Roiriz da freguesia de Santa Maria de Vidueiros (Doção (-om)).
Tem a típica forma de grande chousa neolítica, com mámoas nos seus pontos frequentes, na ponta com o nome de Mámoas de Cruz de Paio (frequentemente a ponta destas grandes chousas leva o nome de Cruz ou Cruzeiro) e no lado lateral, com o nome de Mámoa da Mulher Morta, onde frequentemente assenta uma ermida ou igreja, no outro lado uma pena significativa, neste caso Pena Ferradura.
O nome de Mámoa da Mulher Morta leva ao pensamento de ser uma mámoa como local de enterramento matrilinear (aqui mais alargadamente desenvolto: "a tumbos por Dombodám").
Topónimos chamativos:
Chouso Grande, ao leste de Roiriz.
Pardinheiros (paredes) ao sul de Roiriz.
Calçadinha caminho que tronça a chousa na sua parte leste.
Como outras grandes chousas a sua génese acabou-na partindo em três peças, três pedaços: a ponta, a parte central e o couce (aqui mais desenvolto "Roma?").
O seu couce com o nome de Raba da Chousa.
O nome de Mámoa da Mulher Morta leva ao pensamento de ser uma mámoa como local de enterramento matrilinear (aqui mais alargadamente desenvolto: "a tumbos por Dombodám").
Topónimos chamativos:
Chouso Grande, ao leste de Roiriz.
Pardinheiros (paredes) ao sul de Roiriz.
Calçadinha caminho que tronça a chousa na sua parte leste.
Como outras grandes chousas a sua génese acabou-na partindo em três peças, três pedaços: a ponta, a parte central e o couce (aqui mais desenvolto "Roma?").
O seu couce com o nome de Raba da Chousa.
Aqui Roiriz na freguesia de Folgoso (Alhariz) com a sua grande chousa:
Roiriz no concelho de Alhariz, é uma grande chousa em sentido norte sul, com o bico no norte. As mais frequentes chousas são em sentido leste-oeste, as norte sul sininicativas semelham associadas a lugares de maior poder na continuidade, como pode ser Compostela, Poio ou Jerusalém, já Roma também, ainda que a topografia faz que esteja orientada sul-nordeste.
Toponímia a destacar, de sul a norte:
Aboim, na beira do rio, onde Aboim teria a ver com as palavras gaélicas com o significado de rio como ab, aub, oub, ob, abh, abinn, abuind, abainn, abae, haba, abhai, aibne, aibni, aibnib, aba, abann, abhann, haband, habhana, abuindaib, aband, do proto-céltico *abū, com o mesmo significado.
Cortinhas: ao lado das grandes chousas pecuárias, costumam aparecer cortinhas, espaços vedados de forma retangular com esquinas arredondadas, aparentemente lugares vedados de produção agrícola.
Toubes: uma touba é um tobo, uma cova de animal, neste caso pode estar fazendo referência a um foxo limitante.
Lagoas: Lexema lac-, de cortadura, que aparece em lacerar, do étimo latino lacer, adjetivo que fala de lacerado, de cortado em peças; lacarear gretar..
Remete este grupo a um protoindo-europeu *lek
Outras palavras força no galego com o lexema lac- que dão ideia de corte: laquiços, e eslaquiçar, (pedaços, e despedaçar).
Laquear, o mesmo que lanhar, gretar, rasgar, abrir com um corte, usa-se frequentemente para falar de abrir a sardinha ou outros peixes polo ventre na linha média e vaziar as suas tripas.
Laqueiras são as orelheiras do arado.
Eslacoar, eslacaçar, eslacumar / eslacomar.
Ablaquear e ablaquecer: cavar derredor do pé de uma árvore para expor as suas raízes ou reter as águas.
Esta raiz lak- lek- para a talhadura tem de ser antiga, pois no finês cortar é leikata.
Laco no galego é o puxão que se dá na tança, no sedal, quando pica o peixe para que o anzol crave.
Por aqui anda o inglês leak.
O galês llec, buraco, rachadura, fenda.
O asturiano llazonada: cortadura com navalha ou similar.
Então aqui entra a relação entre o entalhe e a lei, sendo o laco, a lacada na terra, a marca da lei.
E entende-se melhor o que foram os lagoeiros, lagüeiros, legüeiros iniciais.
Os que tratavam do laco, ou da lagoa.
Laco que seria o sulco limitador, como até há pouco eram limitados os montes por uma cova perimetral?, laco que era o caminho por terra de ninguém do aqui para o além...?
