocalheira,
que põe ovos em manteiga
Para a filha do juiz,
Que está presa na cadeira
Pela ponta do nariz
http://www.eb1-faralhao-2.rcts.pt/lengalengas.htm
Pico, pico, maçarico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Salta a pulga da balança
Que vai ter até à França
Os cavalos a correr
As meninas a aprender
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Carolina F. e João Pedro
Pico, pico, saranico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Foi a velha chungueleira
Come ovos e manteiga
Bota os burros a correr
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai recolher?
Sara
Pico, pico, saranico,
Quem te pôs
A mão no bico?
Foi a filha do juiz
Que está presa
Pela ponta do nariz.
Os cavalos a correr
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Rita
Pico, pico, saranico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Foi a filha do juiz
Que está presa
Pelo nariz.
Salta a pulga
Da balança.
Dá um berro
E vai à França.
Os cavalos a correr
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Ana Maria
Pico, pico, maçarico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Salta a pulga
Da balança
Que vai ter
Até à França.
As meninas a aprender
Os cavalos a correr.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Constança
Sarabico bico bico,
Quem te pôs tamanho bico,
foi a velha chocalheira que
come ovos e manteiga,
os cavalinhos a correr,
os meninos a aprender,
quem será o mais bonito que
se há-de esconder.
Pico, pico, maçarico
Ó menino, não se pique...
Pica a abelha
Pica o galo e a galinha
Pica a mosca e o mosquito
Pica o ouriço-cacheiro
Tico tico sarabico quem te deu tamanho nico?
Foi a velha chocalheira que andava na ribeira a apanhar cavaquinhos...
Pico, pico, saranico,
Quem te deu tamanho bico?
– Foi a filha da rainha
Que está presa na cozinha.
Salta a pulga na balança,
Dá um berro, vai a França;
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita
Que se há-de esconder?
*
– Pico, pico, sar(r)abico,
Quem te deu tamanho bico?
– Foi a velha chocalheira,
Que come ovos com manteiga.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita,
Que se vai esconder,
Debaixo da cama da D. Inês,
Lá chegará a tua vez.
Pico, pico, sarabico,
Salta a pulga ao penico,
Do penico à balança,
Disse o rei pra ir à França,
Buscar o D. Luís,
Que está preso pelo nariz.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita
Que se há-de esconder?
Sola, sapato, rei, rainha,
Fui ao mar pescar sardinha,
Para a filha do juiz
Que está presa pelo nariz.
Salta a pulga na balança,
E vai ter até à França13.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a velha Chocalheira
Come ovos e manteiga.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se irá esconder?
Chaves
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a velha Chocalheira
Come ovos e manteiga.
Cavalinhos a correr
E meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai recolher?
Lagares (Lapa), Penafiel
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o filho da rainha
Que está preso na cozinha
Salta a pulga na balança
Dá um pulo e vai à França
Chaves
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o padre da Botelha
A jogar a sobrancelha.
Sobrancelha miudinha
Como a pulga da balança
Dá um pulo e põe-te em França.
Vila Pouca de Aguiar
Sarapico, pico, pico
Quem e deu tamanho bico.
Foi a velha chocalheira
Que andava pela ribeira
Aos ovinhos de perdiz
Prà menina do juiz.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Souto Maior, Vila Real
Sarapico, pico, pico
Quem e deu tamanho bico.
Foi a Gata Borralheira
Que come ovos com manteiga.
Salta a pulga na balança
Dá um pulo até à França.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vaie sconder?
Travancas, Chaves
Tico Tico maçarico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o Padre da Abedelha
Pra cegar a sobrancelha;
Sobrancelha é miúda
Como a pulga na varanda.
Abre o rego, fecha o rego,
Vai-te esconder atrás do penedo.
Barcelos
Sarrabico pico, pico quem te deu tamanho bico?
Foi a velha chocalheira que come ovos e manteiga,
Os burrinhos a correr,
As meninas a aprender
Qual será a mais bonita?
Que se vai recolher.
Pico, Pico Serenico
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Ou de ouro ou de prata
Mete a mão neste buraco
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o filho do Luís
Que está preso pelo nariz
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a filha da rainha
Que está presa na cozinha
Salta pulga da balança
E vai ter até à França
Cavalinhos a correr
Meninas a aprender
Qual é a mais bonita
Que se irá esconder
Bico, bico, surubico,
Quem te deu tamanho bico?
Foi a velha açucareira
Lá da banda da ribeira
Que andou pela algibeira
Procurando ovos de perdiz
Para a filha do Juiz.
Bico, bico, saranico,
quem te deu tamanho bico?
Foi a velha chocadeira,
que anda lá pela ribeira
pondo ovos de pinico...
Serrubico mandanico
Quem te deu tamanho bico
Foi nosso senhor Jesus Cristo
E os de Ouro e os de prata
e os que lozem na buraca
Pica o ouriço-do-mar
Pica a espinha do peixe
(Pica mais o peixe-agulha)
Pica a pulga
Pica o azevinho
Pica o cardo
Pica a gilbardeira
Pica a laranjeira
Pica o ouriço da castanha
Pica a pita
Pica a rosa
Pica a silva das amoras...
Pico, pico, maçarico!
Ó menino, não se pique...
Pico-pico maçarico, quem te deu tamanho bico
Foi o padre da bote-lha para jogar à sobrancelha.
Sobrancelha e é redonda como a pulga na balança,
deu um pulo e pôs-se em França.
Arre vez, Arre vez , é agora a tua vez !
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2074053743400363560
Pico, pico,
mazarico,
quen che deu
pico tan largo.
Deumo Dios
e San Pablo
pa picar
o pan do agro.
Piquei e repiquei
e encontrei
un grao de millo
e leveino ao muíño.
O muíño a moer
e os ratiños a comer
e pillei un polo rabo
e leveino ao mercado.
Déronme cen reás por il
e comprei un cabaliño
e víñame enfermo
e morreume
e saqueille a pel
pa fevillas de botós.
E este cuento se acabó.
Fun ó muíño,
o muíño a moer,
os ratiños a roer,
pillei un polo rabo
e leveino ó mercado.
E díxome unha muller:
- ¿Canto quere por ese porquiño cebado?
- Sete “reás” e un chavo.
Con aqueles sete reás e un chavo
merquei unha besta rabela
e montei dacabalo dela.
Fun por unha carreleira torta e retorta
e atopei unha cabra morta.
Arreeille un puntapé
e aquela cabra morta dixo: ¡meee!
Quen che dou tan grande pico?
-Doumo Dios e San Francisco
pra picar no teu muíño.
Eu piquei e repiquei,
grans de millo encontrei,
e boteinos a moer
e os ratos a comer.
Agarrei un polo rabo
e leveino ao mercado
“Canto me dan por este corpo cebado?”
Douche unha burra rabela
pra andar dacabalo dela!
http://picolog.blogaliza.org/as-nosas-historias-patrimonio-inmaterial-de-mazaricos/
Pico, pico, mazarico,
¿Quén che deu tan largo bico?
Doum'o Dios e San Francisco
Para picar n-os carballos
Entre polas e ramallos.
E piquei e repiquei,
tres milliños atopei,
E levei-n-os ó muino;
Y-o muino a moer
Y-os ratinos a comer.
Agarrei un po-lo rabo,
E levei-n-o ó mercado.
--¿ Cánto me dades, señores,
Por iste porco cebado?
--Cen reás com un cabalo
E un can desorellado.
Fun a cas d'a mina tia,
Doume unha cunca de leite
Co'a culleriña partida.
Chameille torta e retorta,
Deume co'a tranca n-a porta,
E fun por un caminiño,
Y-encontrei unha cabra morta,
E dinlle un puntapé,
E díxome bee.
Ergue o bico, maçarico;
quem che deu tam grande bico.
Deu-mo Dios e Sam Francisco,
p'ra picar no teu muinho.
E piquei e repiquei,
graos de milho encontrei;
e botei-nos a moer
e os ratos a comer;
agarrei um polo rabo,
e levei-no ao mercado.
Quanto me dam por
este porco cevado?
Umha mula corredora
e um galo galinheiro
p'ra que che galee as tuas galinhas...
Pico, pico, mazarico
¿quen che deu
tan longo pico?
Deumo “Dios” “pra” picar
nos carballos.
E piquei e piquei
e repiquei.
Tres “grauciños” atopei.
Leveinos ó muíño a moer.
Os ratiños a roer.
Pillei un polo rabo.
Leveino ó mercado.
¿Canto me dades
por este porquiño cebado?
Marga, da Estrada
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo “pico”?
Deumo Deus e San Santiago
para picar o pan no agro
e piquei e repiquei,
cen milliños encontrei
e boteinos a moer
e os ratiños a comer
e agarrei un polo rabo
e boteino naquel cabo
e tamén agarrei outro
e boteino naquel souto
e vin de moita “prisa”
tocando a miña gaitiña
pero víronme os ladróns
e roubáronme os calzóns
M. Barrio – N. Rielo: “Escolma
Pico, pico,
mazarico,
¿quen che deu
tan ben no pico?
Foi a filla de Don Luís,
que está presa
pola punta do nariz.
Os cabalos a correr,
as meniñas a estudar.
¿Quen será
a máis bonita
que lle toca escapar?
Rosa de Vilanova de Arousa
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo pico?
Deumo Deus e os meus pecados
“pra” comer o pan dos saos
e comín e recomín
e un gran de millo atopei.
Leveino ó muíño
o muíño a moer
e os ratiños a roer.
Lola de Paradela – Lugo
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo pico?
Deumo Deus “pra” repicar;
repiquei e repiquei;
tres granciños encontrei
e leveinos ó muíño;
o muíño a moer
e os ratos a roer
e collín un polo rabo
e tireino ó outro lado.
—Pico*, pico, Mazarico,
quen che deu tamaño pico?
—Deume Deus este traballo
pra picar neste carballo.
Piquei e repiquei,
sete graus de millo encontrei.
E leveinos ó mercado
pra comprar un cocho cebado;
e leveinos ó muín,
i o muín a moer
e os ratiños a comer;
i agarreirnos polas orellas
e tireinos entre as ovellas;
i agarreirnos polo rabo
e tireinos contra aquel cabo.
Caba, cabo cabanón,
mamache nun cagallón.