Laco, lacuna, e os topónimos semelhantes tem um étimo anterior ao da lacuna romana (entendida lagoa como grande poça de água), um étimo céltico ou chame-se-lhe x, que antes do que ver com água, poça ou poço de água, tem a ver com "talhada" na terra, com rego, por isso a sardinhas são laqueadas.
Pombal: Assim os cômaros / cômbaros, na ideia de celta-p e celta-q teriam por par os *pômaros / *pombaros. Mas indo à raiz onde -aro, seria o genitivo plural de um lexema tal que *kom(b)a / *pom(B)a; que alicerça a relação entre kombh- e pombh- e os topónimos frequentes nas chousas de Pombal, onde não sempre é referido a uma pomba, e sim a um e cômaro, cômbaro, como nome da parte comba do valado. Lido o anterior poderia ser percebida a relação entre o pomerium / pomoerium (*pómbʰos) o que o ligaria com o muro galaico o cômaro, cômbaro (*kómbʰos).
Assim no grego antigo ποιμήν (poimḗn) "pastor de ovelhas, pastor em geral, gadeiro; chefe local", e também com a sua raiz no grego micênico 𐀡𐀕 (po-me) "pastor", estariam apoiando esta hipótese.
Hipótese na que o pomoerium / pomerium latino, e os pomarinhos e pombais galaicos nada teriam a ver com post-murium, mas sim com o 𐀡𐀕 (po-me) "pastor" micênico, pomoerium já então de um hipotético proto-latino *pome-arium " dos pastores, pastoreiro", nome dado ao grande cômaro e foxo circundante da chousa pecuária.
Penela: associada a grande chousa pecuária neolítica costuma haver uma pena natural ou artificial, uma pedra-fita, por vezes com topónimos tipo seixo, laje, numa hipótese de ser uma pedra fundacional com uma função ritualística.
Ao lado de Roiriz há os microtopónimos de Hortas, e Tabernas: o topónimo Taberna associado aos curros afunilados costuma aparecer num dos seus lados do caminho ou vedação da chousa que tem a um lado o lugar religioso, o templo, primária taberna do chefe pastor, chamada por Roma tabernáculo, lugar da arca; pondo em relação a taberna tab- com a trane trav-.
Na gíria dos canteiros a taberna recebe o nome de badorna a taberna, com o lexema bad-.
Pondo em relação bad- com tab-:
Assim a palabra taberna é pensado ser construída sobre os lexemas protoindo-europeus *trabs / *treb- "trave" + -rna; confrontada com badorna, teríamos que o inicial lexema bad- / pad- teria a ver com trave, como ficou indicado polas palavras galegas pádea e padieira; trave da paliçada pecuária.
A palavra tabernáculo, apoia esta ideia ao dar nome a uma cabana temporária.
Não deixa de parecer próxima a tarveia como "corte grande", "sala grande e escura" do céltico tarvos "boi", com a taverna.
Taverna está ligada ao latim taberna, que é pensado ser variação de traberna, por sua vez derivado de trab+rnus.
Onde trab- é pensado ser viga.
Cova de arriba: com ideia da possibilidade de ser o foxo defensivo do grande chousão.O bico norte que não está escrito no plano tem também o nome de Cruz como no Roiriz de Vidueiros (Doção).
A norte de Roiriz perto do bico do chousão o topónimo é Barreiros, que antes de ter a ver com barro, lama, teria a ver com barra, vedação.
Aqui Roiris no concelho de Melide, também um grande chousão, com uma briga associada: o Castro de Barreiro, no caminho perimetral do outro lado do castro há uma série de uma dúzia de mámoas que marcam o seu lado leste.
Estas mámoas associadas com a chousa pecuária ligam com a incineração que nas culturas primárias, neolíticas, associadas com bovinos é feita dos cadáveres humanos e animais em piras, que acabam sendo montes de cinzas.
Com toponimia comum nas grandes chousas como
Barreiro, na ideia de barra vedatória.
Naval na sua parte sul, podendo ter a ver com um lugar onde são plantados nabos ou com nava "foxo", mas alargadamente aqui explicado.
Estivada no seu lado leste. Estiva e derivados aparecem como microtopónimo das chousas, podendo ter relação com a cultura cerealística, mas também como indicador de paliçada, de vedação de estacas.
Estiva é em galego uma sebe de arbustos, um valo de terrões.
Já o bico com o nome de Fonte Ouxim. As saídas das chousas costumam ter o nome de fonte, pudendo não haver fonte.
Por outra parte as grandes chousas costumam ser evoluções de coussos paleolíticos de caça, alargados onde animais selvagens fôrom mantidos em catividade. Mais alargadamente descrito em "os Coussos".
Onde o fons, do latim, tem uma etimologia que antes do que com auga tem a ver com fluir com correr.Já o bico com o nome de Fonte Ouxim. As saídas das chousas costumam ter o nome de fonte, pudendo não haver fonte.
Por outra parte as grandes chousas costumam ser evoluções de coussos paleolíticos de caça, alargados onde animais selvagens fôrom mantidos em catividade. Mais alargadamente descrito em "os Coussos".
Ouxim, poderia ter a cer com o lexema ouch- "boca", também como out- ou ouç- , desenvolta esta hipótese em "Ucha".
Aqui Reiris na Laracha, o seu parecido com o Roiriz de Doção apresentado arriba é muito.
Aqui Reiris na freguesia de Ervoedo, da Laracha, numa vista mais abrangente com a possibilidade de que fosse mais grande na sua parte leste.
Seja como form com microtoponínima vista nos nos anteriores: Barreiro.
Outros topónimos a destacas:
Regueiros como caminho ou foxo vedatório na sua parte sul, desde a parte de Reiris até o Vilar.
A vista geral há como em tantas estruturas semelhantes na Gallaecia e contorna, um caminho entre o lugar atual da igreja e o castro.
Um caminho que parte a chousa com o nome de Francês, que "frange", mais alargadamente tratado no escrito "Francos".
A indicar que o caminho Francês liga Reiris com Casal Velho. Nestas chousas estudadas no blogue, costuma haver de um lado um assentamento religioso e do outro lado um lugar de propriedade "nobre" ou de poder, tipo paço ou toponimicamente Torre, neste caso Reiris está a ocupar o lado religioso pois perto está a igreja sé da paróquia, enquento Casal Velho ocupa simetricamente o outro lado. isto pode ajudar a interpretar topónimos do tipo Casa Velha, serem já neolíticos.
Ao lado de Casal Velho está Codessalelho, que poderia ser associado com um fitotopónimo, mas também com a mesma raiz que deu caudex em latim "poste, tronco", sendo um genitivo feminino antergo já no latim, podendo ter relação com cautus.
No interior da grande vedação no seu lado oeste Chousa de Reiris ou no bico Chousa Velha são transparentes, na sua parte central Ferralheira, lugar da ferralha, da forragem.
Já no lado leste temos ao sul o Vilar e do outro lado o Vilar Maior, onde estes vilares teriam a ver com a *willa ou *guilla a *bília a paliçada primária, mas alargadamente desenvolto isto em "Guilheto".
Reiris de Lançã (Mesia), também na mesma estrutura de grande Chousão, de um lado Reiris e do outro lado a igreja. Lugar da igreja com o nome de Chousão.
Codessal, na ideia antes comentada, possivelmente da mesma raiz que caudex latino, ou como fitotopónimo, mas um lugar não muito apto para codessos por ser um lugar muito húmido.O nome no bico e terras ao norte como Ordoi, poderia ser entendido como derivado antroponímico de Ordonius, um possuidor medieval. Mas:
Ordoi, poderia vir de um genitivo de *ordon, que teria a ver também com a raiz do latim ordo, ordinis "série, grupo, tropa", seria pois uma forma do proto-indo-europeu *h₂er "união" podendo sair da mesma raiz que o herdo, a herdade, uma unidade territorial, em una ideia *ordoni / *herdoni "do rebanho, do grupo humano que vive nessa unidade pecuária".
No bico do grande chousão poderia haver o curro onde a boiada faz a mó, como nos curros atuais das renas, os uros em semi-domesticação necessitariam um lugar para esta estereotipia.
Ordoi fica melhor entendido se observamos o topónimo ao lado Ranhedo
Restos do valo da vedação de caça (paleolítico?) marcada a situação na foto aérea com um ponto amarelo. |
Ranhedo pode ser explicado desde a fitotoponímia, como arbusto espinhoso, então levaria a pensar em uma espécie de sebe, no mesmo grupo de topónimos da família do espinho.
Mas no galego o radical ranh-, dá ideia de armadilha: Ranha: armadilha ou enredo, canles no rio para facilitar a pesca. Ranhão / ranhoso: trapaceiro, embusteiro.
Então topónimos de radical ranh-, além de pensar no fitotopónimo e na vedação, podemos pensar em antigas armadas, armadilhas, para caça de mamíferos maiores (mais alargadamente no escrito "os Coussos").