*Pico, Peto, paxaro carpinteiro.
Paíme, San Xurxo de Piquín, Ribeira de Piquín (Lugo)
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan longo pico?
Deumo Deus para picar,
e piquei e repiquei,
cen graíño encontrei,
e boteinos no muiño,
o muiño a moer,
e os ratiños a comer,
e agarrei un polo rabo,
e leveino ao mercado.
http://timesmo.blogspot.com/2011/01/pico-pico-mazarico.html
Pico pico, mazarico,
¿quén che deu tamaño pico?
Deume Dios este traballo
pra picar neste carballo.
Piquéi e repiquéi,
sete graus de millo encontréi.
E levéinos ó mercado
pra comprar un cocho cebado;
e levéinos ó muín,
i o muín a moer
e os ratiños a comer;
i agarréinos polas orellas
e tiréinos antre as ovellas;
i agarréinos polo rabo
e tiréinos contra aquel cabo.
Caba, cabo, cabanón,
mamache nun cagallón.
Aníbal Otero Álvarez (1977): Vocabulario de San Jorge de Piquín, Universidade de Santiago, 1977 (Verba anexo 7)
-pico, pico mazarico, ¿Quién te dieu ese purrico?
-diéumelu Dieus ya mieu trabayo pur picar neste Carballo,
ya desque piquéi ya piquei un grano de mié saquéi;
llevéilu al mulín a muler ya'l mieu ratín a cumer.
Sarréilu pula punta'l rabo ya tiréilu al outro lado.
Ganéi cien mulas corredoras ya un putricu tusquilado.
http://danzatradicional.com/v_portal/informacion/informacionver.asp?cod=879&te=16&idage=881&vap=0
Pico, pico, mazarico, ¿quén che deo tan grande pico?
Deumo Dios c`ol meu trabayo, para picar n`aquel carbayo.
Tanto piquéi y repiquei que nin ua foya deixei
http://www.google.com/url?sa=t&source=web&cd=13&ved=0CCUQFjACOAo&url=http%3A%2F%2Fwww.mavea.org%2Fweb%2Fdocumentos%2FCreencias_ornitologicas.pdf&ei=AHDFTbCcFYiXhQeqtKn4Aw&usg=AFQjCNE2MNa0wLPOh-NZQBLQyDy1_6EE7g&sig2=MeJBGAzkxwlLe47uKf9dhw
Pico Pico Mazarico
quen che deu tamaño pico?
Deumo Deus para o meu traballo
para picar naquel carballo
Xa piquei e repiquei
e un gran de millo atopei!
Leveino ao muíño
e o muíño a moer
e os ratiños a comer
Collín un polo rabo
e leveino ao mercado
déronme dez reás por el
e un carto furado.
http://www.goear.com/listen/c564c17/pico-pico-anton
- Pico, pico, mazarico,
¿Quen che dou tamaño pico?
- Doumo Dios e os meus pecados
para picar nos carballos.
Eu piquei e repiquei
e graiños encontrei.
Leveinos ao muiño,
o muiño a moer,
os ratiños a comer,
e collín un polo rabo
e leveino ao mercado
e vendín cen reás por bocado;
marchei por unha corredoira torta,
atopei unha craba morta,
saqueille unha corna
e púxenme a tocar nela,
toquei e toquei e volvín a tocar,
e decía así: Sebastianciño e vós, vide aquí,
que sete ladrós me teñen preso aquí,
a craba negra e mais a verdegada
están nunha caldeira
facendo unha guisada.
Pico, pico, mazarico
¿quen che dou tamaño bico?
Doumo Dios e San Francisco
para picar nos carballos,
antre ponlas e ramallos.
E piquei e repiquei,
tres granciños atopei
e leveinos ó moíño;
o moíño a moer,
os ratiños a comer
e collín ún polo rabo
e leveino ó mercado.
¿Canto me dades, señores,
por este porco cebado?
Cen reás e un ochavo.
Fun por cas de miña tía
cando o sol amañecía;
doume unha cunca de leite;
a cunca estaba fendida
i a culleriña partida.
Fun pola corredoiriña,
topei unha cornetiña,
que tocaba que rabiaba,
e salíronme os ladróns
e roubáronme os calzóns.
Acudide acá mulleres,
con gadañas e culleres.
http://www.consellodacultura.org/asg/instrumentos/os-aerofonos/corneta/
Pico pico mazarico quen che deu tamaño bico
Foi a pomba da balanza tira un pincho e salta a Francia.
http://www.blogoteca.com/pontedeva17demaio/index.php?cod=38766
Pico, pico, mazarico, ¿Quién te dio tan grande pico?
Diómelu Dios por mi trabayu pa picar en un carbayu,
Piqué y repiqué un granu maíz topé,
Llevelu al molín, el molín, moler, moler,
El ratón, comer, comer, llevé un al mercau:
-¿Cuánto me das por esti ratón? -Cien ducados y un doblón
y un rocín sendero vieyu, coxu y ...
http://danzatradicional.com/v_portal/informacion/informacionver.asp?cod=581&te=53&idage=583&vap=0
"Pico, pico, mazarico,
¿quén che deo tan grande pico?
Deumo Dios col meo trabayo,
pra picar n'aquel carbayo.
Tanto piquei y repuiquei
que nin ua foya deixei"
http://www.llamparego.net/2010/02/pito-real.html
PICO, PICO, MAZARICO.
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tan grande bico?
deumo o trasno dos traballos
para picar nos carballos
e piquei e repiquei,
tres milliños atopei.
E leveinas a moer
e os ratiños a comer;
E pilleino polo rabo
e leveino ao mercado.
¿Canto me dades por él?
o cabalo de MAnuel
O cabalo estaba coxo
e deixeino xunto a un toxo.
Fun cear coa miña tía,
deume unha culler partida.
Chameille torta e reterota,
mandoume lava-la porca.
E fun por unha sendiña
e atopei unha ovelliña.
E leveille de beber
e bebeu e dixo bee
Pero víronme os ladróns
e sacáronme os calzóns.
http://cantigadas.blogspot.com/2008/02/charla-paulo-e-magoia.html
Pico, pico, mazarico,
quen che deu tan longo pico?
Repicar e repicar,
cun axóuxere a soar.
Repiquei e repiquei,
tres granciños atopei
e leveinos ao muíño;
o muíño a moer,
os ratiños a roer...
E collín un polo rabo
e guindeino para outro lado!
http://www.google.com/url?sa=t&source=web&cd=30&ved=0CF4QFjAJOBQ&url=http%3A%2F%2Fwww.xunta.es%2Flinguagalega%2Farquivos%2F03_libretas_dossier.pdf&ei=THLFTcKWFcSGhQeJjcGABA&usg=AFQjCNGUx4e0cY1bCwHVOTbkac59Zu0M3A&sig2=7AxeG7KTeWMECxt1FsNQ7w
Pico - mazarico
quen che deu - tamaño bico ?.
Doumo Dios - e San Francisco
para picar - nos carballos,
entre ponlas - e ramallos;
e piquei - e repiquei,
tres granciños - atopei
e leveinos - ó moíño;
o moíño - a moer,
os ratiños - a comer
e collín - un polo rabo
e leveino - ó mercado.
Canto me dades - señores
por este - porco cebado ?
Cen reás - e un ochavo.
Fun por cás - da miña tía
cando o sol - amañecía;
doume unha - cunca de leite;
a cunca - estaba fendida
i a culleriña - partida.
Fun pola - corredoiriña,
topei unha - cornetiña
que tocaba - que rabiaba,
e salíronme - os ladróns
e roubáronme - os calzóns.
Acudide acá - mulleres,
con gadañas - e culleres.
Pico, pico, mazarico,
¿quen che dou tan largo bico?
Doumo noso señoriño
pra picar nos carballiños,
eu piquei e repiquei
tres granciños atopei,
e leveinos ao muiño,
o muiño a moer
e os paxariños a comer."
http://spike-webpage.blogspot.com/2006/12/frmulas-para-botar-sortes-3.html
Pico, pico, mazarico,
¿quen che deu tamaño pico?
-Deumo Dios i o meu traballo
para picar naquel carvalho
e piquei e repiquei
i un grau de millo encontrei
e leveino ó molín,
i os moliños mole mole
i os ratiños come come,
e collín un polo rabo
e leveino pró mercado
"¡A ver canto dan señores
por este porco cebado...!”
(Recollido por Cándido Sanjurjo no folleto, sen data,
Apousos que deixa o tempo. Nas veigas do Eo en Abres,
do ano 1924 pr'acó, edición
- Pico, pico , Mazarico
quén che deu tan largo pico?
- Deumo Deus e San Santiago
para picar o pan no agro
e piquei e repiquei,
cen milliños alcontrei
e botéinos a moer
e os ratiños a comer
e agarrei un polo rabo
e boteino naquel cabo
e tamén agarrei outro
e boteino naquel souto
e viñen de moita prisa
tocando a miña gaitiña
pero víronme os ladróns
e sacaronme os calzóns. "Escolma de Carballedo (Lugo) "
Pico, pico, maçarico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a vaca chocalheira,
que põe ovos em manteiga
Para a filha do juiz,
Que está presa na cadeira
Pela ponta do nariz
http://www.eb1-faralhao-2.rcts.pt/lengalengas.htm
Pico, pico, maçarico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Salta a pulga da balança
Que vai ter até à França
Os cavalos a correr
As meninas a aprender
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Carolina F. e João Pedro
Pico, pico, saranico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Foi a velha chungueleira
Come ovos e manteiga
Bota os burros a correr
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai recolher?
Sara
Pico, pico, saranico,
Quem te pôs
A mão no bico?
Foi a filha do juiz
Que está presa
Pela ponta do nariz.
Os cavalos a correr
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Rita
Pico, pico, saranico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Foi a filha do juiz
Que está presa
Pelo nariz.
Salta a pulga
Da balança.
Dá um berro
E vai à França.
Os cavalos a correr
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Ana Maria
Pico, pico, maçarico,
Quem te deu
Tamanho bico?
Salta a pulga
Da balança
Que vai ter
Até à França.
As meninas a aprender
Os cavalos a correr.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Constança
Sarabico bico bico,
Quem te pôs tamanho bico,
foi a velha chocalheira que
come ovos e manteiga,
os cavalinhos a correr,
os meninos a aprender,
quem será o mais bonito que
se há-de esconder.