As antigas armadas de caça acabariam sendo vedações onde animais selvagens seriam tidos em catividade para caçar no momento de necessidade.
Roris / Rouris de São Pedro de Armentão (Arteijo) também associado com um cousso de caça.
Rairiz de Veiga |
Rairiz / Reiriz na freguesia de Cela (no Corgo) |
Xesteria: escrevo com xis pois há ao meu ver uma grande possibilidade que nada tenha a ver com a planta gesta, mas com sesteira, com palatalização, lugar onde o gado sesteia.
Armadas: pode fazer referência ao armentum, ao rebanho ou também a uma grande armadilha.
Aqui neste caso há também um topónimo do grupo ranh-, ainda que não tem a ver diretametne com o chousão de Reiriz, Ranhoá:
Estes topónimos, Roiriz e similares, a etimologia mais divulgada diz que são derivados de um possuidor de nome germânico Rudericus: Ruderici.
Mas estamos a ver que são chousões antergos, que já durante a dominação romana teriam perdido a sua integridade, o seu uso para cuidado e guarda de animais em semi-domesticação.
É o chousão típico que em distintos escritos de este blogue foi descrito. Neste caso dentro do chousão está o castro, o que indicaria que o chousão é anterior, que talvez no Bronze e com maior provabilidade no Ferro o chousão já teria perdido a sua integridade.
Como é habitual na continuidade da paisagem galaica, a igreja está diretamente relacionada com a croa, ou castro. Também uma das porções do antergo chousão leva o nome de Paço, palatio pecuário, e lugar onde o centro de poder ou possessão territorial assenta.
Isto leva a pensar que Rudericus é o dono, ou habitante do *ruderiz. Sendo ruderiz um duplo genitivo de *rudarum, dos do rodo, ou do rodeiro: dos da roda, do rodeio.
Grande curro afunilado, chousão em São Pedro de Valença (Coristanco), com a típica toponímia dos chousões neolíticos que neste blogue vai tratando de ser descifrada, com uma terras interiores chamadas Rodrigues.
A destacar no seu perímetro noroeste Rodo, neste escrito analisado.
O seu bico norte grafado Serra, mas na possibilidade de ser Cerra por cerrado.
A norte de Serra: Ramalhão, também pecuário, desenvolto no escrito: Ramil.
Pedreiras: como lugar de pedra é comumente descrito, mas como assentamento habitacional neolítico primário (mais alargadamente analisado na nespra e o bispo).
No interior e ao lado das terras chamadas Rodrigues: Cardeiras, tendo a ver com carduus (desenvolto neste escrito: os cárceres e demais).
Já no sul: Alvarelhos que costuma aparecer associado a um limite fluvial.
Zebral: como lugar de zebros, equídeos ou como lugar de separação, limitante (a voltas com o Zebreiro).
Samugueiro, que é do grupo do sabugo, também como toponímia associada ao pastoralismo neolítico, desenvolto no escrito: Sabuzedo.
A Chousa de Rodrigo em São Paio de Aranga.
A destacar o topónimo as Cubas, e na parte sul Serreira que como no caso anterior talvez deveria ser grafada Cerreira, como lugar que encerra.
Polo seu lado leste: Lagoas, que já foi referenciado acima no Roiriz de Alhariz.
Quanto a Outeiro: poderia ser percebido como um lugar que está no alto, mas na unidade da chousa, o outeiro está no lugar baixo, podendo fazer referência à saída, do mesmo modo que Fonte Ouxim no caso de Reiris de Melide (vide mais explicado em Ucha).
Na saída polo norte está o topónimo Uzeira, que pode ser fitotopónimo, ou ter a ver com exire/uscire na mesma linha etimológica explicada no escrito "Ucha".
Outra grande chousa da que podemos intuir as suas modificações antigas, partições, e "recentes" do Bronze- Ferro quando deixou de ter utilidade, aí dá para observarmos o caminho que liga a sede da freguesia, a igreja com o Castro, como em tantas paisagens galaicas, sê da igreja que na altura do Bronze e Ferro talvez também teria sido um local de poder religioso, territorial ou administrativo.
De sul a norte, topnímia a destacar como:
Prados do Aguilhão, sendo o suposto aguilhão a sua parte afunilada. Parte aguda que também recebe o nome de Jeta ou Geta: com o significado de morro do porco, fuças, trombas, beiços? (chama a atenção ser a palavra considerada árabe pola etimologia mais divulgada espanhola, derivada de خطم (ḵaṭm /jaṭm) “focinho, morro”, também no asturiano como xeta, com significados mais ampliados além dos focinhos, também vagina, gênio, caráter, energia; no Brasil xeta: beijo atirado de longe?
Haveria a possibilidade de de ter a ver com o latim iactus, confronte-se com o antigo ocitano get, giet, "ação de lançar", atual gèt "lugar onde lançar, arremessar", do mesmo grupo que jato ou jet.
Assim Campo da Lança na freguesia dos Ângeles, antiga Santa Maria de Perra:
Ou a mesma forma de Lançã, anteriormente analisada.
Cerradim: como lugar que encerra.
Barreiros, nome da freguesia e polo outro lado Barreiro, antes do que lugares onde há barro, lugares de barreira, de vedação.
Aparece a Casa Velha que como no caso de Casal Velho (Reiris de Ervoedo) está em oposição com o chousão no meio, a Rodrigo.
Jardim: poderia ter uma ideia de jardinagem, mas por outros topónimos analisados aparentariam-no com gardar (Jardim).
Trás das Paredes ou a Chousa são transparentes.
Bargados, poderia fazer referência a bargas ou bargos, lajes verticais ou paliçada de paus, sebe.
Rodriz na freguesia de Santiago de Saa (no Páramo), fazendo parte de um grande chousão e no lado oposto ao local religioso: Santa Eufêmia de Vilar Mosteiro, sede de freguesia.
Rodriz nos nomes de: Agro de Rodriz e Grova de Rodriz, na freguesia de Santalha do Alto (no Corgo).
A destacar a parte afunilada com forma de copa de caça passiva como no caso de Ranhedo de Lançã.
O nome de Estanqueiro como lugar tancado, ou de acumulação, neste caso de gado (mais desenvolto no escrito Cortiças).
Também o Caminho do Mundinho, fazendo referência ao "mundo" pequeno, por ser esta uma vedação pecuária pequena, mais alargadamente explicado em: Mundo.
Rodriz em São Salvador de Vilar de Sárria, neste caso Rodriz semelha ser "da rodra/roda". Roda final de um aparente cousso de caça passiva, identificada estrutura mais alargadamente explicada em "Coussos". roda que poderia ser o foxo do funil de caça.
Ajuda a perceber a estrutura que entre os topónimos interiores de este "funil" estão Mendro e Pumarinho.
Mende em Barbeito (Vila Santar). |
Rodiz, tembém com forma de roda? fazendo parte de um grande chousão em São Julião de Eiré (Pantão).
Com toponímia a destacar como Pedra Gude onde Gude faz referência à vaca, ao rebanho (Segundo isto, o povo godo teria uma etimologia tal que goth: *go-th, *go-to "da vaca, do boi", mais alargadamente exposto na godalha e no godalho).
Os mais dos grandes chousos neolíticos têm uma pedra ou penedo simbólicos e destacados na toponímia que levam a pensar em que teriam tido uma fundação relevante.
Guilherma, faz pensar no antropónimo, ainda que poderia estar relacionada com a *willa, antigo local de poder territorial, mais alargadamente exposto em Guilheto.
A Abadesa também é para destacar ao haver um mosteiro talvez como dono territorial que indo atrás no tempo sob o paradigma da continuidade teria a ver com o *wlatis / *waltis (para er mais em Baltar).
Já depois dous topónimos de vigilância: Gamaras (não sei bem se é uma gralha) podendo estar relacionado com Guimarãs e Guicha Monte, que poderia ter o significado de pedacinho de monte ou lugar desde onde é guichado, espreitado, o monte; poderia haver uma relação com topónimos tipo Guisamonde?
Rodiz e Rairiz contrapostos na freguesia de Santa Maria de Toiriz (Pantão).
Terão a mesma raiz etimológica?
Outra toponímia a destacar analisada noutros escritos é a proximidade de Areal ao castro, como lugar do aro alfandegário, porta de entrada à briga.
Mirão (-om), também como lugar de vigilância.
Vilarrodis, uma vila ou vilar da roda.
Vilarrodis foi o lugar onde a boiada faria a mó
A hipótese mais difundida tem Rodrigo com ideia de ser germânico, por uma forma latina Rudericus, por sua vez derivado de um "suposto" proto-germânico *Hroderich.
*Hroderich que é suposto vir de hrod, com o significado de fama. Por outra parte rich, crê-se derivado de rik, que significa lei.