Pico, pico, maçarico
Ó menino, não se pique...
Pica a abelha
Pica o galo e a galinha
Pica a mosca e o mosquito
Pica o ouriço-cacheiro
Tico tico sarabico quem te deu tamanho nico?
Foi a velha chocalheira que andava na ribeira a apanhar cavaquinhos...
Pico, pico, saranico,
Quem te deu tamanho bico?
– Foi a filha da rainha
Que está presa na cozinha.
Salta a pulga na balança,
Dá um berro, vai a França;
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita
Que se há-de esconder?
*
– Pico, pico, sar(r)abico,
Quem te deu tamanho bico?
– Foi a velha chocalheira,
Que come ovos com manteiga.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita,
Que se vai esconder,
Debaixo da cama da D. Inês,
Lá chegará a tua vez.
Pico, pico, sarabico,
Salta a pulga ao penico,
Do penico à balança,
Disse o rei pra ir à França,
Buscar o D. Luís,
Que está preso pelo nariz.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita
Que se há-de esconder?
Sola, sapato, rei, rainha,
Fui ao mar pescar sardinha,
Para a filha do juiz
Que está presa pelo nariz.
Salta a pulga na balança,
E vai ter até à França13.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender,
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a velha Chocalheira
Come ovos e manteiga.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se irá esconder?
Chaves
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a velha Chocalheira
Come ovos e manteiga.
Cavalinhos a correr
E meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai recolher?
Lagares (Lapa), Penafiel
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o filho da rainha
Que está preso na cozinha
Salta a pulga na balança
Dá um pulo e vai à França
Chaves
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o padre da Botelha
A jogar a sobrancelha.
Sobrancelha miudinha
Como a pulga da balança
Dá um pulo e põe-te em França.
Vila Pouca de Aguiar
Sarapico, pico, pico
Quem e deu tamanho bico.
Foi a velha chocalheira
Que andava pela ribeira
Aos ovinhos de perdiz
Prà menina do juiz.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vai esconder?
Souto Maior, Vila Real
Sarapico, pico, pico
Quem e deu tamanho bico.
Foi a Gata Borralheira
Que come ovos com manteiga.
Salta a pulga na balança
Dá um pulo até à França.
Os cavalos a correr,
As meninas a aprender.
Qual será a mais bonita
Que se vaie sconder?
Travancas, Chaves
Tico Tico maçarico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o Padre da Abedelha
Pra cegar a sobrancelha;
Sobrancelha é miúda
Como a pulga na varanda.
Abre o rego, fecha o rego,
Vai-te esconder atrás do penedo.
Barcelos
Sarrabico pico, pico quem te deu tamanho bico?
Foi a velha chocalheira que come ovos e manteiga,
Os burrinhos a correr,
As meninas a aprender
Qual será a mais bonita?
Que se vai recolher.
Pico, Pico Serenico
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Ou de ouro ou de prata
Mete a mão neste buraco
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o filho do Luís
Que está preso pelo nariz
Pico, pico serenico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a filha da rainha
Que está presa na cozinha
Salta pulga da balança
E vai ter até à França
Cavalinhos a correr
Meninas a aprender
Qual é a mais bonita
Que se irá esconder
Bico, bico, surubico,
Quem te deu tamanho bico?
Foi a velha açucareira
Lá da banda da ribeira
Que andou pela algibeira
Procurando ovos de perdiz
Para a filha do Juiz.
Bico, bico, saranico,
quem te deu tamanho bico?
Foi a velha chocadeira,
que anda lá pela ribeira
pondo ovos de pinico...
Serrubico mandanico
Quem te deu tamanho bico
Foi nosso senhor Jesus Cristo
E os de Ouro e os de prata
e os que lozem na buraca
Pica o ouriço-do-mar
Pica a espinha do peixe
(Pica mais o peixe-agulha)
Pica a pulga
Pica o azevinho
Pica o cardo
Pica a gilbardeira
Pica a laranjeira
Pica o ouriço da castanha
Pica a pita
Pica a rosa
Pica a silva das amoras...
Pico, pico, maçarico!
Ó menino, não se pique...
Pico-pico maçarico, quem te deu tamanho bico
Foi o padre da bote-lha para jogar à sobrancelha.
Sobrancelha e é redonda como a pulga na balança,
deu um pulo e pôs-se em França.
Arre vez, Arre vez , é agora a tua vez !
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2074053743400363560
Pico, pico,
mazarico,
quen che deu
pico tan largo.
Deumo Dios
e San Pablo
pa picar
o pan do agro.
Piquei e repiquei
e encontrei
un grao de millo
e leveino ao muíño.
O muíño a moer
e os ratiños a comer
e pillei un polo rabo
e leveino ao mercado.
Déronme cen reás por il
e comprei un cabaliño
e víñame enfermo
e morreume
e saqueille a pel
pa fevillas de botós.
E este cuento se acabó.
Fun ó muíño,
o muíño a moer,
os ratiños a roer,
pillei un polo rabo
e leveino ó mercado.
E díxome unha muller:
- ¿Canto quere por ese porquiño cebado?
- Sete “reás” e un chavo.
Con aqueles sete reás e un chavo
merquei unha besta rabela
e montei dacabalo dela.
Fun por unha carreleira torta e retorta
e atopei unha cabra morta.
Arreeille un puntapé
e aquela cabra morta dixo: ¡meee!
Erva do baço
Tamém chamada: erva da cruz, cruzados, erva dos ensalmos, oriabám, orxabám, vergebám, verbena, Verbena officinalis.
Esta erva é usada em emplastro sobre a zona do baço para acalmar a sua dor.
Planta de druidas e de antigo uso. O nome de "ensalmo" foi pola sua utilizaçom em rituais nos que era usada em afumaçons e prezes.
Um dos rogos, dos ensalmos, guardado documentado que se fazia com esta planta é o seguinte: "Audi, filia, et vide et inclina aurem tuam et obliviscere populum tuum et domum patris tui et sequereme".
Isto é um conjuro para superar umha vontade, nom sei até que ponto é umha armadilha de namoro possessivo ou de velha alcoviteira em engano, ou talvez seja umha mencinha ajudadora, para superar o que impede o seguir, apózema tomada dum jeito voluntário.
Onde vergebám tem a ver com verga e com virga, uniom, enraizado no sâncrito varb- vardh-, que indicam crescimento, progresso, prosperidade.
Para os romanos a verbena chegou a ser qualquer planta sagrada usada nas cerimônias, o loureiro, a oliveira, o cipreste, o mirto ...
---------------------
Derwen Fendigaid, carvalho bento, carvalho sagrado, é o nome da Verbena officinalis em galês
A Velha do chocalho, a Vaca chocalheira, e a Gata borralheira
Lá em cima daquela serra
tem uma vaca chocalheira,
pondo ovos de manteiga
para quem falar primeiro.
Fora eu que sou o rei,
como carne de primeira.
O chocalho a campá, tem a qualidade de tirar-nos do tempo.
O som do sino nom é que pare o tempo, e que nos leva ao nom-tempo.
Desde o paleolítico até agora nas religions maioritárias, o uso de ajôujeres, guizos, chocalhos, ou outros artilúgios mais sofisticados, como o sistrum de Isis, ou mais simples como ramalhos de folhas secas agitadas, som usados para louvança, ornato, atençom, ajuda na comunicaçom coa divindade.
Na image vemos a Ísis co sistrum, numha escultura romana.
Maha Gauri, umha das nove formas de Ma Durga leva um guizo, chocalho, tamborilete numha das mãos.
Entom aqui temos a velha chocalheira da cantiga do maçarico ou serrabico?
Serrabico bico bico,
quem te deu tamanho bico?
Foi a Velha chocalheira
com ovos e manteiga
os cavalos a correr
as meninas a aprender
qual será o mais bonito
que se irá esconder?
A tal Velha chocalheira, a Vétula dos chocalhos existiu como deusa importante no passado e ficou oculta na cantiga infantil do maçarico, a responsável do seu fino e longo bico.
Já na Roma existia umha divindade Vétula, supostamente umha divindade feminina anterior aos cultos que os romanos iam trazendo segundo conquistavam novos territórios, Íssis, Cibele ...
Vétula foi nome dumhas figurinhas de deusa feitas de palha pola Europa adiante, a Vétula está entom próxima a Ceres, próxima a Ísis como deusas velhas ou primigênias associadas diretamente com a Terra e a cultura cereal.
A Vétula perdura no nome do arco-íris, como o "arco-da-Velha", a deusa mensageira, chamada Íris polos gregos; da qual o seu nome aqui pode ser tabuísmo, e apenas dela ficou o epíteto "a Velha".
Os atributos da Velha chocalheira que aparecem nas diferentes variedades da lengalenga som: ovos e manteiga, às vezes ovos de perdiz.
Foi a Velha chocalheira
Lá da banda da ribeira
Que andou pela algibeira
Procurando ovos de perdiz
Para a filha do Juiz ....
Ou:
Foi a Gata borralheira
que come ovos com manteiga ...
Ou também:
Foi a Vaca chocalheira,
que põe ovos em manteiga
Para a filha do juiz,
Que está presa na cadeira
Pela ponta do nariz ...
Estoutra parecida:
Lá em cima daquela serra
tem uma vaca chocalheira,
pondo ovos de manteiga
para quem falar primeiro.
Fora eu que sou o rei,
como carne de primeira.
O ovo como atributo da Deusa primigênia é tal qual o beitza.
O ovo primigênio, o da pergunta: que foi primeiro, o ovo ou a galinha?
É por isso que a Velha anda com ovos?
E tem a ver com ovo da páscoa.
Pois semelha que a velha como final da força yin anual vai associada com o final do inverno, momento no que nasce a divindade donzela...
E a manteiga?
A manteiga foi principal na religiosidade mágica, como untura, como veículo de conhecimento, como transporte da substância, como facilitadora do saber, e entre os povos do canabo, a manteiga foi onde se guardou a essência.
O butiro é o concreto do leite, o calhado, do grego boutyrom, bou boi ou vaca, e tyrom queijo.
Entom nas cantigas fala-se-nos da Primeira Força Divina Feminina responsável do primeiro ovo e da concretizaçom da massa.