Fama-lei.
Esta saliência ou fama hrod, tem o seu paralelo no latim rudus que significa vulto, protuberância. Com o seu par rudis que é um pequeno pau, além de um terreo ermo ou não cultivado.
Observe-se a proximidade entre rodericus e roda.
Até aqui Rodrigo?
Mas rodriga no galego agrário é uma estaca para segurar as vides; com rodrigar, (empar), e rodrigo também é uma estaca.
Esta rodriga tem toda a ideia de ser parente do rodro / rodo, com o latim em palavras como rudica, rutrum.
Saindo do paradigma romano como berço e pai, entende-se que rodro ferramenta poderia ser primário, e os feitos, lugares nos que essa ferramenta atua dêrom nome a palavras diversas.
Mas como é que o "suposto" *hrodrick germano acaba convergindo com o rodrigar das vinhas?
Não será que é a mesma palavra, e que os tais pré-conceitos não deixam ver a sua raiz comum?
Saindo pois da supremacia germânica e romana, e atendendo a como era o mundo neolítico que nas imagens dos chousões foi aqui apresentado, quando estas palavras se formaram haveria um continuum:
O germânico hipotético pode interpretar-se como tautológico:
Hrod- é o rodo, o pau de mando, a estaca de marca, a ferramenta que serve para roturar, fazer a marca na terra "rudis", não cultivada e que é limite entre territórios regidos por diferente poder. (Confronte-se com ruderal e rural).
Hrod- que tem a mesma raiz que roda, e rua e que são cognatos nascidos da mesma função de quem regia ruando e rodando.
Lembremos que os reis teatralizavam o seu domínio arando, fazendo um rego, daí que o rex, regis latino esteja ao lado de regus, do rego, e do regulamento.
Seguindo no debulhe do Rodrigo como nome aqui relacionado com outros fios que não os exclusivamente germânicos:
Rich / rik, entendido como lei, é também rei, right, direito.
Confronte-se com arreitar que no galego significa endireitar, envergalhar, que tem a ver com rectum.
*Hrod-rick, é assim, olhado desde a esquina atlântica: o pau direito, o vulto reto, a eminência da lei...
Estou falando de um tempo onde os caminhos rodados iam polos limites territoriais de pelourinho de marcação, a pelourinho de marcação, de *hrodio a *hrodio, de rotulus a rotulus, de rollo castelhano, a rollo, de menhir a menhir.
Assim redolada é a comarca próxima, os arredores. Redolada que no asturiano, além de esta forma redolada, é dita: rodolada e redulada.
Redolo, palavra eu-navega dá nome às cousas dispostas em círculo, a uma ringleira circular, a uma riola.
Mais explicado no ruler que anda de rule.
A hipótese lançada aqui é que tanto o nome como a estrutura pecuária dos Roiriz e similares teria nascido de uma base indo-europeia de raiz rot-/rut- e teriam a ver com a vedação do gando neolítica, que na continuidade chegaria ao Rudericus "rei ou chefe de uma unidade territorial posterior à dominação romana, medieval, derivada da unidade territorial neolítica". Este Rudericus seria quem habita ou manda no rodo/rodro. Estamos a ver que os lugares de toponímia rodr- são lugares talvez secundários ao poder no chousão pecuário, é pois o Rudricus um "segundão", percebendo-se assim o porquê da rodriga ser o arjão de apoio, mas o que dá firmeza, entende-se então como poder militar, daí o significado, ainda e apesar do tempo desde o neolítico até a idade meia vigente, do próprio nome do Cid campeador: Rodrigo ou Rui.
Por uma parte semelha que há estruturas neolíticas que fazem referência à roda (latim rota), e outras à rua, na ideia de vala e valo, rego vedatório (latim ruo, ruere "cavar"), faltam neste escrito os tantos topónimos de base rodr- que fazer referência a cárcovas ou cursos de água em valigote profundo, mesmo fontes de apelativo rodrig-, vão uns exemplos no final.
A ideia que nasce é que na origem ambas as famílias roda "círculo" e rodro/rodo "pau de cavar, estaca" sairiam da mesma raiz.
A primeira roturação vedadotória seria pois uma roda feita com um rodro/rodo.
A primeira roturação vedadotória seria pois uma roda feita com um rodro/rodo.
A Rodriga em São Mamede de Grou (Lóbios) |
Vale de Rodrigo em São Marcos de Soutipedre (Maceda de Trives) |
O Rodriguelo em São Pedro de Sas do Monte (Monte de Ramo) |
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