A apariçom do real, na mitologia hindu, é pola agitaçom do oceano primigênio do universo, esta agitaçom cria a मन्थज, manthaja, a nossa manteiga, ou o manto, a camada superficial onde se refletem as convuslsons e movimentos das outra dimensions, inferiores-superiores, diríamos que moramos no concretizado do movimento, na tona do real, no tonal definido assi polos toltecas, que se agita e flutua entre o inframundo e o supramundo.
A manteiga é batida com um pau aspado que pode girar para um lado e para ouro, este pau tem a forma de esvástica, símbolo da primeira transformadora ou separadora da tona do leite
Estamos falando da branca espuma, da manteiga alva produzida polo bater no mar do leite. (Aqui está Genebra como a escuma do mar e Maha Gauri). Aqui fai o seu lavor Lakshmi, aparecendo A Substância Observável, e a Amrita e ....
Outros nomes para esta primigênia força feminina som a Vaca chocalheira e a Gata borralheira.
Muito da Vaca chocalheira pode ser entendido na anterior explicaçom, como nai do leite "energia", posteriormente concretizado em queijo, manteiga, ou beitza,
bezerro-vitelo.
tem uma vaca chocalheira,
pondo ovos de manteiga
para quem falar primeiro.
Fora eu que sou o rei,
como carne de primeira.
O chocalho a campá, tem a qualidade de tirar-nos do tempo.
O som do sino nom é que pare o tempo, e que nos leva ao nom-tempo.
Desde o paleolítico até agora nas religions maioritárias, o uso de ajôujeres, guizos, chocalhos, ou outros artilúgios mais sofisticados, como o sistrum de Isis, ou mais simples como ramalhos de folhas secas agitadas, som usados para louvança, ornato, atençom, ajuda na comunicaçom coa divindade.
Na image vemos a Ísis co sistrum, numha escultura romana.
Maha Gauri, umha das nove formas de Ma Durga leva um guizo, chocalho, tamborilete numha das mãos.
Entom aqui temos a velha chocalheira da cantiga do maçarico ou serrabico?
Serrabico bico bico,
quem te deu tamanho bico?
Foi a Velha chocalheira
com ovos e manteiga
os cavalos a correr
as meninas a aprender
qual será o mais bonito
que se irá esconder?
A tal Velha chocalheira, a Vétula dos chocalhos existiu como deusa importante no passado e ficou oculta na cantiga infantil do maçarico, a responsável do seu fino e longo bico.
Já na Roma existia umha divindade Vétula, supostamente umha divindade feminina anterior aos cultos que os romanos iam trazendo segundo conquistavam novos territórios, Íssis, Cibele ...
Vétula foi nome dumhas figurinhas de deusa feitas de palha pola Europa adiante, a Vétula está entom próxima a Ceres, próxima a Ísis como deusas velhas ou primigênias associadas diretamente com a Terra e a cultura cereal.
A Vétula perdura no nome do arco-íris, como o "arco-da-Velha", a deusa mensageira, chamada Íris polos gregos; da qual o seu nome aqui pode ser tabuísmo, e apenas dela ficou o epíteto "a Velha".
Os atributos da Velha chocalheira que aparecem nas diferentes variedades da lengalenga som: ovos e manteiga, às vezes ovos de perdiz.
Foi a Velha chocalheira
Lá da banda da ribeira
Que andou pela algibeira
Procurando ovos de perdiz
Para a filha do Juiz ....
Ou:
Foi a Gata borralheira
que come ovos com manteiga ...
Ou também:
Foi a Vaca chocalheira,
que põe ovos em manteiga
Para a filha do juiz,
Que está presa na cadeira
Pela ponta do nariz ...
Estoutra parecida:
Lá em cima daquela serra
tem uma vaca chocalheira,
pondo ovos de manteiga
para quem falar primeiro.
Fora eu que sou o rei,
como carne de primeira.
O ovo como atributo da Deusa primigênia é tal qual o beitza.
O ovo primigênio, o da pergunta: que foi primeiro, o ovo ou a galinha?
É por isso que a Velha anda com ovos?
E tem a ver com ovo da páscoa.
Pois semelha que a velha como final da força yin anual vai associada com o final do inverno, momento no que nasce a divindade donzela...
E a manteiga?
A manteiga foi principal na religiosidade mágica, como untura, como veículo de conhecimento, como transporte da substância, como facilitadora do saber, e entre os povos do canabo, a manteiga foi onde se guardou a essência.
O butiro é o concreto do leite, o calhado, do grego boutyrom, bou boi ou vaca, e tyrom queijo.
Entom nas cantigas fala-se-nos da Primeira Força Divina Feminina responsável do primeiro ovo e da concretizaçom da massa.
A apariçom do real, na mitologia hindu, é pola agitaçom do oceano primigênio do universo, esta agitaçom cria a मन्थज, manthaja, a nossa manteiga, ou o manto, a camada superficial onde se refletem as convuslsons e movimentos das outra dimensions, inferiores-superiores, diríamos que moramos no concretizado do movimento, na tona do real, no tonal definido assi polos toltecas, que se agita e flutua entre o inframundo e o supramundo.
A manteiga é batida com um pau aspado que pode girar para um lado e para ouro, este pau tem a forma de esvástica, símbolo da primeira transformadora ou separadora da tona do leite
Estamos falando da branca espuma, da manteiga alva produzida polo bater no mar do leite. (Aqui está Genebra como a escuma do mar e Maha Gauri). Aqui fai o seu lavor Lakshmi, aparecendo A Substância Observável, e a Amrita e ....
Outros nomes para esta primigênia força feminina som a Vaca chocalheira e a Gata borralheira.
Muito da Vaca chocalheira pode ser entendido na anterior explicaçom, como nai do leite "energia", posteriormente concretizado em queijo, manteiga, ou beitza,
bezerro-vitelo.
Apenas pôr aqui a Vaca láctea egípcia Hator que entronca com toda esta cadeia simbólica, de como o lácteo magma in-concreto agitado, dá a forma calhada.
Dizer que chocalheira tem um abano amplo de significado, todo o que tem o chocar, pois além da referência musical do bater da sineta, é também o chocado, o confrontado, o removido, e o ovo incubado.
Estamos pois diante da força do movimento primário, o choque, o chocolear, que produze na vibraçom, o som, a matéria, e a geraçom.
A Gata borralheira está deitada na cinza, na borralha, da lareira ao quente.
A Gata borralheira apresenta talvez, para mim, um significado mais oculto.
Basset a deusa gata egípcia pode ser que explique algo disto. O nome da Grande mai gata, Basset além de fazer referência à base, dizem significar tarro de pomada, onde já o relacionamos com a manthaja, a manteiga.
A gata anda com a Lua e com a limpeza dos vórtices que levam a energia a planos inferiores
Shashthi é umha deusa gata hindu, que tem por poderes e atributos: a proteçom no nascimento e o cuidado das crianças. Forma, energia que aflora na cultura romana como Juno Lucina, ou na figura da ursa, ou da caçadora de ratos, a marta ou outra mustélida, como a deluzinha (de+Luz+inha) ou doninha, A marta, (*barta, parta, farta, varta arta /arctos, na lenição, fortição, mutação da consoante inicial), pois nom havia ga(r)tas na Europa, (mas sim gates, doors e portas), como a Arcto-mixa, a ardilosa, arteira parteira.
Umha deidade da fertilidade, pois essa sexualidade feminina liberada, liberadora e poderosa é atributo próprio da Gata, da Onça, da Leoa.
Das nove avatares da Durga, a forma felina é Kathyayini, vai sentada sobre um leom, ela é a filha da Kata, da Gata, da Catuja, da Lua ...
Pois é a gata do engate, a que chama polo macho, e a que tem por atributo a borralha, a borra a pelúcia donda, suave, macia, a que se mantém no quente da borralha a que tem esse quente da cinza, a da chuva fina nebulizada e fertilizadora.
Borra tem essa ambivalência entre a suavidade da lã e o amargo das fezes do vinho.
Borra do latim burra, que foi nome para as vitelas, de onde teríamos que a gata burralheira seria a gata-vitela, onde dous aspetos da feminidade se juntam e complementam, um lado materno lácteo e outro defensivo sagaz, ardileiro, de fera.
Burrānĭca pōtio tamém é umha beberage de leite e mosto fermentado, voltamos outra vez a uniom complementar. E burrus, é vermelho ao lado de purrus, perto da purrela e da borra do vinho.
É burro, no italiano, manteiga tamém.
Tão perto da amrita todo isto na sua ambivalência, suavidade-amargor.
A gata borralheira, a fêmea que atrai, micha que mianha e quer macho, representada pola energia de Hera, como a "casada" e nom a solteira.
Três: a gata, a velha da noite e a vaca.
Três: vermelha (brasas e borras quentes), negra (fezes, borras), e branca (manteiga e leite, borras requeimadas alvas).
Três : rajas, tamas, satva.
http://templomadreperola.wordpress.com/2011/04/02/orixasaxemanutencao/
Echium vulgare, Borralheira, borraxa, borrasca, borraxom, erva-viboreira, croua, sualha, soage, suages, xuá.
Bem, entom temos que esta Geradora força, a Velha a Vaca e a Gata, dá o poder, o bico, ao maçarico, à massa, da-lhe diversos atributos, a vibraçom musical, a concretizaçom da energia em forma, a sexualidade geradora ...
A limícola maçarica é lacada, ou lascada, pois laksmi significa no sânscrito a marcada, a assinalada.
Dizer que chocalheira tem um abano amplo de significado, todo o que tem o chocar, pois além da referência musical do bater da sineta, é também o chocado, o confrontado, o removido, e o ovo incubado.
Estamos pois diante da força do movimento primário, o choque, o chocolear, que produze na vibraçom, o som, a matéria, e a geraçom.
A Gata borralheira está deitada na cinza, na borralha, da lareira ao quente.
A Gata borralheira apresenta talvez, para mim, um significado mais oculto.
Basset a deusa gata egípcia pode ser que explique algo disto. O nome da Grande mai gata, Basset além de fazer referência à base, dizem significar tarro de pomada, onde já o relacionamos com a manthaja, a manteiga.
A gata anda com a Lua e com a limpeza dos vórtices que levam a energia a planos inferiores
Shashthi é umha deusa gata hindu, que tem por poderes e atributos: a proteçom no nascimento e o cuidado das crianças. Forma, energia que aflora na cultura romana como Juno Lucina, ou na figura da ursa, ou da caçadora de ratos, a marta ou outra mustélida, como a deluzinha (de+Luz+inha) ou doninha, A marta, (*barta, parta, farta, varta arta /arctos, na lenição, fortição, mutação da consoante inicial), pois nom havia ga(r)tas na Europa, (mas sim gates, doors e portas), como a Arcto-mixa, a ardilosa, arteira parteira.
Umha deidade da fertilidade, pois essa sexualidade feminina liberada, liberadora e poderosa é atributo próprio da Gata, da Onça, da Leoa.
Das nove avatares da Durga, a forma felina é Kathyayini, vai sentada sobre um leom, ela é a filha da Kata, da Gata, da Catuja, da Lua ...
Pois é a gata do engate, a que chama polo macho, e a que tem por atributo a borralha, a borra a pelúcia donda, suave, macia, a que se mantém no quente da borralha a que tem esse quente da cinza, a da chuva fina nebulizada e fertilizadora.
Borra tem essa ambivalência entre a suavidade da lã e o amargo das fezes do vinho.
Borra do latim burra, que foi nome para as vitelas, de onde teríamos que a gata burralheira seria a gata-vitela, onde dous aspetos da feminidade se juntam e complementam, um lado materno lácteo e outro defensivo sagaz, ardileiro, de fera.
Burrānĭca pōtio tamém é umha beberage de leite e mosto fermentado, voltamos outra vez a uniom complementar. E burrus, é vermelho ao lado de purrus, perto da purrela e da borra do vinho.
É burro, no italiano, manteiga tamém.
Tão perto da amrita todo isto na sua ambivalência, suavidade-amargor.
A gata borralheira, a fêmea que atrai, micha que mianha e quer macho, representada pola energia de Hera, como a "casada" e nom a solteira.
Três: a gata, a velha da noite e a vaca.
Três: vermelha (brasas e borras quentes), negra (fezes, borras), e branca (manteiga e leite, borras requeimadas alvas).
Três : rajas, tamas, satva.
http://templomadreperola.wordpress.com/2011/04/02/orixasaxemanutencao/
Echium vulgare, Borralheira, borraxa, borrasca, borraxom, erva-viboreira, croua, sualha, soage, suages, xuá.
Bem, entom temos que esta Geradora força, a Velha a Vaca e a Gata, dá o poder, o bico, ao maçarico, à massa, da-lhe diversos atributos, a vibraçom musical, a concretizaçom da energia em forma, a sexualidade geradora ...
A limícola maçarica é lacada, ou lascada, pois laksmi significa no sânscrito a marcada, a assinalada.
"La videlha"
O Pai da Vedelha
Tico Tico maçarico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o Padre da Abedelha
Pra cegar a sobrancelha;
Sobrancelha é miúda
Como a pulga na varanda.
Abre o rego, fecha o rego,
Vai-te esconder atrás do penedo.
A palavra Abedelha nom a atopo por nenhures, mais que nesta cantiga do maçarico. Umha primeira suposiçom leva-me a pensar numha avedelha, dumha hipotética *avetícula latina, umha forma de avícula.
Suponho que abedelha será bedelha / vedelha, ou bedelho, a tranqueta da porta, aparentada com veto e vedaçom, o que nos leva ao Padre do proibido, mas isto é nos lusos falares, que nos galaicos temos:
Vedelha é a guedelha ou gadelha de lã, e também a insignificância.
Tem parentela larga a vedelha.
Vedelha é tamém o verdalho, o argaço do mar que se enguedelha revolto polas ondas na praia.
É a vedelha aparentada com o gadelho, guenecho (gadelha) e o gadecho, (odre, fole, saco, gadelha de lã, sexo). Ao ladinho do godalho e da godalha (bode e cabra).
Vedella é no catalam a vitela, a bezerra, vedell, o coiro, do latim vĭtĕllu.
Mas pelo meio mete-se o diminutivo da vide, vitis, vitícula para falar das vidras, sarmentos, xotas da videira, das metaforicamente gadelhas do vinho, das trovas.
Entom nesta palavra, vedelha, temos a gadelha de lá, o abezerrado vitelo, o fole, o saco, o boto, a cabra godelha, o vegetal.
Quem é pois o Pai da Vedelha, é o pai do cabrito, do anho, e do bezerro, do vitelo, do ovo primigênio, da beitza.
É a palavra vedelha a que une na dúvida o anho e o vitelo de Deus.
Também anda pelo meio o cabrito, mas este já foi decidido que era do demo por algumhas mentes dualistas.
A triada galega ruminante junta-se numha vezeira de Vedelhas.
O pai da Vedelha, (o pai d' aVedelha), é o pai da Veda, com o matiz carinhoso:
Veda no sânscrito, vai mais alô do que é visto, veda é o percebido por todos os sentidos, o conhecimento, o saber sagrado.
Veda é, entre muitos significados, além dos famosos livros, o adquirido, o obtido, os bens, a propriedade.
Veda tamém é algo humilde, umha simples sandália.
O pai da Veda, é também çapateiro, ou çoqueiro, o pai do percebido.
Onde do mesmo jeito que Animal é aquele que possui ânima, o vedelho é o que tem vida, como o almaculum, deu no almalho ou boi castiço, o da alminha?
Assi fedelho / vedelho, recolhe toda a força, pois: quem tem mais vida que um fedelho?
O Trasno!
O fedelho é quem lhe segue. Mesmo fedelho é o animal macho sem castrar.
Feteculum, o feito foetu.
Pois o verde do verdelho é vida, vida, vida.
Na raiz, vedelho seria nome para qualquer tipo de animal, enquanto a palavra animal nom se estendia pola Europa, foi assim que os parentes linguísticos de vitelo, estão no gótico vithrus, no norueguês antigo veðr, no sueco antigo withar, no anglo-saxom vethe (1).....
É esta definiçom do animal referenciada à vida também associada com o tempo, pois vitelo, e weather, tempo atmósférico anteriormente tempo , enraizam no radical *wet-, que supostamente dá a vida e o tempo, Agnus e Annus.
*Wet- está na besta.
Entom quando no conto do Maçarico este contesta à pergunta de "quem che deu tam grande bico? / Foi o Padre da Vedelha... estamos ouvindo que foi o Pai da Vida, o Pai do Tempo, o Pai do cordeiro, o Pai do movimento, o Pai do verde ..
Também chamado o Pai da Botelha.
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o padre da Botelha
A jogar a sobrancelha.
Sobrancelha miudinha
Como a pulga da balança
Dá um pulo e põe-te em França.
Quem te deu tamanho bico?
Foi o Padre da Abedelha
Pra cegar a sobrancelha;
Sobrancelha é miúda
Como a pulga na varanda.
Abre o rego, fecha o rego,
Vai-te esconder atrás do penedo.
A palavra Abedelha nom a atopo por nenhures, mais que nesta cantiga do maçarico. Umha primeira suposiçom leva-me a pensar numha avedelha, dumha hipotética *avetícula latina, umha forma de avícula.
Suponho que abedelha será bedelha / vedelha, ou bedelho, a tranqueta da porta, aparentada com veto e vedaçom, o que nos leva ao Padre do proibido, mas isto é nos lusos falares, que nos galaicos temos:
Vedelha é a guedelha ou gadelha de lã, e também a insignificância.
Tem parentela larga a vedelha.
Vedelha é tamém o verdalho, o argaço do mar que se enguedelha revolto polas ondas na praia.
É a vedelha aparentada com o gadelho, guenecho (gadelha) e o gadecho, (odre, fole, saco, gadelha de lã, sexo). Ao ladinho do godalho e da godalha (bode e cabra).
Vedella é no catalam a vitela, a bezerra, vedell, o coiro, do latim vĭtĕllu.
Mas pelo meio mete-se o diminutivo da vide, vitis, vitícula para falar das vidras, sarmentos, xotas da videira, das metaforicamente gadelhas do vinho, das trovas.
Entom nesta palavra, vedelha, temos a gadelha de lá, o abezerrado vitelo, o fole, o saco, o boto, a cabra godelha, o vegetal.
Quem é pois o Pai da Vedelha, é o pai do cabrito, do anho, e do bezerro, do vitelo, do ovo primigênio, da beitza.
É a palavra vedelha a que une na dúvida o anho e o vitelo de Deus.
Também anda pelo meio o cabrito, mas este já foi decidido que era do demo por algumhas mentes dualistas.
A triada galega ruminante junta-se numha vezeira de Vedelhas.
O pai da Vedelha, (o pai d' aVedelha), é o pai da Veda, com o matiz carinhoso:
Veda no sânscrito, vai mais alô do que é visto, veda é o percebido por todos os sentidos, o conhecimento, o saber sagrado.
Veda é, entre muitos significados, além dos famosos livros, o adquirido, o obtido, os bens, a propriedade.
Veda tamém é algo humilde, umha simples sandália.
O pai da Veda, é também çapateiro, ou çoqueiro, o pai do percebido.
Onde do mesmo jeito que Animal é aquele que possui ânima, o vedelho é o que tem vida, como o almaculum, deu no almalho ou boi castiço, o da alminha?
Assi fedelho / vedelho, recolhe toda a força, pois: quem tem mais vida que um fedelho?
O Trasno!
O fedelho é quem lhe segue. Mesmo fedelho é o animal macho sem castrar.
Feteculum, o feito foetu.
Pois o verde do verdelho é vida, vida, vida.
Na raiz, vedelho seria nome para qualquer tipo de animal, enquanto a palavra animal nom se estendia pola Europa, foi assim que os parentes linguísticos de vitelo, estão no gótico vithrus, no norueguês antigo veðr, no sueco antigo withar, no anglo-saxom vethe (1).....
É esta definiçom do animal referenciada à vida também associada com o tempo, pois vitelo, e weather, tempo atmósférico anteriormente tempo , enraizam no radical *wet-, que supostamente dá a vida e o tempo, Agnus e Annus.
*Wet- está na besta.
Entom quando no conto do Maçarico este contesta à pergunta de "quem che deu tam grande bico? / Foi o Padre da Vedelha... estamos ouvindo que foi o Pai da Vida, o Pai do Tempo, o Pai do cordeiro, o Pai do movimento, o Pai do verde ..
Também chamado o Pai da Botelha.
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o padre da Botelha
A jogar a sobrancelha.
Sobrancelha miudinha
Como a pulga da balança
Dá um pulo e põe-te em França.
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1. O radical wet- / vet- para a vida em ânima animal, temo-lo na palavra bidente, ou vidente, que significa carneiro ou ovelha, além dos vistos, vitelo, besta e becho / bicho, que poderiam ter vindo polo latim, com o bezerro por perto.
À par, vezeira dizem provir de vez, mas uma vezeira pudo ter sido uma *veteira, um fato de veðr, uma ovelheira.
Tem o velho galego, ao lado da vezeira e do bidente, as palavras benceira, e abença, para o rebanho, que bem poderia ser venzeira, de venzius (vizinhos nasalizado medieval), ainda que temos benza como mando, e pois logo benzeira como mandadeira. E abença de havença, o que há....
Mas dá para pensar.
Veterinária dizem provir de veterinum, aquele que guiava os carros de bestas, mas a etimologia latinista não vê em veter-inum o animal-eiro, segue e diz que provem de vehiterinum do verbo veho, portar, levar, carrejar, (confonte-se veículo).
Bestas carrejadoras que estão no latim, como vehiterinum, e mesmo no finês e húngaro tão distantes como vetää e vezet, levar da mão, chamar pola corda, guiar, conduzir, puxar...
Bíblia Gótica de Ulfila
29 Sai, sa ist vithrus guths, saei afnimith fravaurht thizos manaseidais.
Vithrus como bezerro, mas também qualquer "animal de um ano de vida".
À par, vezeira dizem provir de vez, mas uma vezeira pudo ter sido uma *veteira, um fato de veðr, uma ovelheira.
Tem o velho galego, ao lado da vezeira e do bidente, as palavras benceira, e abença, para o rebanho, que bem poderia ser venzeira, de venzius (vizinhos nasalizado medieval), ainda que temos benza como mando, e pois logo benzeira como mandadeira. E abença de havença, o que há....
Mas dá para pensar.
Veterinária dizem provir de veterinum, aquele que guiava os carros de bestas, mas a etimologia latinista não vê em veter-inum o animal-eiro, segue e diz que provem de vehiterinum do verbo veho, portar, levar, carrejar, (confonte-se veículo).
Bestas carrejadoras que estão no latim, como vehiterinum, e mesmo no finês e húngaro tão distantes como vetää e vezet, levar da mão, chamar pola corda, guiar, conduzir, puxar...
Bíblia Gótica de Ulfila
29 Sai, sa ist vithrus guths, saei afnimith fravaurht thizos manaseidais.
Vithrus como bezerro, mas também qualquer "animal de um ano de vida".
O Pai ou a Nai da Botelha
De algo do alargado e profundo significado que se guarda detrás da botelha, tenho falado nesta postagem e nest'outra.
E vou falar um chisco mais, desde a lengalenga infantil:
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o padre da Botelha
A jogar a sobrancelha.
Sobrancelha miudinha
Como a pulga da balança
Dá um pulo e põe-te em França.
Quem é este Pai da Botelha que lhe dá ao sarapico, ou maçarico, o seu longo bico?
E mais que é a Botelha?
Penso num primeiro lugar do trapazeiro conto infantil, onde a palavra botelha está aí por cumprir com a rima e o ritmo da cantinela, penso desde a soberba adulta, mas equivoco-me.
O traseiro disto está na etimologia de botelha, como diminutivo dumha hipotética *boticula.
Nesta *boticula enraíza muito do bodo, do pagamento em fruto, da oferenda, que foi feita em budim, em bolo de massa. Onde o voto é a promessa em vontade, que aparenta com a voda.
O buda é o cheio, a bunda é a abundância, nascida do pote/bote, onde se acumula e calha o butiro, o butiro que também se acumula em vitelo / bezerro.
Onde mesmo as aves acumulam no bucho, o butre e abutre, o buteo.
O maçarico, Numenius arquata, também é massa, massarico talvez for a sua verdadeira grafia, pois noutros falares o Nume é assi nomado: dough bird, ave-massa, nos falares ingleses da Norte-América atlântica.
Numenius é o neo-men, neo-menen, grego, o novo mês, a lua nova, a lua que enche e medra acumulando para logo parir. Nume é o afirmado, o seguro, o materializado. Pois é o massarico uma ave que para a sua migraçom embute-se de alimento, é tudo grassa, quem tenha caçado sabe.
A botelha, é um diminutivo da bota.
O botelho é o estômago, umha chouriça grossa de cabaça, perto do o botelo ou butelo, a cabaça mesma é um botelho, a cabaça guardada no cabaço ou cabaceiro ....
Leva a pensar que a voz *bot, origina-se no acúmulo, um acúmulo que se guarda que se oferece que serve para a partir dele gerar, continuar a geraçom.
O Pai da Botelha, talvez fosse a Nai, mas nesse plano para mim tudo é confusso é a nai do contentor e do conteúdo, a que contém sem ser recipiente, ou o recipiente do vácuo. É o Pai da promessa, do futuro, o guiador nom guiado. O Pai da abundância, que paradoxalmente é a insignificância, pois sendo Pai da Vedelha, é Pai do Nada. O Pai da geraçom que nom foi gerado. O pai da massa, do material.
E vou falar um chisco mais, desde a lengalenga infantil:
Sarapico, pico, pico
Quem te deu tamanho bico?
Foi o padre da Botelha
A jogar a sobrancelha.
Sobrancelha miudinha
Como a pulga da balança
Dá um pulo e põe-te em França.
Quem é este Pai da Botelha que lhe dá ao sarapico, ou maçarico, o seu longo bico?
E mais que é a Botelha?
Penso num primeiro lugar do trapazeiro conto infantil, onde a palavra botelha está aí por cumprir com a rima e o ritmo da cantinela, penso desde a soberba adulta, mas equivoco-me.
O traseiro disto está na etimologia de botelha, como diminutivo dumha hipotética *boticula.
Nesta *boticula enraíza muito do bodo, do pagamento em fruto, da oferenda, que foi feita em budim, em bolo de massa. Onde o voto é a promessa em vontade, que aparenta com a voda.
O buda é o cheio, a bunda é a abundância, nascida do pote/bote, onde se acumula e calha o butiro, o butiro que também se acumula em vitelo / bezerro.
Onde mesmo as aves acumulam no bucho, o butre e abutre, o buteo.
O maçarico, Numenius arquata, também é massa, massarico talvez for a sua verdadeira grafia, pois noutros falares o Nume é assi nomado: dough bird, ave-massa, nos falares ingleses da Norte-América atlântica.
Numenius é o neo-men, neo-menen, grego, o novo mês, a lua nova, a lua que enche e medra acumulando para logo parir. Nume é o afirmado, o seguro, o materializado. Pois é o massarico uma ave que para a sua migraçom embute-se de alimento, é tudo grassa, quem tenha caçado sabe.
A botelha, é um diminutivo da bota.
O botelho é o estômago, umha chouriça grossa de cabaça, perto do o botelo ou butelo, a cabaça mesma é um botelho, a cabaça guardada no cabaço ou cabaceiro ....
Leva a pensar que a voz *bot, origina-se no acúmulo, um acúmulo que se guarda que se oferece que serve para a partir dele gerar, continuar a geraçom.
O Pai da Botelha, talvez fosse a Nai, mas nesse plano para mim tudo é confusso é a nai do contentor e do conteúdo, a que contém sem ser recipiente, ou o recipiente do vácuo. É o Pai da promessa, do futuro, o guiador nom guiado. O Pai da abundância, que paradoxalmente é a insignificância, pois sendo Pai da Vedelha, é Pai do Nada. O Pai da geraçom que nom foi gerado. O pai da massa, do material.
A triada de vedelhas
Tem três ânimas vedelhas, a Galiza:
Vedelha é a guedelha de lã, a lanígera anha, o gado vidente, a ovelha.
Vedelha é a vitelinha, la vedella català, a vaca.
Vedelha é a godelha, a chiva cabuja, a cabra.
Um diminutivo carinhoso para a palavra *veda?, *vedícula?
Veda no sânscrito, vai mais alô do que é visto, veda é o percebido por todos os sentidos, o conhecimento, o saber sagrado.
Veda é, entre muitos significados, além dos famosos livros, o adquirido, o obtido, os bens, a propriedade.
Veda tamém é algo humilde, umha simples sandália ...
Confronto veda sânscrito com a plurivalente vida do falar rural, onde vida, além de ser este tempo existencial, é fazenda, assuntos domésticos, comida.
A trindade ruminante, espelha-se nas três gunas: Satva, Rajas e Tamas, as três qualidades fundamentais da massa, da matéria, do substancial.
E entendo como o controlo cultural de rígidos moldes que fum habitando nestes dous últimos milênios na Europa, conforma, deforma-me ...
Rumear, remoer, ruminar é voltar sobre o adquirido.
E estes três jeitos de voltar sobre o adquirido estivérom em desequilíbirio, estám ...
O modo da cabra de voltar sobre o saber foi fortemente reprimido. A cabra, o bode, o cabrom, símbolodo do daimon, do demo, do mensageiro em movimento, fôrom enviados para o inferno.
Assi a doída do sentimento, a cabra-louca é fortemente negada.
É a godelha: Rajas, açom.
Logo depois vem a vaca, que na Índia é sagrada, na Galiza tamém, mas é umha sacralidade punida desde o catolicismo, onde o conto do bezerro de ouro é censurador do seu culto e cuidado. A vaca volta sobre o saber, rumea, e deixa-se fazer, enjuga-se ou enjugam-na?, é a vaca: Sattva, a nom-açom.
E temos finalmente o Agnus, a ovelha, a inaçom: Tamas. O Cordeiro de Deus, o que se deixa guiar, característica da massa inativa que foi promovida, o rebanho de ovinos tem sido modelo.
"A natureza do guna tamo é verificar ou retardar, porém não se deve pensar que se o movimento é ascendente guna tamo está ausente".Desde o meu mestre cabra, turro, gurro, conta a inaçom.
Agora inclino-me, e sei da sua necessidade.
Sei tamém que o Catolicismo levou o Anho ao altar, Agnus Dei, deixando as outras vedelhas para papeis secundários na sua interpretaçom da Maya. O boi do presépio o do acalento e o do trabalho calado; e a cabra para ainda mais longe, tam longe que inclusive lhe foi proibido o Céu, ela a má do filme.
Sei, pola ovelha, que é necessário um equilíbrio, umha vezeira de vedelhas variadas em harmonia silvopastoral.
Sei que o que foi, foi, e o que é, é.
Ó Grande Boi, ó NANDI!!
Vāhana!
Ó poder da Sattva!
Prostro-me.
Vedelha é a guedelha de lã, a lanígera anha, o gado vidente, a ovelha.
Vedelha é a vitelinha, la vedella català, a vaca.
Vedelha é a godelha, a chiva cabuja, a cabra.
Um diminutivo carinhoso para a palavra *veda?, *vedícula?
Veda no sânscrito, vai mais alô do que é visto, veda é o percebido por todos os sentidos, o conhecimento, o saber sagrado.
Veda é, entre muitos significados, além dos famosos livros, o adquirido, o obtido, os bens, a propriedade.
Veda tamém é algo humilde, umha simples sandália ...
Confronto veda sânscrito com a plurivalente vida do falar rural, onde vida, além de ser este tempo existencial, é fazenda, assuntos domésticos, comida.
A trindade ruminante, espelha-se nas três gunas: Satva, Rajas e Tamas, as três qualidades fundamentais da massa, da matéria, do substancial.
E entendo como o controlo cultural de rígidos moldes que fum habitando nestes dous últimos milênios na Europa, conforma, deforma-me ...
Rumear, remoer, ruminar é voltar sobre o adquirido.
E estes três jeitos de voltar sobre o adquirido estivérom em desequilíbirio, estám ...
O modo da cabra de voltar sobre o saber foi fortemente reprimido. A cabra, o bode, o cabrom, símbolodo do daimon, do demo, do mensageiro em movimento, fôrom enviados para o inferno.
Assi a doída do sentimento, a cabra-louca é fortemente negada.
É a godelha: Rajas, açom.
Logo depois vem a vaca, que na Índia é sagrada, na Galiza tamém, mas é umha sacralidade punida desde o catolicismo, onde o conto do bezerro de ouro é censurador do seu culto e cuidado. A vaca volta sobre o saber, rumea, e deixa-se fazer, enjuga-se ou enjugam-na?, é a vaca: Sattva, a nom-açom.
E temos finalmente o Agnus, a ovelha, a inaçom: Tamas. O Cordeiro de Deus, o que se deixa guiar, característica da massa inativa que foi promovida, o rebanho de ovinos tem sido modelo.
"A natureza do guna tamo é verificar ou retardar, porém não se deve pensar que se o movimento é ascendente guna tamo está ausente".Desde o meu mestre cabra, turro, gurro, conta a inaçom.
Agora inclino-me, e sei da sua necessidade.
Sei tamém que o Catolicismo levou o Anho ao altar, Agnus Dei, deixando as outras vedelhas para papeis secundários na sua interpretaçom da Maya. O boi do presépio o do acalento e o do trabalho calado; e a cabra para ainda mais longe, tam longe que inclusive lhe foi proibido o Céu, ela a má do filme.
Sei, pola ovelha, que é necessário um equilíbrio, umha vezeira de vedelhas variadas em harmonia silvopastoral.
Sei que o que foi, foi, e o que é, é.
Ó Grande Boi, ó NANDI!!
Vāhana!
Ó poder da Sattva!
Prostro-me.
O baço maçado
... Fum por umha corredoira torta
atopei umha cabra morta
dim-lhe um ponta-pé
e a cabra dixo: Me!!
Na medicina da alma, a dor do baço, chamado também paxarela ou passarinha, é a dor da loucura reflexiva.
Uma das sete emoções principais definidas na medicina chinesa, assenta no baço. "A reflexão excessiva prejudica o baço, mas, porém as afecções do baço tornam o enfermo pensativo".
A relação causa efeito não é lineal nem temporal:
O baço doído e a excessiva reflexão, entidades separadas, flutuam no espaço-tempo e dam umha coa outra.
É o baço simbolizado pola cor amarela, arquata.
É o baço o que evita que as vísceras prolapsem, pois é o que mantem unido o corpo, é o afirmante.
O baço é escravo do passado, é sobre esse passado que ele trabalha, e equilibra e utiliza para a sabedoria.
O baço desequilibrado provoca o ilhamento, mas no seu equilíbrio permite assentar os pés no chão com firmeza.
No seu desajuste, o pensamento obsessivo está, o passado pesa e marca o rodopio, a fixação e a falta de criatividade fazem suco fundo, volta-se a atuar uma e outra vez do mesmo jeito, a experiência não é assimilada e repete-se um modelo comportamental herdado do passado.
É o baço a casa onde reside o pensamento lógico, a razão e a crítica construtiva, é o local da memória, da análise e síntese, onde a experiência é ressumida para superar novas situações, é o lugar da reflexão e da autoconfiança, local da união das partes de um mesmo.
O baço é encarregado de regular a humidade interior do corpo.
Nas pessoas melancólicas e morrinhentas há um excesso de humidade. Um baço são, ajuda a eliminar isto, abrindo canles, quelhas de saída, se o baço está maçado enchoupa-se e acumula líquido.
Já no saber do povo isto é conhecido pois no gado há a chamada baceira que é umha doença do baço, este tem grande tamanho, e é devida a um consumo excessivo de água.
Uma planta que ajuda ao baço, dá-se-lhe por aqui o nome de "erva do baço", Verbena officinalis.
Então temos que a auga e a memória do passado andam juntas, a humidade leva a memória, um excesso do poder da memória, umha falta de eliminaçom da auga miúda e das lembranças, um excesso de atenção do passado causa a morrinha, morrinha que também é a chuva miúda penetrante ...
Dizem provir baço da sua cor, do latim budius, avermelhado.
Também no grego o esplen σπλήν significa malva.
Este budius dá tamém baio, aparentado com o irlandês buide, amarelado.
E no asturiano bayu, e o baço, com estas outras significaçons: calma, paciência, indiferência
Poderia haver umha relaçom entre o baço esplénico e o baço, bafo, tafo?, depois de ter falado da sua funçom e da auga... aqui entraria relacinar o baço com o vaso.
Outro nome do baço é paolo, que já no latim paulus é pequeno, pois fígado e baço som comparados.
Maço, maçante, pensamentos repetitivos originados pola disfunçom do órgão esplênico.
O maçarico é essa ave que anda na massa ou que é massa (dough bird no falar inglês da costa leste de EEUU), coa maça, bico, e que pode chegar a macerar-se ao andar sempre coas patas molhadas no limo e na lama.
atopei umha cabra morta
dim-lhe um ponta-pé
e a cabra dixo: Me!!
Na medicina da alma, a dor do baço, chamado também paxarela ou passarinha, é a dor da loucura reflexiva.
Uma das sete emoções principais definidas na medicina chinesa, assenta no baço. "A reflexão excessiva prejudica o baço, mas, porém as afecções do baço tornam o enfermo pensativo".
A relação causa efeito não é lineal nem temporal:
O baço doído e a excessiva reflexão, entidades separadas, flutuam no espaço-tempo e dam umha coa outra.
É o baço simbolizado pola cor amarela, arquata.
É o baço o que evita que as vísceras prolapsem, pois é o que mantem unido o corpo, é o afirmante.
O baço é escravo do passado, é sobre esse passado que ele trabalha, e equilibra e utiliza para a sabedoria.
O baço desequilibrado provoca o ilhamento, mas no seu equilíbrio permite assentar os pés no chão com firmeza.
No seu desajuste, o pensamento obsessivo está, o passado pesa e marca o rodopio, a fixação e a falta de criatividade fazem suco fundo, volta-se a atuar uma e outra vez do mesmo jeito, a experiência não é assimilada e repete-se um modelo comportamental herdado do passado.
É o baço a casa onde reside o pensamento lógico, a razão e a crítica construtiva, é o local da memória, da análise e síntese, onde a experiência é ressumida para superar novas situações, é o lugar da reflexão e da autoconfiança, local da união das partes de um mesmo.
O baço é encarregado de regular a humidade interior do corpo.
Nas pessoas melancólicas e morrinhentas há um excesso de humidade. Um baço são, ajuda a eliminar isto, abrindo canles, quelhas de saída, se o baço está maçado enchoupa-se e acumula líquido.
Já no saber do povo isto é conhecido pois no gado há a chamada baceira que é umha doença do baço, este tem grande tamanho, e é devida a um consumo excessivo de água.
Uma planta que ajuda ao baço, dá-se-lhe por aqui o nome de "erva do baço", Verbena officinalis.
Então temos que a auga e a memória do passado andam juntas, a humidade leva a memória, um excesso do poder da memória, umha falta de eliminaçom da auga miúda e das lembranças, um excesso de atenção do passado causa a morrinha, morrinha que também é a chuva miúda penetrante ...
Dizem provir baço da sua cor, do latim budius, avermelhado.
Também no grego o esplen σπλήν significa malva.
Este budius dá tamém baio, aparentado com o irlandês buide, amarelado.
E no asturiano bayu, e o baço, com estas outras significaçons: calma, paciência, indiferência
Poderia haver umha relaçom entre o baço esplénico e o baço, bafo, tafo?, depois de ter falado da sua funçom e da auga... aqui entraria relacinar o baço com o vaso.
Outro nome do baço é paolo, que já no latim paulus é pequeno, pois fígado e baço som comparados.
Maço, maçante, pensamentos repetitivos originados pola disfunçom do órgão esplênico.
O maçarico é essa ave que anda na massa ou que é massa (dough bird no falar inglês da costa leste de EEUU), coa maça, bico, e que pode chegar a macerar-se ao andar sempre coas patas molhadas no limo e na lama.
Dalua
Dalua, é um ser misterioso da mitologia celta, umha fada louca, do povo dos bons vizinhos, dos sidhe, a sua sombra assombra e provoca o esquecimento, se fores tocado por ela podes virar louco ou morrer, ela vaga com tristes pensamentos repetitivos ...
Fiona Macleod, fala-nos da fada Dalua:
Dalua
I have heard you calling, Dalua,
Dalua!
I have heard you on the hill,
By the pool-side still,
Where the lapwings shrill
Dalua. . . Dalua . . . Dalua!
What is it you call, Dalua,
Dalua?
When the rains fall,
When the mists crawl
And the curlews call
Dalua . . .Dalua . . . Dalua!
I am the Fool, Dalua
Dalua!
When men hear me, their eyes
Darken: the shadow in the skies
Droops: and the keening-woman cries
DALUA . . . DALUA . . . DALUA !
THE LORDS OF SHADOW
Where the water whispers mid the shadowy rowan-trees
I have heard the Hidden People like the hum of swarming bees:
And when the moon has risen and the brown burn glisters grey
I have seen the Green Host marching in laughing disarray.
Dalua then must sure have blown a sudden magic air
Or with the mystic dew have sealed my eyes from seeing fair:
For the great Lords of Shadow who tread the deeps of night
Are no frail puny folk who move in dread of mortal sight.
For sure Dalua laughed alow, Dalua the fairy Fool,
When with his wild-fire eyes he saw me 'neath the rowan-shadowed pool:
His touch can make the chords of life a bitter jangling tune,
The false glows true, the true glows false, beneath his moontide rune.
The laughter of the Hidden Host is terrible to hear,
The Hounds of Death would harry me at lifting of a spear:
Mayhap Dalua made for me the hum of swarming bees
And sealed my eyes with dew beneath the shadowy rowan-trees.
Fiona Macleod, fala-nos da fada Dalua:
Dalua
I have heard you calling, Dalua,
Dalua!
I have heard you on the hill,
By the pool-side still,
Where the lapwings shrill
Dalua. . . Dalua . . . Dalua!
What is it you call, Dalua,
Dalua?
When the rains fall,
When the mists crawl
And the curlews call
Dalua . . .Dalua . . . Dalua!
I am the Fool, Dalua
Dalua!
When men hear me, their eyes
Darken: the shadow in the skies
Droops: and the keening-woman cries
DALUA . . . DALUA . . . DALUA !
THE LORDS OF SHADOW
Where the water whispers mid the shadowy rowan-trees
I have heard the Hidden People like the hum of swarming bees:
And when the moon has risen and the brown burn glisters grey
I have seen the Green Host marching in laughing disarray.
Dalua then must sure have blown a sudden magic air
Or with the mystic dew have sealed my eyes from seeing fair:
For the great Lords of Shadow who tread the deeps of night
Are no frail puny folk who move in dread of mortal sight.
For sure Dalua laughed alow, Dalua the fairy Fool,
When with his wild-fire eyes he saw me 'neath the rowan-shadowed pool:
His touch can make the chords of life a bitter jangling tune,
The false glows true, the true glows false, beneath his moontide rune.
The laughter of the Hidden Host is terrible to hear,
The Hounds of Death would harry me at lifting of a spear:
Mayhap Dalua made for me the hum of swarming bees
And sealed my eyes with dew beneath the shadowy rowan-trees.
Corcach
Dálua vaga doida polas branhas ermas e solitárias da Eirim, entre as altas urzes, reflete sobre o seu ser e sobre o divino. Nada entende, mas não pode parar esse fluxo contínuo de ideias e pensamentos encadeados. A dor punça baixo o arco das costelas, no cárcavo esquerdo, do estômago ao coração, britonicamente enferma de existencialismo, partida. No alto o Curli anuncia ...
É para os irlandeses, o corcach, um nome do maçarico.
O cor-cach, o outro coração, o outro giro, o outro turbilhão, o outro contato, o outro casamento.
Nomeiam o maçarico também como "o gemido da tristeza", ou "o pranto musical", guilbhron e guilbinn, conhecido como "o duende do longo bico", the bogle withe lang neb.
Símbolo da fada louca Dálua, a que desconhece o mistério divino.
A fada louca Dálua da mitologia céltica, tem ambivalência, pois dálua é "a relativa à lua". E lua nos gaélicos falares tem o significado de ponta-pé e baço.
Por isso, na cantiga galega, o maçarico dá um ponta-pé na cabra morta, a cabra é louca por natureza, louca reflexiva e louca irreflexiva, a cabra é morta, e com a patada volta à vida.
É o gemido do maçarico maçante?, pois é maçante a dor do ponta-pé no baço, e é maçante a excessiva atividade mental reflexiva em giro e volta sem saída.
A cantiga tradicional galega está cheia então de significado, o maçarico maça no baço da louca cabra, que crendo-se morta, revive dizendo: Me!!
ME!!, é autoafirmação, me som EU.
Alegrar a paxarela, facer bulir a paxarela, som ditos populares para dizer que se está contente e que a ledice se manifesta.
Voltamos ao númen, onde nume é o aceno da cabeça, a afirmaçom, o afirmativo.
Por isso o escriba é o que tem a cabeça de ibis, o maçarico do Nilo, por isso o nosso maçarico pica no carvalho, no Deus, até dar com um grãozinho, um conhecimento, que leva ao moinho, o moinho do inteleto, onde mói e remói, e os ratinhos roem, todo um maquinário, que maquina e esmiúça até farinhá-lo alvo.
A escriba e o escriba com os seus ponteiros, peteiro, assentam o livro do saber sobre a matéria, madeira, o deus Thot e a deusa Seshat, (o mandril, o maçarico, a madeira e o papiro). Os das mentes matemáticas e os que grafam o conhecimento reflexivo, os atlantes construtores e sábios.
É para os irlandeses, o corcach, um nome do maçarico.
O cor-cach, o outro coração, o outro giro, o outro turbilhão, o outro contato, o outro casamento.
Nomeiam o maçarico também como "o gemido da tristeza", ou "o pranto musical", guilbhron e guilbinn, conhecido como "o duende do longo bico", the bogle withe lang neb.
Símbolo da fada louca Dálua, a que desconhece o mistério divino.
A fada louca Dálua da mitologia céltica, tem ambivalência, pois dálua é "a relativa à lua". E lua nos gaélicos falares tem o significado de ponta-pé e baço.
Por isso, na cantiga galega, o maçarico dá um ponta-pé na cabra morta, a cabra é louca por natureza, louca reflexiva e louca irreflexiva, a cabra é morta, e com a patada volta à vida.
É o gemido do maçarico maçante?, pois é maçante a dor do ponta-pé no baço, e é maçante a excessiva atividade mental reflexiva em giro e volta sem saída.
A cantiga tradicional galega está cheia então de significado, o maçarico maça no baço da louca cabra, que crendo-se morta, revive dizendo: Me!!
ME!!, é autoafirmação, me som EU.
Alegrar a paxarela, facer bulir a paxarela, som ditos populares para dizer que se está contente e que a ledice se manifesta.
Voltamos ao númen, onde nume é o aceno da cabeça, a afirmaçom, o afirmativo.
Por isso o escriba é o que tem a cabeça de ibis, o maçarico do Nilo, por isso o nosso maçarico pica no carvalho, no Deus, até dar com um grãozinho, um conhecimento, que leva ao moinho, o moinho do inteleto, onde mói e remói, e os ratinhos roem, todo um maquinário, que maquina e esmiúça até farinhá-lo alvo.
A escriba e o escriba com os seus ponteiros, peteiro, assentam o livro do saber sobre a matéria, madeira, o deus Thot e a deusa Seshat, (o mandril, o maçarico, a madeira e o papiro). Os das mentes matemáticas e os que grafam o conhecimento reflexivo, os atlantes construtores e sábios.
Maçarico curli
Enquanto a minha nai me lavava a carinha, cantava-me:
-Ergue o bico maçarico.
Quem che deu tam longo bico?
-Deu-mo Dios pròs meus trabalhos
pra picar nos carvalhos,
piquei e repiquei
um graoinho encontrei
levei-no ao moinho
o moinho a moer
os ratinhos a roer,
fum por umha corredoira torta
atopei umha cabra morta
dei-lhe um ponta-pé
e a cabra dixo: Me!
Kalikaa, कलिका , é o nome sânscrito para o curli.
O Maçarico apelidado de curli, lomeado assim polo seu som "curliiii", Numenius arquata.
Mas terá a ver algo Kali com esta linda ave?
O nome científico Numenius, leva-nos ao nume.
Ela pertence ao nume, é a presença, a alma divina acompanhante.
O seu segundo nome arquata, fala-nos dum certo brilho amarelo, ou da sua pertença ao arco da Vétula, ao arco-iris, ao arco da Velha.
É umha força da divindade Velha, umha força de Kali, (daí Kalikaa?).
É a numénia a que assente, a da anuência, do consentimento, da aprovaçom.
É o maçarico afirmante, segurador.
Mas também é o que trai a trevoada.
Cailleach, Cália, a velha da noite manda-nos o seu curli?
Númiga alva do solpor, numigage que conforma o númen deste fim do mundo, o maçarico canta.
Olha, mita ti,; como pode ser que esta avezinha andou no folclore popular, sendo como é ignorada hoje?
Maçaricão.
-Ergue o bico maçarico.
Quem che deu tam longo bico?
-Deu-mo Dios pròs meus trabalhos
pra picar nos carvalhos,
piquei e repiquei
um graoinho encontrei
levei-no ao moinho
o moinho a moer
os ratinhos a roer,
fum por umha corredoira torta
atopei umha cabra morta
dei-lhe um ponta-pé
e a cabra dixo: Me!
Kalikaa, कलिका , é o nome sânscrito para o curli.
O Maçarico apelidado de curli, lomeado assim polo seu som "curliiii", Numenius arquata.
Mas terá a ver algo Kali com esta linda ave?
O nome científico Numenius, leva-nos ao nume.
Ela pertence ao nume, é a presença, a alma divina acompanhante.
O seu segundo nome arquata, fala-nos dum certo brilho amarelo, ou da sua pertença ao arco da Vétula, ao arco-iris, ao arco da Velha.
É umha força da divindade Velha, umha força de Kali, (daí Kalikaa?).
É a numénia a que assente, a da anuência, do consentimento, da aprovaçom.
É o maçarico afirmante, segurador.
Mas também é o que trai a trevoada.
Cailleach, Cália, a velha da noite manda-nos o seu curli?
Númiga alva do solpor, numigage que conforma o númen deste fim do mundo, o maçarico canta.
Olha, mita ti,; como pode ser que esta avezinha andou no folclore popular, sendo como é ignorada hoje?
Maçaricão.
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